Recentemente a Força Aérea Peruana (FAP) reativou seu departamento de pesquisa ufológica oficial, o Departamento de Investigação de Fenômenos Aéreos Anômalos (DIFAA). Funcionando dentro da Direção de Interesses Aeroespaciais (DINAE), essa instituição destina-se a investigar qualquer caso envolvendo objetos aéreos anômalos e não identificados que possam ser uma ameaça para a aviação civil e militar.
Muitos dos casos que têm chegado ao escritório podem ser explicados de forma convencional, já outros desafiam a lógica. Entretanto, o departamento oficialmente não defende nem nega a possibilidade de alguns dos UFOs serem naves alienígenas, reforçando que crenças de seus investigadores pertencem exclusivamente a suas vidas pessoais. Um caso típico começa com o atendimento de uma ligação telefônica, com a informação sendo anotada pelo agente de plantão.
A política do órgão é deixar de lado qualquer informação a respeito de pessoas que alegam estar em constante contato com entidades alienígenas, em missão de salvar o mundo e outras similares. Conforme explica o investigador e membro do DIFAA Marco Barraza: “Não temos como dizer o que determinado fenômeno é se não pudermos analisar alguma evidência, tais como fotos ou vídeos que nos sejam enviados. Também dependemos de questionários que as testemunhas devem preencher”.
MÉTODO DE TRABALHO
Assim que um avistamento é notificado, a primeira atitude dos agentes é confirmar a informação chamando as torres de controle dos aeroportos mais próximos do local do caso. De acordo com Barraza: “A ideia é ativar um protocolo e criar um registro. É assim que se previnem acidentes”. O conselho consultivo do DIFAA é composto por oito civis e dois militares. Entre os primeiros estão um astrônomo, um arqueólogo, dois sociólogos, um ex-piloto, um físico, um filósofo e um jornalista. São eles que conduzem as avaliações e preparam informes para o DINAE.
Um dos objetivos do DIFAA é manter registros atualizados e alguns padrões têm se revelado constantes. Os objetos não identificados são descritos como esferas, alongados como cilindros, na forma de diamantes ou de triângulos luminosos. A maioria tem sido avistada nas proximidades de sítios arqueológicos. A natureza daqueles que permanecem sem explicação é um dos mistérios contra os quais o grupo se bate.
O comandante Julio Chamorro faz parte do comitê do DIFAA, tendo sido seu fundador e líder entre 1999 a 2005, ainda como OIFAA. Além disso, foi o primeiro militar a apontar a necessidade de investigar esses fenômenos. Chamorro aponta a Constituição peruana como inspiração para o escritório, já que em seu capítulo 12 está escrito que é dever do estado garantir a segurança da nação através de suas Forças Armadas.
INSPIRAÇÃO PARA O DIFAA
Chamorro explica, em entrevista para a BBC Mundo: “Os oficiais da base militar de La Joya estão acostumados a avistamentos. Há um evento que se repete sempre em dezembro, apelidado de Estrela de Davi porque não conhecemos a natureza desse objeto, que brilha de dia e noite. Ainda existe o mistério da cidade perdida e a distância pode-se avistar o que parece ser uma cidade brilhante que desaparece quando nos aproximamos. Tem sido tão frequente que deixou de ser importante”.
Um dos rumores que circulavam nessa época dava conta de que o então presidente, Alberto Fujimori, costumava viajar até o Rio Amazonas em uma aeronave da FAP para pescar. Conta-se que durante a pescaria teria surgido um objeto luminoso que emergiu do rio e sobrevoou a região. Fujimori e sua equipe observaram o fenômeno mas decidiram nada falar a respeito. Chamorro e Barraza concordam que esse fato pode ter influenciado na criação do DIFAA.
O comandante afirma: “O importante é a aceitação perante o público e seu desejo de dividir suas experiências. Isso envolve toda a humanidade e ninguém deve se excluir desse debate”. O ministro da Defesa Pedro Cateriano conclui, falando a respeito de estudos conjuntos entre os países da região: “O Peru é perfeitamente capaz de analisar e pesquisar esse fenômeno de maneira autônoma e somente estaremos dispostos a um intercâmbio de dados de maneira excepcional, com o objetivo de checar informações para obter conclusões mais exatas”.
Assista abaixo à cerimônia de relançamento do DIFAA:
Associação Peruana de Ufologia se apresenta no Congresso Nacional do país e pede desacobertamento
Força Aérea do Peru volta a investigar UFOs
Saiba mais:
Livro: Terra Vigiada
Terra Vigiada não é um livro comum, mas um verdadeiro dossiê fartamente documentado que comprova que inteligências extraterrestres observam e monitoram nossos arsenais atômicos. O livro contém dezenas de depoimentos prestados por militares norte-americanos que testemunharam a manifestação de discos voadores sobre áreas de testes nucleares, nas décadas de 40 a 70, comprovando que outras espécies cósmicas mantêm nossas atividades bélicas sob severa e contínua vigilância. Hastings vai mais além e mostra em Terra Vigiada que não é incomum discos voadores interferirem nos experimentos de lançamento, muitas vezes inutilizando as ogivas nucleares a serem detonadas, ou sobrevoarem silos de mísseis armados.