Esta edição de UFO apresenta uma entrevista com um raro e importante exemplo de respeito, amor e interesse pela Ufologia, passado de pai para filho e dando continuidade a um trabalho com mais de 50 anos de experiência na área. Antonio Pedro da Silva Faleiro, nascido na cidade mineira de Passa Tempo, em 24 de abril de 1941, é um dos grandes pioneiros da Ufologia Brasileira, que desde tenra idade, por influência direta de seu pai, passou a se dedicar à investigação da presença alienígena na Terra. A rica casuística de sua cidade natal e toda a região ao redor ficou conhecida não somente no Brasil, mas também no exterior, graças ao seu esforçado trabalho.
Da velha guarda, Faleiro é um dos poucos ufólogos que ainda se dedica à investigação de campo, indo atrás das manifestações do fenômeno in loco, acumulando uma experiência que lhe deu a oportunidade de estar várias vezes na presença de sondas ufológicas e de discos voadores, em incontáveis situações e vigílias que realizou. Na década de 70, o pesquisador fez parte do Sistema de Investigação de Objetos Aéreos Não Identificados (Sioani), órgão criado pela Força Aérea Brasileira (FAB) para pesquisar ocorrências ufológicas no país, unindo militares e civis de forma inédita no mundo. Lamentavelmente, o Sioani foi extinto anos depois, mas teve excelentes resultados e hoje é um exemplo de entidade que se enquadra nos objetivos da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU), que almeja sua reativação em moldes modernos.
Ousadia e determinação
Em 1979, Faleiro recebeu prêmio por ter atingido o segundo lugar no Concurso de Teses Ufológicas promovido pela extinta organização Arca, no Rio de Janeiro, o que o credenciou a se tornar um dos principais conferencistas em eventos do setor, tendo proferido palestras em todo o Brasil. Em homenagem ao pai, construiu em sua cidade o Observatório Ufológico Antonio de Souza Faleiro, em 1982, espaço que utiliza para realizar vigílias e esperar por um contato direto com ETs, do qual não desiste nunca. Ele também foi um dos primeiros ufólogos brasileiros a fazer correlação entre os discos voadores e o folclore nacional, não apenas mostrando, mas também provando que observações ufológicas foram erroneamente interpretadas no passado, dando origem a inúmeras lendas e mitos folclóricos vivos até hoje.
Sua brilhante pesquisa foi disseminada em várias obras, algumas das quais publicadas com recursos próprios, tais como OVNIs no Folclore Brasileiro, Assombrações ou OVNIs? e Meus Contatos com OVNIs. Mas foi em 2002 que Faleiro atingiu um público maior, em escala nacional, com o lançamento de UFOs no Brasil: Misteriosos e Milenares, através da coleção Biblioteca UFO [Código LIV-010. Confira na seção Shopping UFO desta edição e no Portal UFO: ufo.com.br]. No livro ele descreve com riqueza de detalhes a intensa e extraordinária casuística ufológica de Minas Gerais, apresentando seu minucioso trabalho de levantamento, catalogação e associação de diversas lendas folclóricas e indígenas brasileiras com ocorrências ufológicas autênticas.
Todas as lendas e mitos brasileiros no campo ígneo estão ligados a objetos voadores não identificados. Séculos atrás, as pessoas não podiam explicar os fenômenos que observavam e, então, criavam lendas e mitos a seu respeito, especialmente os indígenas, que não tinham qualquer tipo de informação sobre o assunto
Seu trabalho foi agora complementado e ilustrado com um lançamento mais recente, um documentário em DVD intitulado OVNIs no Folclore Brasileiro, onde apresenta centenas de casos ufológicos de Minas e de outros estados brasileiros. “Trata-se, assim como toda a obra do autor, de uma peça indispensável ao acervo de qualquer pesquisador ou amante da Ufologia”, declarou o editor da Revista UFO A. J. Gevaerd. Faleiro, a propósito, é um dos mais antigos consultores da publicação, acompanhando desde seu início toda a evolução pela qual passou, indo de um simples periódico em preto e branco até se tornar a principal e mais reconhecida publicação ufológica do planeta.
A determinação e idoneidade de Antonio Pedro da Silva Faleiro o transformaram em justa fonte de inspiração para outros pesquisadores e grupos, e também por isso é patrono do Observatório Anfal, abreviatura de seu nome, instalado em Morro do Ferro (MG). Nesta entrevista, o veterano relata suas principais experiências e pensamentos sobre Ufologia, critica e aconselha quanto ao atual momento por que passa e conta as ocasiões em que enfrentou sem temer e de frente o Fenômeno UFO. Faleiro ainda projeta seus novos passos e também aborda a surpreendente mudança de postura do principal investigador do Caso Varginha, o advogado e ex-ufólogo Ubirajara Franco Rodrigues, através de entrevista concedida à esta publicação [Veja edições UFO 153 e 154]. Varginha, como se sabe, ainda é considerado o principal acontecimento ufológico do país, mas sempre foi criticado e colocado em dúvida pelo entrevistado. Veja a seguir por quê.
Como você teve seu interesse despertado para a Ufologia e resolveu se dedicar a ela. Meu pai, desde 1952, era um entusiasta do Fenômeno UFO. Naquela época ele já acreditava na presença de inteligências extraterrestres na Terra e sempre comprava e lia muitos livros. Um dia resolvi seguir seus passos, devorando tudo que tratasse do assunto. Porém, foi em 1957 que vi pela primeira vez um UFO, juntamente com meu pai, voando baixo e passando atrás da igreja matriz de Passa Tempo, que fica na praça principal da cidade. Parecia uma grande bola de fogo.
1957, ano em que ocorreu a abdução de Antonio Villas Boas? O que acha desse caso? Realmente, tive meu primeiro avistamento nesse mesmo ano. Quanto ao Caso Villas Boas, foi uma das primeiras abduções alienígenas da Era Moderna dos Discos Voadores, bem como ele foi um dos primeiros humanos a ter mantido relações sexuais com uma visitante extraterrestre feminina [Veja edição UFO 137].Tenho certeza de que tudo narrado nele é real, pois Villas Boas era sério e não mentiu em momento algum. Além do que, o caso foi pesquisado por seríssimos ufólogos brasileiros, entre os quais os falecidos Walter Bühler e Olavo Fontes, além da dona Irene Granchi [Presidente de honra do Conselho Editorial da Revista UFO]. Lembro-me que ele foi chamado ao programa Flávio Cavalcante e deu uma entrevista prometendo voltar noutro dia com mais detalhes. Mas nessa ocasião ridicularizaram sua experiência e ele então não voltou mais.
O que mudou em sua vida após resolver se dedicar à Ufologia e que balanço você faz do atual estágio em que se encontra esta disciplina no Brasil e no mundo? Houve uma evolução nas últimas décadas? Muita coisa mudou em minha vida. Por exemplo, fiz novas amizades e compartilhei muita coisa com estes amigos, como também conheci vários lugares e pessoas através da Ufologia. Além do que, fiquei conhecido em todo o Brasil e até no exterior com minhas pesquisas, o que foi um grande passo e me fez muito feliz. Assim eu me sinto até hoje. Quanto ao estágio atual da Ufologia, penso que ela caminha a passos curtos e não houve evolução desde seu início até os dias de hoje, em lugar algum do mundo. Principalmente porque nós, ufólogos, ainda somos pouco equipados para realizar as pesquisas. Pouco sabemos de efetivo sobre esses seres, e eles também não nos dão muitas chances para pesquisá-los. Veja que até os órgãos oficiais do nosso país, por exemplo, não têm muitas informações sobre a presença alienígena na Terra..
Como os ufólogos poderiam melhor se equipar para realizar suas investigações? O que seria necessário? Teríamos que ter apoio, colaboração e parcerias com universidades, institutos oficiais e, principalmente, contar com equipamentos e tecnologias próprias, de uso mútuo, que pudéssemos deslocar para diversas partes do país e utilizar na pesquisa do Fenômeno UFO. Também precisamos de uma equipe preparada para analisar os muitos relatos que já temos, com profissionais em diversas áreas, tais como biólogos, químicos, cientistas etc, para esse tipo de pesquisa. Assim, todos estariam colaborando com a pesquisa da manifestação ufológica, pois a verdade é que estamos lidando com algo muito evoluído. Sim, os discos voadores são máquinas bastante avançadas e seus tripulantes, bem evoluídos. E até o momento sabemos muito pouco sobre eles.
Você acha que alguma nação detém conhecimento sobre eles, como os Estados Unidos, por exemplo, que insistem em manter o assunto sob sigilo? Acredito que nem mesmo os governos de superpotências tenham respostas definitivas. Eles podem até saber um pouco mais do que nós, ufólogos civis, mas também não têm as chaves para as grandes incógnitas da Ufologia. Na verdade, o que fazem é apenas coletar dados sobre os contatos e analisá-los, e não estão assim tão avançados nas pesquisas ufológicas como muita gente imagina.
E quais seriam essas grandes incógnitas da Ufologia? Um dia elas poderão ser respondidas? São muitas. Por exemplo, ainda não sabemos exatamente de onde vêm os UFOs, qual é o método de propulsão utilizado por essas naves, o que seus tripulantes querem em nosso planeta etc. São muitas as perguntas que fazemos, para as quais até hoje não encontramos respostas. E assim como nós, os governos também estão buscando soluções e conclusões. No futuro, obviamente, acredito que estas grandes incógnitas serão desvendadas, assim como outras novas questões surgirão, e assim por diante.
Como você avalia os métodos empregados atualmente nas investigações? Acho que a metodologia empregada na pesquisa ufológica hoje não é ruim, mas ainda não temos recursos concretos para fazermos uma boa investigação e os ufólogos geralmente averiguam e analisam apenas relatos e fotos, ou seja, dados. Não temos o objeto de nosso estudo em mãos.
Em sua opinião, por que a Ufologia ainda não conseguiu ser reconhecida oficialmente? Para ela ser reconhecida, precisaremos passar por uma modernização, como falei anteriormente. Também necessitaremos de pessoas que estejam em cargos de destaque no Governo, para termos mais força e proporcionar maior abertura ao assunto, com o reconhecimento oficial da relevância da Ufologia para a sociedade.
Como ufólogo consagrado e experiente, como você imagina a Ufologia na próxima década? Acredita em uma maior aceitação dela por parte da sociedade planetária? É claro que a Ufologia irá avançar, mas sempre de forma discreta e lenta, pois faltam pessoas para divulgá-la aos mais novos, que já possuem, evolutivamente, a mente mais adaptada para a situação e para o estabelecimento de contatos com seres de outros mundos. No dia em que uma espaçonave extraterrestre se mostrar abertamente, e o evento for transmitido por várias redes mundiais de televisão, aí sim a Ufologia se tornará uma realidade para toda a humanidade e ninguém mais poderá contestá-la.
E por que acha que eles, nossos visitantes, ainda não fizeram isso, não se mostraram para todo o mundo, sem rodeios? Os extraterrestres só farão isso quando abandonarmos certas práticas na Terra. Por exemplo, quando conseguirmos viver em paz e sem guerras, quando aprendermos a nos respeitar. Acho que jamais ocorrerá contato definitivo com um planeta cujos habitantes degradam tudo o que tocam e matam a si mesmos de várias formas, inclusive de fome e de pobreza extrema. Isso só foi possível no passado remoto quando não tínhamos armas de destruição em massa e éramos bem mais jovens na história planetária. O contato direto e franco com outras espécies cósmicas ainda demorará e depende somente de nós antecipá-lo ou não — basta resolvermos nossas diferenças aqui para depois recebê-los.
Minas Gerais é um dos estados brasileiros privilegiados em termos ufológicos, com enorme quantidade de ocorrências. Depois de décadas pesquisando sua casuística, a que você atribui o interesse de extraterrestres pelo local? O estado, como o próprio nome sugere, de fato é muito rico em diversos minérios, e não tenho dúvidas de que eles devem ser o motivo de os UFOs sempre visitarem a região. Na minha cidade, Passa Tempo, assim como nas proximidades, também deve existir algo de interesse desses visitantes, mas eu ainda não descobri o que é que os trazem aqui. Veja, é apenas uma teoria, mas acho que podem estar utilizando uma tecnologia que ainda não conhecemos para coletar alguma energia ou fonte de combustível relacionada aos minerais. Entrevistei muitas testemunhas que afirmam que UFOs sempre são vistos realizando suas pesquisas em locais próximos a regiões de serras.
Como você observa a divisão que existe dentro da Ufologia entre pesquisadores que seguem o lado místico e os que preferem manter uma linha mais científica em suas pesquisas? Primeiramente, acho que nós devemos voltar nossas atividades investigativas para o lado científico, pois o Fenômeno UFO é principalmente físico e material. Mas estamos sendo visitados e observados por diversas raças do universo, e é aí que reside um grande problema: muitos contatos aparentam ser fantásticos, pois existem seres que nos contatam mesmo sem naves. Como examinar estes casos? No entanto, creio que na maioria das vezes tais seres estão apenas fazendo uma visita ao nosso planeta, sem qualquer intuito de nos salvar de alguma catástrofe iminente, como muitos seguidores da área mística alegam. Eles acabam idolatrando nossos visitantes e fazendo da Ufologia uma pseudoreligião.
Você vislumbrou um cenário pessimista… É verdade. A Comunidade Ufológica Brasileira hoje parece gostar mais de fantasias e de alegações sem comprovação, deixando as coisas reais de lado, por serem menos atraentes. Isto tem me decepcionado bastante. O atual estágio da Ufologia é preocupante, pois as pessoas preferem ler o livro de alguém que se diz um contatado, um amigo dos ETs e que conta um monte de histórias inventadas, do que ter acesso a uma pesquisa séria de casos reais de avistamentos.
Explique melhor sua afirmação sobre ETs que se fazem presentes sem suas naves. Certamente algumas civilizações do cosmos já atingiram uma tecnologia que as permitem fazer viagens interestelares sem a utilização de veículos. Nesses casos, enviados de tais mundos se desmaterializariam no planeta ou lugar de origem e se materializariam em nosso mundo ou em qualquer outro. Claro que não disponho de evidências para sustentar esta hipótese, exceto, é claro, os registros de contatos em que alienígenas surgem do nada e desaparecem da mesma forma, como eu próprio já vi e muitas outras pessoas testemunharam.
Como você vê as afirmações de pessoas que garantem receber mensagens de extraterrestres, seja através de psicografia ou de canalizações? É preciso ter muito cuidado com isso, porque mesmo entre os indivíduos idôneos e de boa vontade não há garantias de que esteja mesmo havendo um contato com entidades extraterrestres — além de ser muito fácil interpretar erroneamente tais experiências. E há casos de manipulação de conteúdos por pessoas que se dizem contatadas através destes métodos, que escrevem mensagens pretensamente recebidas como bem querem e entendem. Particularmente, não acredito nessas afirmações.
Isso nos leva a questioná-lo quais são os casos da Ufologia Brasileira que você considera mais relevantes e acima de qualquer suspeita? O já citado Caso Villas Boas, sem dúvida, e os pesquisados por mim aqui na região de Passa Tempo são aqueles que considero verdadeiros. Assim como existem muitos outros, igualmente bem pesquisados por amigos em outras regiões, que também considero autênticos.
Você foi o primeiro pesquisador brasileiro a fazer a ligação entre o Fenômeno UFO e as lendas do nosso folclore, inclusive associando entidades de religiões afro-brasileiras com extraterrestres. Fale-nos um pouco sobre suas pesquisas nessa área. Todas as lendas e mitos do folclore brasileiro no campo ígneo [Relativo ao fogo] estão ligados a objetos voadores não identificados. Séculos atrás, as pessoas não podiam explicar os UFOs que observavam e, então, criavam lendas e mitos a respeito deles, especialmente os indígenas, que não tinham qualquer tipo de informação sobre o assunto. Assim, elementos do folclore, como o Boitatá, Mula-sem-cabeça, Boiúna, Fogo Corredor, Curacanga, Mulher de Branco, Luz Fantasma, Carro Fantasma e tantas outras lendas, são apenas descrições de avistamentos ufológicos testemunhados em outras épocas e interpretados como aves, animais, demônios e assombrações, tanto pelos indígenas como pelas culturas e sociedades européias que aqui viviam.
Você acredita que os ETs seriam, igualmente, os anjos e deuses avistados no passado e que deram origem às religiões? Sim, acredito firmemente nisso. Muitas aparições tipicamente extraterrestres foram tidas como religiosas e interpretadas como a visão de deuses e anjos, dando início a algumas religiões. Inclusive, aparentemente, existem até ETs dotados de asas, para complicar ainda mais o quadro. Aqui mesmo, na cidade de Passa Tempo, tivemos o caso de uma criatura alada que foi observada por moradores. Os contatos com ETs no passado foram interpretados como divinos porque as populações daquela época não sabiam como compreendê-los, e muito menos explicá-los. Religiões acabaram nascendo após essas passagens e precisamos ficar atentos para que isso não ocorra novamente, como vemos na chamada Ufolatria, perigosíssima e dínamo de diversas seitas atuais. Todavia, gostaria de esclarecer aos leitores que acredito em Deus, não sou ateu e confio em um único criador de tudo que existe e conhecemos.
Conte-nos mais sobre esse caso da criatura alada testemunhada em Passa Tempo. O fato ocorreu ao então jovem João Batista Martins, que estava no alpendre de sua casa, lá pelos anos 50, em um local da zona rural de Passa Tempo chamado Tombadouro. Martins, hoje adulto, viu o milharal se agitar e percebeu de repente, voando por cima da plantação, um ser vestido com macacão branco, que pousou em frente a sua casa. Tinha a face de um humano, troncos e membros semelhantes aos nossos, porém com uma característica interessante: possuía duas grandes asas nas costas. Ao perceber aquela cena, o jovem ficou com medo e correu para dentro da habitação, chamando seus pais. Mas ao chegarem ao local, o ser já havia desaparecido. Já foram relatadas, em outros lugares e situações, entidades humanóides semelhantes e com asas — tenho conhecimento de uns quatro casos no Brasil e de uns 40 em outros países. Esse acontecimento que narrei foi real e provém de uma pessoa sincera. O caso poderia ter sido interpretado como a aparição de um anjo, se a testemunha e seus familiares levassem a observação para o lado puramente religioso.
As tradições folclóricas de origem indígena e outras, em toda a América Latina, também poderiam ser manifestações ufológicas? No folclore se encontra muita casuística ufológica. Sempre me interessei por esse campo de pesquisas e também pelas lendas incas, maias e astecas, que igualmente se enquadram nesta categoria. Nelas também há abundantes registros de ocorrências ufológicas.
Falando dos maias, qual é sua opinião sobre seu tão comentado calendário e o ano de 2012, que muitos acreditam ser o fim do mundo? Em relação ao Calendário Maia, acho que foi interpretado de maneira errada e seu conteúdo original foi manipulado por aproveitadores para alarmar incautos quanto a um suposto fim do mundo — que não passa de pura ficção, pois nada irá acabar em 2012. Já passamos por inúmeras profecias como estas e continuamos aqui, como sempre [Veja edição UFO 159].
Realmente. Por que você acha que tantas pessoas acreditam neste fim do mundo e, mais grave ainda, que extraterrestres estariam vindo aqui para nos resgatar? Bem, as pessoas sempre acreditaram em um fim de mundo, tenha o formato que tiver. Este é um assunto muito bom para a psicologia. Quando não encontramos valor, razão e auto-afirmação em nossas vidas, acabamos esperando por uma suposta ajuda externa que, na verdade, está presente dentro de nós mesmos. Se nada dá certo para alguém, é mais cômodo e acalentador imaginar que todos irão para o mesmo buraco e o fim de tudo está próximo. Na história da humanidade houve várias previsões apocalípticas, mas que acabaram invariavelmente dando em nada. Não acredito que ETs venham até aqui nos salvar de qualquer cataclismo, até porque eles não têm essa obrigação. O universo é enorme e não temos tanta importância quanto imaginamos.
Em suas pesquisas sobre o folclore, você também encontrou evidências de que vampiros e lobisomens poderiam ser associados a extraterrestres em atuação? Sim, os ETs podem ser confundidos com as criaturas no centro de tais lendas, pois suas características físicas são muito variadas. Alguns de fato se parecem com um mítico vampiro ou lobisomem. E como a maioria dos contatos se dá à noite, isso contribui para colocarmos esses avistamentos no rol daqueles que se relacionam com assombrações. Alguns de nossos visitantes são bem diferentes daqueles da tipologia clássica conhecida da Ufologia e podem ser interpretados como monstros.
Você já teve várias experiências pessoais com artefatos extraterrestres. Conte-nos qual foi a mais significativa. O caso que considero mais importante ocorreu em 24 de agosto de 1978, quando vi um UFO juntamente com dezenas de pessoas, às 13h35 e sob céu claro e sem nuvens. Esse foi um dos avistamentos que mais despertou meu interesse e me incentivou a prosseguir na Ufologia. Outra ocorrência deu-se em julho de 2009, quando eu e um amigo observamos numa estrada, durante o dia, um ser que estava vestindo uma capa com capuz. Ele de repente desapareceu misteriosamente na nossa frente, em cerca de segundos. Não é muito comum na Ufologia avistamento de humanóides em plena luz do dia, por isso considero esse caso extraordinário.
Por que acha que suas pesquisas não recebem muito espaço na imprensa? A mídia tem preferência por divulgar casos mais sensacionalistas e fantasiosos, que acabam aumentando a audiência dos veículos jornalísticos. Não tem interesse por fatos concretos e reais, porém entediantes, que não chamam tanto a atenção e acabam ficando para trás.
Há situações descritas em seu livro UFOs no Brasil: Misteriosos e Milenares, da coleção Biblioteca UFO, em que você chegou a perseguir objetos luminosos. Como foi? Muitas vezes fui atrás de sondas ufológicas e até de naves na zona rural de Passa Tempo, mas sem resultado. O que avistei eram geralmente apenas formas luminosas no meio da noite. Outras testemunhas observam o mesmo fenômeno, fazendo-me ir aos locais investigar os casos. Em muitos deles, lá chegando, nada consigo encontrar pois as luzes desaparecem sem deixar vestígios. A pesquisa noturna é muito difícil, principalmente em locais isolados e completamente escuros.
Qual é a coloração mais comum dessas luzes? Existe alguma relação entre tais cores e a forma de se manifestarem? Quando estão próximos e voam baixo, quase sempre são amarelas ou avermelhadas, principalmente quando estão fazendo pesquisas em algum local — aliás, as luzes podem servir para iluminação dos locais pesquisados. Já em altitudes maiores os UFOs continuamente se apresentam na cor azulada, como as estrelas, creio que devido à sua velocidade ou propulsão. Muitas vezes, em vôo noturno, as naves apresentam-se também como se fossem bolas de fogo.
Nesses casos, você constatou algum efeito físico ou eletromagnético causado pelos artefatos? Sim, já pesquisei um caso em que quatro pessoas em um carro foram desmaiadas e o veículo teve um efeito eletromagnético, desligando-se — dois fios que iam ao alternador do veículo esquentaram tanto que sua capa queimou. Esse foi um fato marcante nas minhas investigações. Também verifiquei outros, em que motos e rádios foram desligados e terrenos tiveram sua vegetação queimada. Pesquisei muitas ocorrências também em que as pessoas foram afetadas pelos UFOs, algumas nos olhos, que ficaram vários dias avermelhados. Outras tiveram dores de cabeça e atordoamento.
Como os moradores da sua região e de Minas costumam chamar essas luzes observadas? Geralmente as chamam de Mãe do Ouro, mas também há outros nomes, como Carro ou Luz Fantasma etc. Em alguns casos, os observadores acrescentam os nomes dos proprietários dos lugares onde os fenômenos aparecem ou até de pessoas que morreram em acidentes naqueles locais, daí temos a Luz do Pedro, Luz da Serrinha, Luz da Chapada etc. Em cada lugar os moradores criam sua própria versão e denominação para os artefatos e luzes vistas, e daí temos centenas de histórias e nomes espalhados por todo o Brasil. Por exemplo, naves iluminadas ou seus holofotes são denominados de Mulher de Branco, Fantasma ou de Noiva. Há uma variedade de nomes criados pela cultura popular para lidar com os UFOs durante a noite. Mas hoje o assunto já está mais bem difundido e em diversos lugares eles não são mais vistos como assombrações.
Qual é a sua opinião sobre o polêmico chupacabras? Ele se enquadraria na categoria de lenda folclórica? Há algum caso de que tenha conhecimento em Minas Gerais? Não, em minha região nunca houve casos de animais mortos de maneira estranha, como estes atribuídos ao chupacabras. Desconfio que algumas raças de visitantes estejam fazendo experimentos com animais, tirando sangue e órgãos deles, mas não acredito que se alimentem de tais partes, como em casos de chupacabras existentes na literatura ufológica.
Você já pesquisou algum acontecimento em que os extraterrestres tenham agido de forma agressiva contra humanos? É claro que já aconteceram contatos agressivos, mas na maioria deles a hostilidade partiu de nós, os humanos. Em minha região houve alguns fatos em que os ETs utilizaram luzes para fazer as testemunhas desmaiarem. Para mim isso representa hostilidade, porém talvez não para eles, pois poderiam estar apenas tentando nos pesquisar sem que sejam vistos, ou sem que tenhamos medo. É um procedimento que não aprovamos, mas que não necessariamente tem o objetivo de nos prejudicar,
embora pensemos assim.
Tendo pesquisado tantos casos de sondas ufológicas, qual é a sua opinião sobre elas? O que seriam e o que estariam fazendo aqui? Eu acho que a explicação para a sua atividade em Minas também está na abundância de minerais no estado, como falei anteriormente. Creio que é por isso que estão sempre presentes na região, com atividade acima da média casuística habitual de outras áreas do país, principalmente à noite. No meu novo documentário em DVD OVNIs no Folclore Brasileiro [Veja como adquirir no box da matéria] apresento montagens sensacionais da manifestação de sondas em cachoeiras e em matas, seus locais preferidos.
Você é conhecido na Ufologia Brasileira por se envolver pessoalmente na produção de livros e documentários. O que seu novo DVD contém? OVNIs no Folclore Brasileiro foi produzido com paisagens reais e animações interessantes da região de Passa Tempo. Nele mostro também as lendas e mitos de outras partes do Brasil, que nada mais são do que UFOs vistos por nossos antepassados e pelos atuais moradores das zonas rurais. É muito bem elaborado, sem sensacionalismo e mostrando fatos e casos reais.
Seu livro UFOs no Brasil: Misteriosos e Milenares foi lançado pela Biblioteca UFO em 2002, há quase 10 anos. Trata-se de uma obra-prima indispensável a todo interessado na casuística ufológica. Você pretende lançar uma nova edição atualizada? Tenho pensado nisso e acumulado muito material. O livro é bem completo e nele eu descrevo a experiência ufológica de toda minha vida, em dezenas de casos investigados, mais os que vivi. Discuto a ligação do Fenômeno UFO com o folclore brasileiro e os relatos de avistamento dos moradores rurais de Minas. Enfim, a obra é interessante porque mostra a verdade sobre os UFOs no Território Brasileiro, como eles surgem e atuam em tantos locais.
O professor de uma universidade de Juiz de Fora (MG) teria afirmado que as luzes observadas em Passa Tempo seriam apenas fenômenos naturais. O que você acha de sua declaração? Bem, apesar de ele ser professor universitário, não entende absolutamente nada de Ufologia e não sabe que é preciso sair a campo e pesquisar, falar com testemunhas, realizar vigílias à noite e avaliar as circunstâncias. Enfim, é preciso que ele veja o que eu e tantas pessoas já vimos e constate a natureza extraordinária do fenômeno para depois então opinar sobre ele — e não foi o que o professor fez.
Se você pudesse mudar algo na Ufologia, com a sua enorme experiência conquistada em anos de pesquisas na área, o que seria? Consideraria como válidos apenas os relatos de ufólogos que fazem suas pesquisas com seriedade, sem o objetivo de aparecerem na mídia, porque há alguns que só se interessam em visibilidade e às vezes até inventam casos e testemunhas. Também criaria um órgão governamental para divulgar abertamente os muitos casos de observações e contatos que já ocorreram no Brasil, para dar maior credibilidade à Ufologia.
Você foi um dos poucos ufólogos brasileiros a declarar não acreditar inteiramente nos acontecimentos relativos ao Caso Varginha. O que acha que realmente ocorreu lá em 20 de janeiro de 1996 e como pensa atualmente? Eu aceito o Caso Varginha até o ponto em que as garotas Liliane, Valquíria e Kátia teriam visto uma criatura extraterrestre, na tarde daquele dia, num terreno baldio do Jardim Andere. Até aí, tudo o que foi apurado pelos pesquisadores e divulgado está em conformidade com o que verifiquei. Mas o que foi divulgado depois disso, para mim, não tem sentido. Ressalvo que o pesquisador Ubirajara Franco Rodrigues, ex-consultor, ex-co-editor e ex-conselheiro jurídico da Revista UFO, sempre foi sério em suas pesquisas e não as estou questionando. Mas muita gente que surgiu depois para investigar o caso apenas queria aparecer no meio ufológico usando o fato de que o Caso Varginha estava em evidência na mídia. Com isso, infelizmente, muitos depoimentos falsos surgiram e foram sendo incorporados ao episódio.
Para você, qual seria o principal erro dos céticos, o fato de nunca saírem a campo para pesquisar as ocorrências nos locais dos acontecimentos? Sim, como uma pessoa pode avaliar tecnicamente o Fenômeno UFO sem jamais ter feito uma investigação de campo ou visitado locais de ocorrências? Sem falar com testemunhas e colher seus relatos? Sem examinar as circunstâncias das observações? Ou, melhor ainda, sem ter visto algo? É preciso “viver a coisa”, e quem passa por isso não tem dúvidas sobre a realidade da fenomenologia ufológica. Mas esses “ufólogos de gabinete” não se interessam em ir a campo, em colocar as mãos na massa, assim como os céticos, que jamais saíram em busca da verdade. Ora, se não houvesse vida inteligente no universo, além da nossa, não haveria necessidade de existirem galáxias. Emissários de várias civilizações já conseguiram chegar até aqui, e isso não há como negar.
Então você não aceita a parte do caso em que teria havido o envolvimento do Exército e do Corpo de Bombeiros de Varginha na captura dos seres, como foi relatado por algumas testemunhas? Não. Como disse, apareceram muitas pessoas querendo visibilidade no evento, e por isso inventaram certos detalhes para também se destacarem. Só acredito mesmo na história até quando as meninas viram um ser diferente. O Caso Varginha tem elementos de todos os tipos, até de naves que teriam caído na região e destroços que teriam sido recuperados junto com seres. A história foi virando uma bola de neve depois do testemunho principal das jovens, infelizmente. Não concordo com nada do que veio depois.
Rodrigues, considerado o principal pesquisador do Caso Varginha, concedeu uma longa entrevista à Revista UFO em que afirmou não acreditar mais que as criaturas capturadas fossem extraterrestres [Veja edições UFO 153 e 154]. Como você viu essa mudança repentina dele em relação ao caso, já que também não aceita a captura de seres na cidade? Ele deve ter tido suas razões para ter mudado de opinião, mas como ainda não falei com ele sobre isso, não posso opinar. Simplesmente não sei quais são seus motivos para agora desacreditar coisas que ele próprio acreditava e afirmava antes. De qualquer forma, afirmo com todas as letras que ele está equivocado quanto ao que vem dizendo hoje sobre a presença alienígena na Terra, pois ela é irrefutável e sua realidade é inquestionável.
Para você não existe dúvida de que os UFOs tenham origem extraterrestre, como defende a maioria dos ufólogos e como rejeita a minoria deles, como Rodrigues, que hoje se diz ex-ufólogo e alega que seriam criações mentais? Mas é claro, os UFOs são aparelhos de origem extraterrestre, sem dúvida alguma. Vêm de vários planetas de diversas partes do cosmos, até de outras galáxias e universos paralelos. Existem casos ufológicos que nos mostram o avanço da tecnologia destes seres, a tal ponto que alguns nem precisam de naves pra chegarem até aqui. Entendo que, quanto mais distantes são suas origens, tecnologicamente mais avançados eles são. Se analisarmos os relatos daqueles que tiveram contatos verdadeiros com outras espécies cósmicas, poderemos então conhecer a sua verdade física e contemplar suas tecnologias.
Certo. Voltando às suas pesquisas em Passa Tempo, você recentemente investigou o surgimento de uma marca em um canavial. Era uma evidência de pouso de UFO ou um fenômeno semelhante aos chamados agroglifos, que aparecem em plantações inglesas e que agora também vêm surgindo no sul do Brasil? Realmente eu pesquisei, mas não uma e sim várias marcas que surgiram em canaviais da minha região. Elas mostravam que um objeto havia baixado ali, no meio das plantas. Mas a pesquisa foi feita de forma simples e não tenho dados concretos para comprovar a natureza daquelas marcas. No entanto, posso dizer que não se tratavam de fraudes e nem de fenômenos naturais, como simples ação de ventos sobre a plantação.
Com o crescimento da internet aumenta também um tipo de pesquisador que não vai a campo e concentra suas atividades apenas em leituras e consultas à rede mundial. São os chamados “ufólogos de internet”. O que pensa deles? Os ufólogos de internet irão contribuir muito pouco para a Ufologia, pois é preciso ir atrás dos UFOs onde eles surgem, especialmente na zona rural. Mas creio que ainda existem ufólogos que perseguem o Fenômeno UFO, os chamados investigadores de campo. Precisamos deles, pois pesquisar o fenômeno in loco faz uma grande diferença. Eu diria a eles que façam investigações de campo, que procurem conversar com testemunhas, que colham seus relatos e os analisem, pois assim terão oportunidade de conhecer mais a fundo a fenomenologia ufológica. É essencial que vão aos locais dos acontecimentos e não fiquem apenas buscando informações na internet.
Você e seu pai participaram do extinto Sistema de Investigação de Objetos Aéreos Não Identificados (Sioani), em que militares em conjunto com ufólogos civis investigavam casos ufológicos. Como era a sua participação nesse grupo e como ele funcionava? O Sioani era um órgão sério, que reunia informações vindas de todo o Brasil e procedentes de pessoas sinceras que viveram casos reais [Veja edições UFO 155, 156 e 158]. Eu colhia relatos de avistamentos na minha região, junto com desenhos e croquis, e os mandava aos responsáveis pelo Sioani, em São Paulo. Posteriormente, recebia em troca os boletins que continham ocorrências de todo o país, nos quais via casos fantásticos que estavam ocorrendo em todos os lugares. Era um órgão que dava muita credibilidade à Ufologia, pois partia da própria Força Aérea Brasileira (FAB). Foi uma pena ter sido encerrado tão precocemente…
Nestes boletins oficiais que você recebia, qual caso mais chamou sua atenção? Os eventos mais fascinantes eram os que continham tripulantes, vistos dentro ou fora das naves, alguns já descritos em relatórios, informativos e publicações especializadas em Ufologia, como nossa querida Revista UFO. Por exemplo, o episódio conhecido como Caso Maria Cintra, ocorrido na cidade de Lins, São Paulo, em 25 de agosto de 1968, quando houve contato com uma tripulante. Naquela cidade, em 02 de outubro do mesmo ano, três ufonautas também foram flagrados dentro de um UFO. Já no Caso Pirassununga, igualmente no interior paulista, ocorrido em 06 de fevereiro de 1969, um UFO foi visto com dois tripulantes.
Como você está vendo os resultados da campanha UFOs: Liberdade de Informação Já, em que o Governo Brasileiro está liberando documentos de casos pesquisados pela Aeronáutica? A campanha da CBU é muito interessante e já nos mostrou que o assunto está sendo estudado também nas esferas militares, coisa comprovada com a liberação de documentos da Aeronáutica. Mas ainda é pouco, precisamos mais do que apenas documentos e relatórios. Nossas Forças Armadas têm arquivos além disso, que podem e devem ser mostrados à sociedade, como fotos e filmes. O que foi liberado até agora é apenas uma pequena parte do que realmente elas guardam em sigilo.
Você faz parte do Conselho Editorial da UFO desde seu início, quando a publicação ainda era em preto e branco, e acompanhou toda a sua evolução. Indique os pontos que considera positivos da revista e o que você gostaria que mudasse, para que ela possa crescer ainda mais. A Revista UFO é uma publicação inigualável, pois mostra o Fenômeno UFO em seus vários aspectos. Jamais se viu uma revista especializada no tema como ela em todo o mundo. No entanto, como seu editor tem de publicar tudo sobre Ufologia, muitas vezes surgem boas reportagens, noutras vezes não. Mas isso não tira o brilho da UFO, ainda mais para quem sabe das dificuldades existentes no meio e as limitações impostas à sua produção, com o reduzido número de páginas. Os leitores é que devem separar o joio do trigo. Acompanho os passos de Gevaerd desde os primórdios da UFO, ele que é o maior divulgador do assunto no Brasil. Por isso, merece nosso cumprimento por tal iniciativa, árdua e muito difícil.
Há uma diferença entre abduzidos e contatados, sendo estes últimos aqueles que afirmam estar em contato permanente com ETs, comunicando-se com eles. Você acredita que alguém possa estar ligado de tal forma a esses seres? Pode até existir alguém com esta capacidade, mas até hoje não conheci ninguém. Apenas vi pessoas afirmando serem contatadas para se aproveitarem da comunidade ufológica, para chamarem atenção e para ganharem espaço para entrevistas e palestras. Também não acredito em contatos permanentes com ETs e nem que exista alguma pessoa comunicando-se constantemente com eles. Há muita fantasia neste terreno e isso atrapalha demais a pesquisa ufológica séria. Meu pai, que me incentivou a trilhar este caminho, sempre dizia que “só haverá contato quando eles deseja-
rem e julgarem que estamos prontos para isso”.
Por favor, deixe uma mensagem para os milhares de leitores que o estão conhecendo melhor. Eu desejo que eles tirem algum proveito desta entrevista. Que investiguem o Fenômeno UFO com respeito, seriedade e idoneidade, pois apesar de estarmos sendo visitados por eles há milênios, até hoje sabemos muito pouco sobre sua natureza, objetivos e procedência. Somente com pesquisas sólidas e muito critério será possível nos aproximarmos e proporcionarmos a verdade sobre estas naves e seus tripulantes à toda a sociedade.