Embora as descobertas da Ufologia sigam ainda sendo ignoradas por boa parte da comunidade científica, a ciência por seu lado já possui ao menos 10 provas, ainda alvo de muita polêmica e controvérsias, acerca da existência de vida extraterrestre. São elas:
1- As provas químicas das sondas Viking na superfície de Marte, em 1976 – Pela primeira vez, em 1976, sondas da Terra pousaram com segurança em Marte. As Viking 1 e 2 eram formadas por um orbitador e um módulo de pouso (ou landers). Cada um desses landers desceu em diferentes regiões do planeta vizinho, aonde conduziram uma série de experimentos em busca de vida. Em um deles, amostras do solo marciano foram combinadas a nutrientes marcados radioativamente, e o teste deu positivo quando foi detectada a produção de metano radioativo. Algo no solo parecia estar metabolizando o material enviado da Terra.
Como os demais experimentos falharam, os cientistas atribuíram os resultados a simples reações químicas. Entretanto, tanto os especialistas que participaram da missão quanto os cientistas que atualmente analisam os resultados defendem a validade das evidências, afirmando que os instrumentos a bordo eram ineficientes na detecção de vida marciana.
2- O inexplicável sinal “Wow” – Em agosto de 1977 o radiotelescópio da Universidade Estadual de Ohio detectou um incomum sinal de rádio vindo da constelação de Sagitário. O sinal era tão extraordinário que um astrônomo que monitorava as informações escreveu “WOW” (uau em português), na folha de dados impressa. O sinal estava exatamente em uma banda de frequência onde as transmissões são proibidas na Terra. A estrela mais próxima naquela constelação está a 220 milhões de anos-luz. Ou o sinal foi transmitido a partir de um evento astronômico de colossais proporções, ou por uma civilização alienígena extraordinariamente desenvolvida. Até hoje não existem explicações para o “Sinal Uau”.
3- Fósseis de bactérias do meteorito marciano – Em 1996 (coincidentemente poucos meses após o Caso Varginha), o mundo foi surpreendido pelo anúncio da NASA de que, em um meteorito marciano encontrado na Antártida em 1984, designado como ALH 84001, foram encontrados fósseis de possíveis bactérias marcianas. Análises do interior do meteorito encontraram moléculas orgânicas e magnetita, produzida na Terra por alguns tipos de bactérias. Estranhas formações foram encontradas por meio de microscópios eletrônicos, que a Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) afirma serem nanobactérias.
O achado causou muita controvérsia, e muitos cientistas defendiam que as descobertas da Nasa podiam ser explicados por reações químicas não biológicas. Entretanto, novas evidências obtidas em 2009, por meios não disponíveis em 1996, voltaram a fortalecer a hipótese de a magnetita no meteorito ter sido produzida por vida marciana.
4- Equação de Drake revista em 2001 – Em 1961 o astrônomo Frank Drake, pioneiro do Projeto SETI, a busca por inteligência extraterrestre, elaborou a equação que leva seu nome, e que tenta determinar a habitabilidade de nossa galáxia, a Via Láctea, e a quantidade de planetas com vida e civilizações. Segundo seus cálculos, Drake defende que existe em nossa galáxia cerca de 10000 civilizações. Em 2001, cálculos mais acurados realizados com base em novas teorias e os recentes achados em termos de exoplanetas levaram a conclusão de que mundos favoráveis a vida podem existir na Via Láctea em números que chegam a centenas de milhares, bem além das estimativas de Drake.
5- Áreas tingidas de vermelho Em Europa – Áreas que exigem uma coloração vermelha em Europa, satélite de Júpiter, podem ser devido a presença de bactérias, que ainda poderiam explicar a captação de sinais infravermelhos pelos instrumentos da Terra. Micróbios alienígenas poderiam estar fazendo em Europa o que seres unicelulares terrestres fazem na Antártida, onde locais tingidos de vermelho igualmente tem sido encontrados nos últimos tempos. O sinal infravermelho de algumas bactérias terrestres, especialmente as que vivem em condições muito extremas, é indicativo de que estas estão metabolizando sais de magnésio. E sais de magnésio têm sido uma das hipóteses para as áreas vermelhas em Europa.
De toda forma, esses alienígenas unicelulares do satélite de Júpiter teriam que suportar temperaturas da ordem de 170 graus abaixo de zero. As informações recolhidas nos últimos anos, contudo, apóiam a teoria de que por baixo da capa de gelo da superfície dessa lua existe um imenso oceano de água líquida, que poderia aflorar das inúmeras rachaduras fotografadas na superfície de tempos em tempos.
6- Cientistas russos alegam que micróbios resistentes a radiação vivem em Marte – Em 2002, cientistas russos afirmaram que microorganismos do tipo Deinococcus, altamente resistentes a radiação, se originaram em Marte. Esses micróbios sobrevivem a doses de radiação muito maiores que as necessárias para matar um ser humano. Os russos fizeram experimentos com radiação, exterminando 99,4 por cento dos microorganismos da primeira amostra. Eles permitiram que os micróbios se reproduzissem e repetiram o experimento. Após fazerem isso por 44 vezes, era necessária uma dose de radiação 50 vezes maior do que a do começo para obter o mesmo resultado. Os russos alegam que seria necessário repetir o processo milhares de vezes com bactérias comuns do tipo E. coli, para que estas se tornassem tão resistentes quanto os Deinococcus.
Na Terra, protegida da radiação solar pela atmosfera e seu campo magnético, tais resultados talvez não fossem possíveis. Mas os russos alegam que em Marte, com sua superfície desprotegida pela ausência de camada de ozônio, e um campo magnético muito mais fraco, em pouco tempo seres como os Deinococcus poderiam evoluir. Eles afirmam que esses microorganismos evoluíram em Marte, e foram transladados para a Terra a bordo de meteoritos ejetados do planeta vizinho após impactos de asteróides.
7- Pistas químidas de vida em Vênus – apesar das imensas temperaturas e pressões em sua superfície, foi o primeiro planeta visitado por engenhos da Terra, ainda na década de 1960. Os dados dessa e das missões mais recentes vem sendo novamente analisados, e curiosas anomalias vistas na alta atmosfera daquele planeta
podem ser explicadas pela presença de organismos vivos. Astrobiologistas da Universidade do Texas, em 2002, analisaram exaustivamente informações recolhidas pelas sondas Mariner e Magalhães da NASA, e pelas naves Venera da Rússia, e chegaram a essa incrível conclusão.
As informações disponíveis dão conta de que a radiação solar deveria gerar imensas quantidades de monóxido de carbono nas nuvens altas de Vênus, mas o elemento permanece raro. O sulfeto de hidrogênio e o dióxido de enxofre estão presentes, mas como geralmente reagem rapidamente quando juntos, então algo parece estar reagindo com eles. Surpreendente é a presença de sulfeto de carbonilo, que na Terra é produzido unicamente por catalisadores ou então por microorganismos, e não se conhece um processo inorgânico que faça o mesmo.
Os pesquisadores sugerem que a explicação para o mistério seja a presença, nas nuvens altas de Vênus, de microorganismos alienígenas. Apesar da superfície do planeta sofrer com temperaturas de centenas de graus e pressões extremas, a cerca de 50 km de altitude a pressão é similar a da Terra, com presença de umidade e temperaturas da ordem de 70 graus.
8- Traços de enxofre em Europa – Novamente analisando dados da superfície da lua jupiteriana, cientistas italianos criaram em 2003 a hipótese de que os traços de enxofre detectados pela sonda Galileo em Europa seriam sinais de vida no satélite. Traços de enxofre como subproduto do metabolismo de bactérias já foram encontrados na Terra, em lagos gelados na Antártida. Outros atribuem a presença de enxofre às erupções de vulcões em Io, satélite vizinho.
9- Metano na atmosfera de Marte pode ser produto de vida – Em 2004, em trabalhos independentes baseados tanto nas observações da sonda européia Mars Express quanto telescópios em terra, foram encontradas evidências da presença de metano na atmosfera de Marte. Na Terra, quase todo metano é produzido pela presença de vida. Metano pode igualmente ser gerado por vulcanismo, impactos de cometas, e vazamento de depósitos subterrâneos. Mas em Marte a fonte necessariamente precisa ser recente, pois o gás é rapidamente combinado a outros compostos, ou escapa para o espaço devido a fraca gravidade do planeta.
Em janeiro de 2005 a polêmica aumentou pelo anúncio da descoberta de formaldeído, produzido pela oxidação do metano, que fortalece a hipótese da vida marciana. Se o formaldeído realmente for confirmado nas quantidades alegadas, haveria a necessidade da produção de 2,5 milhões de toneladas por ano de produção de metano para justificar sua presença. Aguarda-se o lançamento das próximas missões de pouso em Marte a fim de confirmar esses dados.
10- Sinal misterioso recebido pelo SETI em 2004 – Em fevereiro de 2003, cientistas do SETI usaram o grande radiotelescópio de Porto Rico para examinar novamente 200 regiões do céu onde anteriormente haviam sido detectados sinais de rádio inexplicados. Todos os sinais suspeitos haviam desaparecido, mas um surpreendentemente permanecia e tornou-se mais forte. O sinal, considerado o melhor candidato a prova da existência de uma civilização alienígena, vinha de um ponto entre as constelações de Peixes e Áries, onde não existem estrelas e planetas visíveis.
Além disso, o sinal está precisamente na faixa de frequência do hidrogênio, uma faixa na qual os astrônomos sempre disseram que eram maiores as chances de detecção de um sinal alienígena inteligente. Evidentemente, ainda há a possibilidade de ser um fenômeno natural ainda não conhecido, como em 1976, quando sinais extremamente regulares foram captados. Apenas depois foram descobertos os pulsares, estrelas no fim da vida que emitem sinais de rádio regulares.