por Paulo R. Poian
CIENTISTAS NO LIMITE DA CONFIRMAÇÃO DA VIDA ALIENÍGENA INTELIGENTE
Em janeiro, surpreendentemente, a conceituada Academia de Ciências Britânica — ou Royal Society — promoveu uma mega discussão em torno da existência de vida inteligente em outros planetas. A conferência foi intitulada A Descoberta de Vida Extraterrestre e Suas Conseqüências Para a Ciência e a Sociedade e contou com representantes da NASA, da Agência Espacial Européia (ESA) e de departamentos da Organização das Nações Unidas (ONU) dedicados a assuntos extraterrestres, além do presidente da entidade científica inglesa, lorde Martin Rees. O evento foi uma celebração dos 50 anos do programa Busca por Inteligência Extraterrestre [Search for Extraterrestrial Intelligence, SETI] e nele foram debatidas várias perspectivas e formas de se tentar o contato com ETs, diante dos avanços tecnológicos que hoje facilitam esta idéia. Apesar de até agora os cientistas nunca terem conseguido encontrar sinais de atividade extraterrestre, muitos deles apostam que sua descoberta esteja prestes a acontecer.
Biólogos especializados em evolução apontam que, mesmo pelos princípios de Darwin, é inevitável que a vida inteligente tenha se desenvolvido em algum lugar do cosmos, num ambiente com condições adequadas. Para o físico Paul Davies, da Universidade Estadual do Arizona, demonstrar que alienígenas estiveram na Terra no passado seria a melhor evidência para se confirmar sua existência. “Precisamos desistir desta idéia de que os ETs deveriam nos enviar algum tipo de mensagem ou ter alguma iniciativa nesse sentido”, disse Davies ao jornal britânico The Times. A conferência também colocou em pauta as implicações desta possível descoberta, enquanto alguns estudiosos alertaram para o perigo do contato entre humanos e alienígenas. Marek Kukula, astrônomo do Royal Observatory, em Greenwich, admitiu ao The Sunday Times que “gostaria de afirmar que, se existe vida fora da Terra, ela seria inteligente e amigável. Porém, não temos evidências para isso”. As ciências relacionadas ao assunto parecem realmente dispostas a confirmar de forma oficial e acadêmica, em breve, o que os ufólogos já vêm alertando há bem mais de meio século.
ENCOMENDE SUA FOTO DE MARTE
A NASA está convidando o público a selecionar locais em Marte para serem fotografados por uma das mais poderosas câmeras já enviadas ao espaço, o instrumento High Resolution Imaging Science Experiment [Experimento Científico de Imagens de Alta Resolução, HiRISE], que está a bordo da sonda Mars Reconnaissance Orbiter (MRO), lançada ao Planeta Vermelho em 2005. Para pedir uma foto, o interessado deve visitar um site na internet, cujo nome é HiWish, e se registrar. O endereço é: www.uahirise.org. É possível selecionar uma área da superfície fornecendo as coordenadas, digitando o nome de uma região ou — para quem não está familiarizado com a geografia marciana — clicando sobre um ponto do mapa do planeta. A Universidade do Arizona, que controla o HiRISE, informa que a solicitação vai para uma fila e o solicitante precisa ainda fornecer uma justificativa, em inglês, para o pedido. O site já conta com um grande banco de dados de fotos de Marte, mais de 11 mil imagens que podem ser livremente acessadas online e que mostram diversas características peculiares da superfície marciana, como dunas esculpidas pelo vento, crateras e até mesmo canais possivelmente abertos pelo fluxo de água em eras passadas.
FBI INVESTIGOU MUTILAÇÕES DE ANIMAIS
Por força da Lei de Liberdade de Informações [Freedom of Information Act, FOIA], o governo dos Estados Unidos mantém arquivos públicos sobre as chamadas mutilações de gado, geralmente associadas a manifestações ufológicas. Os documentos estão em diversos endereços e têm milhares de páginas em formato digital de investigações sobre UFOs. As mutilações de animais são maioria, mas há também documentos e cartas enviadas pelo Senado norte-americano ao comando da Agência Federal de Investigação [Federal Bureau of Investigation, FBI], requisitando o estudo de casos registrados no país. Há ainda no acervo memorandos do diretor do FBI ao seu equivalente na Inteligência do Pentágono, naquela época, tratando abertamente de discos voadores e seus avistamentos. Estas interessantes peças da história da Ufologia estão disponíveis no endereço http://foia.fbi.gov/foiaindex/ufo.htm e a introdução ao conteúdo é bem sugestiva: “O material sobre mutilações de animais contém casos que foram relatados durante o final dos anos 70. O FBI se envolveu no assunto quando 15 mutilações ocorreram no Novo México. Várias teorias sobre suas origens foram exploradas pela agência, incluindo cultos satânicos, brincadeiras, predadores naturais e UFOs”.
ONDA UFOLÓGICA NO SUL DO PAÍS
Avistamentos freqüentes estão sendo relatados no Rio Grande do Sul e investigados pelo Movimento Gaúcho de Ufologia (MGU), entidade que reúne vários grupos e pesquisadores regionais com a finalidade de desenvolver um processo de ação rápida, efetiva e eficaz na busca de pistas, evidências e soluções ao Fenômeno UFO. “Tudo leva a crer que haja uma onda ufológica em andamento”, declarou o consultor da Revista UFO Rafael Amorim, coordenador do MGU. Já são dezenas as testemunhas de um fenômeno inusitado verificado em diversas ocasiões, em que surgem “estrelas diferentes” nos céus realizando manobras inteligentes e incompatíveis com qualquer tipo de artefato voador, satélites ou astros. Pelo menos uma vigília realizada pelo MGU, na madrugada de 17 de janeiro passado, teve sucesso em registrar as luzes. O primeiro UFO surgiu às 03h30, em baixa altitude, e parecia ter o tamanho de um avião comum, porém diminuiu sua velocidade e começou subitamente a descer. Logo após foram observados mais três objetos semelhantes e realizando movimentos errantes. Um quinto UFO surgiu acompanhado de mais dois artefatos, e todos voaram em formação triangular até desaparecerem atrás das nuvens. Como notado anteriormente [Veja seção Mundo Ufológico da edição UFO 162], as ocorrências parecem se intensificar em todo o Território Nacional e agora se instalam também no sul do país.
ARQUIVOS DA NOVA ZELÂNDIA VIRÃO À TONA
A Nova Zelândia é mais um país a admitir a realidade ufológica. Seu governo prometeu a abertura, em breve, de arquivos de relatos e casos ufológicos entre 1979 e 1984. A documentação ainda está detida e a Força de Defesa Neozelandesa (NZDF) está removendo informações pessoais que contém em cumprimento à Lei de Privacidade nacional. “No momento estamos trabalhando para fazer cópias desses arquivos, exceto das informações pessoais”, disse um porta-voz da NZDF. “Uma vez concluído o trabalho, seremos capazes de publicar todos os arquivos sobre UFOs, incluindo alguns bem recentes”. A diretora do grupo de pesquisa Ufocuz New Zealand, Suzanne Hansen, demonstra sua frustração com o atraso, mas compreende as razões de privacidade. “Há casos nos documentos que registram artefatos que certamente não são nossos nem têm tecnologia terrestre. Esperamos agora que eles venham à tona”, comenta. Gradativamente, diversos países vêm abrindo seus arquivos oficiais sobre o Fenômeno UFO, mostrando que muitas nações já consideram impossível esconder sua realidade. A política de sigilo ao assunto é conhecida há décadas pelos ufólogos. “O remédio para este mal é a transparência e o respeito aos direitos humanos”, diz Suzanne.
TENDÊNCIAS
REINO UNIDO LIBERA MAIS DOCUMENTAÇÃO
O Ministério da Defesa britânico (MoD) e os Arquivos Nacionais (AN) do país liberaram, em 18 de fevereiro, os mais significativos e numerosos arquivos sobre UFOs até então secretos. São 6.000 páginas de documentos compilados entre 1994 e 2000, recheados de casos interessantíssimos e detalhados. O site dos AN ficou imediatamente congestionado, tamanha a quantidade de visitas recebidas para obtenção dos documentos. O endereço é: http://ufos.nationalarchives.gov.uk/. Existem outros quatro acervos igualmente disponíveis no mesmo endereço, liberados anteriormente, mas não tão ricos quanto o último. O mais paradoxal é que a abertura inglesa ocorre logo após o país ter encerrado seu Projeto UFO [Veja seção Mundo Ufológico da edição UFO 162], que contava com mais de 50 anos de pesquisas de casos ufológicos no Reino Unido. Na ocasião, seu site informava aos visitantes que “o MoD não irá mais responder a avistamentos de UFOs ou investigá-los”.
Obviamente, no meio ufológico sabia-se que o mesmo continuaria de forma sigilosa. No entanto, o que pensar e concluir sobre esta reviravolta nos arquivos ingleses? Analisando a situação com o mínimo de prudência e lógica, percebemos qual deve ser a inevitável resposta. “A abertura ufológica é absolutamente necessária ante a gravidade do Fenômeno UFO e o aumento significativo de sua ação na Terra, o que faz com que sua realidade tenha que ser admitida pelas superpotências”, declarou o editor da Revista UFO, A. J. Gevaerd. “Não fazê-lo seria danoso a todos, em especial a elas. A abertura é o único caminho”.