Vamos pensar em como seria se, em vez de em 20 de janeiro de 1996, ocorresse hoje a queda de um objeto voador não identificado e a captura pelo Exército e Corpo de Bombeiros de seus tripulantes ainda vivos, como os seres supostamente não terrestres capturados no Caso Varginha naquela data? Como isso se daria e seria visto hoje, no auge dos virais, do Facebook, do YouTube, do WhatsApp e de tantos recursos que possuímos, tanto para o bem quanto para o mal?
Pensemos em uma criatura refugiada em um lote, ali mesmo naquele bairro Jardim Andere, tal como ocorreu originalmente no episódio dos anos 90. Qual seria hoje a realidade de três meninas passando por aquele local? Katia, Liliane e Valquíria, testemunhas originais do clássico avistamento, sequer sabiam o que era internet naquele janeiro de 1996, ao contrário de agora. Provavelmente hoje com celular à mão, será que teríamos um vídeo transmitido em tempo real e mostrado na mesma noite pela Rede Globo — que, aliás, na época batizou o ser como “ET” e fez a primeira grande matéria sobre todo o ocorrido, ou quase todo?
Certamente teríamos algo mais tangível, como vizinhos filmando a primeira captura no barranco onde se agruparam as criaturas na manhã daquele 20 de janeiro, mensagens correriam os celulares e chegariam a pessoas do mundo todo, o vídeo das meninas faria o maior sucesso no YouTube etc. E, claro, tudo rapidamente seria negado pelos militares, dizendo tratar-se apenas de algum gênio varginhense dos efeitos especiais, um “novo Mudinho”, referindo-se à folclórica figura varginhense como origem dos fatos, mas com a destreza e a capacidade dignas de Hollywood.
E quanto ao Hospital Regional do Sul de Minas Gerais, para onde uma das criaturas foi levada em 1996? A chegada desse ser ao local seria tão sorrateira hoje? Alguém informaria via Facebook a algum colega médico sobre toda a movimentação? Alguma foto em altíssima resolução vazaria pelo celular de uma das enfermeiras? O certo é que teríamos no mínimo mais material para analisarmos, mais agilidade em colher os depoimentos e também mais facilidade em compartilhar com outros colegas de pesquisa. Não seria tão fácil o Exército acobertar tudo…
Vídeos de celular
Em contrapartida, teríamos também uma pesquisa mais superficial, considerando o quadro dos pesquisadores da época, com Ubirajara Franco Rodrigues e Vitório Pacaccini à frente, rapidamente seguidos por Claudeir Covo e Marco Petit, para citar apenas alguns, sendo afetada? O nível das pesquisas e seus resultados seria hoje menos rico, com mais pessoas pesquisando os “vídeos de celular” e menos delas rompendo as barreiras, como ocorreu em 1996 e que deve ser imprescindível em uma pesquisa ufológica de qualidade? Então, imagine o leitor o que esses pesquisadores precisavam fazer na época para investigar e trocar uma mínima informação?
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