Por sua riqueza ufológica, na Bahia também temos contatados: pessoas que estiveram ou estão em contato com entidades alienígenas que são — ou foram — receptores de mensagens e comunicações telepáticas transmitidas através de todos esses anos. A primeira mensagem captada no Estado aconteceu no dia 24 de abril de 1959 pelo bancário Hélio Vieira Aguiar, em circunstâncias incomuns. Ele é a principal testemunha do Caso Piatã que, após visualizar um disco voador na praia, fez três fotos, e quando preparava-se para bater a quarta, recebeu uma mensagem de alguém a bordo daquele UFO. Um mensageiro alertava sobre o perigo nuclear, ameaçando intervenção em caso de reincidência nos experimentos atômicos para fins bélicos. A experiência de Hélio foi curiosa: ele não estava em sessão espírita, meditação transcendental, orando, em transe místico ou qualquer outro estado do tipo, apenas dirigia uma moto, quando recebeu a comunicação alienígena.
Com o passar dos anos, outros contatados apareceram no cenário ufológico baiano. Comecemos pelos mais famosos deles: um técnico em eletrônica chamado Paulo L. Fernandes, natural da cidade de Conquista (BA), que após uma fase no Grupo de Pesquisas Aeroespaciais Zênite (G-PAZ), fundou seu próprio grupo, o Centro de Estudos Exobiológicos Ashtar Sheran (CEEAS), em 1973, onde passou a desenvolver um trabalho voltado para a Ufologia Mística, com base em mensagens que afirmava receber do comandante Ashtar Sheran e equipe. Ficou na direção do grupo até 1981, quando faleceu, vítima de uma enfermidade cardíaca. Sua sucessora foi a pedagoga Ana Santos [Editor; Igualmente a Paulo, doutor Alceu e Jaime Marinho dividem até hoje a recepção das mensagens do comandante do espaço Ashtar Sheran], que desenvolve um excelente trabalho junto ao centro fundado por Paulo. No fim dos anos 80, surge nas manchetes dos jornais locais mais um contatado e suas mensagens urgentes. Trata-se de Ducenildo, que alega ser, desde jovem, receptor da comunicação de uma raça de alienígenas de outra galáxia. “Esses baixinhos que andam em discos voadores visitando a Terra”, fala com entusiasmo.
APOCALIPSE COM HORA MARCADA — Suas mensagens são de conteúdo geral e ético, chamando a atenção principalmente para o risco de uma suposta catástrofe que se abaterá sobre a Terra no final deste século. “Um grande astro passará perto da Terra, e tudo será abalado. A civilização entrará em colapso com muita ruína e caos para os homens. A data será dia 15 de outubro de 1999, às 15h15”, diz uma dessas mensagens. Em controvérsia, os anjos, quando indagados sobre o dia do Juízo Final na Bíblia, responderam que o dia e a hora só o Senhor sabia. Então, os ETs contatantes de Ducenildo estariam equivocados? Alguns célicos ironizam o visionado publicamente, enviando cartas para a Coluna do Leitor do jornal A Tarde, com deboches e charges pejorativas. Supõe-se que Ducenildo tenha ido embora da cidade por não aceitar essa atitude. Infelizmente, não logramos encontrá-lo para uma melhor elucidação dos fatos. Paralelamente, ainda podemos citar o monge Kurt Buderberg, de origem indiana, residente em Mata de São João e autor do livro A chave dos mistérios.
Ele diz manter contatos com ETs e ter sido testemunha, no Tibete, de um encontro de monges com aliens num mosteiro em lugar ermo e não revelado. Outro canalizador de mensagens e filosofia alienígena é o músico profissional Plínio, que diz ter estado a bordo de UFOs para ser curado e orientado por ETs.
Os também contatados Emília e Cláudio, com base na vontade alienígena, pregam unia melhor qualidade de vida para o homem. Para tanto, fundaram o Movimento de Integração das Ciências (MIC), repassando seus conhecimentos em palestras e reuniões. Recentemente, surgiu um novo contatado, cujo nome não podemos ainda divulgar porque o caso ainda está em processo de análise. Sabemos que sua experiência remonta a 1939 — bem antes da Era Moderna dos discos voadores. Ele afirma que quando esteve em Aramari e Serrinha viajou até um planeta estranho num disco voador, o qual descreve cm pormenores incríveis.
Essas são experiências de pessoas que acreditam ter vindo ao mundo como mensageiras de uma civilização mais adiantada, que almeja à preservação de nossa espécie. Mas independente de quem seja o receptor dessas mensagens extraterrenas, coincidência ou não, todas convergem a um ponto comum: o risco da destruição do planeta e da raça humana. É como se devêssemos refletir muito sobre esse aspecto e mudarmos nossa conduta diante dos acontecimentos e da vida. Pensemos então a respeito.
PROTAGONISTA DO CASO PIATÃ — Pois na Ufologia, vez por outra, deparamo-nos com pessoas, fatos e acontecimentos realmente fora de qualquer script. Hélio Vieira Aguiar foi um desses escolhidos para viver grandes papéis no cenário incomum dos discos voadores e alienígenas. Dotado de inteligência acima da média, Hélio pertencia a uma família de artistas e intelectuais e dedicava seu tempo livre às artes e invenções. Era o que hoje poderíamos chamar de superdotado, um paranormal, versado em hipnose e pesquisas de fenômenos transcendentais. Seria esse o motivo pelo qual foi eleito para ser um portador de mensagens telepáticas alienígenas? Hoje, sua experiência ufológica é mundialmente conhecida como Caso Piatã, acontecido na Bahia, em 24 de abril de 1959.
Naquela tarde, ao receber a ordem imperativa “escreva, escreva”, após bater a terceira fotografia, Hélio de nada mais se lembra. Sabe apenas que desligou-se do mundo material e, ao acordar, não viu mais o UFO, mas portava nas mãos a mensagem escrita com sua própria letra: “Que cessem as experiências atômicas para fins bélicos; o equilíbrio do universo está ameaçado. Estaremos atentos, prontos para intervir”. Imaginem o susto de Hélio! Aquela mensagem curta e grossa imposta à sua mente, ali, às 16h25, num trecho deserto da orla marítima de Salvador. Quem a mandou, subjugando os sentidos e a vontade de Hélio, provocando a interrupção do motor de sua moto e ditando-lhe aquele texto à distância, provavelmente teria sido alguém da nave alienígena que tinha visto minutos antes.
O Brasil não possuía, naquela época — tampouco possui agora —, armas nucleares, usinas, navios ou aviões capazes de portar ou operar bombas atômicas. O Estado apenas tinha participado da Segunda Guerra Mundial e era aliado natural dos EUA. Então, por que a mensagem foi passada a um cidadão brasileiro comum, do Nordeste, e não diretamente a quem interessava: governo, militares, ao Pentágono, Moscou, Paris, à Casa Branca. Nosso país sempre foi pacifista e, inclusive, é signatário de muitos tratos e convenções sobre corrida armamentista, utilização do átomo, enriquecimento de Urânio etc. Embora tenhamos hoje usinas nucleares funcionando mal e com u
m programa nuclear celebrado com a Alemanha que se arrasta cheio de problemas. Recentemente foi colocada uma pá de cal pelo Governo Federal nos projetos nucleares brasileiros. Então, porque aqui?
Em 1959, o Brasil não dispunha oficialmente de armas, nem programas nucleares, mas desde o ano anterior, quando o Esquadrão do 1º GAP recebeu os aviões P-15 Netuno, da Lockheed, para patrulha do mar e território, já havia perseguições a UFOs pelas cercanias da Baía de Todos os Santos. É possível que os ETs, ao monitorarem as atividades dos governos, tenham detectado algum projeto ou plano secreto de utilização do Brasil ou seu território como ponto ou cenário de instalações militares americanas? Ou apenas usufruíram da capacidade telepática de Hélio Aguiar, desenvolvida através de estudos ligados à transmissão do pensamento junto a kardecistas, parapsicólogos e religiosos baianos, como o capelão militar do quartel de Amaralina Leib Lebowith?
Hélio, que fazia experiências com o conhecido baralho dos cinco símbolos, ao avistar o UFO realizando manobras radicais no céu, notou quatro ou cinco marcas gravadas no lado externo de sua fuselagem. Posteriormente, identificou esses emblemas como o de Salomão fechado, aquários, anel de átomo e um outro do qual não se recorda. Todos eles guardam estreita semelhança com os do baralho Zener. Seriam eles insígnias do UFO ou foram apenas usados para estimular a comunicação telepática? Logo após ter tirado a quarta fotografia, Hélio ficou muito assustado com tudo aquilo e correu de volta para o quartel à toda velocidade com a moto do capelão, e entrou, gritando: “Eu vi! Eu vi, e fotografei”. Atravessou tão depressa a entrada que nem sequer deu tempo para o sentinela de guarda autorizá-lo. Então, procurou o capelão para irem a um laboratório profissional com a máquina fotográfica revelar o filme na presença de várias testemunhas. Os militares norte-americanos ficaram sabendo do caso através de seus aliados brasileiros.
CONFISSÕES DE UFÓLOGO — Depois da divulgação do caso na Imprensa, Hélio não teve mais paz nem sossego. Era assediado por colegas, vizinhos, jornalistas. Todos queriam saber a história, e alguns ainda comentavam: “Lá vai o homem do disco voador”, em tom de chacota. Alguns meses mais tarde, todo o material fotográfico foi roubado de sua gaveta particular no Banco Econômico da Bahia, onde trabalhava. Alguém teria levado tudo em nome, talvez, de alguma agência governamental muito interessada naquela mensagem… Não se sabe ao certo. No entanto, algumas semanas antes do roubo, Hélio teria recebido uma carta timbrada de Washington, capital dos EUA, assinada pelo major Quintanilha, solicitando cópias das fotos, bem como da tal mensagem.
Esse paranormal testemunhou, juntamente com seus filhos, outras manifestações de UFOs, pelo menos em duas ou três vezes. Em dezembro de 1970, um de seus filhos viu três objetos sobrevoando o Bairro da Cidade Nova por várias noites. Inclusive, nós também fomos testemunhas deste mesmo caso. E, além deste, presenciamos uma outra experiência incomum no ano de 1973, quando saía da casa de Hélio, após uma animada conversa. Ao cruzar a porta principal, repentinamente vimos no céu um UFO atravessar o espaço à enorme velocidade. Foi algo inesquecível. Hélio teve sua experiência percorrendo todo o mundo em livros, revistas e palestras. O caso é considerado um dos mais clássicos da Ufologia.
CONVERSA TELEPÁTICA NO MEIO DA CAATINGA — E, para se somar a isso, a cada dia aumenta o número de pessoas que crêem na existência de UFOs em função das incontáveis evidências e testemunhas que relatam suas experiências e comprovam essa veracidade. Mas aos olhos do caboclo nordestino, a presença alienígena na Terra é algo inimaginável, extraordinário demais para ser possível. Contatos de 1º, 2º ou 3º graus, então, nem se fala. Ainda muitos não têm idéia do que seja telepatia. Por isso, quando acontece algum caso isolado em que seres humanos comuns conversam deliberadamente com criaturas de outro planeta, todos reagem como se estivéssemos chegado ao final dos tempos. No Estado da Bahia, essa reação é ainda mais relevante, porém perfeitamente compreensível, pela própria simplicidade de seu povo. Em contrapartida, há aqueles com um pouco mais de conhecimento ou mera intuição que, ao serem contatados (embora não saibam por quais entidades), não demonstram sentir medo e se consideram privilegiados. Como é o caso de dona Maria Margarida, residente na Fazenda Baixa da Tapera, na cidade de Antas, interior da Bahia.
Esta senhora estava grávida de oito meses, quando num fim de tarde de novembro de 1982, enquanto organizava sua casa, pediu para a empregada trazer-lhe um balde de água de uma fonte que distava uns 20 m dali. No instante em que a moça foi atender o pedido da patroa, viu do quintal em frente a casa algo surpreendente no céu. Sua primeira reação foi de desespero. Houve gritos e mais gritos. Crendo em se tratar do ataque de uma cobra ou um outro animal, dona Maria foi até o local de onde vinha o alarido e encontrou sua empregada apontando para o céu. Notou uma grande “bacia de alumínio”, com luzes lilás e verde, que se dilatavam à proporção em que a nave se aproximava. Sua luminosidade alterava conforme suas evoluções e o rumo que seguia.
Curiosos, logo todos os empregados da fazenda estavam reunidos no local. Transcorreram 30 minutos e, apesar do objeto permanecer imóvel, tinha-se quase a certeza de que era comandado por uma inteligência, devido a suas evoluções. Contudo, nenhuma criatura foi vista. E, motivada por uma forte intuição, dona Maria começou a conversar com os possíveis seres que, na opinião dela, “deveriam estar escondidos em seu interior, temerosos de que algo de ruim pudesse lhes acontecer”. Dona Maria pediu, caso houvesse alguém ali, que se manifestasse de alguma forma. O que, de fato, aconteceu: ao sinalizar com uma lanterna, a senhora foi correspondida pela nave. Àquela altura, sabendo que estava diante de algo arrebatador, dona Maria pegou uma máquina fotográfica com intuito de registrar as cenas seguintes. Porém, teve que guardá-la atendendo à solicitação dos ETs que, telepaticamente, enviaram-lhe uma mensagem. “Não era preciso que eles falassem. Parecia que colocavam o som den
tro dos meus ouvidos, sem o menor esforço ou movimento com a boca”, revelou. Em virtude da insistência da testemunha, num determinado momento da conversação, os seres finalmente decidiram se aproximar, recomendando que não houvesse abalo emocional de espécie alguma da parte da contatada. Não deu outra! Quando as criaturas chegaram mais perto de Maria, a emoção mesclada com o medo era tão forte que suas pernas estremeceram e o seu coração bateu descompassadamente.
Isso era involuntário, incontrolável, e por três vezes consecutivas a reação se repetiu. “Então eles desistiram e me fizeram entender que devido ao meu estado emocional e, principalmente, por eu estar grávida, não seria possível manter um contato mais aprofundado. Afinal, o bebê poderia correr risco de vida, assim como eu”, explicou. A vítima mencionou ainda o fato de que seu animal de estimação, uma cadela chamada Girl, começou a apresentar um comportamento incomum dois dias antes do episódio: “A impressão era a de que Girl estava temerosa, pressentindo que algo anormal iria acontecer comigo”.
Sob seu ponto de vista, os dois fatos estavam relacionados entre si. E, como seu cachorro, os ETs de certa forma também desejavam preservá-la, pois, segundo afirmou, todas as mensagens enviadas chegavam à sua mente com muito zelo. Para evitar maiores conflitos, os seres resolveram se afastar definitivamente, numa rapidez incrível, sem produzirem o menor ruído. A testemunha ainda acompanhou o percurso que a nave fez até sumir no horizonte. No outro dia, dona Maria ficou sabendo pelos moradores vizinhos que aquela era a terceira tarde consecutiva que o fenômeno se manifestava no mesmo lugar e hora. Infelizmente, nos cinco dias subseqüentes em que a testemunha fez vigílias, esperando novas aparições, nada conseguiu ver.
De uma coisa, porém, dona Maria teve certeza: os ETs eram bons, pois cuidaram de seu bem estar, mesmo estando ali para fazer alguma sondagem ou pesquisa sem que fossem percebidos. Se os planos eram esses, com a intervenção dela, eles fracassaram. É provável que a testemunha tenha tido outros contatos além deste que acabamos de citar. Porém, nada mais sabemos a respeito, pois dona Maria deixou a fazenda pouco tempo depois das aparições. As outras dez testemunhas continuam lá, flagrando, vez ou outra, alguma bola de luz colorida no céu, causando alvoroço e pavor em toda a comunidade rural. Mas os casos envolvendo avista-mentos de discos voadores e eventuais contatos entre seus tripulantes e a população baiana não acabam por aqui.
Encontro noturno nos céus
Espaço aéreo entre as cidades de Ilhéus, Itacaré e Itaparica, bom tempo, céu claro, 19h30, litoral baiano. Foi nesta situação que. em abril de 1981. o táxi aéreo, bimotor Aero Commander Hawk, prefixo PP-SEC, da Bahia Taxi-aéreo (Bata), que ia rumo a Ilhéus, a 2.600 m e a 300 km/h, ouviu uma chamada pelo rádio da aeronave PT-FVH, que acabara de decolar de Salvador rumo ao sul do Estado. O piloto desta última, o ex-coronel aviador da Força Aérea Brasileira (FAB), comandante Façanha, perguntou à torre de controle de Ilhéus se o PP-SEC da Bata, não estava enganado em seu horário de decolagem. Por sua vez, o piloto do bimotor, o comandante Fonseca, respondeu negativamente. O motivo da indagação foi que o coronel Façanha estava a observar uma luz se deslocando próxima à linha da costa litorânea.
Com essa resposta, Façanha sugeriu ao outro comandante que analisasse o objeto luminoso que planava à sua esquerda. Ele voava a uma altitude inferior à do avião da Bata, ligeiramente à sua frente, encontrava-se a uma distância entre 8 e 10 km e mudava sua cor constantemente. Apesar de estar próximo à aeronave, o UFO não provocou qualquer alteração em seu funcionamento, nem mesmo nos instrumentos dos painéis de bordo. Dada a situação, Fonseca ficou preocupado e quis tirar dúvidas com a torre de controle de Salvador. Por exemplo, o comandante quis saber se havia algum tipo de tráfego aéreo não declarado naquela posição. Obteve resposta negativa da torre que, ao mesmo tempo em que questionava os controladores do Cindacta de Recife e Brasília sobre o vôo de uma aeronave não identificada, gravava em áudio a descrição e características do UFO fornecidas pelos pilotos.
Façanha resolveu mudar a rola de seu avião, na vã tentativa de uma aproximação, entretanto o comandante não atingiu seu objetivo. Foi então que o avião voltou à posição original, acabando por perder o UFO de vista quando já estava próximo a Ilhéus. Toda a tripulação comentou que nunca tinha visto algo semelhante àquilo. Por outro lado, a observação continuou a ser feita pelo comandante Fonseca e o co-piloto do táxi aéreo que se aproximava da Ilha de Itaparica. Enquanto executavam os procedimentos de pouso em Salvador, viram o UFO mudar subitamente de cor, acelerando bruscamente a uma velocidade vertiginosa e mudando a direção do vôo para o continente. A equipe acabou por perdê-lo de vista e antes da aterrissagem, quando ainda sobrevoava o aeroporto soteropolitano, o PP-SEC fez um giro de 360º para tentar mais uma vez localizar o objeto. A ação se mostrou infrutífera. Mesmo assim, pelo menos o incidente foi registrado no livro de capa preta do Cindacta.
Equipe SEULF