O Rio Grande do Sul não foge à regra dos estados brasileiros em que a incidência dos fenômenos ufológicos aumenta a cada dia. Inúmeros casos de avistamentos de UFOs, contidos em registros vídeo-fotográficos, estão sendo catalogados e estudados de maneira séria e objetiva, obedecendo aos rigorosos preceitos técno-científicos, no que tange a análise computadorizada de fotos e imagens de UFOs. A Associação Brasileira de Pesquisas Ufológicas (ABPU), com sede em Santa Maria, a 327 km de Porto Alegre, está desenvolvendo um amplo trabalho nos setores da investigação e pesquisa da casuística ufológica rio-grandense.
A entidade já possui, catalogados em seus arquivos, cerca de 80 casos de avistamentos em mais de 30 cidades do estado. Conta também com imagens de UFOs gravadas em fitas VHS, bem como fotos, amostras de solo e vegetação, as quais podem comprovar o local de prováveis pousos de UFOs. O ponto culminante da onda ufológica gaúcha aconteceu no dia 18 de setembro de 1996, às 06h20, na cidade de Santa Maria. O fenômeno foi observado também por minha esposa, Roberta, e meu filho Victor. Como ufólogo e também presidente da ABPU, registrei as imagens, nítidas, de um objeto voador não identificado sobre Santa Maria. O caso acabou tendo repercussão nacional e internacional.
Mais uma filmagem de disco voador é feita no Brasil. Desta vez foi na cidade gaúcha de Santa Maria. A boa notícia, no entanto, é que neste caso quem filmou o objeto — que ficou visível no céu por um bom tempo — foi um ufólogo. O filme está sendo analisado por especialistas, mas a história detalhada da ocorrência está sendo descrita em primeira mão pela Revista UFO
Victor foi o primeiro a notar o objeto nos céus. A criança chamou a atenção da mãe para que olhasse para fora. Roberta imediatamente avistou uma bola metálica, com uma cauda alaranjada de tamanho considerável, percorrendo devagar o céu, rente aos morros que circundam a cidade. Assustada, chamou-me na esperança de que identificasse o que estava observando. A princípio, que se tratasse de um avião a jato. Não demos muita importância ao fato, ficando na expectativa de ouvirmos o barulho característico de um avião deste porte. Passados alguns minutos, como não ouvimos nenhum ruído, voltamos a observar o fenômeno que se manifestava baixo e lentamente.
Percebendo então que se tratava de algo anormal, Roberta apanhou uma filmadora da marca Panasonic e uma máquina fotográfica, subimos até a cobertura do apartamento para tentar registrar as imagens extraordinárias que testemunhávamos. Nos primeiros momentos, o UFO desenvolveu uma trajetória ascendente, até que passou a sobrevoar a cidade, executando, a partir de então, uma trajetória horizontal. Durante oito minutos, observamos nitidamente o objeto, metálico e reluzente, a olho nu. O UFO fez evoluções por cima de toda a cidade a uma altura aproximada de mil metros e cruzou lentamente o céu, sem fazer qualquer barulho.
RADARES DESLIGADOS — Roberta Mostajo acionou a Base Aérea de Santa Maria (BASM) e solicitou informações sobre uma possível aeronave que estava, naquele instante, sobrevoando a cidade de leste a oeste. Porém, o comandante da base informou que os radares operacionais estavam todos desligados e, por isso, não poderiam detectar qualquer aeronave que porventura estivesse percorrendo o espaço aéreo. Indignados com a falta de controle e segurança por parte do serviço aéreo, decidimos ainda telefonar para o Cindacta de Curitiba (PR), que, sem grandes explicações, confirmou a inexistência de aviões ou aeronaves operando naquela região.
Como a ABPU possui um sistema de Tele-UFO, recebemos naquela manhã inúmeros telefonemas de pessoas que tinham avistado um objeto luminoso em diversos pontos da cidade gaúcha. Inclusive os veículos de comunicação, já informados do acontecimento, dirigiram-se à ABPU procurando maiores esclarecimentos. As imagens filmadas por mim foram amplamente divulgadas pela mídia nacional.
No dia seguinte, a associação deu início ao processo de avaliação da filmagem do suposto UFO e enviou à BASM um ofício, solicitando uma confirmação oficial dos dados fornecidos pela entidade no último dia 18 de setembro. Em anexo, seguiu um vídeo das imagens do UFO para apreciação da equipe técnica de segurança do espaço aéreo de Santa Maria. Em um dos trechos do ofício lia-se: “Não tenho a intenção de causar polêmica quanto ao fato ocorrido, mas sim retratar a preocupação e insegurança como cidadão civil”, que foi usado como argumentação pela ABPU. A BASM, contudo, não se manifestou oficialmente por escrito.
ANÁLISE COMPUTADORIZADA — Através do sistema de Tele-UFO, foram registradas 18 declarações de pessoas que afirmaram ter observado o estranho objeto no céu de Santa Maria (RS), na madrugada do dia 18 de setembro. Em uma pesquisa de campo, realizada pela equipe da ABPU, pôde-se constatar que o objeto tinha a forma esférica, brilhava como metal e possuía uma cauda de cor alaranjada que não deixava rastros. Um dos relatos mais surpreendentes foi de M.L.A, moradora do Bairro Minuano, que declarou: “O objeto que cruzou minha casa, escuro e com uma cauda comprida, era muito bonito, mas também assustador…”
Outra testemunha, de iniciais J.R.V, afirmou: “Sou um astrônomo amador e nunca vi algo tão impressionante. Da parte interna do UFO saía uma chama amarela muito luminosa”. Naquela mesma manhã, um rapaz que preferiu não se identificar ligou para o jornal A Razão. Ele confirmou um avistamento no mesmo horário em que a família de Hernán observou o UFO. “Vi um UFO espetacular nos céus de Santa Maria”, declarou o rapaz. Segundo a descrição feita ao jornal, tratava-se de uma esfera metálica com uma grande cauda luminosa que sobrevoou os céus da cidade. Abismado com o fenômeno, chamou os vizinhos, os quais ficaram muito assustados.
A testemunha também ligou para a BASM, onde novamente afirmaram não detectar nenhum avião sobrevoando a área naquele horário. Diante desses testemunhos a ABPU procurou maiores informações com o astrônomo Hans Zimmermann, do Observatório Astronômico da Universidade Federal de Santa Maria. Apesar do planetário não ter registrado o fenômeno, pois só realiza observações durante a noite, o astrônomo garantiu que tratava-se realmente de um UFO. O que foi comprovado mediante uma análise computadorizada, que caracterizou a forma discoidal do objeto, descartando qualquer hipótese de meteoro ou fenômeno natural.
al Mostajo em Santa Maria, apresentando um objeto com cauda que se movia lentamente pelo céu
BORDAS DO OBJETO — O astrônomo do planetário garantiu que no mês de julho foi constatado um caso semelhante. “Naquela época enviamos as fotografias à NASA, contudo ainda não obtivemos resposta”, afirmou o astrônomo. O processo de exame informatizado consiste em introduzir as imagens no computador e, posteriormente, mapeá-las em tons de cinza, numa espécie de análise tridimensional, conhecida como efeito emboss, que salienta o contorno e realça as bordas do objeto.
Com ampliação da imagem, pôde-se notar um objeto sólido de forma discoidal, com uma cúpula na parte superior e totalmente desprovido de asas. Dele emanavam chamas originárias da combustão, que caracterizavam a formação de uma cauda com perfeita simetria. Essa foi apenas mais uma das muitas experiências retratadas no Brasil, porém as imagens constituem a maior e única certeza de que somos continuamente visitados por extraterrestres. Embora não saibamos a procedência e pretensão desses seres, eles existem. Devemos crer que a geração do século XXI estará melhor preparada, sem medos e tabus, a manter o tão esperado contato.