Entre tantas aparições no céu do Nordeste algumas sempre se destacam pelo pavor que causam aos moradores da região ou pelo simples deslumbramento com as cores e luzes. Temos registrado, no interior do Ceará e também na capital, alguns casos que chamam à atenção não apenas pelo fato em si, mas pelo envolvimento de várias pessoas e as seqüelas físicas e psicológicas deixadas nas vítimas. Em 1975, a pacata cidade de São Gonçalo do Amarante teve seu cotidiano perturbado por uma estranha luz que rodopiou no céu, deixando apavorados os moradores dos bairros afastados com rasantes sobre as casas, pessoas e animais.
O caso foi levado ao conhecimento do delegado que, segundo sabemos, nada pôde fazer, a não ser comunicar às autoridades em Fortaleza o ocorrido. Isso fez com que alguns repórteres de jornais e televisão estivessem naquela cidade para divulgar o acontecimento, que teve repercussão em todo o país. Mas, apesar do clima de insegurança, nada havia ocorrido que pudesse ser considerado ameaça, até o dia em que a professora Jandira Morais da Silva foi abordada por um estranho objeto quando se dirigia à casa de seu pai, Manoel Machado de Morais, na fazenda Acende Candeia, perto do “lagamar” Jereraú [Lagoa de água salgada]. Segundo contou, estava às margens da lagoa tomando banho quando viu no alto uma estranha bola de luz azul que descia velozmente em sua direção. De tão nervosa, ficou estática, sem saber se estava hipnotizada pela “coisa” ou se era devido ao pavor que sentiu. O UFO chegou bem perto e jogou um forte jato de luz em seu rosto. Sem enxergar nada, caiu desacordada. Ao se recuperar, sem noção do que havia acontecido, saiu tateando – uma vez que continuava sem distinguir nada – e foi para casa de seu pai. Lá, algumas pessoas declararam ter visto a luz se aproximar do lagamar, mas não sabiam que jandira estava naquelas proximidades.
Problemas de saúde — Logo depois do ocorrido procurou um médico no posto do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) [Atual Instituto Nacional de Seguro Social, INSS], onde foi tratada e medicada devido a uma alergia nas costas e no rosto, que estavam vermelhos e inchados por causa da forte luz emitida pelo UFO. O médico, não acreditando em sua história, passou-lhe um calmante e solicitou que voltasse depois. O caso foi levado ao prefeito da cidade, Edson de Castro, que nada fez a não ser assegurar a Jandira que tomaria algumas providências. O fato caiu no esquecimento. Naquela ocasião, o ufólogo Jean Alencar, presidente do Centro de Estudos Ufológicos (CEU), soube da ocorrência e deslocou-se até São Gonçalo para fazer as investigações de praxe, as quais foram publicadas no informativo Ufonautas – em circulação naquela época.
Em 1983, em um simpósio sobre Ufologia realizado na capital, o pesquisador trouxe a professora Jandira. Ela foi apresentada aos participantes, inclusive à pesquisadora Irene Granchi e ao general Alfredo Moacyr de Mendonça Uchôa. A testemunha declarou que não estava bem de saúde e que já tinha pedido ajuda às autoridades, uma vez que não dormia mais por causa das horríveis dores nos locais das queimaduras, embora as mesmas houvessem sarado. Alencar e os demais, se prontificaram a tratá-la, desde que fosse a Fortaleza e passasse alguns dias a fim de fazer alguns exames. Infelizmente, por motivos alheios à vontade dos pesquisadores, Jandira não foi ao encontro, ficando assim a situação em pendência. Posteriormente, os ufólogos Reginaldo de Athayde e Dimas Leite, do CPU, em companhia do jornalista norte-americano Gary Richman, do National Enquirer, foram ao Açude Pentecostes fazer uma pesquisa ufológica. Eles passaram na residência da professora e a encontraram altamente debilitada.
Tinha emagrecido 23 quilos, sentia constantemente fortes dores de cabeça, tonturas, falta de apetite e um descontrole emocional incomum. Orava freqüentemente devido aos sonhos horrorosos com o objeto que a atacou. Segundo ela, dormia no máximo uma ou duas noites por semana. Jandira acredita que aquilo que a atacou não poderia ser deste planeta, já que “era enorme, muito claro e não fazia nenhum barulho a não ser um zumbido estridente. Ele queria me matar e parece que sabia o que eu estava pensando, pois acho também que ouvia algo por parte dele”. Pelo que apuramos, ela realmente foi vítima de uma inteligência alienígena, como várias outras pessoas com histórias semelhantes e que, infelizmente, não foram levadas em consideração pelas autoridades.
Pânico em Fortaleza — O percentual de avistamentos diurnos e em zonas urbanas é ínfimo, entretanto sempre encontramos fatos que nos deixam boquiabertos. Muitos casos não sabemos como justificar, o que nos obriga a reconhecer que algo muito além da nossa imaginação controla estes incríveis e inquietantes objetos aéreos não identificados. Há alguns anos os ufólogos do Centro de Pesquisas Ufológicas (CPU), Lena Bellotto, Reginaldo de Athayde, Luiz Carlos Cidrão e Maria José, entrevistaram algumas pessoas que foram contatadas por um UFO em pleno centro de Fortaleza (CE), entre as ruas São Paulo e Princesa Isabel. Sobre este caso, não temos nenhuma dúvida de que é real, uma vez que os personagens são pessoas dignas de credibilidade e que, por motivos óbvios, não nos autorizaram citar nomes, embora tenham preenchido nossos formulários e deixado que gravássemos as entrevistas. Um desses relatos é o de Graça, que nos contou que ia tranqüilamente em direção à casa de sua sobrinha Cris, quando avistou ao longe uma estranha bola amarela que parecia ziguezaguear no espaço, fazendo com que ela parasse para observá-la. Repentinamente, o objeto desceu na vertical como se estivesse caindo. Era enorme e jogava uma luz em sua direção e de outras duas pessoas que passeavam no mesmo local. Entre elas um garoto de aproximadamente 8 anos e um rapaz, acadêmico de agronomia e conhecido de Cris. Os três ficaram dominados pela luz e estavam sendo puxados para cima, chegando a subir aproximadamente 50 cm do solo. Fazendo um esforço tremendo e sem poder gritar, Graça debateu-se no ar e caiu no chão. Mesmo estando com uma perna quebrada teve coragem de puxar o rapaz com força, fazendo-o cair de bruços, dando a oportunidade dele escapar. Apavorados, tentaram entrar em uma casa próxima, mas não foram acolhidos. A moradora que estava com seu filho nos braços e que tinha assistido à estranha cena entrou com medo em sua residência e não atendeu ao chamado. Aos gritos, correram para a casa de Cris, que os recebeu.
Mudanças comportamentais — Antes que sua tia pudesse falar alguma coisa sobre o que havia ocorrido disse: “Não diga nada titia, eu vi tudo do meu quarto, a senhora ia sendo levada por uma bola amarela”. Esbaforidos, sentaram-se no sofá, enquanto os pais de Cris correram para a rua a fim de ver o UFO, mas nada encontraram. O rapaz, sentindo-se mal, foi levado para a Casa de Saúde São Raimundo com febre, diarréia, tremores, vômitos e sudorese. Chegou a passar alguns dias internado. O garoto nada
sofreu, mas Graça adquiriu, depois do contato, o estranho poder de em algumas ocasiões adivinhar o que seus amigos e parentes pensavam. Ela acreditava ter recebido uma mensagem da qual não se lembrava. Mas alguma coisa a avisara de que “eles” voltariam para levá-la de uma vez. O mais interessante é que Cris estava em seu quarto quando observou a cena. Estava deitada em sua cama e, segundo ela, o forro e as paredes da casa ficaram transparentes como vidro, possibilitando total visibilidade. Desta data em diante, ela que pintava paisagens, mudou por completo seu estilo, passando a retratar seres, cidades desconhecidas, mortes, planetas, cavalos etc, além de ter sido acometida por uma doença não diagnosticada que se apresentava com fortes dores lombares, febre, falta de apetite e pesadelos incríveis. Foi clinicada inclusive em São Paulo, mas não teve os resultados desejados. O rapaz mudou sua personalidade e hoje é um sujeito taciturno e pouco comunicativo. Guarda segredo sobre o ocorrido e pediu a Cris e Graça para não citarem seu nome quando falarem sobre o caso.
Quanto à criança, não tivemos mais notícias, já que voltou para sua terra natal, no interior do Estado. Nossa equipe conseguiu averiguar que na ocasião um cidadão, que deseja permanecer no anonimato, estava na janela de sua casa e bateu três fotos do UFO. O filme foi enviado para a NASA, nos Estados Unidos. Ninguém até hoje fez algum pronunciamento sobre o assunto. Este avistamento nos foi comunicado por Francisco Lira Vieira, residente na Avenida Imperador, e serviu de elo entre nossa equipe e os personagens deste incrível contato imediato, um dos mais impressionantes já pesquisados até hoje pelo CPU. Temos em nossos arquivos a documentação sobre o caso e, por não termos autorização para citar nomes, com exceção de Vieira, todos os demais são fictícios. Nem sempre publicamos um caso ufológico recente e, muitas vezes, um contato imediato de alguns anos atrás nos fornece dados comparativos que nos ajudam na resolução de uma pesquisa atual e oportuna.
Um destes casos nos foi trazido pelo nacionalmente conhecido artista plástico Descartes Gadelha. Este fato, que se destaca pelo tipo de UFO avistado e conseqüentes efeitos testemunhados, aconteceu em 1978, na cidade de Pajuçara (CE), e teve como testemunhas 11 pessoas. Entre elas, o também artista plástico Aderson Tavares Medeiros. Medeiros, 36 anos, casado com Ana Lúcia, tem três filhas. É cearense e residia na época na capital, sendo que anteriormente era proprietário de um atelier de pintura no Rio de Janeiro, onde desfrutava de alto conceito junto ao mundo artístico daquela cidade. Tinha o hábito de passar os finais de semana no sítio situado na estrada de Pajuçara (CE). Um destes marcaria profundamente sua vida e de sua família.
Acrobacias no ar — Eram exatamente 21h00 de uma noite de luar. O céu estava limpo e estrelado, fazendo com que ele e seu irmão Adonias, sentados numa mesa perto do alpendre, admirassem a beleza daquele momento. Ao longe, algo despertou à atenção de Aderson. Tratava-se de uma “estrela” diferente, muito clara, que ziguezagueava entre as demais e piscava intermitentemente. Às vezes parava por completo e mudava a cor da luz, de mercúrio para vermelho, azul e amarelo. Os dois foram para o meio da estrada e chamaram outras pessoas para presenciarem o estranho fenômeno. Entre elas Gervársio e sua família, moradores do sítio, a esposa de Adonias e Roger, seu cunhado, totalizando 11 pessoas. No alto, o objeto continuava a fazer acrobacias e, de repente, com uma velocidade indescritível, desceu em direção à terra. Mais de perto, via-se que se tratava de um artefato retangular, cercado por inúmeras luzes multicoloridas. Era enorme, sólido, luminoso e silencioso. Provocava uma sensação de terror que os fez correr mato adentro, ao invés de procurarem se refugiar na casa. Alguns minutos depois, como se notasse a presença deles entre as árvores, desceu mais um pouco e colocou-se acima de uma mangueira, mais ou menos à 200 m de altitude. Ficou parado a uns 50 m do local onde todos se esconderam, piscando e passando por cima da cabeça dos indivíduos.
“Sentimos uma tontura esquisita e parecia que nossos cérebros estavam sob pressão, além da sensação de entupimento nos ouvidos. Ficamos parcialmente surdos e com a vista embaçada. O objeto era muito grande e nos dava medo. Não tenho dúvidas, não podia ser terrestre”, declarou Medeiros. “O UFO visto por baixo era retangular, mas de perfil notava-se que a parte de cima era arredondada e cheia de luzes, com alto-relevo. Não vimos nenhuma janela ou porta. Eram somente luzes, muitas luzes”, disse. “Depois de passar sobre nós lentamente, escondeu-se entre as árvores, sem que soubéssemos se subiu ou desapareceu mais à frente”, confirmou. De acordo com as testemunhas, era fantasticamente belo e “nos fez acreditar na existência de algo mais do que nossa imaginação pode criar”, declarou o artista plástico à pesquisadora Lena Bellotto.