Este artigo foi baseado na matéria publicada no Dia Online, seção Regionais, de 26 de setembro de 2004. O título: Região Sul ? Testemunhas dos fenômenos. A campanha pela liberdade de informação, divulgada pela Revista UFO e direcionada por Ademar Gevaerd (editor de UFO) e Marco Antônio Petit (co-editor), tem como objetivo obter informações sobre os três casos mais intrigantes da Ufologia Brasileira. Um deles refere-se à chamada Operação Prato, em 1997, quando o 1º Comando Aéreo Regional, em Belém (PA), investigou uma onda de aparições de objetos não identificados na Amazônia. Segundo pesquisa de Petit, a FAB teria feito mais de 500 fotos e quatro filmes sobre o fenômeno. Outro é relativo à madrugada entre 19 e 20 de maio de 1986. Na data, 21 discos voadores teriam sido rastreados por radares sobre São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás. O fenômeno, que ficou conhecido com a Noite Oficial dos UFOs, teria sido constatado por pelo menos seis aviões da FAB ? três Mirage e três F-5. ?Na época, o ministro da Aeronáutica, brigadeiro Moreira Lima, convocou a imprensa para divulgar o que havia acontecido?, lembra Petit. Uma das testemunhas era o coronel Oziris Silva. A bordo de um avião Xingu, tentou perseguir três objetos não-identificados sobre São José dos Campos. O fato o marcou tanto que no livro A Decolagem de Um Sonho dedicou um capítulo ao assunto. O caso mais rumoroso é o de Varginha (MG). Na noite de 20 de janeiro de 1996 militares da Escola de Sargento das Armas de Três Corações teriam recolhido duas criaturas após a queda de uma nave entre as duas cidades. Testemunhas ligadas ao Exército e ao Corpo de Bombeiros, além de moradores, contaram com detalhes o ocorrido. Mistério na morte de PM intriga estudioso ?Curioso é que o PM Marco Eli Chereze, que participou da captura e teve contato com uma criatura, morreu dias depois. Há um mês, o médico que cuidou dele, Cesário Lincoln, contou que o sistema imunológico de Chereze deixou de funcionar?, diz Petit. A veracidade dos documentos da Aeronáutica obtidos por Petit, além de ser admitida pela FAB, é respaldada por dois pesquisadores: Ricardo Varela, engenheiro do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), e o engenheiro e ufólogo Claudeir Covo, presidente do Instituto Nacional de Investigação de Fenômenos Aeroespaciais (INFA). ?Analisei o documento e pedi a opinião do pesquisador e hipnólogo Mário Nogueira Rangel, que é piloto. Não tenho dúvida de que os documentos são autênticos?, diz Covo. Varela, em depoimento a uma revista especializada, disse ter estranhado o desvio de rota do vôo Marília 573 e ressaltou que a linguagem do documento ?é coerente com a dos diálogos entre piloto e controle?. UFO turismo cada vez mais incrementado na região 20h30 de uma noite fria de julho de 2001. O artista plástico Francisco Fernandes, 67 anos, e a mulher, a cantora Olímpia Fernandes, 61, saíam de casa, próximo ao Centro de Conservatória, quando viram uma bola de fogo em alta velocidade e movimentos desconexos. ?Estávamos juntos, senão um ia dizer que o outro estava louco?, conta Francisco. Relatos como o deles reforçam o UFO Turismo, lançado por Marco Antônio Petit entre os distritos de Conservatória e Santa Izabel do Rio Preto. Petit recolheu mais de 500 depoimentos de pessoas que juram ter visto objetos voadores não identificados, principalmente na Serra da Beleza, a 12 km de Conservatória. ?A alta incidência de discos voadores na área está ligada à areia monazítica, que atrai naves por causa da radioatividade natural?, afirma Petit. Ele idealizou o projeto de um observatório espacial, que será construído na Serra da Beleza com apoio da TurisRio. O dono do Hotel Fazenda Rochedo, Sérvio de Araújo Consentino, presidente da Casa de Cultura de Conservatória, gerencia o projeto. ?Boa parte dos turistas quer ver UFOs. Sejam bem-vindos?, diz. Diálogo misterioso A transcrição começa às 3h38, horário de Brasília. O trecho a seguir destaca o momento em que o operador da torre APP-SP pergunta ao piloto de um avião, próximo de Americana (SP), se ele vê um UFO que estaria, segundo narrativa enviada à FAB, ?há um bom tempo num determinado ponto?. Após negativas, o comandante do vôo Marília 573 diz ter visto. A transcrição, assinada pelo então primeiro tenente e chefe da AAP-SP, Leonir Pelati, conforme o documento: TAM 573: Controle, Marília cinco, sete, três. ? APP-SP: Ok Marília, o Controle. ? 573: Olá. Agora posição… quatro horas, aproximadamente quatro milhas, o 573 avista um forte clarão, positivo? É, por hora… uma luz normal, por hora um pouco esverdeada, positivo? Ela aparece e desaparece momentaneamente. ? APP-SP: Positivo cinco sete três. Afirmativo. Está exatamente na posição reportada. Em outro trecho, o comandante descreve o objeto ?de formato circular? e estima o seu tamanho em 50 m de diâmetro. Em seguida ele pede, e tem permissão, para desviar sua rota, dando uma volta completa para tentar uma passagem mais próxima do objeto. A partir daí, o piloto não vê mais o UFO.