Foi intensa a repercussão causada pela publicação, em nossa edição passada, de um artigo sobre o falecido cientista Carl Sagan e suas opiniões sobre vida no universo. O texto, intitulado Sagan: O Legado do Cientista Serve de Inspiração e Ponto de Reflexão Para os Ufólogos, foi escrito pelo consultor de UFO e engenheiro Renato A. Azevedo, que comentou pontos da biografia de Sagan que pouca gente conhecia, dentro e fora da Ufologia. A polêmica, no entanto, foi causada por comunidades céticas na internet, freqüentadas normalmente por jovens entusiastas e barulhentos, mas com poucas razões legítimas para contestar a pesquisa dos discos voadores. A maioria dos céticos tem em Sagan uma espécie de ícone, um símbolo intocável da racionalidade e do combate ao que chamam de “pseudociência”, categoria em que incluem a Ufologia. Mexer com a figura do cientista é deflagrar uma guerra. E foi isso que fez Azevedo, mas com a intenção – esta sim legítima – de mostrar que Sagan tinha como certa a existência de outras formas de vida inteligente no cosmos, e não apenas simples bactérias. Ele estava a um passo de admitir publicamente os UFOs. É uma pena que os céticos não soubessem disso. Teriam perdido menos tempo – deles e dos ufólogos – com suas vazias discussões.