
Tudo leva a crer que o Caso Pedro de Toledo tenha relação com outras ocorrências ufológicas verificadas na região, algumas inclusive com vítimas fatais. Em 1994, um amigo que trabalhava em uma central de informações oficial me preveniu para o fato de que estavam ocorrendo eventos estranhos na região do litoral sul de São Paulo, por causa da possível queda de uma nave na Reserva Ecológica da Juréia, ao lado de Peruíbe. Segundo ele, havia policiais no local com armas de grosso calibre. Ele também relatou um caso com morte registrado em Pedro de Toledo, onde estaria o Exército — pouco se sabia sobre este episódio, que viria a ser o assunto desta matéria.
Esperei pacientemente durante três anos e, em abril de 1997, fui ao município averiguar os fatos com um amigo, que também era agente de informações, e um integrante da polícia. Na região, ninguém sabia detalhes do ocorrido, mas em conversa posterior com o chefe dos peritos do município, consegui dados que me levaram a perceber a realidade e a profundidade do caso. Fui, então, novamente advertido a esperar mais cinco anos para poder me aprofundar ou mesmo divulgar o episódio — a primeira advertência foi na época do fato.
Em agosto de 1997, acordei assustado com uma forte explosão em casa, por volta das 07h30. O telhado do meu escritório e do consultório da minha ex-mulher haviam simplesmente explodido, conforme relatei à polícia, o que deu origem ao boletim de ocorrência nº 1.836/97. Entre as testemunhas do fato estavam o farmacêutico Enéas Craice e outros moradores, que viram a partir do centro da cidade vários objetos subirem ao céu e depois caírem — eram as telhas e vigas da minha casa. Após prestar queixa, Marcos Contesini, chefe dos peritos e meu amigo, se prontificou a mandar um colega de Santos para analisar detalhadamente o ocorrido. Após fazer várias fotos e estudos do local, o perito enviado me aconselhou a parar com as pesquisas que realizava sobre fenômenos ufológicos. Segundo ele, o fato não tinha explicação física, mas poderia ser conseqüência das minhas pesquisas.
Não foi registrado vento ou tornado naquele horário e em minha casa, a única atingida, não havia gás ou qualquer material inflamável. A partir disso, comecei a ter cuidado redobrado com as informações que recebia e apurava, e resolvi abortar as investigações em andamento, entre elas a do Caso Pedro de Toledo. Diante do terceiro “aviso” que recebi, passei somente a acompanhar os inúmeros acontecimentos na região, como os de abduções, durante três anos. Neste período, recebi alguns documentos relativos à morte de José Marlone de Souza e resolvi contar parcialmente o que tinha acontecido a alguns colegas, pois tinha receio de causar prejuízos a outros pesquisadores, assim como sofri.
Informei os fatos ao amigo ufólogo Edison Boaventura Júnior, do Grupo Ufológico de Guarujá (GUG), que achou o caso impressionante e que também estava, à época, envolvido com a liberação de documentos governamentais secretos. Fizemos duas viagens juntos e o pesquisador Carlos Alberto Machado se juntou à nossa equipe de trabalho logo a seguir. Entendi, assim, que não havia mais qualquer problema em investigarmos devidamente o Caso Pedro de Toledo, e deste trabalho conjunto surgiu o relatório que agora é publicado, ineditamente, pela Revista UFO.