A Comissão Brasileira de Ufólogos passa por modificações e ganha novos integrantes
Foi levada a efeito, no começo do ano, uma reformulação na estrutura, constituição e rumos da já consagrada Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU), o órgão criado nos anos 90 por um grupo de estudiosos de diversos centros de pesquisas nacionais, com o objetivo de melhor conduzir determinados trabalhos. Fundada em 1996, a CBU teve o objetivo inicial de realizar em Brasília, em 1997, o I Fórum Mundial de Ufologia, que foi um grande sucesso. Nos anos seguintes, várias atividades foram implementadas pela entidade, culminando, em 2004, com o lançamento da campanha UFOs: Liberdade de Informação Já, cujos expressivos resultados mudaram a face da Ufologia no país. Como se sabe, a CBU foi o primeiro grupo de ufólogos a ser convidado para uma reunião com militares da Aeronáutica, o que ocorreu na Capital Federal, em 20 de maio de 2005 [Veja edição UFO 111]. Os componentes do órgão visitaram as instalações do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta) e do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra) – exceto Reginaldo de Athayde, adoentado, que foi substituído por Roberto Affonso Beck, então incorporado à comissão.
Mudanças vieram no ano seguinte, quando os integrantes da CBU avaliaram que suas medidas seriam mais eficazes se contassem com mais cérebros. E assim, em reunião realizada em São Paulo, seis novos membros foram convidados a aderir ao órgão e se somaram ao movimento. Em dezembro do ano seguinte, 2007, com nova carga de ações, a campanha tomou um novo rumo quando foi protocolado na Casa Civil da Presidência da República o Dossiê UFO Brasil, gerado quase todo por um dos novos integrantes da entidade, o hoje conselheiro especial da UFO Fernando de Aragão Ramalho. Sua ação, amparada por várias diretrizes legais, garantiu a avalanche de arquivos abertos pela Aeronáutica, entregues ao Arquivo Nacional e hoje amplamente conhecidos pela Comunidade Ufológica. Todo o processo foi detalhadamente apresentado na Revista UFO, o veículo natural de manifestação da CBU.
Porém, mesmo tendo logrado tamanho êxito, ainda faltavam ações e reformulações no órgão, para que atingisse o objetivo final, que é, além da abertura total dos arquivos militares, o estabelecimento de uma comissão mista de ufólogos civis e membros de nossas Forças Armadas, para investigar de maneira aberta a presença alienígena na Terra. Várias iniciativas foram tomadas neste sentido, inclusive por integrantes do próprio meio militar, que, vendo a importância do trabalho da comissão, aderiram a ele. Além de outros ufólogos e pessoas que deram igual contribuição à sua causa. Assim, o resultado natural do processo seria a incorporação de novos integrantes, o que foi feito no início do ano. Hoje, a CBU é composta por 16 membros, sendo cinco dos seis que a fundaram [Beck pediu afastamento por razões pessoais] e mais 10 incorporados em 2006 e em janeiro passado.
Entre os novos integrantes estão nomes bem conhecidos do meio ufológico, por nele militarem ou por o apoiarem de maneira decisiva. Eles são o coronel da Reserva da Força Aérea Brasileira (FAB) Antonio Celente Videira, o empresário paulista Francisco Pires de Campos, o brigadeiro e ex-comandante do Comdabra José Carlos Pereira, o publicitário gaúcho Rafael Amorim e o professor e deputado federal Wilson Picler (PDT-PR). Todos têm intensa participação em eventos e na própria UFO, como Celente e Pereira, que já foram entrevistados pela publicação. Pereira, como ex-comandante do órgão que tem o controle das informações sobre UFOs no país, chegou a defender a completa liberação dos arquivos [Veja edições UFO 141 e 142], e Celente publicou recente estudo em que propõe a reativação de uma entidade como o extinto Sistema de Investigação de Objetos Aéreos Não Identificados (Sioani) [Veja edição UFO 155 e 156]. O ufólogo gaúcho Amorim, do Núcleo de Estudos Ufológicos de Santa Cruz do Sul (NEUS), também tem prestado enorme contribuição à UFO e à Ufologia Brasileira, assim como o empresário Pires de Campos e o deputado Picler. Ambos ofereceram, em inúmeras ocasiões, suporte logístico imprescindível e significativo para a realização das principais ações da CBU, seja diretamente a ela ou indiretamente, através desta publicação.
Como se vê, o meio ufológico nacional sai fortalecido com a reestruturação da CBU, que agora luta pela consecução de seus objetivos mais importantes para mudar, como vem fazendo há anos, a maneira como se entende a ação de outras espécies cósmicas no planeta – e de como nossos militares tratam da questão. E este processo, doravante, está nas mãos de Ramalho, que recebeu de Gevaerd a coordenação da entidade, também em janeiro. Este editor deseja dar as melhores boas-vindas possíveis aos novos integrantes e estende seus votos de uma boa administração a Ramalho. E continuamos todos a luta por uma Ufologia Brasileira melhor e mais firme!