O bancário paulista Édison Boaventura Júnior (EBJ), presidente do Grupo Ufológico do Guarujá (GUG), que foi acusado publicamente por A. J. Gevaerd de reter de maneira ilegal e imoral milhares de páginas de documentos oficiais originais sobre investigações de discos voadores, pertencentes à Nação e à Sociedade Brasileira, mais precisamente à Força Aérea Brasileira (FAB), acaba de amargar mais uma derrota judicial.
Em maio de 2014, após ser duramente criticado pelo editor da Revista UFO, o jornalista A. J. Gevaerd, por sua postura imprópria a um ufólogo de verdade, Boaventura Júnior entrou com ação ordinária na Justiça Estadual de São Paulo, pedindo retratação do editor, direito de resposta e ainda de R$ 180 mil de reparação por supostos danos morais, sob a alegação de ter sido gravemente ofendido por Gevaerd. O valor pedido é de nada menos do que 250 salários mínimos na época!
A PRIMEIRA DERROTA
Ao revés, amargou mais uma fragorosa derrota. Na sentença de primeira instância, proferida em 10 de maio de 2015 pelo juiz de Direito titular da 5ª Vara Cível da Comarca de São Paulo, Francisco Carlos Inouye Shintate, foram julgados improcedentes os pedidos deduzidos por Boaventura Júnior. Na decisão de primeira instância, o magistrado reconheceu que a manifestação de Gevaerd foi amparada no direito à liberdade de expressão, constitucionalmente assegurado, ao passo que foi o próprio autor da ação (Boaventura Júnior) quem deu causa aos supostos danos alegados, “de modo que é descabida a pretensão indenizatória, bem como o direito de resposta e retratação”, conforme a sentença. Foi a primeira derrota.
Não satisfeito com a sentença judicial, Boaventura Júnior interpôs recurso de apelação ao Tribunal de Justiça de São Paulo para tentar reverter a decisão anterior em segunda instância. Além das alegações recursais de praxe, ele desesperadamente juntou enorme quantidade de anexos ao processo, em sua fase recursal, como cópias de mensagens postadas no Facebook, Yahoogrupos, e-mails etc. Assim procedeu na tentativa de ofuscar a visão da Justiça, para que o Tribunal de Justiça de São Paulo lhe desse razão.
A SEGUNDA DERROTA
Ao ser recentemente julgado o apelo de Boaventura Júnior, no dia 29 de setembro passado, na 28ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, sob a relatoria do desembargador Hamid Bdine, o bancário paulista viu novamente ir por água abaixo o intento de fazer prevalecer seu plano obscuro. À unanimidade de votos, o colegiado paulista igualmente não considerou ofensivas as cobranças públicas feitas por Gevaerd, para que o referido cidadão agisse com a ética que se espera de um ufólogo e devolvesse à Nação e à Sociedade Brasileira os documentos que retém de forma ilegal e imoral.
No acórdão do Tribunal de Justiça de São Paulo, a questão toda é analisada com muito cuidado. No núcleo da fundamentação da sentença está a assertiva pela qual Gevaerd “disse estar ‘decepcionado’ com o comportamento do apelante (Boaventura Júnior) ao deixar de apresentar a versão original dos documentos à Comunidade Ufológica Brasileira”, certo que os comentários seguintes, feitos em carta pública, “não se mostram ofensivos à honra do apelante, porque os leitores da carta também compartilhavam do movimento denominado UFOs: Liberdade de Informação Já”, escreveu o magistrado.
Destaca-se da sentença em segunda instância que, “nesse cenário, a retenção dos documentos originais pelo apelante (Boaventura Júnior) não contribuiria para o fortalecimento do movimento idealizado para democratizar as informações a todos os estudiosos do tema”. Assim, conforme o Tribunal de Justiça de São Paulo, “as palavras proferidas na carta e nos comentários que se seguiram não tiveram o intuito de diminuir a pessoa do apelante (Boaventura Júnior) e foram realizadas dentro do contexto de busca pela liberdade de informação”. Por tudo isso, foi mantida a sentença que julgou improcedentes os pedidos feitos pelo dito ufólogo.
PREJUÍZO À ABERTURA UFOLÓGICA BRASILEIRA
As milhares de páginas de documentos oficiais da Força Aérea Brasileira (FAB) sobre investigações de UFOs no Brasil entre 1969 e 1972, no período do Sistema de Investigação de Objetos Aéreos Não Identificados (Sioani), hoje retidas por Boaventura Júnior, são peças importantes no processo de abertura ufológica do país, conquistado a duras penas pela Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU) e pela Revista UFO por meio da campanha “UFOs: Liberdade de Informação Já”, iniciada em 2004. A ação do bancário paulista é entendida como uma clara e abjeta sabotagem deste processo tão importante para a Ufologia Brasileira.
Ao reter este material para interesse particular e unicamente seu, e ainda tendo a ousadia de oferecer à venda o acervo a terceiros (fato provado via mensagens eletrônicas) por mais de R$ 60 mil, Boaventura Júnior provoca imenso prejuízo ao anseio de todos os ufólogos brasileiros de conhecer milhares de páginas originais de documentos ufológicos oficiais, que pertencem à Nação e à Sociedade Brasileira. Sua atitude não tem a mínima defesa e é amplamente condenada pelos ufólogos do país.
Tal postura, irresponsável, egoísta e mesquinha, tem causado graves danos ao processo de abertura ufológica brasileira, que, sem ter as milhares de páginas em seus arquivos militares, por elas estarem em poder do bancário paulista para “consumo próprio”, não pôde desclassificá-las e enviá-las ao Arquivo Nacional, em Brasília, onde estariam à disposição de toda a Nação e da Sociedade Brasileira.
ADVERTÊNCIA A ÉDISON BOAVENTURA JÚNIOR
Ao findar o processo de Boaventura Júnior contra Gevaerd, com duas derrotas fragorosas, resta agora a investida da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU), da Revista UFO e do próprio editor, os quais já têm articuladas várias ações legais visando o resgate de tão relevantes “bens públicos”, de quem e a quem de direito.
Na certeza de que Édison Boaventura Júnior terá pronto conhecimento deste texto, fica registrada aqui uma importante recomendação, pelo bem da Ufologia Brasileira: que ele, ainda tendo em seu poder os referidos documentos públicos, em gesto de abnegação e de reconhecimento da ilicitude de sua posse, os entregue de imediato e voluntariamente ao Arquivo Nacional. Com isso,
o bancário paulista evitará futuros dissabores, decorrentes das medidas legais que serão tomadas acaso insista em permanecer com o que não lhe pertence e jamais poderá legalmente lhe pertencer, à vista da inexorável regra do artigo 102 do Código Civil Brasileiro.
Enfim, venceu a Ufologia Brasileira, venceram a ética, a moralidade e a verdade, que condenam quem não se ajusta às devidas regras morais que devem nortear os atos da Comunidade Ufológica Brasileira.
DOCUMENTAÇÃO DOS FATOS:
Este texto de autoria de A. J. Gevaerd foi publicado na Revista UFO edição 209 para repreender Édison Boaventura Júnior
Esta gravação, feita no Fórum Mundial de Ufologia (UFOZ), mostra a repreensão a Édison Boaventura Júnior em público
Estas são as três cartas abertas que veicularam na lista Revista UFO Online no Yahoogrupos, em que A. J. Gevaerd novamente repreende Édison Boaventura Júnior: carta 1, carta 2 e carta 3
Este é processo movido por Édison Boaventura Júnior contra A. J. Gevaerd, a Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU), a Mythos Editora, o Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores (CBPDV) etc
Estas são as duas sentenças emitidas pela Justiça do Estado de São Paulo, em primeira e segunda instâncias, pondo fim às pretensões de Édison Boaventura Júnior
Organograma do Sistema de Investigação de Objetos Aéreos Não Identificados (Sioani)
Informações sobre UFOs são muito requisitadas no Arquivo Nacional
A Noite Oficial dos UFOs no Brasil é destaque na televisão
Apresentado projeto para regulamentação da profissão de ufólogo
Documentos ufológicos da CIA são destaque na imprensa
Governo Brasileiro libera um dos mais importantes documentos secretos sobre UFOs até agora
Ministério da Defesa e ufólogos acertam canal de comunicação inédito no mundo
Saiba mais:
Livro: UFOs: Arquivo Confidencial
UFOs: Arquivo Confidencial – Um Mergulho na Ufologia Militar Brasileira expõe casos ufológicos de gravidade ocorridos no Brasil, que permanecem até hoje sob sigilo. O livro apresenta detalhes até então desconhecidos de como nossos militares conduziram investigações secretas de incidentes com naves alienígenas no país. Entre eles estão as impressionantes conclusões da Aeronáutica após conduzir a Operação Prato na Selva Amazônica, para apurar o Fenômeno Chupa-Chupa. O autor, Marco Antonio Petit, é um dos mais conhecidos e respeitados ufólogos brasileiros, co-editor da Revista UFO há 20 anos e autor de várias obras sobre a presença alienígena na Terra.