Curas estranhas de enfermidades e distúrbios em seres humanos são relatados desde que a medicina é praticada pelo homem. Os registros se perdem ao longo da história e são encontrados em todas as civilizações da antigüidade, como Egito, Grécia, Índia e outras. As anotações não deixam dúvidas de que existe muito mais por trás desses eventos do que foi entendido e classificado pela ciência como aceito e explicável dentro de seus padrões de normalidade. A história das religiões está repleta de relatos dessa natureza. Com o passar do tempo e a reincidência dos fatos, esse “algo mais” passou a ser chamado fenômeno paranormal ou psi, ou seja, um conhecimento que não se alia com as leis científicas usuais. E desde então passou a ser o foco de intensos debates em círculos de disciplinas afins, como a Doutrina Espírita, o esoterismo, a parapsicologia, as medicinas alternativas e, mais recentemente, a Ufologia. Contudo, ainda assim o prodígio dessas curas se revela carente de melhor entendimento, de um empenho mais efetivo que venha trazer luz à sua imensa gama de possibilidades em benefícios ao ser humano.
Apesar disso, salvo raríssimas exceções, fora das vertentes paracientíficas esse fenômeno é tratado como tabu. Por questão de conveniência, deixa-se de lado o fato paranormal e aguarda-se uma explicação nova que o enquadre no clássico postulado científico, cético e conservador por natureza, cuja característica é rejeitar o enigma sem estudá-lo a fundo, numa postura preconceituosa e quase dogmática. Contudo, na linha paracientífica seguem ainda os estudiosos insatisfeitos com a postura oficial, por assim dizer, com aquele pensamento modular que não admite exceções.
Tal pensamento, em sua maioria, é instituído por quem não presenciou ou não quer estudar as curas paranormais, nem os seus resultados. Quando muito, ao presenciar o fenômeno raro e não conseguir classificá-lo em nenhuma base de seu conhecimento, o seguidor da clássica linha cartesiana passa a negar tão enfaticamente os fatos que, sem se dar conta de seu vício sistemático, cai em contradição dentro de sua própria epistemologia. Não raro, em defesa de uma ciência insuficiente, tropeça na ética que diz defender e contradiz a si próprio. Considera que tudo na paranormalidade é embuste. Caso não seja e não possa ser explicado, então não existe! Por conseguinte, o nosso colóquio aqui vai por um caminho totalmente oposto dessa linha que classificamos de egocêntrica, cientificamente incapaz de estudar as outras dimensões da vida.
Pesquisas científicas — Num exame crítico, sucinto e fundamentado na ciência, por certo devemos abandonar as discussões exclusivamente filosóficas, focando-nos apenas nos fatos e no que já sabemos deles. Sempre que necessário, o método científico usado deve ser corrigido pelo bom senso, uma vez que é suscetível de entrar em regiões movediças, cujas armadilhas naturais às vezes se mostram fatais. Seguindo por essa linha cautelosa, podemos tomar como base de estudo o extenso leque de testemunhos, os tratados científicos e as conclusões de dezenas de pesquisadores que se debruçaram sobre as curas espirituais e as curas médicas por ETs.
Tais estudos e conclusões não podem ser tachados de devaneios ou de fé cega, como querem os críticos da paranormalidade, pois são frutos de trabalhos científicos legítimos e demonstrados, não de opiniões sem fundamento. Há mais de 150 anos, os fenômenos extraordinários de levitação, ectoplasmia, clarividência, clariaudiência, telepatia, possessão etc, foram produzidos repetidas vezes por médiuns poderosos e estudados por cientistas renomados, como Alfred Russel Wallace, William Crookes e outros, os quais atestaram a verdade dos fatos e levaram suas conclusões às universidades, mostrando ali um pensamento criterioso sobre a origem extraordinária dos fenômenos.
Homem, natureza multidimensional — No campo das curas espirituais, muitas vezes tidas como milagrosas, o estudo comparativo delas com os fenômenos ditos paranormais acabou constatando, no final do século XIX, época marcante do desenvolvimento das ciências, que o famoso filósofo e padre Santo Agostinho já afirmara muito antes, no século IV da Era Cristã: “Um milagre não ocorre em contradição com a natureza, mas sim com aquilo que nós conhecemos da natureza”. Esta assertiva é ainda mais crucial quando se leva em consideração o desconhecimento da natureza extrafísica do homem, a correta interpretação das proezas que seu corpo, ou melhor, que seus corpos são capazes de executar.
O conhecimento científico das curas psi só foi possível depois que se estudou na prática aquilo que falavam os médiuns do passado. Os comunicados espirituais versavam sobre a natureza sutil do corpo espiritual, que antecede o corpo carnal de qualquer indivíduo. Allan Kardec, codificador do Espiritismo, em O Livro dos Espíritos [1857], foi o primeiro a divulgar detalhadamente essa dualidade do corpo. Corroborando seus informes, vieram depois outros médiuns famosos, de várias partes do mundo, confirmando que o homem e qualquer ser vivente possuem outros corpos, além do carnal.
Segundo tais ensinamentos, todo ser vivo está subdividido em estruturas corpóreas que vão desde a mais densa até a mais sutil. E as doenças podem vir de qualquer uma delas, assim como as curas podem provir de ambas. Contudo, tais ensinamentos davam conta de que a maior parte das enfermidades origina-se no corpo espiritual, podendo a cura ser buscada exclusivamente nele. Intervindo através de energias especiais nessa estrutura corpórea de natureza multidimensional, considera-se que os espíritos e os seres alienígenas podem realizar curas, porque existe íntima ligação entre os corpos espiritual e carnal, ou seja, um passa para o outro a energia recebida. E o remédio energético, a seu turno, cumpre sua função de restaurar o vigor físico transitando de um corpo para outro.
Na farta casuística ufológica observou-se que seres de constituição material diferente da nossa fazem incursões a Terra, deslocando-se, talvez, a seu bel-prazer no espaço e no tempo. Sem dúvida, a tecnologia desenvolvida por eles seria suficiente para fazê-lo. E a constituição deles também deveria ser multidimensional, assim como a nossa. Em razão disso, não é demais pensar que tanto o homem quanto o ser extraterrestre são mais complexos do que considera a nossa ciência clássica. Porque ela não considera esse caráter multidimensional das criaturas vivas, tampouco os fatos insólitos que acontecem da interação entre o homem e a entidade alienígena. Tanto o Fenômeno UFO quanto os fenômenos espirituais mostram cada qual uma faceta peculiar e ambos devem ser estudados com o devido rigor.
Medicina anímica — Para efeito de estudo e entendimento, é importante delinear um limite entre a autocura, uma modalidade de cura paranormal em que o próprio paciente é o seu “médico”, e a cura externa, efetuada por uma entidade individual ou coletiva, que age sobre o paciente para lhe restaurar a saúde. Essa diferenciação é importante, sob pena de confusão no entendimento da origem das curas e de seus efeitos no corpo. Em muitos casos não se dispõe de instrumentos suficientes para se concluir que a cura tenha esta ou aquela origem, uma vez que ambas se assemelham. Em casos assim, apenas o testemunho do paciente ou da entidade externa serve de baliza para sustentar de onde provém uma dada cura.
Via de regra, a autocura é efetivada a partir de mudanças de consciência e comportamento, como, por exemplo, diante do diagnóstico chocante de uma enfermidade. Há também aquelas onde, numa situação terminal, uma simples auto-sugestão põe em movimentos circuitos neurais complicados, que interferem diretamente nos corpos sutis do indivíduo, efetuando uma autocura inexplicável para a medicina convencional. Em outros casos, o fenômeno se assemelha tanto à cura de origem espiritual externa, em razão de seu processo inicial ter sido desencadeado por um segundo indivíduo, que se diz erroneamente que o promotor da cura seria essa segunda pessoa, médium ou curandeiro. Neste caso, trata-se apenas de um auxiliar, uma alavanca que o próprio enfermo deverá usar para efetivar a sua cura.
Podemos extrair alguns exemplos desses casos naqueles deixados por Jesus, embora não devamos imputar todas as suas curas a tal modalidade. Ele costumava dizer, após a imposição de mãos nos doentes: “Levanta-te, a tua fé te curou”. Aqui, a fé é o próprio instrumento que levara avante a autocura. Jesus, com seu inigualável conhecimento de como lidar com esses planos superiores do sustentáculo corporal, através de ação mediúnica e intervenção energética, teria apenas ativado um mecanismo interior já existente no íntimo da criatura, no corpo espiritual do doente.
A enigmática cura do câncer — A nossa intenção aqui não é adentrar no modus operandi e nem na narrativa de mais casos de autocura, apesar de ela, muitas vezes, também ser classificada como um tipo de cura espiritual, anímica do indivíduo, procedente de sua alma [Fato também paranormal]. O nosso propósito é a cura realizada por médiuns ou por entidades desencarnadas, totalmente externas ao paciente. Aquela que tem origem suficientemente identificada como sendo de ordem espiritual ou energética, externa ao paciente, sem que haja interferência deste no processo. Nas curas por desencarnados, o médium só assiste o paciente, servindo como instrumento ativo e facilitador do processo. Na maioria das vezes, várias aplicações de energia fazem parte desta “terapia médico-espiritual”. Contudo, em casos mais raros, já foram registradas curas impressionantes com apenas uma intervenção mediúnica.
Ainda que a medicina oficial não reconheça esse tipo de cura espiritual, nota-se um aumento crescente no número de médicos que a reconhece como tal, que a estuda e faz uso dela em suas terapias, praticando uma medicina complementar, por assim dizer. Alguns levam tão a sério esse tipo de terapia que escrevem artigos, teses universitárias de mestrado e doutorado, levando-as a público de modo amplo e com boa acolhida nos meios acadêmicos. A medicina, aos poucos, deixa o materialismo convencional e torna-se espiritualizada. Desde 1956, Matthew Manning, pintor e escritor inglês que produz fenômenos de poltergeist, telepatia e psicocinesia, é considerado um dos maiores médiuns de cura ainda vivo. Por ser um paranormal que nunca se recusou a ser pesquisado, fora estudado em vários países. Os resultados sempre foram surpreendentes, calando, na maioria das vezes, os que duvidavam de seus poderes. Nos Estados Unidos, sob severas condições de monitoramento impostas pelo doutor Kmetz, em San Antonio, Texas, o paranormal provou sua mediunidade curativa: num universo de 30 pacientes, eliminou as células cancerosas de 27 deles.
Por razões de egocentrismo científico, conforme já vimos no início deste texto, o doutor Kmetz se recusou a publicar resultados tão surpreendentes. Mas Manning segue em frente e ainda comprova, através de documentos publicados em seus livros, que seu índice de sucesso é 95%. E não se restringe às experiências realizadas em San Antonio, mas se estende a laudos médicos de pacientes curados em sua clínica, em Saint Edmonds. De fato, Manning comprova que 75% deles chegam lá com câncer e são tratados. Sua mediunidade atua através de seleção destrutiva das células cancerígenas. Ele visualiza a região afetada e canaliza sua força energética para o tumor, efetivando o processo de cura pela troca de “energia doente” por “energia sadia”, segundo suas palavras. E faz isso usando uma esponja com água, fora do corpo do paciente: ao espremer a esponja, a energia doente escorre, dando lugar à energia sadia e debelando a doença aos poucos.
Nas curas por desencarnados, o médium só assiste o paciente, servindo como instrumento facilitador do processo. Na maioria das vezes, várias aplicações de energia fazem parte desta ‘terapia médico-espiritual’. Contudo, em casos mais raros, já foram registradas curas impressionantes com apenas uma intervenção mediúnica
Cirurgias espirituais — Os casos de cura mediúnica se contam aos milhares. E muitas foram tão bem pesquisadas que mereceram publicações em revistas médicas e obras literárias dignas de apreço. Além disso, há no mundo várias organizações especializadas que servem de referência para
estudos correlatos, dentre elas a francesa Groupement National pour l’Organisation des Médecines Auxiliares (GNOMA), a norte-americana Christian Science e a Associação Médico-Espírita do Brasil (AME-Brasil).
Entretanto, um tipo muito especial de cura mediúnica merece considerável destaque, pela eterna polêmica causada por seus métodos e por ter sido estudado por cientistas notáveis. Trata-se das cirurgias espirituais, levadas a efeito em condições e situações totalmente avessas à medicina convencional, feitas com instrumentação inadequada para os procedimentos médicos, sem anestesia no corpo, sem assepsia e, de modo absurdo, sem infecção, resultando num grau de sucesso simplesmente extraordinário. Por suas características raras, no âmbito científico atropelam as associações e o ceticismo médico, porque quebram paradigmas, mutilam filosofias e, no aspecto religioso, retalham as crenças e atrapalham o prosélito.
Acusações não confirmadas — No passado, as energias psíquicas fluíam pelos médiuns Tony Agpoa, nas Filipinas, e José Arigó, no Brasil, ambos já falecidos. Mais tarde, o espírito que incorporava em Arigó e fazia as cirurgias, doutor Adolph Fritz, passou a agir em outro médium, da mesma forma que em Arigó. Mas dessa vez o sensitivo era um médico, o doutor Edson Queiroz, que executava incríveis cirurgias com estrondoso sucesso, utilizando-se da mesma metodologia praticada por seu antecessor. Com a morte de Queiroz, supostamente o mesmo espírito passara a agir sobre um terceiro médium, o engenheiro Rubens Faria. Não obstante ter sido acusado de charlatanismo e curandeirismo, ele curou inúmeras pessoas, fazendo cirurgias em personalidades como o ex-presidente do Brasil, o general João Batista de Figueiredo, e a ex-técnica da Seleção Brasileira de Ginástica Olímpica, Georgette Vidor Melo.
As mesmas energias psíquicas que agiam em médiuns espíritas como Agpoa e Arigó, foram estudadas a fundo durante anos. Vários países do mundo receberam a visita de pesquisadores de renome, financiados por entidades ligadas inclusive a órgãos de governo, como Andrija Puharich, George Meek e outros. No Brasil, estiveram várias equipes internacionais, compostas por médicos, biólogos, químicos, parapsicólogos e hipnotizadores, fazendo uso de moderna aparelhagem para acompanhar, aferir os resultados e tentar descobrir a real procedência dessas curas enigmáticas. Nessa verdadeira prova de fogo, as cirurgias espirituais foram confirmadas, mas continuaram cientificamente incompreensíveis, com resultados superiores às da cirurgia clássica. A explicação mais harmoniosa foi de que a energia usada nos processos de cura viria de um agente oculto, que no dizer do médium era oriunda do mundo espiritual, de um espírito desencarnado que demonstrava profundo conhecimento médico e praticava o ato cirúrgico com absoluta precisão, rapidez e sucesso jamais visto.
Os casos estudados atestaram absoluta precisão nos diagnósticos. Os pacientes sofriam intervenções complicadas sem anestesia e sem sintomas de dor. As hemorragias eram raras e quando o processo iniciava eram estancadas de imediato. Nunca havia infecção, apesar da total falta de assepsia. Tampouco o médium e seus auxiliares eram infectados. Terminadas as operações, estas deixavam cicatrizes, mas no correr do tempo praticamente desapareciam. Os pacientes tinham alta imediatamente ao término da cirurgia. O ato cirúrgico era realizado em qualquer lugar, com qualquer instrumento, e de modo tão rápido que se tornava difícil o acompanhamento pari passu pela equipe médica inspetora. Não obstante o trabalho intenso dos investigadores, o enigma das cirurgias espirituais permaneceu.
Nova tipologia de cura — Mas o estudo das curas misteriosas não parou aí. Nos anos mais recentes, uma terceira tipologia desse fenômeno começou a ser relatada por pessoas enfermas, especialmente por aquelas já desenganadas. Os relatos davam conta de intervenções médicas produzidas por seres extraterrestres, entidades de uma bioforma distinta, nitidamente não evolucionada na Terra. Os depoimentos forçaram os pesquisadores a dedicarem considerável atenção a tais casos. Ufólogos e cientistas da área médica entraram em ação para tentarem desvendar o mistério. Consultando a história, verificou-se que no século XIX os adeptos do kardecismo apontavam para a realidade da vida inteligente em outros planetas. O próprio Allan Kardec registrou isso textualmente em suas obras. Era de se depreender que sendo o nosso sistema solar um dos mais novos e apenas um dentre as miríades existentes, por certo outras civilizações mais desenvolvidas deveriam habitar o cosmos nos sistemas mais antigos. Possivelmente, estariam nos visitando e interferindo no processo natural do planeta.
O evolucionista Alfred Russel Wallace fora um dos que chegaram a esta conclusão. Para ele, faltavam reunir mais algumas evidências científicas, além das que já obtivera em suas experiências, para comprovar essa realidade. Estava certo de que a prova cabal dessa tese, seria a existência do próprio homem e a sua caminhada evolutiva até o estágio hominal. Os fatos que se seguiram ao advento do Espiritismo estão nos mostrando hoje que os pensamentos de Kardec e de Wallace estavam certos. Parece mesmo que há algo raro acontecendo, tanto na evolução corpórea do homem quanto na cura de suas doenças.
Hoje, embora não tão abundantes quanto às cirurgias espirituais, as curas médicas por ETs são testemunhadas com freqüência. Acredita-se que uma parte das atividades paranormais em centros espíritas, igrejas e templos religiosos, possam ser atribuídas a ETs sutis. As testemunhas afirmam que em ocasiões especiais, principalmente em se tratando de curas médicas, alguns dos agentes curadores se identificam como não originários deste planeta. Os médiuns videntes de grande sensibilidade, atuando em agremiações espíritas respeitáveis, também dizem notar a presença de entidades humanóides, muito diferentes da forma humana, corroborando assim os testemunhos observados na Ufologia.
ETs curam em centro espírita — Surpreendente foi escutar o depoimento de dois doentes, um de aids e outro de câncer, dizendo-se curados por ETs. A conferência ocorreu em dezembro de 2003, num dos auditórios do Instituto Brasileiro de Administração Municipal (IBAM), em Botafogo, no Rio de Janeiro. Naquela ocasião, o mé
;dium e corretor de imóveis Jorge Braune, fundador da entidade filantrópica Frater, a qual mantém um centro espírita no bairro da Glória, também no Rio de Janeiro, deu o depoimento desses dois casos terminais, com a presença dos dois pacientes curados, dos médicos que os acompanhavam e de uma platéia de espectadores atônitos, incluindo este autor.
O episódio impressionante não foi somente a insólita cura dos pacientes, por si só uma realização fantástica, confirmada inclusive por laudos médicos, mas sim a forma como as curas foram efetuadas. Não bastasse o perfeito estado de saúde das testemunhas ali presentes, cujas doenças fatais tinham sido debeladas, Braune relatou como tais casos são tratados na casa espírita Frater. Explicou que sua equipe mediúnica aplica os passes e faz tratamento espiritual comum a qualquer centro espírita. Mas as curas impressionantes, tais como as duas relatadas, eram efetivadas por seres extraterrestres.
Segundo Braune, a maioria dos ETs poderia, exceto pela diferença de alguns em termos de beleza física e tamanho corporal, vestir um terno e transitar na rua como terrestre comum, em razão de sua forma humana. Outros, entretanto, eram nitidamente ETs, tinham características distintas do homem, plenamente identificadas por ele e pelos videntes de sua equipe mediúnica. Suas formas físicas, como o formato do rosto e dos olhos, mais amendoados que os terrestres, os cabelos e a tonalidade da pele, também faziam a diferença. Enquanto alguns apresentavam aspecto do tipo nórdico humano, ou seja, eram altos, com pele clara e cabelos louros, outros, entretanto, mostravam-se bem diferentes, o mais alto deles era um ser de quase três metros de altura e descrição fisionômica idêntica a dos cinzas, cuja fisionomia, exceto a altura, é comumente relatada em casos de abdução nociva.
O médium explica que os casos mais graves de cirurgia são levados diretamente à uma nave alienígena estacionada no céu, onde aparelhos sofisticados entram em ação em sala distinta, algo parecido a uma UTI hospitalar. Em certos casos, o tratamento dura meses, tendo acompanhamento na casa do paciente ou no centro espírita
Braune continuou o seu relato afirmando que esses seres excelsos são médicos encarnados em uma dimensão diferente da nossa, não espiritual, cuja materialidade é mais rarefeita. Embora sejam detectáveis visualmente por alguns de nós mais sensíveis, são algo semelhantes ao nosso corpo espiritual. Essa bioforma alienígena é plenamente funcional em diversos aspectos da nossa realidade física, inclusive na execução de curas médicas, que são desempenhadas por eles como se fosse um ofício ou uma missão ET na Terra. Para desempenhar essa missão, os seres fazem parte de um grupo especial, composto por centenas de outros médicos divididos em equipes, operando em diversas cidades do nosso planeta. Os ETs atuam como médicos, portam maletas com instrumentos, adentram misteriosamente os recintos e fazem cirurgias complexas. Algumas dessas equipes possuem verdadeiras naves hospitais, que pousam ou ficam pairando sobre pontos específicos, como templos religiosos e hospitais da Terra.
O centro espírita em que as curas narradas foram feitas é o ponto no qual uma das naves aporta. Trata-se de um prédio antigo, que no último andar abriga as macas destinadas aos enfermos que procuram tratamento espiritual. Contudo, Braune explicou que esse não é, na verdade, o último pavimento do prédio. Existem mais dois pavimentos de matéria rarefeita, consolidados além das nossas três dimensões perceptíveis. O primeiro cômodo é para onde o perispírito [Corpo espiritual] do paciente é levado, após ter sua parte carnal parcialmente desprendida e deixada na maca. Lá, numa espécie de sala de operações, o perispírito é operado. O outro piso, acima da sala de operações, seria uma espécie de “discoporto”, por assim dizer, local em que a nave pousa.
De modo claro e com absoluta segurança, o médium explica que os casos mais graves de cirurgia são levados diretamente à nave estacionada, onde aparelhos sofisticados entram em ação em sala distinta, algo parecido a uma UTI hospitalar. Em certos casos, o tratamento dura meses, tendo acompanhamento na casa do paciente ou no centro espírita, devido aos retornos. Mesmo assim, nem todos os enfermos são curados, porque tudo depende de fatores como virtude pessoal, empenho no tratamento e carma do paciente, que é uma espécie de herança trazida em seu corpo espiritual, originária de experiências em vidas anteriores.
Exaltação, ceticismo e pesquisa — Esses dois casos de curas médicas nos anais do IBAM e o relato esclarecedor do diretor da Frater, mostrando o modus operandi alienígena, vêm corroborar o postulado espírita da pluralidade dos mundos habitados e a casuística ufológica de curas por ETs. Contudo, parte dos espíritas não aceita isso, achando que a casuística ufológica é coisa do espírito do falecido, uma impostura, obsessão ou coisa do gênero. Um religioso de exaltação cega poderia, com engano de interpretação, achar que o espírito se transformaria num UFO e seria confundido com uma nave gigantesca nos céus. Por isso, com seu raciocínio crente de um lado, mas cético de outro, não considera ter na nave seres encarnados em corpos menos materiais e nem equipamentos sutis, diferentes daqueles usados por espíritos, porque, para ele, o Fenômeno UFO seria apenas uma metamorfose do espírito, uma variação do fenômeno espiritual.
De modo semelhante, o ufólogo cético, que duvida da intervenção alienígena fazendo curas misteriosas, poderia buscar mais informações em locais onde essas curas estão ocorrendo, incluindo o Centro Espírita da Glória, para comprovar os fatos. Ainda que tais relatos sejam escassos, há informações indicando que a cidade de São Paulo também tem sido palco de manifestações dessa natureza. Por certo, outras pessoas em diversas cidades brasileiras podem estar tendo a mesma experiência, formando talvez uma extensa casuística nacional, que precisaria ser pesquisada mais a fundo. Apenas criticar não é a atitude mais inteligente.
De fato, se no Brasil as pesquisas no ramo andam lentas, despertando pouco interesse de espíritas e ufólogos, em outros países, como nos Estados Unidos, elas já atingiram um estágio avançado. Os cientistas das mais variadas áreas discutem abertamente nos congressos as cirurgias e os implantes alienígenas. Os seres extraterrestres não são espíritos, embora tenham muito em comum. O doutor Roger Leir, ufólogo e cirurgião norte-americano dedicado na retirada de implantes em seres humanos, esteve várias vezes no Brasil para investigar casos e falar de suas cirurgias. Para elucidar a questão, lançou o livro Implantes Alienígenas [Código LIV-011 da coleção Biblioteca UFO 2004. Veja seção Shopping UFO desta edição]. Ne
ssa mesma linha seguiu a educadora Virgínia Aronson, que depois de ser curada de um câncer na tireóide, por intervenção de entidades ETs, resolveu investigar casos semelhantes ao seu, chegando a centenas de depoimentos de curas comprovadas, muitas delas publicadas em seu livro, Curas Médicas por ETs [Educare Brasil, 2001]. Nos países adiantados, essas pesquisas estão em franco andamento.
Despertar espiritual — Nos casos apurados por Virgínia, mereceu atenção especial as mensagens dos ETs passadas aos pacientes, as lições que ficaram registradas na mente, as quais lhes deram uma nova visão de mundo, alterando-lhes a postura em relação a diversos aspectos da vida diária. A pesquisadora notou que as intervenções cirúrgicas deixaram neles impressões positivas, diferentes das que ocorrem nos eventos de abdução, em que o medo é constante e o resultado psicológico, danoso aos abduzidos. Nos casos de abdução em que as curas são efetivadas, o medo existe apenas nos instantes iniciais do contato, mas desaparece em seguida, transformado em desejo de novos contatos.
E quando estes ocorrem, envolvendo os mesmos protagonistas, culmina por estabelecer um sentimento fraterno em ambos, uma irmandade de destinos. Como prova, Virgínia constatou que essas pessoas ficaram impregnadas de algum dote paranormal ou de alguma mudança física, tendo ocorrido em todas um “despertar para a natureza espiritual”, fatos que lhes proporcionaram bem-estar e relativa utilização dessa sensibilidade na vida diária.
O trabalho de Virgínia, somado ao de outros cientistas que se debruçaram sobre o tema, veio contribuir para fortalecer o pensamento de que as curas médicas por ETs são reais. E a cada dia esse pensamento congrega mais estudiosos, não só na Ufologia e no Espiritismo, mas em todas as áreas do conhecimento. Venham de onde vierem, seja do mundo espiritual ou de outras paragens dimensionais, essas curas mostram a necessidade de uma mudança significativa na consciência do homem.
Portanto, urge aplicar novas técnicas de abordagem nos fenômenos de curas e nas ocorrências paranormais, desenvolver novas metodologias de investigação do Fenômeno UFO para chegar à verdade. Não é possível mais tapar os olhos e não enxergar isso, ainda mais nestes tempos em que o materialismo impera confrontando interesses e despertando nas pessoas seus instintos mais ferozes, culminando por cercear o direito à informação e destruir parte do planeta com procedimentos insanos. Neste contexto, o bom senso nos diz que a ciência não pode manter-se refém do jogo de interesses e da obtusidade cética de alguns. A pesquisa séria se faz imperiosa em todos os campos do conhecimento, incluindo os fenômenos de cura.