Uma equipe de cientistas norte-americanos descobriu uma espécie de portal orbital através do qual os cometas passam antes de se aproximarem do Sol, revelou uma nova investigação, que pode alterar fundamentalmente a compreensão científica sobre a movimentação destes corpos.
De acordo com a publicação, a investigação agora divulgada pode ajudar a compreender como é que os cometas chegam desde a periferia do Sistema Solar e são depois canalizados para o Sistema Solar interno, onde se aproximam da Terra e do Sol.
Os resultados do estudo, disponibilizados no portal arXiv, foram esta semana aceitos para publicação na revista científica especializada Astrophysical Journal Letters. O portal, a partir do qual os cometas passarão antes de rumarem ao Sistema Solar interno, foi descoberto como parte de uma simulação de centauros, pequenos corpos gelados que viajam em órbitas caóticas entre Júpiter e Neptuno, explica a Europa Press.
A equipe da Universidade da Flórida Central, nos Estados Unidos, foi liderada por Gal Sarid, tendo modelado a evolução dos corpos para além da órbita de Netuno, através da região do planeta gigante e dentro da órbita de Júpiter.
Esses corpos congelados são considerados vestígios quase imaculados de material desde o nascimento do Sistema Solar. Durante muito tempo, a comunidade científica debateu o caminho percorrido pelos cometas desde a sua localização inicial até ao Sol.
“Como é que os novos cometas, controlados pela influência de Júpiter, substituem os que estão perdidos? Onde se dá a transição entre residir no Sistema Solar externo, como pequenos corpos adormecidos, para se tornarem ativos no interior do Sistema Solar?”, questionou Sarid, que é também o investigador principal do estudo.
Todas estas perguntas permaneciam um mistério – até agora. “O que descobrimos, o modelo do gateway como ‘berço dos cometas‘, mudará a forma como pensamos a história dos corpos gelados”, explicou.
Centauros representam um perigo muito maior para a vida na Terra do que os asteróides.
A vida difusa dos cometas
Acredita-se que os centauros “nasçam” na região do Cinturão de Kuiper, para além de Netuno, e sejam considerados a fonte dos Cometas da Família Júpiter (JFC), que ocupam o Sistema Solar interno. A natureza caótica das órbitas dos centauros obscurece os caminhos exatos, dificultando a previsão do seu futuro como cometas.
Inicialmente, a investigação tinha como objetivo estudar a história de um centauro em particular, o 29P / Schwassmann-Wachmann 1 (SW1). Esse corpo, de tamanho médio e com uma órbita quase circular depois de Júpiter, há muito intriga os cientistas devido à sua alta atividade e explosões frequentes.
Partindo desse centauro, a equipe de cientistas quis explorar se as circunstâncias do SW1 eram consistentes com a progressão orbital dos outros centauros, explicou Sarid.
“Mais de um em cada cinco centauros que rastreamos foram encontrados numa órbita semelhante à do SW1 em algum momento da sua vida”, disse Maria Womack, cientista do Instituto Espacial da Flórida e co-autora do estudo. “Em vez de ser um outlier peculiar, o SW1 é um centauro apanhado no ato de evoluir dinamicamente para um JFC”.
“Os centauros que passam por esta região são a fonte de mais de dois terços de todos os JFCs, tornando esse o principal gateway através do qual esses cometas são produzidos”.
A existência desse portal fornece um meio há muito procurado para identificar centauros numa trajetória iminente em direção ao Sistema Solar. Atualmente, recorda o portal Phys.org, o SW1 é o maior e o mais ativo dos poucos objetos já descobertos nesta região de gateway. Por esse mesmo motivo, rematou Sarid, este corpo é o “principal candidato [a ser estudado] para que seja possível avançar no conhecimento das transições orbitais e físicas que moldam a população de cometas que vemos hoje”.
Fonte: Europepress
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