Por Renato A. Azevedo
Lagos subglaciais em Europa podem conter vida extraterrestre
Na seção Mundo Ufológico de UFO 184 informamos como cientistas estariam estudando regiões geladas da Terra — especialmente lagos subglaciais da Antártida —, para determinar as chances de vida existir na lua jupteriana Europa. Em recente artigo publicado na revista Nature, motivando nova coletiva de imprensa da NASA, cientistas afirmaram não somente que lagos similares podem existir no satélite, mas também que recebem constante afluxo de energia, vital para a vida. Eles descreveram regiões conhecidas como “terrenos caóticos”, que existem tanto na Antártida quanto na Islândia, causadas por degelo que parte da crosta solidificada, criando rachaduras e icebergs. Locais similares foram observados em Europa, como a região de Thera Macula, especialmente pela missão Galileo.
O calor do satélite é produzido pela atração gravitacional de Júpiter, devido ao fato de a lua sucessivamente se aproximar e se afastar do planeta em sua órbita elíptica. O calor sobe desde suas profundezas, fraturando o gelo e criando lagos subglaciais que podem se manter estáveis por até milhões de anos. O interesse neles é porque se encontram a poucos quilômetros de profundidade, facilitando a prospecção de futuras missões não tripuladas. O oceano interior de Europa, cujas primeiras pistas foram descobertas pelas naves Voyager 1 e 2, está isolado por centenas de quilômetros de gelo. Materiais necessários à vida poderiam circular entre tais lagos e o oceano abaixo, aumentando as chances de existir em Europa. A NASA planeja uma missão orbital para a lua em associação com a Agência Espacial Europeia (ESA) — mas os recentes cortes orçamentários ameaçam o projeto.
Fracassa sonda para Marte
Lançada em 08 de novembro, a sonda russa Phobos Grunt falhou no acionamento dos motores que a levariam para fora da órbita da Terra, no rumo de Marte. Cientistas e técnicos da Roskosmos, a Agência Espacial Russa, tinham até 21 de novembro — quando a “janela” para a viagem a Marte se fecharia — para tentar reprogramar a nave e tentar salvar a missão. O alvo era a pequena lua Phobos, de 22 km de extensão, onde a nave iria tocar o solo e recolher uma amostra, enviando-a a seguir de volta para a Terra. Também carregava uma sonda chinesa, a Yinghuo 1, que deveria entrar em órbita do planeta. Com a confirmação do fracasso, a Phobos Grunt [Foto ao lado] deverá cair na Terra até final de janeiro. Os russos conseguiram grande sucesso com as naves Venera para Vênus, entre os anos 60 e 80, mas não repetiram o feito em Marte, planeta muito menos extremo. A Marte 3 foi a primeira sonda terrestre a pousar lá, mas o contato foi perdido após alguns segundos, ainda em 1971. Em 1988 as sondas Phobos 1 e 2 não tiveram melhor sorte, e a Mars 96 nem chegou ao espaço, caindo no Oceano Pacífico em novembro de 1996, logo após o lançamento.
Cientistas propõem procurar cidades alienígenas
O astrofísico teórico Abraham Loeb, da Universidade de Harvard, e o astrônomo Edwin Turner, de Princeton, publicaram na revista Astrobiology um artigo defendendo que a busca por civilizações extraterrestres seja feita procurando-se as possíveis luzes de cidades de planetas distantes. Os cientistas afirmam que uma cidade como Tóquio, por exemplo, seria facilmente visível com nossos instrumentos atuais se fosse colocada em um grande objeto do Cinturão Kuiper, que está entre 30 e 50 vezes mais distante do Sol do que a Terra. Loeb e Turner dizem que o avanço tecnológico da humanidade tem diminuído nossas próprias emissões de rádio para o espaço. Logo, essa pode ser uma explicação para o SETI não haver confirmado até agora a recepção de um sinal alienígena. Mas eles afirmam que, se os ETs necessitarem de luz para enxergar, tal como nós, então suas cidades devem ser iluminadas à noite. Também dizem que a busca deveria se estender não apenas a mundos na zona habitável de suas estrelas, mas também a planetas mais distantes — onde bases teriam sido instaladas. Os cientistas ainda defendem que as próximas gerações de telescópios, tanto no espaço quanto baseados em terra, serão capazes de identificar tais cidades alienígenas — e as luzes artificiais seriam facilmente distinguíveis das naturais, podendo determinar quais mundos são habitados.
Lançado jipe para Marte
Após o extraordinário sucesso dos rovers Spirit e Opportunity — este, ainda funcionando, continua explorando a Cratera Victoria, em Marte —, a NASA marcou para 26 de novembro o lançamento do próximo veículo robótico, o Mars Science Laboratory, batizado como Curiosity. Movido por um gerador nuclear, o robô não enfrentará os problemas que seus semelhantes menores tiveram com o clima marciano, e a expectativa dos cientistas é de que dure ao menos dois anos — os mais otimistas afirmam que a missão poderá se estender a uma década. O objetivo é pousar em uma área plana na Cratera Gale, repleta de locais de erosão por água e depósitos de sais e outros materiais favoráveis à vida. O cientista brasileiro Nilton Rennó, que tomou parte da missão Phoenix e sugeriu que gotículas de água salgada foram observadas no trem de pouso daquela sonda, terá reuniões diárias com os colegas da NASA após o pouso do rover, que deve ocorrer em agosto de 2012. Rennó auxiliou na montagem do equipamento Rems, uma estação meteorológica levada pelo Curiosity.
J. J. Benítez: “A Bíblia está errada sobre a vida de Jesus”
Depois de 27 anos, mais de 5 mil páginas e 20 milhões de leitores por todo o mundo, o espanhol J. J. Benítez coloca um ponto-final na saga Operação Cavalo de Tróia com Caná, nova edição da série [Editora Planeta, 2011]. Ficção científica para alguns, blasfêmia demoníaca para outros — e ainda plágio para certos desafetos —, a saga se completa com uma história em que Benítez [Foto ao lado] afirma que o milagre das Bodas de Canaã foi muito mais espetacular do que a Bíblia diz. O escritor defende sua obra, dizendo que apresenta um Jesus muito mais humano e próximo das pessoas — e que nunca desejou criar uma igreja. “Juanjo”, como é conhecido na Espanha, onde mora, agora diz querer viver o presente — mas garante que prosseguirá em suas investigações sobre os UFOs, cujos dados recolhidos promete publicar um dia. E afirma ainda que a imprensa se preocupa demais com outros assuntos, “mas se houver novas ondas mundiais de avistamentos, como nos anos 50 e 60, essa atitude irá mudar”.
Sondas alienígenas podem estar no Sistema Solar
“De um ponto de vista científico, a razão de ainda não termos nos deparado com alguma forma de tecnologia alienígena pode estar no fato de que não procuramos o bastante”, diz um estudo realizado pelos cientistas Jacob Haqq Misra e Ravi Kumar Kopparapu, da Universidade da Pensilvânia. Intitulado On the Likelihood of Non Terrestrial Artifacts in the Solar System [A Probabilidade de Artefatos Não Terrestres no Sistema Solar], o texto trata do nosso sistema estelar como um volume fixo, e calcula a porcentagem que teríamos que vasculhar até encontrarmos uma sonda extraterrestre. Misra e Kopparapu levaram em conta que tais artefatos não estariam intencionalmente se ocultando. A equação resultante mostra se, para um determinado local, já foi realizada uma busca abrangente o suficiente para se afirmar que não exista ali nenhum objeto extraterrestre.