O sul de Minas Gerais sempre foi rico em avistamentos ufológicos, chegando a ser classificado como uma das 11 áreas mais visitadas por extraterrestres no país. Ufólogos levantaram várias hipóteses para essa região ter sido escolhida, por assim dizer, para ser palco de tais acontecimentos. Duas delas seriam a abundância que a região apresenta em minérios e a existência de muitos lagos espalhados por aquela área. Uma terceira suposição considerada, e mais aceita, é que o sul de Minas torna-se rota de UFOs por ser eqüidistante aos três principais centros da região sudeste, Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro. A insólita cidade São Tomé das Letras, por exemplo, está localizada no exato centro topográfico destas três capitais. Já Varginha estaria um pouco deslocada deste pólo, mas acabou sendo escolhida pelo Ministério da Aeronáutica como um importante ponto de apoio para a navegação aérea, ligando de modo mais seguro São Paulo e Belo Horizonte.
O Fenômeno UFO é bem conhecido pelos moradores de Varginha mas, apesar disso, há algum tempo não se ouvia relatos de discos voadores sobrevoando a região. Entretanto, no último mês de maio, várias ocorrências ufológicas foram registradas. Algumas se deram próximas ao Aeroporto Major Brigadeiro Trompowsky, da cidade, onde a torre de controle mantém um radiofarol que dá apoio aos aviões que sobrevoam a área, transmitindo sinais que evitam o desvio de rotas por um simples erro de navegação ou fortes rajadas de ventos. Este sistema de controle aeronáutico existe desde os anos 30 e, geralmente, todas as capitais possuem um radiofarol por serem cidades de intenso movimento aéreo. Contudo, dependendo da distância entre elas, é preciso um corredor que estabeleça essa ligação aérea – no caso Varginha.
Com o passar dos anos, o número de vôos sobre a cidade aumentou, e atualmente podemos observar aviões comerciais surgirem no céu a cada 15 minutos, em média. Empresas internacionais também utilizam esse “corredor aéreo” diariamente, em direção a países vizinhos, como Bolívia, Colômbia e Venezuela. A aerovia em questão, que liga São Paulo a Belo Horizonte, é a W 45, segundo cartas aeronáuticas [Mapas] formuladas pelo Ministério da Aeronáutica e seguidas rigidamente por todos os aviões que nela trafegam – sempre em comunicação com o Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta). Os aviões comerciais voam em média a oito quilômetros de altura e a 850 km/h. Atualmente, o transporte aéreo ganhou um novo instrumento de navegação, denominado GPS, que é orientado por satélites. Com ele, o sistema tradicional, descrito acima, passa a ser obsoleto.
Com a tecnologia cada vez mais desenvolvida, era de se esperar que a detecção de objetos voadores não identificados em nossos céus, em especial próximos a regiões de intenso tráfego aéreo, fosse cada vez mais intensa e precisa. Na verdade, é freqüente o relato de pilotos que observam UFOs acompanhando aviões. Em casos mais raros, o mesmo fenômeno pode ser detectado pelos instrumentos de bordo das aeronaves e aqueles das torres de controle – o que caracteriza uma ocorrência de elevado grau de confiabilidade. Em circunstâncias ainda mais especiais, tais objetos são observados simultaneamente por tripulações em vôo, funcionários de aeroportos e pessoas que se encontram no solo. Pois foi justamente isso o que aconteceu em Varginha, em maio passado. É comum pessoas leigas em Ufologia confundirem aviões com UFOs ou sondas. Desde a década de 30 ficou convencionada em todo o mundo a maneira pela qual um avião deve ser identificado em vôo noturno. A aeronave deve ter uma luz vermelha na ponta da asa esquerda, outra na asa direita e uma branca na extremidade da cauda. Anos depois foram acrescentadas uma luz vermelha intermitente à parte superior da cauda e outra no ventre do aparelho. Esta última possui a denominação de luz anticolisão.
Novos Padrões – Agora também se usa mais duas luzes brancas internas nas asas, que são chamadas box lights e servem para fazer com que a aeronave fique mais bem visualizada, juntamente com as outras luzes padronizadas. Se soubessem desses fatos, muitas testemunhas que alegam observar estranhos fenômenos no céu possivelmente saberiam distingui-los de aviões de carreira. Ainda assim, o número de ocorrências ufológicas legítimas, nas quais não há confusão sobre a natureza do objeto observado, é muito grande. Quando o tráfego em uma determinada aerovia está congestionado, é comum os pilotos acionarem as luzes de pouso e decolagem de suas aeronaves, que quase sempre estão localizadas na parte dianteira da raiz das asas.
Algumas vezes, à longa distância, tais potentes faróis fazem com que mesmo ufólogos experientes os confundam com UFOs. Testemunhas desavisadas no solo são ainda mais passíveis de enganos, pois não sabem que nem sempre as naves alienígenas se apresentam luminosas, o que torna impossível sua observação a olho nu à noite. Entretanto, podem ser captadas por radares de tráfego aéreo em grandes aeroportos. Assim, pode-se deduzir que discos voadores sem iluminação sobrevoem locais específicos e até populosos, sem serem notados. Este não foi o caso de Varginha, no entanto, quando UFOs foram registrados em maio passado.
As observações feitas por várias pessoas da cidade constataram estranhos objetos voando quase à mesma altura dos aviões comerciais, que variam constantemente sua altitude. O mais próximo deles ficou a cerca de sete quilômetros da torre de controle do aeroporto local, seu formato era esférico e possuía luminosidade variável, inclusive na dimensão. Varginha está localizada a 900 m de elevação em relação ao nível do mar, o que faz com que aviões procedentes do litoral tenham que subir quando voam nessa região. No referido mês em que os fatos se intensificaram na cidade, vários acontecimentos foram significativos e chamaram a atenção dos ufólogos. Um dos principais ocorreu no dia 02, por volta das 19:00 h, quando foi observado um objeto à grande altitude, em formato semelhante ao de um vagão ferroviário. O mesmo tipo também foi visto durante o ano de 1996, em meio ao Caso Varginha – amplamente noticiado pela Imprensa. Naquela ocasião, dois aviões de caça da Força Aérea Brasileira (FAB) estavam à procura do objeto.
A disposição de caças aéreos em uma missão de interceptação também pode confundir algum observador, levando-o a pensar que se tratem de UFOs. Mas além das luzes de navegação habituais, estas aeronaves voam sempre em par, tendo o líder à frente e, do lado direito, um pouco atrás, o chamado ala. Tal disposição foi idealizada por pilotos alemães na Primeira Guerra Mundial e padronizada logo
depois por todos os países. Essa padronização, quando observada, pode levar os ufólogos a descartarem a possibilidade dos objetos serem UFOs. Mas isso não é o que tem sido registrado em Varginha, onde os acontecimentos envolvem quase sempre objetos de formatos distintos próximos ao aeroporto. Um dos casos mais relevantes de que se tem conhecimento ocorreu em 1984, quando havia um serviço da empresa aérea TAM para transportar malotes postais de e para Varginha, diariamente no horário das 21:00 às 04:00 h.
Na ocasião, o controlador de vôo do aeroporto era o senhor Jarí de Oliveira, que se mantém no cargo até hoje. Ele nos relatou que no ano em questão era freqüente o avistamento de UFOs por pilotos, especialmente nas madrugadas. Quando os aviões se aproximavam dos misteriosos objetos, os mesmos se esquivavam. Isso acontecia especialmente com aeronaves de pequeno porte, como o Bandeirante EMB-110C, da Embraer, que operava muito naquela rota. Num daqueles dias, o comandante de um vôo chegando à Varginha perguntou ao controlador da torre do aeroporto se havia um avião na reta final para o pouso. O senhor Jarí negou, porém o piloto insistiu que havia algo de errado, o que fez com que o funcionário saísse do local para conferir na cabeceira 04 onde o Bandeirante iria pousar. Jarí viu então um objeto relativamente grande, talvez pela luminosidade que emanava, pairando pouco atrás do local. Voltou e confirmou ao piloto que realmente havia algo naquela posição – que não poderia ser um avião, pois não era esperado outro além daquele.
Quase Colisão – O piloto, surpreso, decidiu ir adiante na reta final daquela cabeceira e pousou normalmente, obrigando o UFO a sair. Quase houve uma colisão, pois o objeto afastou-se somente segundos antes do pouso da aeronave, voando para o espaço em velocidade além do normal. Só viemos a saber desse fato recentemente, quando o senhor Jarí resolveu narrá-lo. No entanto, o caso não pode mais ser apurado por ter o comandante já falecido. Recentemente ocorreu um caso semelhante envolvendo misteriosos objetos próximos ao Aeroporto Trompowsky. No dia 23 de maio passado, por volta das 21:14 h, era aguardado o avião ATR 42 da empresa aérea Pantanal, procedente de São Paulo. No mesmo momento, o controlador de vôo havia recebido uma comunicação do comandante de uma outra aeronave, desta vez da empresa Varig, que sobrevoava Varginha na mesma aerovia. Ele perguntou se havia um avião na área naquele momento.
O controlador respondeu que só aguardava o pouso do avião da Pantanal, não sabendo até então o que o piloto da Varig tinha avistado. Pessoas que estavam presentes no aeroporto, naquele instante, avistaram um UFO que desceu repentinamente e passou por trás da cabeceira, logo após a aterrissagem do ATR 42. A história obteve naquela semana grande repercussão, com entrevistas realizadas por rádios e tevês locais. Tal acontecimento reforçou ainda mais a discussão ufológica em Varginha, significativamente aumentada em 1996, quando da captura de criaturas alienígenas pelo Exército e Corpo de Bombeiros – a qual muitos moradores da cidade ainda tratavam com ceticismo. De qualquer forma, a agitação fez novos adeptos da Ufologia.
O ufólogo Ubirajara Rodrigues [Nosso co-editor e autor do livro Na Pista dos UFOs], que ficou conhecido mundialmente por ter investigado com competência o Caso Varginha, lamentou os poucos detalhes que puderam ser retirados do fato. Contudo, o avistamento testemunhado na noite de 23 de maio comprovou para todos a atividade de naves estranhas sobrevoando novamente o céu varginhense. O senhor Jarí acrescentou ainda que as aparições foram constantes durante todo aquele mês, sendo que os objetos voadores quase sempre surgiam entre 18:30 e 22:30 h. E os relatos foram se acumulando. Uma advogada afirma ter visto, no dia 25, por volta das 23:30 h, outro objeto piscando de modo estranho, em direção ao aeroporto. Infelizmente, não foi obtida qualquer informação de fenômenos estranhos que pudessem ter ocorrido neste horário.
Esses acontecimentos podem indicar que houve uma onda ufológica na região. Entretanto, ainda resta dúvida sobre quem pilota essas naves. Seriam seres da mesma espécie que aqueles capturados em Varginha, em 1996? Será que tais criaturas teriam uma base subterrânea nas redondezas, que justificasse tamanha incidência lá? Estas são perguntas que só fazem aumentar o mistério para os leigos, pois para os ufólogos o mais importante é a busca por um maior número possível de evidências – difíceis de serem obtidas, mas das quais nunca devemos desistir. \’
Varginha novamente na rota de naves extraterrestres
Varginha situa-se entre as célebres cidades no campo da Ufologia chamadas de “janelas”, locais ondeexistem constantes observações do Fenômeno UFO. O mesmo ocorre em outras cidades mineiras como São Tomé das Letras, Carmo da Cachoeira, Baependi, Córrego do Ouro [Distrito de Campos Gerais] e Três Corações, que também foram cenários de freqüentes avistamentos e contatos de graus elevados. Recentemente, ocorreram várias observações ufológicas na área, geralmente no início da noite. Como exemplo, temos o fato verificado em 02 de maio passado, quando um disco voador foi visto por várias pessoas pairando sobre o Aeroporto Major Brigadeiro Trompowsky.
Em outros locais, no mesmo dia, estranhos objetos puderam ser observados, como no bairro Campos Elíseos, onde o autor Roberto Paione notou dois objetos aproximando-se a uma altitude de quatro quilômetros. Eles estavam emparelhados, fizeram uma curva à esquerda e, quando estavam acima de Varginha, sobre os bairros Vila Mendes e Campos Elíseos, foi possível ouvir um som idêntico ao das turbinas dos aviões de caça. Paione decidiu então investigar o que poderia ter sido o inusitado fenômeno e procurou os funcionários do aeroporto para saber se algum avião a jato civil tinha decolado àquela hora – obtendo a resposta de que não havia qualquer movimento no espaço aéreo da cidade. Alguns momentos depois, observou um estranho objeto que se aproximava lentamente do aeroporto. O mesmo fez uma curva para a esquerda, retirando-se do campo visual do autor, entretanto, ele pôde perceber a existência de janelas em seu bojo. Um funcionário do local informou que o objeto visto sobre o aeroporto permaneceu pairando por cerca de uma hora. Ele relatou ainda que fatos como esse
não eram inéditos, sendo que um dos mais significativos aconteceu em 1984, conforme já descrito por Tadeu Pinto Mendes.
Luz Intensa – Além desse caso, muitos outros testemunhos podem ser encontrados na região de Varginha, inclusive na área rural. Em 1999, por exemplo, Geraldo Galdino, residente próximo ao parque de exposições da cidade, foi despertado durante a madrugada por uma luz intensa. Chamou sua esposa e, juntos, puderam observar no pasto um grande objeto, do qual saíram três seres de pequena estatura. Eles caminharam durante longo tempo pelo local, demonstrando coletar objetos. Em outra ocasião, ele e sua irmã avistaram uma luz que atingia grandes proporções na medida em que se aproximava.
O objeto passou sobre eles emitindo um som semelhante ao de abelhas, com uma luz azul intensa. A freqüência dessas ocorrências ufológicas aumentou significativamente entre os meses de abril e maio deste ano. Além do ocorrido no dia 02 de maio, tivemos outro episódio no dia 12 do mesmo mês, às 22:45 h, no qual um dos autores deste artigo – José Maria da Silva – avistou uma estranha luz no céu, em direção à cidade de Elói Mendes, 15 km distante de Varginha. A mesma realizou uma curva e desapareceu logo em seguida. Atrás dela vinha um avião que continuou sua trajetória de forma normal. Inesperadamente, às 00:15 h, a luz retornou e repetiu o mesmo percurso descrito anteriormente. Esses são apenas alguns relatos de ocorrências recentes. Tais fatos têm acontecido lenta e gradualmente, talvez para que as pessoas se acostumem e adquiram conhecimento sobre o assunto. Varginha parece ser uma cidade que atrai UFOs, por razões ainda desconhecidas. As aerovias que passam sobre a cidade demonstram estar sendo constantemente percorridas por UFOs.