Avistamentos de UFOs e até mesmo contatos com seres extraterrestres têm sido cada vez mais freqüentes em todas as regiões do mundo, inclusive no Brasil. Entretanto, diferentemente de outros países, aqui ainda temos uma efetiva política de acobertamento de informações por parte de órgãos oficiais, como a Força Aérea Brasileira (FAB). Embora funcionários e pilotos já tenham testemunhado diversos fenômenos, que foram negados ao serem noticiados. Exceção a essa regra, temos um insólito caso ocorrido em 18 de março de 1967, no Rio Grande do Sul, que envolveu a tripulação de um avião da empresa Cruzeiro do Sul e outro da FAB, o DC-47. Nesse caso, assim como o acontecido no mesmo estado em 19 de maio de 1986, que também envolvia militares, o assunto foi registrado em documento oficial e amplamente divulgado pela Imprensa. Recentemente, essas e outras ocorrências envolvendo militares foram noticiadas no boletim ufológico Supysáua, produzido pelo Grupo Ufológico do Guarujá (GUG).
No episódio de 1967, a torre de controle da base solicitou ao comandante Aizemberg que se aproximasse do estranho objeto e o identificasse. Quando o fez, a estranha nave acelerou em direção oposta ao avião, desaparecendo 25 minutos depois. Nesse caso, a Imprensa escrita noticiou o fato, embora tenha dado a ele um caráter sensacionalista. Jornais como o Diário de Notícias, de Porto Alegre, Diário de São Paulo e Notícias Populares trouxeram, na época, maiores detalhes. Posteriormente, o Ministério da Aeronáutica reconheceu em ofício que o fenômeno era verdadeiro e foi testemunhado por militares e civis. O documento foi liberado por determinação do comandante da Base Aérea de Canoas, o coronel Zenith Borba dos Santos. Segue alguns trechos do mesmo: “Cerca de 10 minutos após a decolagem do avião Douglas C-47 prefixo 2077, do Aeroporto de Florianópolis, o capitão Ronald Eduardo Jaeckel verificou a existência de uma luminosidade muito intensa do lado direito do aparelho, que o seguia com velocidade equivalente a sua… Já nas proximidades da cidade de Taquara (RS) a luz foi novamente avistada, só que desta vez, à frente e um pouco abaixo do avião”. Neste momento, o capitão Jaeckel perguntou ao centro de controle do Aeroporto Salgado Filho se havia algum outro avião nas proximidades.
Manobras Arriscadas – Com a resposta negativa e a solicitação de que averiguasse o que estava acontecendo, o capitão passou a realizar manobras para que fosse possível uma aproximação ao objeto. Entretanto, quando o avião se aproximava, a luz apagava e ressurgia em outra posição. Sabe-se que era azulada e tinha oscilações em sua intensidade, ora mais forte, ora mais fraca. A rapidez com que se deslocava despertou a suspeita, depois confirmada, de que seriam dois objetos ao invés de um. Próximo ao aeroporto de destino, na Base Aérea de Canoas, foram avistadas duas luzes iguais que ascendiam e apagavam alternadamente, desta vez com luminosidade mais intensa. Antes do pouso, ressurgiram do lado direito do avião e uma delas teve sua cor alterada para vermelha. Além dos pilotos, tripulantes e passageiros estavam no avião cinco oficiais da FAB. Eles foram convidados à cabine para que observassem o fenômeno. Todos puderam constatar que as luzes seguiam o avião sem, no entanto, encontrar uma explicação para o fato. Os passageiros informaram que após a aterrissagem, verificaram que o estranho UFO pairava sobre a base. Nos dias seguintes ao caso, a 5ª Zona Aérea instaurou inquérito com base nos dados registrados na torre de controle do Aeroporto Salgado Filho, para apurar os fatos e receber os relatos das testemunhas.