Por Paulo Poain
E mais uma vez eles surpreendem
O último verão inglês, como ocorre de forma ininterrupta há praticamente três décadas, foi mais uma vez marcado pelo surgimento dos misteriosos sinais nas plantações de trigo, cevada e de outros cereais nos campos do sudoeste da Inglaterra. Lá estavam os agroglifos, antes chamados de círculos ingleses, que novamente causaram pelo menos dois tipos de sensação nos pesquisadores e admiradores desse fenômeno. A primeira foi a perplexidade com os novos e cada vez mais intrincados formatos, com as composições geométricas perfeitas e suas dimensões escandalosas — alguns deles chegaram a ter centenas de metros de ponta a ponta.
A segunda sensação — essa compartilhada com agentes do governo britânico, cientistas, militares e até celebridades — foi a de impotência diante desse espantoso mistério, que a cada ano volta com novidades e mais perguntas a serem adicionadas à pilha já existente, e não respondidas. “Temos um fenômeno interativo, provocador e surpreendente. Ocorre sem parar há três décadas e não sabemos por que e nem quem os faz”, sintetizou o ufólogo mexicano Jaime Maussán. Mas quando as inteligências por trás dos agroglifos vão parar de alimentar nossa perplexidade e finalmente se deixar mostrar?
Temos um fenômeno interativo, provocador e surpreendente. Ocorre sem parar há três décadas e não sabemos por que e nem quem os faz
— Jaime Maussán