A Nova Zelândia é um país da região sul da Oceania, próximo à Austrália. Os arquivos da nação incluiriam relatos e casos ufológicos entre 1979 e 1984, como também referências para o avistamento em Kaikoura [Kaikoura Lights ou Luzes de Kaikoura, dezembro de 1978]. A documentação ainda está detida e deveria ter vindo a publico neste mês, mas a New Zealand Defence Force (NZDF) [Força de Defesa Neozelandesa] está removendo “informações pessoais” em cumprimento à Lei de Privacidade. “No momento estamos trabalhando para fazer cópias desses arquivos, menos as informações pessoais”, disse um porta-voz da Força de Defesa. “Uma vez concluído, seremos capazes de lançar uma cópia de todos os arquivos sobre UFOs, incluindo alguns à frente do seu tempo de lançamento, durante o ano”. Luzes foram vistas nos céus sobre Kaikoura em dezembro de 1978 e filmadas por uma equipe de reportagem da Austrália, que também foram captadas no radar. Um homem, que preferiu manter o anonimato, trabalhava para a divisão do Ministério dos Transportes no setor de Aviação Civil nessa época e confirma a curiosidade de ver os arquivos do governo.
Segundo o mesmo, estava trabalhando no Aeroporto Internacional de Christchurch, reparando na presença de aviões da Força Aérea dos Estados Unidos com sinais de chamada incomum na região e acredita que a história completa sobre as luzes não foi divulgada. “Para a Força Aérea Norte-Americana passar três dias aqui, deve ter sido algo relevante acontecendo”, disse ele. O The Press procurou os arquivos da Força de Defesa (FD) e questionou sobre as informações oficiais, sob efeito de lei desde agosto do ano passado. A FD informou que o pedido “exigiria uma quantidade substancial de agrupamento, pesquisa e consulta para identificar se algum possui a informação e se poderia ser libertado” e “não estava em condições de enviar pessoal para realizar essa tarefa”. O porta-voz disse que os arquivos públicos sobre avistamentos estavam disponíveis nos Archives New Zealand [Arquivos da Nova Zelândia]. A equipe jornalística também solicitou o acesso a esses documentos, mas não foi capaz de vê-los, como lhes tinha sido prometido pela Força de Defesa.
A diretora do grupo de pesquisa Ufocuz NZ, Suzanne Hansen, demonstra sua frustração com o atraso, mas compreende as razões de privacidade. “Temos estado em negociações com a Força de Defesa da Nova Zelândia, durante muitos anos. É frustrante do ponto de vista da investigação, porque gostaríamos de agrupar estes avistamentos para investigação internacional”. Ela disse que alguns avistamentos poderiam ter sido de tecnologia alienígena. “Há casos que certamente não são a nossa tecnologia. Tem sido cientificamente provado que isso é perfeitamente possível”. Já a presidente do New Zealand Skeptics [Céticos da Nova Zelândia], Vicki Hyde, acha que a documentação não seria tão interessante como aparentam. “Governos de todo o mundo têm esse tipo de arquivos e eles não são tão excitantes como você poderia possivelmente esperar. Há necessidades para se fazer essas coisas e pode realmente dar uma falsa impressão de que há uma grande quantidade de atividade alienígena lá fora”, comenta Hyde. “Provavelmente há vida inteligente em outros lugares, mas se chegaram aqui para brincarem conosco em um jogo de esconde-esconde cósmico é outro assunto”, completa. “Há uma grande diferença entre “havia algo no céu e eu não sabia o que era” e “era uma nave pilotada por alienígenas”“. Para ela, mesmo sem ter se aproximado ainda dos conteúdos, a maioria dos avistamentos “podem ser de coisas mundanas, como os satélites e bandos de pássaros”. Saiba mais sobre o Caso Kaikoura, também chamado de Kaikoura Lights, clicando aqui.