por Renato A. Azevedo
Autoridade do Vaticano confirma que ETs não contradizem dogmas religiosos
Em recente entrevista à revista New Scientist, o padre José Gabriel Funes agitou novamente a Comunidade Ufológica Mundial. Diretor desde 2006 do Observatório do Vaticano e astrônomo oficial da Santa Sé, o jesuíta Funes já havia causado polêmica em 2008 ao fazer declarações bombásticas sobre seres extraterrestres. “Não reconhecer a existência de outras espécies inteligentes no universo é menosprezar a capacidade criativa de Deus”, disse o religioso na época [Veja UFO 143]. Agora, Funes voltou à carga ao afirmar não existir um conflito entre ciência e fé, e que a teologia católica convive sem problemas com as descobertas científicas.
E, de forma incisiva, garantiu que a descoberta de vida extraterrestre não seria um problema para a Igreja. José Gabriel Funes revelou à New Scientist que teve uma audiência privada com o Papa Bento XVI, em 2008, e que o pontífice transmitiu a ele ordens para jamais limitar os estudos no observatório. O religioso afirmou que os cientistas de sua equipe, na Santa Sé, têm total liberdade para se dedicarem a qualquer assunto de pesquisa, destacando seu próprio estudo de galáxias próximas. Funes disse ainda que um novo jesuíta, como ele, irá se unir ao observatório e se concentrará em planetas extrassolares com possibilidade de abrigar vida.
Ele também acrescentou que qualquer tópico da astronomia é pesquisado com total liberdade no Observatório do Vaticano, desde o Big Bang, passando por cosmologia, agrupamentos de galáxias, ciência planetária e outros. “Ciência e religião não devem interferir uma no terreno da outra, e o trabalho científico ajuda a fortalecer nossas crenças religiosas”, disse.
Disclosure Comic retrata a Ufologia de forma muito bem humorada
O artista Andy Carolan é responsável pelas tirinhas Disclosure Comic, nas quais o personagem principal é Joe, um gray que tem visitado a Terra por mais tempo do que consegue se lembrar, e a partir dos anos 40 resolveu ficar aqui, pois adquiriu muito gosto por café e rosquinhas. Na maior parte das tirinhas de Carolan, Joe é acompanhado por Kelly, descrito como o duende que pode ter sido o alienígena responsável pelo avistamento em Hopkinsville, no Kentucky, nos anos 50. Outros personagens incluem o rei do planeta de Joe, seu curioso embaixador que apóia a Exopolítica terrestre, e Fudge, o sasquatch de estimação do alien. As divertidas tirinhas ironizam os mais variados assuntos ufológicos, como Ufoarqueologia, as supostas interferências alienígenas na Terra, o recente fechamento da seção ufológica do Ministério da Defesa britânico, a curiosa espiral vista nos céus da Noruega, agroglifos e muitos outros. Por isso, contribui de forma bem humorada na disseminação da realidade ufológica.
O SciFi Channel e os depósitos secretos do governo norte-americano
O SciFi Channel — que alterou recentemente sua logomarca para SyFy — tem em Warehouse 13 a sua série de maior audiência, exibida no Brasil pela Warner. A série acompanha dois agentes federais, Myka Bering (Joanne Kelly) e Peter Lattimer (Eddie McClintock), que trabalham no depósito 13 do título, a mando de Artie (Saul Rubinek). Eles percorrem o mundo coletando objetos místicos e perigosos, que são acondicionados no imenso armazém, inspirado nos filmes de Indiana Jones. Com o sucesso de Warehouse 13, o SyFy exibiu em 11 de julho Inside Secret Government Warehouses: Shocking Revelations [Dentro de Depósitos Secretos do Governo: Revelações Chocantes], em que a jornalista da NBC Lester Holt visita instalações como a Área 51 e o Vaticano, onde estranhos artefatos são mantidos sob o manto do sigilo.
Revelações e entrevistas impactantes
Desde corpos alienígenas até poderosos artigos religiosos, passando por destroços de UFOs e souvenires extraterrestres, o programa tenta descobrir o segredo que há por trás desses armazéns mantidos bem longe do conhecimento público. No programa foram exibidas entrevistas com testemunhas, como um piloto norte-americano ordenado a atirar em um UFO sobre a Inglaterra, e vítimas de experimentos secretos, além de entrevistas com várias personalidades, entre elas, John Podesta, chefe de staff do presidente Barack Obama, o físico e divulgador científico Michio Kaku, o deputado norte-americano que investigou a base Wright-Patterson Michael Turner, Luca Carbonari, secretário geral dos Arquivos do Vaticano, Glenn Campbell, especialista na Área 51, e muitos outros.
Nova técnica permite encontrar exoplanetas
Uma equipe de astrônomos da Alemanha, Bulgária e Polônia confirmou, em artigo publicado no Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, jornal da Sociedade Astronômica Real, a descoberta de um exoplaneta utilizando a nova técnica de Variação de Tempo de Trânsito (VTT). Como explicamos em UFO 146, a técnica — utilizada nos telescópios espaciais Corot e Kepler —, permite detectar variações mínimas no brilho de estrelas distantes, provocadas pela passagem de um planeta entre sua estrela e a Terra. A VTT permite que oscilações no período do trânsito sejam detectadas, e os dados inseridos em um programa de computador. Elas podem ser provocadas pela presença de outros planetas no sistema.
Cientistas afirmam que variações de até um minuto no tempo de trânsito, perfeitamente mensuráveis por telescópios de um metro de abertura ou menos, identificariam um mundo com tamanho similar a Terra. A equipe liderada pelo astrônomo Gracjan Maciejewski, da Universidade de Jena, na Alemanha, encontrou um exoplaneta que orbita a estrela WASP-3, chamado de WASP-3b, com o equivalente a 630 massas terrestres e a 700 anos-luz de distância daqui.
Estudo brasileiro apóia a teoria de que a vida na Terra veio do espaço
Um estudo realizado para a tese de doutorado do biólogo Ivan Gláucio Paulino Lima, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e publicado na revista Planetary and Space Science, é a mais nova evidência a apoiar a teoria da panspermia. Defendida pelo matemático Chandra Wickramasinghe, a tese postula que a vida na Terra pode ter vindo do espaço, a bordo de cometas e meteoritos. No estudo, bactérias foram bombardeadas com radiação ultravioleta. Apenas cerca de dois por cento dos microorganismos sobreviveram, escondendo-se em “cavernas” microscópicas da amostra, locais muito semelhantes à superfície de meteoritos e micrometeoritos, que poderiam viajar por milhares, após terem sido ejetados de outro mundo por um impacto celeste.
“Invasão alienígena” é cientificamente plausível
A Terra recebe anualmente até 10 mil toneladas de micrometeoritos, que penetram em nossa atmosfera sem se aquecer. Assim, bactérias ou outros seres unicelulares poderiam sobreviver por muito tempo dormentes nessas condições. Para Lima, são concretas as chances desse tipo de “invasão alienígena” estar acontecendo hoje, em nosso mundo. Wickramasinghe saúda o estudo brasileiro.
Os Estranhos Casos dos OVNI
Os Estranhos Casos dos OVNI é o histórico livro de Henry Durrant que ainda hoje permanece uma obra atual e de importância fundamental no estudo ufológico. Mesmo na época em que foi lançado na Europa, no final dos anos 90, já denunciava o acobertamento governamental da presença alienígena na Terra, além de analisar as melhores evidências e implicações que teria na espécie humana. O livro analisa algumas das mais famosas fotos de UFOs de todos os tempos, como as do polêmico Caso Barra da Tijuca, as imagens de McMinnville, no Oregon, e as controvertidas fotografias de
Hex Heflin.
O livro de Durrant apresenta ainda uma detalhada pesquisa sobre marcas de pouso e os famosos “cabelos de anjo”, que seriam vestígios de combustível de discos voadores ou ainda — segundo alguns autores — de excrementos de seus tripulantes. O maior destaque da obra vai para o capítulo em que trata do suposto funcionamento das naves alienígenas. Resumo de um trabalho escrito em 1953 pelo tenente da Força Aérea Francesa Jean Plantier, o capítulo explica em minúcias como devem funcionar essas ainda misteriosas naves. Os Estranhos Casos dos OVNI [Bertrand, 1980] apresenta um roteiro, preparado em 1950 pelos militares norte-americanos, de como seriam os procedimentos caso encontrássemos outro mundo habitado pela frente.