Na manhã de 15 de julho um grupo de pesquisadores esteve no Pico dos Marins, cidade de Piquete, São Paulo, para acompanhar o senhor Ivo Simon, pai do jovem Marco Aurélio, desaparecido misteriosamente há quase quatro décadas, para uma visita junto do delegado de polícia, o doutor Fábio Cabett, ao local dos fatos ocorridos em 08 de junho de 1985. Após a divulgação de um áudio que viralizou nas redes sociais, onde Marly Xavier (filha de Afonso Xavier, guia e mateiro do Pico dos Marins), no seu leito de morte, confessou que seu irmão João teria assassinado o escoteiro e, dias depois, ele teria sido achado enforcado e os corpos dos envolvidos enterrados no quarto do pai de baixo de sua cama, na casa onde a família morava.
O QUE DIZ A POLÍCIA
O delegado de polícia, doutor Fábio Cabett informa que o áudio divulgado é fake news e que já sabe quem fez a gravação da mensagem. Segundo o delegado, ele diz que já ouviu o depoimento do viúvo de Marly Xavier e que ele nega as informações contidas no áudio. Além disso, o doutor Cabett informou que recebeu denúncia de boatos sobre covas que foram feitas no terreno próximo do local onde Afonso Xavier residia e que nessas covas poderia estar enterrado os corpos do Marco Aurélio e do João. A partir de todas essas notícias que chegaram ao conhecimento de Cabett, e através do boletim de ocorrência (B.O.) de semanas anteriores, feito por Simon, onde indica que existem divulgações de boatos ligado ao caso de desparecimento do seu filho Marco Aurélio, Simon solicita através do B.O. que a polícia possa apurar esses fatos.
Em atendimento da solicitação de Simon, o delegado Cabett solicitou a reabertura do inquérito policial sobre caso. Neste mesmo dia, o delegado Cabett informou a Simon que a juíza do fórum de piquete acatou o pedido feito pela delegacia e autorizou a reabertura do inquérito. No mesmo instante ao anúncio feito, os investigadores, atendendo a ordem do delegado, interditaram os locais de investigação para que a perícia técnica pudesse fazer os trabalhos de busca dos supostos corpos e assim comprovarem as denúncias feitas.
A casa onde senhor Afonso Xavier morava.
Fonte: Claudio Iatauro
SENSACIONALISMO NA DIVULGAÇÃO DAS INFORMAÇÕES
Apoiado no áudio e nos boatos divulgados nas redes sociais, a imprensa de todo país vem noticiando o fim do mistério “Caso Marco Aurélio/escoteiro desaparecido” e o suposto crime acometido pelo filho do mateiro Afonso Xavier e a suposta ocultação de cadáver que já dura 36 anos. Vale lembrar que são apenas “boatos” e tudo pode acontecer, como se confirmar sua veracidade ou não, e algum um outro fato que não tinha sido apresentado. Infelizmente esse tipo de exploração da notícia não traz nenhuma colaboração para sofrimento das famílias envolvidas e pode causar na população uma comoção exacerbada em querer saber a verdade e provocar uma enxurrada de falsas notícias e especulações, que atrapalham o trabalho da investigação da polícia.
Neste domingo, 18 de julho, foi ao ar pela TV RECORD o programa Domingo Espetacular, que apresentou uma matéria sobre esse áudio e entrevistas com os envolvidos neste caso. Assista clicando aqui. A entrevista concedida por Simon emocionou a todos, principalmente os pais. Há de entender que todos devemos ter o respeito para com as famílias dos envolvidos e lembrar do cuidado na divulgação de certos fatos que ainda não têm comprovação ou veracidade. No Brasil, boatos é crime descrito no Código Penal (Lei 2.848/1940).
Local o qual o áudio fala que estariam enterrados os corpos.
Fonte: Claudio Iatauro
UFOLOGIA JÁ FOI APONTADA COMO HIPÓTESE DE EXPLICAÇÃO PARA O DESAPARECIMENTO
Sempre que houvesse uma oportunidade de chamar a atenção para o desaparecimento do escoteiro, a ufologia estava presente como uma hipótese a ser considerada. Na época dos acontecimentos, houve fatos que não foram explicados e investigados de forma a elucidar o desaparecimento do Marco Aurélio. Consta no inquérito policial que na noite de domingo, 08 de junho 1985, enquanto os escoteiros Ricardo Salvioni, Ramatis Rohhm e Osvaldo Lobeiro, como também o chefe escoteiro Juan Bernabeu, tomavam uma sopa e descansavam, após terem andado por toda a na madrugada na mata em condições totalmente adversas, temperatura 0 graus Celsius, com fome e sede, cansados por carregar o amigo machucado, e ainda sem saber, quando da chegada ao acampamento, que seu amigo de grupo não chegará ao local, e que já era considerado desaparecido, acabaram tendo outra grande surpresa. Pôde-se, através da janela da cozinha da casa, ouvir gritos, um apito e observar uma luz azul surgindo de baixo para cima, que iluminava toda a mata.
No inquérito policial consta o depoimento dos envolvidos, que revelaram a veracidade desse fato. E mais, eles correram até o local esperando encontrar alguém, ou pelo menos a origem da luz, e nada foi visto. A luz poderia ser de um farol muito potente e pela sua altura deveria ser de uma pessoa como se estivesse caminhando e movimentando o farol. Outro ponto a ser destacado na questão ufológica do caso foi a conversa da família de Marco Aurélio com o então já falecido general Moacyr Uchôa, que os recebeu em sua casa em Brasília/DF, e prestou sua colaboração na tentativa de comunicar-se com os seres extraterrestres, a fim de saber se o garoto estaria em poder destes seres. Em caso afirmativo, se poderiam devolvê-lo para a família, mas não houve um avanço nesta questão, pois como foi dito pelo general Uchôa a Simon e a senhora Neuma (mãe), “(…) eles não têm noção de tempo e espaço e podem devolver seu filho em qualquer lugar, mas há de saber que existem seres bons e ruins.”
Além desse fato, muito outros foram descobertos, como por exemplo a declaração recente do chefe de escoteiros Juan Bernabeu, na qual faz uma boa observação no dia do desaparecimento, dizendo: “Um fato me chamou a atenção na ocasião, mas nada disse por considerá-lo irrelevante. Na noite do desparecimento estava muito escuro e repentinamente a Lua surgiu muito forte, subindo por trás das montanhas, com uma grande rapidez, clareando tudo a volta. Esse ocorrido foi no horário aproximado da meia noite. E digo: o que mais surpreendeu foi a rapidez da subida da Lua, em questão de segundos e num horário avançado.” Essa declaração remete imediatamente a pensar sobre o que Bernabeu observou naquela noite. O chefe de escoteiro não viu a Lua surgir repentinamente, e sim uma possível sonda que permeava o local com grande rapidez. Essas sondas são muito comuns em região de forte concentração magnética e alta biodiversidade.
O delegado Fábio Cabett e Ivo Simon conversam durante matéria da TV RECORD, no programa Domingo Espetacular.
Fonte: Claudio Iatauro
ABDUÇÃO – A EVIDÊNCIA MAIS FORTE A SER CONSIDERADA
Quando falamos que não houve qualquer tipo de pista encontrada na busca pelo desaparecimento do escoteiro Marco Aurélio, muitas pessoas já enumeraram milhares de hipóteses como:
- A) ter sido atacado por um animal de grande porte;
- B) ter batido com a cabeça e perdido a memória;
- C) ter escorregado e caído numa fenda;
- D) ter sido sequestrado por criminosos;
- E) ter fugido de casa.
Ou uma outra explicação fora dos padrões da soci
edade militar da época: a de que Marco Aurélio poderia ter sido abduzido, com a finalidade de passar por exames médicos, que provavelmente fazem parte das pesquisas que são realizadas por esses seres, com objetivo ainda desconhecido por nós. O inquérito policial não menciona esse tipo de possibilidade, mas após 28 dias de buscas dentro da mata no Pico dos Marins, com mais de 300 pessoas simultaneamente fazendo um trabalho de procura ao escoteiro, aviões, helicópteros, soldados do exército, grupo antissequestro (COE), resgatistas, religiosos, médiuns, videntes, voluntários e muito mais, não conseguiram o êxito em suas jornadas. Foi assim que, sem nenhuma pista física e concreta, a família passou a admitir qualquer possiblidade para o que poderia ter ocorrido com Marco Aurélio.
Cláudio Iatauro, Ivo Simon e o delegado Fábio Cabett no segundo local onde supostamente estariam enterrados os corpos do Marco Aurélio e João Xavier.
Fonte: Claudio Iatauro
O que leva a entender que a abdução é uma explicação real e considerada, ocorrida quando Marco Aurélio decidiu solicitar ao chefe dos escoteiros Bernabeu, que gostaria de ir à frente do grupo, para logo pedir socorro ao amigo ferido. Numa decisão totalmente equivocada, o chefe permitiu que o escoteiro fosse na frente na descida da trilha, com destino a volta para o acampamento. Em conversa com o grupo, ficou acertado que, devido a condição do clima no alto da montanha, Marco Aurélio, com um giz, marcaria nas pedras pela trilha o número 240 (número de sua tropa de escoteiros), para guiar e orientar seus amigos. E assim o grupo que vinha atrás carregando o escoteiro ferido, poderia se localizar. Mas depois de alguns metros de caminhada eles perderem totalmente o contato visual com Marco Aurélio, sendo guiados apenas pela marcação nas pedras. O grupo tinha a certeza de que o socorro chegaria mais rápido com a ajuda do Marco Aurélio, pois ele, apesar de franzino, era rápido e ágil nas tarefas do escotismo.
A pedra onde Marco Aurélio foi visto pela última vez.
Fonte: Claudio Iatauro
O grupo continuou na sua trilha até passar pela última indicação deixada por Marco Aurélio. A partir desse ponto não se tinha mais a marcação e o grupo teve que tomar uma decisão de escolher qual caminho seguir. Infelizmente, o lado escolhido foi o errado e o grupo não encontrou o escoteiro Marco Aurélio. Esse fato pode sugerir que Marco Aurélio possa ter tido um encontro com alguma coisa que não o fez gritar pedindo socorro, que não o fez correr de volta ao grupo e que não deixou no local absolutamente nenhuma evidência de presença de ação humana. Logo, o que podemos concluir? Que Marco Aurélio foi realmente assassinado, como tudo indica nos áudios e boatos que emergiram após 36 anos ou ainda vamos ter surpresas na investigação do maior caso de mistério de desaparecimento do mundo: “O Caso Marco Aurélio”?