O Murchison Widefield Array, um radiotelescópio de baixa frequência da Austrália, foi um dos telescópios usados para investigar o objeto ‘Oumuamua’. Steven Tingay, astrofísico e diretor executivo do Instituto de Radioastronomia da Universidade de Curtin (CIRA), trabalhou na investigação e relatou que o objeto interestelar trouxe “questões interessantes” para os vários cientistas que examinavam as profundezas do espaço. “Foi um objeto muito interessante”, disse o Dr. Tingay. “Estávamos basicamente fazendo uma busca direta pelos tipos de sinais que poderiam ser esperados através de transmissões intencionais” completou o cientista.
Não é incomum que os radiotelescópios da Austrália sejam usados para esse tipo de pesquisa, disse o Dr. Tingay, e tanto o Murchison Widefield Array quanto o radiotelescópio Parkes são “muito bem adaptados a esse tipo de coisa”. Ele explica que a busca por vida extraterrestre é uma parte muito importante e crescente da pesquisa científica da Austrália – e os sinais de rádio são apenas uma das maneiras pelas quais os cientistas estão procurando.
(O Telescópio de Rádio Parkes é uma das maneiras pelas quais cientistas australianos estão examinando o universo em busca de sinais de vida alienígena. Crédito da foto: AAP)
Brown explica que, frequentemente, as pessoas confundem outros planetas e espaçonaves com UFOs. “Os satélites costumam ser confundidos com UFOs também, já que alguns deles refletem a luz do sol. Vênus é confundido com um UFO porque é realmente muito brilhante – muito mais brilhante do que eles esperam. As pessoas geralmente veem um clarão de luz por cinco segundos no céu e isso também lhes parece um UFO”, explica o astrônomo. O cientista afirma tratar os avistamentos de UFOs com muita cautela, pois suspeita que alguns deles são muito sinceros, mas geralmente há uma explicação humana para o fato. O astrônomo da Universidade Monash, Michael Brown, por sua vez, explica que há vários caminhos que podem ser usados para identificar sinais de vida, incluindo a busca de organismos microbianos em Marte ou sob a superfície gelada de uma das luas de Júpiter, Europa. “Nas próximas décadas, devemos ser capazes de medir a atmosfera dos planetas que circulam outras estrelas e que podem mostrar indicações de vida”, disse Brown.
“Há tantas histórias clássicas sobre o Fenômeno UFO nos anos 50 e 60 em que há uma foto embaçada em preto-e-branco e relatos de testemunhas oculares. Mas na era digital, particularmente no século XXI, em que temos câmeras em nossos bolsos para fotos de UFOs melhores e mais nítidas – as pessoas não estão tirando essas fotos”, pondera Brown. Para o estudioso, há uma grande possibilidade de que a vida exista em outras partes do universo: “ele é muito, muito grande. Para mim, pessoalmente, as chances de sermos a única vida no universo são pequenas. Há tantos lugares onde a vida poderia existir e é uma boa chance de estar lá fora em algum lugar, mas as chances de visitá-los ou contatá-los são muito baixos”, reflete o astrônomo.
(O Murchison Widefield Array é um um radiotelescópio de baixa frequência, operando na faixa de 80-300 MHz. Os principais objetivos científicos são detectar emissão de hidrogênio atômico neutro da EoR, estudar o Sol, a heliosfera, a Terra e a ionosfera. Crédito da foto: Imgcop.com)
Evidência positiva, para Tingay, não é um conjunto de observações difíceis de explicar, como uma especulação que resultou na certeza de ser uma espaçonave, mas um sinal que é claramente transmitido propositalmente. “Seria uma observação direta de imagens do objeto em si”, explica o astrofisico. Na verdade, para o estudioso, as evidências recentes sugerem que a porção do céu que examinamos até agora é irrisória perto do que precisamos vasculhar. Independentemente disso, a busca continua, embora Tingay tenha alertado que as pessoas não deveriam apressar o julgamento cada vez que um novo artigo postula objetos no espaço como sendo de origem alienígena – o que carece de uma evidência positiva em vez de especulação.
Fonte: New Daily
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