Numa recente edição da Revista UFO, saiu uma pequena nota em que falamos sinteticamente dos acontecimentos que vêm se dando na localidade de Jacuruna, situada a apenas 48 km de Salvador, depois da Baía de Todos os Santos e a Ilha de Itaparica, na estrada que leva a Nazaré das farinhas. Porém, são tantas e tão ricas as ocorrências nesta área que, necessariamente, merecem um capítulo à parte dentro da casuística baiana.
No ano de 1963, o comerciante José Rosas, o Zeca, viu um aparelho dourado, com o tamanho de dois braços abertos, totalmente iluminado e muito veloz, voando baixo, quase rente ao manguezal. Ele se deslocava a pouco mais de 150 m de distância, na direção sul a norte. Cinco outras pessoas que estavam com Zeca também viram o objeto com clareza. Além do horário que se deu o avistamento, 17h30, outro ponto relevante é que, anos mais tarde, o irmão de Zeca, Oscar (ambos já falecidos), e o filho seriam protagonistas de pelo menos três casos conhecidos pelo G-PAZ de abdução. Além desses, nosso grupo de pesquisas tem registros de muitos outros episódios, que passaremos a apresentar agora.
O primeiro deles aconteceu às 19h00 do dia 23 de julho de 1978 e leve como protagonista a senhora Valdelice dos Santos, que lavava pratos no quintal, quando ficou espantada ao ver algo que lhe pareceu uma estrela emitindo uma luz muito forte, porém à baixa altitude e em movimentos lentos. Nesse instante, a testemunha, movida pela curiosidade, ficou olhando detidamente até a estréia se ocultar por trás de uma árvore. Várias pessoas, ao escutarem a narrativa de Valdelice, passaram a caçoar dela. Mas havia muitas outras testemunhas no local, inclusive sua irmã Lindaura, Ubirajara e Bonfim. O então vereador Manoel Sampaio, que também presenciou o fenômeno, contou que conversava com um amigo quando duas de suas filhas lhe chamaram a atenção para um objeto que voava em sua direção.
“Ficamos olhando até o objeto desaparecer sobre o Rio Cardoso, em meio à vegetação. Parecia uma tainha [peixe da região], toda luminosa e colorida. Foi a coisa mais linda que já vi”, considerou Sampaio. Em Salvador, no mesmo dia e horário, esse mesmo objeto (ou outro similar) foi visto por diversas pessoas que iniciavam a travessia no Ferry-boat e outras que se encontravam no Aeroporto 2 de Julho, a mais de 30 km de distância.
UMA VISITA SURPREENDENTE — Em meados de agosto de 1978, os pesquisadores Valmir de Souza e Emanuel Paranhos foram para Jacuruna a fim de entrevistar as testemunhas dos acontecimentos de 23 de julho daquele ano. Foi nessa data que Sampaio, professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), narrou além do caso específico — outras ocorrências. A testemunha contou que alguns meses atrás, em data que não soube precisar, por volta das 02h00, avistou no céu, por cima da torre da igreja, o que parecia ser “uma porta de geladeira daquelas antigas, com as bordas arredondadas, brilhando igual a uma lâmpada fluorescente que, depois de algum tempo, foi se apagando até sumir por completo”, definiu.
O mais interessante, porém, foi a visita que ele recebeu em seu local de trabalho. Certo dia, apareceu um indivíduo de aproximadamente 1.60 m de altura, pele muito alva, olhos grandes e claros, cabelos ruivos (que pareciam peruca), trajando camisa xadrez e calça jeans. Falava Português com um sotaque estranho, que não dava para identificar, e disse muito claramente a Sampaio: “O que faria em caso da observação se repelir?” Perguntou ainda se tinha vícios, como fumo, bebida etc, continuando: “Não tenha medo, que muito em breve você terá uma surpresa. Não se assuste, pois ninguém irá lhe fazer mal, e não comente nada sobre o fato”. Dito isso, foi embora deixando-o atônito. Passados quinze dias, ao chegar a Jacuruna, Sampaio ficou sabendo que, na semana anterior, a professora Estelita Amorim, ao regressar à sua residência à noite, viu sobre os fundos da casa dele, que fica a uns 50 m da sua, um objeto luminoso, semelhante a duas bacias sobrepostas, uma de frente para a outra, com uma espécie de holofote por baixo, que iluminou todo o quintal. Na ocasião, Estelita começou a gritar, chamando a atenção de outras pessoas na rua. O objeto se apagou e desapareceu. Os moradores até hoje se intrigam com o fato.
FOGOS DE ARTIFÍCIO — Mas os casos na região estavam apenas começando. No final de semana do dia 30 de setembro de 1978, a equipe do G-PAZ, composta por Valmir de Souza, Luiz José Souza e Silva e Francisco Neto Borges Reis, chegou cheia de entusiasmo para cumprir sua primeira vigília de campo. Seus membros portavam uma barraca para três, com mochilas e apetrechos, e chegaram lá por volta das 16h00. Após algumas análises, concluíram que o melhor local para observação seria o campo de futebol. Atrás dele havia um grande terreno em declive que se estendia até o manguezal e a uns 2 km pela estrada. A sua volta havia mais área descampada. Parecia que o tempo estava fechando e que viria uma grande chuva, mesmo assim, tinham esperança de que fosse melhorar.
Às 22h00, o gerador de energia de Jacuruna foi desligado e a escuridão e o silêncio foram totais. Algum tempo depois, um dos membros do grupo chamou a atenção dos demais para algumas luzes que piscavam acima da Fazenda Jacuruna, todos pensaram em fogos de artifício, porém Valmir alertou: “Não estamos vendo estrelas subindo e nem ouvindo o barulho da sua explosão”. Por último, quem poderia estar soltando fogos no mato e àquela hora? Enquanto discutiam sobre o fenômeno, os tais fogos de artifício começaram a se deslocar de um lado para o outro, numa extensão de uns 500 m, a uma altitude de 100 m sobre o mangue.
As luzes eram vermelhas, azuis e amarelas. Uns minutos depois, outras começaram a surgir à direita, vindo em direção ao grupo, e quando este acendia as lanternas focalizando-as, elas sumiam [Editor: veja Caso Mucugê, UFO Especial 05]. Logo depois, uma luz opaca de 20 ou 30 cm de diâmetro parou embaixo de um arbusto, uns 50 metros à frente, e enquanto eles se dirigiam até ela, o objeto se apagou ante o facho da lanterna. As outras tinham sumido e, ao se reagruparem em volta da barraca, tornaram a aparecer, dando um novo show no mato. Olhando para a esquerda, na direção de Barreiras de Jacuruna, para as proximidades do cemitério, ou qualquer outro local, às 22h00 e 22h30, era visto um clarão azul, suave, em forma de leque, que parecia pulsar.
Minutos depois, um facho de luz amarelo claro que veio do alto os iluminou repentinamente, permitindo que fossem vistos por inteiro no meio da escuridão. Logo em seguida, o clarão se apagou e, antes de ir embora, um zumbido semelhante a uma turbina em baixa ralação ecoou sobre suas cabeças, durante quase uma hora. O céu continuava fechado e nenhuma estrela era visível. Pode parecer estranho, ou ingenuidade da parte desses investigadores, mas em nível consciente não conseguiram relacionar os fatos — clarões e barulho à questão ufológica ou, talvez, esperassem ver algo mais espetacular.
LUZ FORTE — Francisco res
olveu dormir porém, não sem antes instruir os companheiros de que se acontecesse alguma coisa, era para que o acordassem. Começou a chover, Valmir e Luiz resolveram também ir descansar. Deixaram um lampião do lado de fora da barraca e combinaram ficar de prontidão, mas a chuva estava cada vez mais forte. Então resolveram encerrar a vigília e dormir. Menos de meia hora depois, foram acordados pelos gritos de Francisco que levantara momentos antes devido a uma luz muito forte que iluminou o interior da barraca.
Lá fora, a intensidade da chuva era tamanha que abriram e fecharam o zíper de entrada na mesma hora. Foi aí que descobriram que do lado esquerdo da barraca penetrava a água da chuva. Iluminando com as lanternas, os dois puderam verificar que a lona mostrava várias manchas cor de ferrugem. Algo muito estranho, pois a barraca era nova. Ao clarear o dia, levantaram acampamento devido ao temporal estar piorando cada vez mais. O curioso de tudo isso e que, apesar do tempo nublado, Valmir e Luiz, ostentavam no rosto a vermelhidão de quem passou o fim de semana numa praia.
Uma semana depois, em nossa reunião, pudemos perceber que Francisco, de pele clara, aparentava mais vermelhidão que os outros. Antonio Gildácio Galvão, também membro do G-PAZ, que naquela data se encontrava na cidade de Santo Antônio de Jesus, próxima de Jacuruna, afirmou que muitas pessoas, não ligadas á pesquisa, tinham observado ditas luzes que se deslocavam naquela direção e outras, na localidade de Barra Grande, na Ilha de Itaparica, também viram um clarão sobre Jacuruna.
Os UFOs, durante três ou quatro anos, parecem ter desaparecido de Jacuruna, já que ninguém mais narrou esses fenômenos. Mas talvez outros que começaram a fazer parte do folclore religioso da vila tenham uma relação íntima com aqueles. Numa conversa entre Valmir, e dona Eronildes Rosas, sobrinha de Oscar Rosas, esta afirmou que não tinha notícia de mais nada, a não ser da presença das “beatas”, que eram bolas de luz vermelha, e de “Zinho”, que algumas pessoas afirmavam ver.
JACURUNA, ANOS 90 — Dona Silverina Ramos, sogra de Valmir, residente em Jacuruna há 12 anos, contou a seu genro que numa noite, quando ia para casa, Eronildes viu um “vulto caminhando sobre a água do rio” e que outras pessoas também contavam visões idênticas e corriam com medo. Continuando a conversa, disse: “Eu mesma ia pura casa, já noite adentro, quando peguei a canoa no porto e vi o vulto de uma pessoa caminhando junto ao mangue, na direção de Jacuruna. Pensei que fosse o Zinho (um morador vizinho) e comecei a remar rápido para lhe dar uma carona, mas quando estava já perto, ele andou mais rápido. Foi aí que vi que ele estava andando em cima d água, fazendo um barulho parecido com um tapa. E quando chegou na gamboa, sumiu”. Podemos notar que há em seu relato uma certa semelhança com uma cena da Bíblia. A testemunha informou que o vulto parecia estar usando uma roupa de malha colada ao corpo, branca ou cinza.
Diversas pessoas têm presenciado este mesmo vulto andando na água, e não mais tem ido pescar á noite, conforme faziam antes. Como é o caso de Zezéu, que mora às margens do rio. Certa noite, por volta das 23h00, quando estava tomando banho tio rio em frente à sua casa, viu sair da margem oposta da gamboa, a uns 60 m, um vulto vindo em sua direção, que também pairava sobre a água. Assustado, correu e contou a seus familiares. Além de Zinho — como passou a ser chamado o vulto, depois dos comentários de dona Eronildes —, as outras aparições freqüentes foram as beatas — luzes vermelhas, provavelmente sondas, que rondam a região.
Parece que nos enganamos e, ao invés de Fátima, escrevemos Jacuruna, mas não. O fenômeno parece-se ou lembra a narrativa dos três pastores de ovelhas portugueses. Em janeiro de 1995, às 16h30, alguns pescadores de Jacuruna que retomavam do mar foram testemunhas de certos fatos insólitos. Segundo dona Sissi, que se encontrava na maré naquele momento, por cima do mangue, ao lado do cemitério, havia um “sol verde e outro amarelo. Bem menores que o Sol de verdade. Depois, os dois sóis seguiram em direção ao poente”. Apenas como comparação, no caso de Manoel França, dois UFOs semelhantes até na cor surgiram do mesmo ponto e seguiram a mesma direção. Um dos tantos casos misteriosos acontecidos em Barreiras do Jacuruna estava guardado em nossos arquivos, devido aos componentes de elevada estranheza.
Só agora, alguns meses depois de ler uma notícia também estranha, vinda do México, é que decidimos publicar alguns detalhes, já que entre ambos os casos há uma pequena semelhança, sem contudo podermos afirmar uma relação entre eles. A notícia à qual nos referimos, datada de novembro de 1996, diz resumidamente: “Ameaçado por naves extraterrestres, um casal do Estado de Jalisco manteve insepulta durante 18 meses a filha de 9 anos. A menina havia sido vitima de uma estranha doença, que a fazia vomitar substâncias esverdeadas… Segundo os pais, a menina nunca recebeu assistência médica porque estavam sendo intimidados pelos UFOs que pousaram a quatro metros da sua casa”.
Parecem cenas de algum filme trash, e guardamos essa nota porque nela eram mencionados UFOs. Com base nessas informações, Valmir de Souza lembrou o caso acontecido em 1983, em Jacuruna, por isso marcamos uma viagem àquela cidade com o intuito de tentar entrevistar a testemunha do caso baiano. Acompanhados também de Emanuel Paranhos, encontramos o senhor Esmeraldo no meio da tarde para tirarmos tudo a limpo, após atravessarmos o rio numa das frágeis canoas comuns na região. Em meio ao nosso constrangimento por fazê-lo reviver momentos muito dolorosos, Esmeraldo contou que na época sua filha caçula tinha 4 anos de idade e era muito apegada a ele. Naquela manhã, ele havia saído cedo, como de costume, para adiantar o serviço na roça, e os filhos foram junto. Estava nublado e chuviscava, razão pela qual Esmeraldo pediu à sua filha Eucinha que ficasse em casa, mas a menina não quis obedecê-lo.
MOITA DE TIRIRICAS — O pai andava na frente e os filhos, enfileirados, vinham atrás, iodos enveredaram pela trilha no momento em que a chuva começou a aumentar. Ao virar-se para os filhos, percebeu que Eucinha não estava mais com os irmãos e pensou que tivesse retomado por causa da chuva. Logo depois, quando a esposa chamou-o para o café, perguntou a ele da menina, pois ambos pensavam que Lucinha estivesse com o outro. O desespero tomou conta da família, e todos saíram para procurá-la. O pai de Esmeraldo, após fazer uma oração, seguiu os demais, e acabou dando o alarme. Já bem distante do caminho de casa, no meio de uma moita de tiriricas [Editor: Uma espécie de capim comprido, que atinge um metro de altura e é extremamente cortante nas bordas de suas folhas] e outras plantas com espinhos, estava o corpinho da criança, de lado, na lama que se formava com a chuva.
O avô da menina conseguiu penetrar a mata sem problemas, pois trajava calças compridas e camisa, mas o pai da menina, no desespero e vestindo apenas uma bermuda, a
briu caminho a facão, ferindo-se bastante com os galhos das árvores. Constataram que o corpo de Lucinha não apresentava qualquer tipo de ferimento ou corte que pudesse ter sido provocado pela vegetação. O pai de Esmeraldo, com a criança nos braços, estendeu-a ao filho. Nesse instante, da cabeça da menina escorreu uma substância esverdeada que, em contato com a pele. provocou várias queimaduras e bolhas d\’água bastante dolorosas. Infelizmente, não existe laudo nem autópsia do caso, e o atestado de óbito nada acrescenta. A triste realidade é que a morte de indivíduos de pouca ou nenhuma posse sempre se torna banal e corriqueira. Somente o que podemos concluir é que a única ligação entre os casos baiano e mexicano é o líquido esverdeado que escorreu da criança.
RETORNO DAS SONDAS ESPIATÓRIAS — O senhor Davi, na época funcionário da Companhia de Energia Elétrica do Estado da Bahia (Coelba), estava em seu sítio em Barreiras de Jacuruna, próximo à Fazenda Coqueiros, quando por volta das 17h00 ou 17h30, cinco sondas com cerca de 20 cm de diâmetro saíram do mangue e se aproximaram da casa. Começaram a rodear, silenciosamente, as pessoas que estavam na varanda: Davi, o sogro e dois empregados, como se estivessem a examiná-los. Um dos funcionários quis acertar uma delas com um pedaço de madeira, mas Davi o impediu, com medo do que poderia acontecer. Depois, as sondas voltaram para o manguezal.
Antes desse incidente, os empregados já tinham comentado sobre sondas semelhantes que visitaram a fazenda diversas vezes. Nesta mesma época, uma mulher chegou em casa apavorada em virtude de um objeto que “parecia uma bolha de sabão grande que voava ao meu lado. silenciosamente”, conforme a descrição da testemunha. Em seguida, o UFO adiantou-se a ela e parou à sua frente, expulsando uma espécie de fita dourada que foi subindo. Enquanto acompanhava com os olhos a imagem, percebeu que o percurso do UFO levava até uma “bacia emborcada que se encontrava penada e suspensa no ar”. Foi aí que a senhora saiu em disparada.
Outro caso muito interessante é o de uma esfera avermelhada, com cerca de 1,5 m de diâmetro, que por planar tão rente ao chão esbarrou num arame farpado de uma cerca e explodiu violentamente. Essa cena ocorreu em 1988, por volta das 16h00, e foi testemunhada por dona Chica, que estava a caminho de sua casa. Quando chegou já eram 19h30. Ainda meio confusa, não soube explicar por que demorou três horas para fazer o percurso que normalmente fazia em 15 ou 20 minutos. Atualmente não sabemos de seu paradeiro, mas estamos tentando localizá-la para nos aprofundarmos ainda mais nas investigações.
Relevante mesmo é o fato dessas sondas agirem deliberadamente. Há uma ocorrência em que elas chegaram a perseguir toda uma família, desde o pai até o filho mais moço. O senhor Esmeraldo, conhecido em Jacuruna como Marmita, é uma testemunha freqüente desses avistamentos e um de seus filhos, já por duas vezes, regressou para casa á noite muito assustado com luzes que apareceram de repente, sabe-se lá de onde. Suas duas filhas também ficaram apavoradas ao serem perseguidas por uma sonda, enquanto andavam à margem do rio. Numa outra ocasião foi a vez da esposa de Marmita, dona Clarinha, ver uma luz beata que veio junto à porta de sua casa, ainda quando residia em Jacuruna de Baixo, a uns 400 m rio abaixo.
BEATAS NA PEDRA ENCANTADA — Além desses, há um estranho caso ocorrido com o senhor Antônio — o Merengue —, cuja esposa, dona Vilma, viu beatas no quintal de sua casa na noite de Natal. Ele nos contou que certa vez, sem se recordar da data exata, foi com seu amigo Careca caçar tatu num lugar dito mal assombrado, em que as pessoas da região afirmam existir uma pedra encantada. Os dois amigos seguiram uma trilha no mangue com a ajuda de um cachorro para farejar a caça. De repente, o animal parou, começou a rosnar e a latir, olhando fixo para o mato. Em seguida, disparou em direção ao matagal e os dois pescadores foram atrás, pois estavam certos de que o animal farejara lima presa.
Estranharam quando o ouviram ganir, e então começaram a chamá-lo, porém não foram atendidos. Desconfiados e com medo, os dois resolveram penetrar no local. Ao ver o animal, a surpresa foi grande: ele se debatia para se soltar de um cipó que o prendia por uma das patas traseiras ao tronco de uma árvore, a pouco mais de 2 m de altura. Sem grande esforço, soltaram-no, e este correu para longe daquele lugar. Ainda atônitos, os dois companheiros ouviram nitidamente uma voz chamando por eles. Pensando que era assombração ou coisa do demônio, saíram dali correndo sem parar.
Enquanto corriam desesperados em direção às suas casas, foram surpreendidos por um súbito vento forte que os seguiu pelo mato, fazendo com que as árvores balançassem. Ao chegar, Merengue pulou o portão, pois não havia tempo para abri-lo. Careca simplesmente varou a cerca de arame farpado, machucando-se bastante. Ao ouvir os gritos das testemunhas, a esposa de Merengue abriu a porta para que eles entrassem. Enquanto o socorro era prestado aos dois, um vulto estranho de aparência humanóide passou em frente da casa, aproximadamente às 23h00. Ao perguntarmos a Merengue se ele teve a chance de ver quem os perseguiu pelo mato, este não hesitou em afirmar que “parecia um ser humano vestido com roupa cinza muito escura. Mas ele não andava como nós. flutuava a mais ou menos um metro do chão”.