Por A. J. Gevaerd
Sinal mais claro, impossível
Em sua rápida passagem pelo Rio de Janeiro, para participar de um evento, o jesuíta José Gabriel Funes, astrônomo oficial do Vaticano e elemento que tem causado perplexidade ao tratar abertamente da questão ufológica, voltou a falar do assunto que parece ser um de seus preferidos, mas bem mais comedidamente. Em vez da célebre frase “os extraterrestres existem e são nossos irmãos”, proferida em 2008, desta vez Funes disse que não vê qualquer contradição entre a existência de vida no universo e a fé em Deus. “Nós fomos criados à imagem de Deus, e isso é o que importa. Outros seres podem ter sido criados com diferentes aparências, mas também abrigando uma natureza espiritual”. Amém!
O religioso sabe do que fala, mas fala muito pouco do que sabe. Ainda em 2008, quando acharam estranho ele ter se manifestado sobre ETs, reforçou sua posição com firmeza: “Não reconhecer a existência de outras formas de vida no universo é menosprezar a capacidade criativa de Deus”. A expressão soou como uma senha para que religiosos do alto clero entendessem que é hora de o assunto deixar de ser tabu. Também pudera. O Vaticano, muito mais do que a CIA, o MI5, o Mossad, a ex-temida KGB etc, é a instituição que mais sabe sobre UFOs em todo o mundo. Isso desde a Idade Média.
Não reconhecer a existência de outras formas de vida no universo é menosprezar a capacidade criativa de Deus
— José Gabriel Funes