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Revista UFO > Notícias > Contato oficial e definitivo com seres extraterrestres: Chegou mesmo a hora?
Artigos

Contato oficial e definitivo com seres extraterrestres: Chegou mesmo a hora?

Ultima atualização: 1 de dezembro de 2006 15:24
Por
Marco Antonio Petit
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A idéia de que temos ligações com seres extraterrestres é totalmente sustentável, mas nada tem a ver com as previsões de Ellam
Créditos: Lielzo F. Azambuja

Certamente, vivemos um momento muito especial dentro da Ufologia Brasileira, em que é fácil deixar o emocional preencher o comando de nossas atitudes. Independentemente do que cada um pense sobre as afirmações do escritor espiritualista potiguar Jan Val Ellam em entrevista à Revista UFO, sobre a aproximação de alienígenas à Terra e do contato oficial e definitivo de nossa humanidade com estes seres, não existe a menor dúvida de que suas “revelações” geraram e continuarão provocando reflexões, questionamentos e um debate mais forte, que já ultrapassou em alguns momentos os limites do bom senso e do devido respeito – inclusive ao responsável pelo que está acontecendo, o próprio Rogério de Freitas, nome verdadeiro de Ellam.

Fui responsável pela realização recente de dois debates públicos sobre suas profecias, realizados no Rio de Janeiro e em Niterói, que foram amplamente divulgados em listas de discussão ufológicas na internet, no Portal UFO [ufo.com.br] e em outros sites. Meu objetivo, ao realizar tais eventos, nunca foi dar um endosso pessoal às afirmativas de Ellam, referentes a uma manifestação ufológica definitiva como a divulgada por ele, que previu o acontecimento para uma data entre os meses de novembro deste ano e abril de 2007. Mas, com o passar dos dias, não foi difícil perceber que as pessoas que não haviam participado dos eventos estavam entendendo algo diferente a respeito deles, ou seja, estavam imaginando que eu deveria estar convencido do que afirma o entrevistado.

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A própria UFO também chegou a ser acusada de parcialidade e de endossar as declarações de Ellam. Se esta fosse a proposta original de seu editor, a presente edição evidentemente não existiria ou, se existisse, não traria os textos que estão aqui sendo apresentados. Durante o debate realizado em Niterói, por exemplo, fui questionado por um dos participantes sobre o envolvimento da revista com a questão, e por que UFO deu tamanho espaço e destaque para as supostas revelações do entrevistado. Respondendo aos presentes, tanto em meu nome como no do editor da publicação, expliquei que não havia como a revista se omitir frente às contundentes declarações que o mesmo já vinha fazendo, inclusive antes de conceder a entrevista. E também pelo fato de que quem estava trazendo tais informações ao público era pessoa de bagagem cultural e moral reconhecida dentro dos círculos ufológicos e espiritualistas. Seria uma irresponsabilidade da Revista UFO não veicular o assunto ou fazê-lo sem o destaque e a concessão do devido espaço.

Um debate mais que necessário — UFO é hoje a mais importante publicação ufológica em todo o mundo, e a mais antiga na área ainda em circulação em todo o globo. É a única revista especializada na pesquisa dos discos voadores em nosso país e, certamente, o fórum ideal onde o assunto poderia ser discutido em alto nível. A entrevista com Jan Val Ellam foi apenas o início deste processo, que agora pode ser mais facilmente perceptível, quando diversas opiniões estão sendo apresentadas para que o leitor possa fundamentar melhor sua visão sobre o assunto. Quem apostou que a UFO seria parcial e apoiaria apenas um lado da questão, em detrimento de um debate sadio proporcionado por diferentes ufólogos, enganou-se. De qualquer forma, a verdade é que todos nós, ufólogos e leitores, fomos surpreendidos pelas declarações dadas pelo entrevistado – não pela idéia do contato oficial e definitivo com civilizações extraterrestres, mas pela marcação de um período iminente para tal fato se tornar uma realidade.

Não havia como a revista se omitir frente às contundentes declarações que Ellam já vinha fazendo antes mesmo de conceder a entrevista

Nos debates que organizei, fiz questão de não conhecer previamente as opiniões dos ufólogos que convidei para deles participar, e também me reservei o direito de não emitir minhas idéias sobre o assunto, para não haver qualquer possibilidade de influência da minha parte sobre a condução dos trabalhos [O leitor pode ter mais informações sobre os eventos do autor acessando seu site: www.marcopetit.com]. Durante a realização dos eventos os convidados puderam emitir as mais variadas opiniões quanto as profecias de Jan Val Ellam, tanto a favor como contra a possibilidade do quadro descrito por ele se tornar uma realidade nos próximos meses. O público presente em ambos debates, apesar da existência de opiniões contrárias manifestadas por alguns, era de maioria nitidamente favorável à realização dos fatos, manifestando uma espécie de “desejo de acreditar”.

Encontrei-me pela primeira vez com Rogério de Almeida Freitas anos atrás em um evento na cidade de Volta Redonda (RJ), e conheço pessoas que já acompanhavam seu trabalho antes disso, que acreditam em sua sinceridade e honestidade. Estive com ele outras vezes e cheguei a divulgar em várias edições do jornal Vimana, que lancei em 2004, matérias e textos sobre suas atividades. Apesar do pouco contato que tive com ele, no entanto, não tenho qualquer dúvida quanto sua honestidade e sinceridade. Mais do que isto, tenho total convicção de que ele está certo de que realmente “recebeu” as informações que transmitiu em sua entrevista à Revista UFO, segundo ele, originárias de “consciências superiores espirituais e extraterrestres”. Mas minhas certezas acabam neste ponto. Entendo que não podemos discutir um fato de tamanha importância para a humanidade, como os aludidos pelo entrevistado, tendo como foco uma única pessoa – e é exatamente esta questão que torna as coisas mais difíceis.

Nada a falar e escrever, apenas esperar — É necessário que os leitores entendam que o que está em julgamento e em discussão aqui não é a pessoa ou o médium Jan Val Ellam. Não podemos e nem devemos buscar um entendimento da situação através de uma invasão em sua vida pessoal. Também não preciso colocar Ellam em um teste poligráfico para saber de sua sinceridade. Acredito plenamente em seus propósitos, mas o tema Ufologia deve necessariamente transcender ao conceito “acreditar”, pois ele exige mais, muito mais do que isso. Podemos acreditar em Deus ou não, mas com os discos voadores a situação é diferente. Eu não acredito neles, eu sei eles existem. Existem evidências objetivas desta realidade, por mais que alguns ainda duvidem delas, em geral por falta de informação. Mas existe alguma evidência objetiva nas supostas revelações de Ellam, principalmente no que diz respeito à datação do contato? Nos debates que organizei respondi que, em minha opinião, não havia qualquer suporte objetivo ao que ele afirmou. Na verdade, a única coisa que temos é justamente sua afirmação. Nada mais. Por outro lado,
existe alguma informação também objetiva, até o presente momento, que possibilite a algum de nós refutar suas afirmações? Também não, como respondi nos mesmos debates aos quais me refiro. E aonde isto tudo nos leva? Seria bem mais fácil nada falar, nada escrever e esperar até o mês de abril de 2007, caso alguma coisa importante realmente não aconteça antes. Mas, “infelizmente”, não sou daqueles que estão esperando o último dia de abril para se posicionarem em relação a esta história.

Anos atrás, quando resolvi falar pela primeira vez publicamente – e abertamente – de eventos pessoais envolvendo o Fenômeno UFO, narrados em meu livro UFOs, Espiritualidade e Reencarnação [Editora Conhecimento, 2004], que ainda não havia sido lançado, revelei minha postura em relação aos aspectos mais transcendentes da presença alienígena na Terra e sua intervenção nos rumos de nossa humanidade. Mesmo que eu julgasse ter “recebido” qualquer informação especial, e por mais que eu pudesse considerar esta e sua fonte como dignas de crédito, eu só tornaria tal informação pública se fosse algo defensável em termos lógicos e objetivos. Fiz tal declaração com o objetivo de mostrar aos leitores que, apesar dos tais eventos, eu continuava o mesmo e que, em minha visão, ciência e espiritualidade não eram antagônicas. Queria que soubessem que Ufologia, como estudo, não pode ficar restrita ao chamado “mundo material”. “O homem descobrirá muita coisa através do espírito”, revelou a contactada norte-americana Betty Andreasson, durante uma sessão de hipnose regressiva, revivendo uma de suas experiências de contato com ETs. Não podemos ter medo de encarar a realidade espiritual do homem, do universo e de tudo que neles se manifesta, mas temos que preservar nossa capacidade analítica e objetiva de estimar as evidências, sejam elas materiais ou subjetivas.

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Conjunto de possibilidades reais — As idéias que apresento aqui têm como único objetivo justificar a opinião manifesta acima. Tendo sido convocado pelo editor A. J. Gevaerd a apresentar minha posição quanto às previsões de Jan Val Ellam, aceitei de pronto porque já vinha mesmo sentindo necessidade de fazê-lo. Consideraria uma covardia da minha parte não expor minha visão aos leitores. Como não seria ético não reconhecer, neste momento, que no passado cheguei a solicitar a Ellam, através de amigos comuns, que tentasse uma possível “intervenção” das entidades e seres com os quais diz “trabalhar”, na busca de algum tipo de cura para minha mãe, que na época sofria de câncer. Revelo isto com o objetivo de ser totalmente transparente em minha narrativa, além de demonstrar minha confiança na ação do entrevistado. Da mesma forma, os aspectos básicos presentes nas informações prestadas por Ellam à UFO não são problemas para mim. A loucura humana, levando à possibilidade do uso de armas nucleares, químicas ou biológicas, assim como a alegada volta de Jesus e, finalmente, a reintegração de nossa humanidade a uma espécie de “comunidade cósmica” – da qual teríamos nos afastado no passado –, a um conjunto de possibilidades reais. Por mais que alguns não percebam ou tenham resistência em assimilar tais fatos.

Parece que os seres que anunciam um fato de importância definitiva para a humanidade, como o agora proposto, fazem questão de camuflar a verdade com meias palavras, colocando o canal através do qual a mensagem deve ser passada (o médium) na obrigação de conviver com ambigüidades e incertezas

Em minhas primeiras palestras, há quase 30 anos, já abordava a questão da origem extraterrestre da humanidade, da queda do ser humano devido a problemas por que passamos no passado e os sinais que ligavam não só Jesus ao Fenômeno UFO como outros personagens do Novo e o Antigo Testamento. Publiquei vários artigos abordando estes temas e escrevi vários livros, nos quais procurei fundamentar minhas idéias e demonstrar, mediante evidências, a realidade e a importância de se tentar compreender de forma mais abrangente e histórica a presença alienígena na Terra, que remonta há milênios. Descobertas feitas pela paleontologia, antropologia e arqueologia, além de estudos realizados em textos religiosos de vários povos – ­alguns apócrifos –, representações artísticas de nossos antepassados, lendas de vários povos e muitas outras evidências podem ser usadas para demonstrar a realidade transcendental de nossas origens, nossa evolução e, claro, nosso destino. Existe um farto material sobre tais temas em meus livros, e vejo que podemos abordar e discutir todos esses assuntos sem uma distorção religiosa ou mística quanto a uma mensagem supostamente extraterrestre, como a que alega ter recebido Ellam, seja ela fruto de uma ligação telepática, mediúnica ou de um contato físico com entidades extraterrestres.

Em meu livro Contato Final: O Dia do Reencontro [Código LIV-013 da Coleção Biblioteca UFO] abordo de maneira detalhada os assuntos agora discutidos. Apresento as evidências da origem extraterrestre não só do homem, mas de toda a vida no planeta Terra, os sinais de sucessivas intervenções em nossa evolução, após o que chamo de “queda do ser humano”, a relação existente entre a origem de nossas religiões e a ação alienígena em nosso planeta, as lendas e mitologias surgidas a partir de contatos com ETs no passado – que deram origem ao nosso atual ciclo civilizatório –, e trato, finalmente, das informações oriundas dos contatos e abduções atuais. Isso tudo apresentado com o objetivo de mostrar nossas ligações inequívocas com algumas das raças que nos visitam e interagem com a humanidade desde as mais remotas eras, e possibilitar uma visão aproximada de como seria o que chamo de dia do reencontro, nossa reintegração cósmica com as civilizações responsáveis pela existência de nossa civilização planetária.

Esse momento do aguardado contato final, conhecido por alguns como “a volta dos deuses”, está registrado em uma grande quantidade de lendas e tradições de povos do passado e em vários livros sagrados, incluindo a própria Bíblia. Praticamente, todas as lendas ancestrais de nossa cultura fazem menção à chegada, em alguma época do passado, de deuses e outras criaturas especiais, que desceram do céu em carruagens de fogo, escudos voadores, objetos de forma discóide etc, para ajudar a humanidade a iniciar o atual ciclo civilizatório. E as mesmas fontes também relatam que esses mesmos deuses um dia partiram de volta aos céus, sempre prometendo que um dia voltariam para uma espécie de convívio definitivo com o ser humano. Assim, como se vê, existe uma base de apoio para aconte
cimentos do tipo que Jan Val Ellam apresenta em sua entrevista à Revista UFO. Apesar da mensagem contida em seus livros não englobarem os aspectos diferenciados da manifestação ufológica, que tanta controvérsia tem causado quanto ao real significado da presença extraterrena em nosso planeta, acho isto irrelevante no momento atual.

Crença pessoal —
Mas até que ponto se pode ter certeza de que as profecias do entrevistado foram realmente “recebidas” de uma fonte superior conhecedora de nosso futuro imediato? Sinceramente, existe alguém que possa fazer uma afirmativa definitiva em relação a isso? Em minha opinião, ao contrário do que muitos pensam, o problema não está relacionado ao imediatismo dos fatos anunciados por ele, mas sim a uma certa dose de ambigüidade e um nível de incerteza em suas afirmações, que se observa não somente em sua entrevista à UFO 126, como em algumas de suas últimas palestras. Um exemplo disso são suas declarações quanto ao que ocorreria no dia 04 de outubro passado – ele afirma que “poderia ou não” ocorrer a referida tragédia, e não sabe se seria de “origem nuclear, biológica ou química”. É algo muito subjetivo, embora eu reconheça que também existe muita subjetividade naquilo que aqui exponho, e o faço até mesmo para formatar minha própria opinião em relação às referidas profecias. Entretanto, faço um questionamento inicial: o que pode ser considerado um argumento subjetivo? Parece que a única coisa que escapa a esta interpretação é a posição tomada a partir da crença pessoal, seja elas a favor ou contra os fatos, mas que, na maioria das vezes, se formos realmente sinceros, apresenta o mesmo problema. O primeiro ponto que considero problemático quanto às afirmações de Ellam se refere à questão da fonte única de suas informações. Parece improvável que, depois de milhares de contatos e abduções, alguns com evidências razoáveis registradas pela Ufologia, inclusive físicas, a revelação final sobre o assunto chega à humanidade através de uma única pessoa. Isto não faz sentido.

Seria esta a maneira mais adequada para as civilizações extraterrestres interessadas em nossa reintegração cósmica darem início ao processo? Ou Ellam está fadado a se transformar em um novo messias? Se os fatos previstos acontecerem, certamente ele será guindado a esta posição? Apesar de todas as minhas imperfeições ou defeitos, como qualquer ser humano, não sou daqueles dispostos a aceitar passivamente a imposição de qualquer idéia, com a supressão de possíveis questionamentos e tendo como base a superioridade seja lá de quem for. O verdadeiro conhecimento se manifesta não pela posição ou status da fonte, e sim por sua própria essência. Por isso, pergunto: existe realmente algum sinal de que a informação difundida por Ellam partiu realmente de um fonte insuspeita? Este é um questionamento que não posso deixar de fazer, até porque, uma das poucas coisas de que tenho certeza é que esses seres que nos visitam querem o nosso despertar, mas não desejam estimular um processo de crença, uma nova religião.

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Um alto preço a pagar — Outro aspecto a ser considerado, uma vez que o entrevistado faz inúmeras referências a essa fonte, é a importância que devemos ou não dar à Bíblia – que, em termos objetivos, é um dos poucos documentos, além de alguns textos apócrifos, a fazer referência à figura de Jesus. Devemos ou não acreditar em suas informações e previsões? Se é nela que temos claramente a promessa da volta de Jesus, figura central das mensagens do entrevistado, também está em suas páginas a revelação, supostamente feita pelo próprio filho de Deus, de que ninguém conheceria o dia de sua volta, nem mesmo ele próprio! Se tivermos a Bíblia como base de nossos argumentos, concluiremos que levamos em consideração seu conteúdo para favorecer uma opinião ou interpretação, mas nos esquecemos dela quando nos é desfavorável? No último debate que realizamos em Niterói, tivemos a participação do pastor Eduardo Vigil, convidado para o evento por ser um profundo conhecedor dos Evangelhos e por defender uma interpretação ufológica para várias passagens bíblicas. Anos atrás, Vigil chegou a lançar a idéia de que Jesus não apenas voltará, mas que isso acontecerá conjuntamente a uma manifestação definitiva de seres extraterrestres. Mas depois de ter lido cuidadosamente a entrevista de Jan Val Ellam, analisando o texto ponto a ponto e confrontando-o com seu conhecimento bíblico, acabou por revelar aos presentes ao debate a sua opinião de que o entrevistado estaria sendo vítima de algo ou uma manobra obscura, e que pagaria um alto preço por isso.

crédito: Philipe King David

O contato com ETs ocorrerá sim, mas poderá ser bem mais convencional do que estimam os espiritualistas

O contato com ETs ocorrerá sim, mas poderá ser bem mais convencional do que estimam os espiritualistas

Devo admitir ao leitor que passei as últimas semanas buscando encontrar alguma coisa que fizesse sentido em toda essa história. A seqüência dos acontecimentos vaticinados por Ellam – uma aparição massiva de UFOs, seguida de outras, na busca de uma preparação da humanidade para vivenciar o contato oficial e definitivo com ETs dentro de algumas décadas – estaria dentro daquilo que considero lógico. Ouvi com atenção cada uma das opiniões dos conferencistas nos dois debates, e as do próprio público presente, explorando as diversas possibilidades de análise deste momento que estamos vivendo. Tenho, entretanto, uma dificuldade natural de conviver com a idéia que nosso planeta é alguma coisa singular ou especial, seja em que nível for, apartado do restante do universo – ou “um dos últimos a ser reintegrado ao convívio cósmico”, como alega Ellam em suas palestras. Para mim, o universo é algo um pouco maior que isso, no qual certamente existem mundos mais avançados que o nosso, mas também outros onde a vida acabou de surgir, dentro de um processo contínuo de evolução. Isso para não falarmos daqueles que ela ainda sequer se manifestou…

Quanto mais conhecimento tomo das declarações de Ellam, mais dificuldade tenho de aceitá-las. “Estamos lidando com seres cuja posição amorosa é o que de mais belo já vi. São os seres mais evoluídos dessa parte da galáxia”, declarou o entrevistado no dia 08 de outubro, durante o programa de rádio Projeto Orbum, apresentado pela Rede Boa Nova de Rádio [www.radioboanova.com.br]. Como alguém pode fazer uma afirmação
desta natureza? Em que ele está se baseando para fazê-la? Quantas civilizações do universo ele já contatou? Desde a entrevista concedida à UFO até este momento, em que escrevo as palavras finais deste artigo, o discurso de Jan Val Ellam tem se assumido um tom cada vez mais religioso. Suas colocações, em vez de explicarem e darem maior sustentação às informações que alega ter “recebido”, em minha opinião, só aumentam a descrença que se pode ter delas.

Ambigüidades e incertezas — A impressão que persiste é que o entrevistado parece resoluto e pronto para ser “sacrificado” pela crítica esmagadora de boa parte da Comunidade Ufológica Brasileira, como se já esperasse exatamente por isso. Em sua entrevista, no entanto, Ellam deixou claro que não estava preocupado com a repercussão de suas declarações, e disse que o importante era fazer aquilo que sabia ser sua missão. Mas bastou o surgimento das críticas – a maioria descabidas e manifestando um nível inaceitável de agressividade, que só pode ser entendido como resultante de um descontrole emocional de seus autores – para que suas primeiras respostas surgissem. Mas estas, infelizmente, contiveram como enredo uma retórica pouco esclarecedora, pelo menos para aqueles que buscam informações, e não um processo de fé. Parece que os seres que anunciam um fato de importância definitiva para a humanidade, como o agora proposto, fazem questão de camuflar a verdade com meias palavras, colocando o canal através do qual a mensagem deve ser passada – o médium – na obrigação de conviver com ambigüidades e incertezas.

No último debate que realizamos, para justificar o equívoco do entrevistado quanto à explosão no Oriente Médio, que não ocorreu, um dos convidados levantou a idéia de Ellam ter se enganado na interpretação do que lhe fora transmitido, tendo em vista que o médium, por seus próprios condicionamentos, acaba interferindo no resultado final do processo. Mas ele não havia garantido que o fato aconteceria, mas sim que era possível que ocorresse. De qualquer forma, não podemos e nem devemos descartar nada a priori, embora eu acredite que podemos ser mais objetivos e claros. Ele declara manter contatos com entidades superiores há cerca de 20 anos, e chama estas experiências de “convivência”, algo tão próximo em sua vida quanto estarmos juntos de nossos filhos, por exemplo. Declara ter escrito inúmeros livros fundamentados nesta convivência. Mas apesar de afirmar com freqüência em suas palestras “que qualquer imperfeição ou engano em suas colocações deve sempre ser atribuído a ele, não aos seus mentores e orientadores”, não estou disposto a aceitar que estamos diante da interpretação equivocada de um médium quanto à mensagem que recebe de suas fontes. “O contato oficial e definitivo, queiramos ou não, está marcado e ocorrerá”, foi anunciado claramente na entrevista, neste trecho sem deixar qualquer margem à dúvida.

Como a maior parte de nossos comentários neste artigo tem uma base subjetiva, prefiro encerrá-lo com alguns questionamentos. O primeiro é: teve realmente Jan Val Ellam contato com uma fonte externa à sua própria mente? Caso a resposta seja positiva, a segunda questão é: tal fonte apresentou sinais perceptíveis, pelo conteúdo das informações passadas, que permitam mensurar o nível elevado ou superior das entidades supostamente envolvidas? Cada um deve responder por si mesmo a estas questões. Em minha opinião, depois de muito refletir nestas últimas semanas, se houve realmente um contato com uma fonte superior, tanto ela quanto o próprio médium estão fazendo todo o possível para desacreditar o momento mais importante que a humanidade possa ter, que mais cedo ou mais tarde ocorrerá.

Divulgando a mensagem — Espero sinceramente estar errado. Ainda guardo na memória os momentos em que convivi com o entrevistado e conversamos sobre os assuntos agora debatidos, das ligações de nossa humanidade com outras civilizações e do futuro transcendente de nossa civilização. Não foi fácil escrever este artigo, mas da mesma maneira que Ellam afirma não ter tido alternativa para divulgar sua mensagem, senão fazê-lo com a contundência da entrevista concedida à UFO 126, eu não poderia me omitir neste momento, por mais que possa estar errado. Esta é minha visão.

O poder legítimo de captar imagens do futuro

A primeira coisa a se fazer quanto à entrevista de Jan Val Ellam à Revista UFO é congratular a coragem e o destemor da publicação em veiculá-la em suas páginas. UFO é canal legítimo e apropriado para, democrática e universalmente, proporcionar à Comunidade Ufológica Brasileira as informações apresentadas. Como agora o faz ao oferecer aos ufólogos brasileiros este espaço para opinarem pessoal e culturalmente a respeito das previsões do entrevistado. Os anúncios de Ellam, como se sabe, seriam uma terrível tragédia no Oriente Médio, entre os dias 03 e 05 de outubro, e o contato oficial e definitivo com seres extraterrestres, que ele alega que ocorrerá entre a segunda quinzena de novembro e abril de 2007. À época da produção deste texto constatamos que o primeiro vaticínio não se confirmou, embora não possamos nos esquecer que houve, sim, uma explosão de artefato nuclear na Coréia do Norte em 09 de outubro, com grandes e gravíssimas repercussões mundiais. Cá para nós, se houve erro do entrevistado, ele não deve nem ser considerado, pois foi mínimo!

Assunto relacionado:  Uma importante reflexão sobre as espantosas previsões de Jan Val Ellam

Ellam, fortuita ou previsivelmente, acertou no tempo e na essência da previsão, enganando-se somente em seu aspecto geográfico. Quem já fez uma previsão desta forma e com tamanha contundência? Pode-se contra argumentar que a explosão era perfeitamente previsível, devido às constantes promessas do regime comunista daquele país de fazer seus testes atômicos há anos. Porém, devemos nos lembrar que o anunciador das previsões começou a receber o que ele trata de “informações” ou “mensagens” desde março passado. Sou crédulo a toda essa fenomenologia que o espiritualista chama de “assessoramento espiritual e alienígena superior”, que interage conosco e é de altíssima complexidade intelectual. Quanto à segunda previsão, cabe a nós aguardarmos com ansiedade e atenção ao calendário, e torço, de maneira bastante otimista e até mesmo esperançosa, para que o fato previsto se realize. Afinal, não estamos esperando pelo tão festejado contato há anos? Talvez tenha chegado a hora.

No dia em que escrevi estas linhas, pouco antes de fazê-lo, coincidentemente encontrei uma camiseta da Revista UFO com os dizeres “Prepare-se Para o Contato”. Isso me fez refletir por alguns segundo
s. Evidentemente, o que ocorreu foi uma manifestação da chamada sincronicidade, tão pesquisada pelo cientista da mente Carl Gustav Jung. A fenomenologia da previsão ou da vidência é conhecida por parapsicólogos e metapsíquicos como precognição, o conhecimento direto do futuro, e é altamente plausível e compreensível, uma vez que se trata de matéria amplamente comprovada em laboratórios de renomadas universidades, como as de Edimburgo, Utrecht e Duke. Trata-se de captar conhecimento do cosmos, do além, do éter, do inconsciente coletivo ou do chamado Registro Akáshico. O nome não importa e varia de acordo com a linha de pensamento do praticante. O que importa é que é real e palpável.

Gener Silva, conselheiro especial da Revista UFO

Reintegração cósmica versus reintegração interna

Acredito que, antes de ocorrer uma reintegração cósmica com nossos “irmãos extraterrestres”, nos termos apresentados pelo entrevistado da edição 126 da Revista UFO, Jan Val Ellam, faz-se necessária uma reintegração da nossa própria humanidade. Se mal somos capazes de nos relacionarmos com nossos semelhantes, seria viável um intercâmbio com civilizações teoricamente mais evoluídas do que a nossa? Ou estaríamos simplesmente esperando por uma salvação? Mas como poderíamos nos beneficiar de uma salvação vinda de fora para problemas criados por nós mesmos, se na verdade uma verdadeira transformação só é possível se vier de dentro? Quando tomei conhecimento das profecias de Ellam, confesso que fiquei surpreso. Não pelas previsões em si, pois há três anos tive acesso a informações semelhantes vindas de outra fonte, mas pelo fato de o entrevistado torná-las públicas. O futuro não é inexorável, mas uma teia de possibilidades, e a divulgação de tais fatos, caso não venham a ocorrer, poderá trazer mais danos do que benefícios.

Espero que um dia seres extraterrestres apareçam ostensivamente, para não evaporarem de vez todas as dúvidas ainda remanescentes de que não estamos sós no universo. E espero que, com isso, façam-nos rever nossos valores, nossa humanidade e, inclusive, nossa noção de realidade. Mas, mesmo assim, penso que levaria ainda muito tempo para que um contato mais direto viesse a acontecer. Supor que alienígenas em uma frota galáctica venham em nome de Jesus, em um mundo na qual a maioria da população não é cristã, parece-me algo por demais sectarista e religioso. Habitamos um planeta onde a intolerância religiosa causou – e ainda causa – todo o tipo de atrocidades, e acredito que ETs saibam disso e jamais se apresentariam para todo o planeta em nome desse ou daquele avatar.

Acredito ainda que, para que o tão aludido contato oficial e definitivo com forças cósmicas efetivamente aconteça, devemos antes estar preparados. Ou seja, será necessário abrirmos as portas da nossa casa para tal visita, não esperar que ela simplesmente apareça escancarando-a para entrar. E não estou nem colocando em pauta o fator livre-arbítrio, mas apenas a nossa parca capacidade de relacionamento. Todos os que têm um mínimo de percepção da situação mundial atual estão desejosos da instauração de uma nova ordem mundial, pois sabemos que a atual encontra-se caminhando para a ruína. Talvez seja este tipo de sensação que faça com que nos agarremos à esperança da salvação. No entanto, minha pergunta permanece: quem poderá nos salvar de nós mesmos?

Luis Medeiros,
convidado especial

Não é coincidência: já vimos esse filme antes…

O enredo já é conhecido: a chegada de seres extraterrestres em naves gigantescas! O tão aguardado contato oficial e definitivo com eles já foi amplamente propagado por outros contatados, médiuns e gurus. A única diferença desta vez é que o novo diretor do filme deu uma data bem próxima para a sua estréia. Particularmente, não acredito em nenhum porta-voz de ETs, e não seria agora. De qualquer forma, é bom lembrarmos – e separarmos – da diferença que existe entre abduzidos e de contactados. Os primeiros são pessoas que tiveram experiências geralmente traumáticas nas mãos de ETs e a bordo de UFO, que quase sempre evitam falar no assunto. Já os contatados são aqueles que se dizem escolhidos ou amigos de alienígenas, e que alegam manter contatos periódicos com esses seres. Infelizmente, as experiências que já tivemos com integrantes do segundo caso foram todas lamentáveis.

Quanto às alegações de Jan Val Ellam, em entrevista concedida à Revista UFO, acho mais realista imaginar que seres tecnologicamente mais evoluídos do que nós, caso quisessem passar uma mensagem para os terráqueos, utilizariam recursos sofisticados – algo como interferência nas redes de transmissões televisivas em pleno horário nobre –, e não uma canalização ou psicografia a um determinado indivíduo, em alguma mesa branca por aí. As previsões do entrevistado, que as alega ter recebido de seus “irmãos cósmicos”, simplesmente não se sustentam.

Bombástica previsão — A primeira, sobre “uma devastação que ocorreria no Oriente Médio entre os dias 03 e 05 de outubro deste ano, promovido por explosões de ordem nuclear, biológica ou química”, usando suas próprias palavras, já se mostrou completamente furada, o que nos desanima um pouco para comentar a outra, a bombástica previsão de que “os seres chegarão em seus veículos gigantescos entre a segunda quinzena de novembro de 2006 até abril de 2007”. Segundo Ellam, “essas naves estariam estacionadas próximas da órbita de Saturno”. Bem, vamos aguardar se nossos poderosos telescópios detectam alguma coisa. Ele também afirma que “nessas naves estaria Jesus que retornaria acompanhado de outros seres que já atuaram na Terra no passado”. Se é assim, já não vou mais duvidar quando vir alguém afirmando que Elvis Presley irá voltar…

De qualquer forma, resta-nos apenas esperar esses seis meses para vermos se o entrevistado é realmente diferente dos outros contatados e gurus, como certas pessoas afirmam. Não creio nisso. Se suas profecias não se concretizarem, suponho, terão sido apenas um estratégia publicitária para difundir seus livros e o chamado Projeto Orbum [www.orbum.org]. Aliás, quando vemos a palavra “projeto” no meio ufológico, já nos assustamos. Já tivemos experiências catastróficas com o Projeto Amar, Projeto Portal etc. Aguardaremos até abril para ver se o Orbum é diferente. Ou não.

Wallacy Albino, consultor da Revista UFO

TÓPICO(S):Edição 128
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