Numa conferência de Ufologia no Rio de Janeiro, em 1981, havia falado sobre regressão hipnótica na pesquisa ufológica, mais especificamente, fiz referência ao trabalho do Dr. Silvio Lago, conhecido hipnólogo de Niterói (RJ). Após a palestra, fui apresentada a 3 homens que se mostraram muito interessados em conhecer o hipnólogo, pois precisavam de sua ajuda na recuperação de suas memórias atingidas por uma amnésia parcial, adquirida durante uma viagem de caminhão nas estradas de Goiás, a 100 km de Conceição do Araguaia, no dia 25 de setembro de 1980. O fato a que Elias Seixas de Mattos, Guaraci de Souza e Alberto Seixas Vieira atribuíam a perda da memória acontecera quando os 3 voltavam de uma longa viagem, numa das paradas em Manaus. Elias tinha comprado uma filmadora com a qual se encarregou de filmar algumas paisagens durante o passeio, pois já iam embora e todos estavam ansiosos para voltar às suas casas, no Rio de Janeiro. Porém, certos fenômenos insólitos começaram a ocorrer durante o trajeto: os faróis do caminhão piscavam sem parar e o motor emitia sinais de irregularidade.
Assustado, Elias desligou os faróis, mas estes continuaram a repetir o pisca-pisca com rapidez. Alguns minutos depois, o motorista ouviu uma estranha voz, como se alguém estivesse falando diretamente com ele. “Elias, quero te falar”, lembra-se de ter ouvido o motorista de caminhão. Ao mesmo tempo, Elias sentiu na nuca uma sensação de que algo frio e líquido o estivesse pressionando e virou-se para Guaraci dizendo: “Olha, estou sentindo umas coisas estranhas. Vamos parar”. Num piscar de olhos, Guaraci e Alberto, que também estavam na boleia do caminhão, viram descer do céu em direção ao veículo um raio azul, que Elias não viu. Então, os 3 saíram do caminhão e perceberam que, a pouco mais de 1,5 km de distância, havia algo que lhes parecia uma fogueira sem fumaça.
Sem medo – Aquela figura estranha no campo, na realidade um objeto, tinha cerca de um 1,5 m de altura por 6 m de largura, sendo que seu formato era cilíndrico, como de um charuto. Elias e Guaraci sempre desejaram ver um disco voador e acharam que ali, no sertão de Goiás, iriam ter tal oportunidade. Assim, resolveram ir sem medo ao encontro do UFO que, a cada segundo, emitia uma faísca de luz branca. É bom lembrar que o resto do objeto era vermelho, na cor de fogo. Alberto, o 3° passageiro da caminhão, no entanto, não teve a mínima intenção de se arriscar e tentou se proteger do que viesse a ocorrer, ficando atrás dos colegas. A luz branca piscou 4 vezes e Elias filmou esse fenômeno durante 8 segundos com sua câmera.
Alberto entrou imediatamente em pânico. Os 3 tiveram medo de ser abduzidos e nunca mais reverem suas famílias… Então, voltaram para o caminhão sem jamais imaginar o que estava por vir instantes depois. Elias começou a dirigir normalmente o veículo e Guaraci, sentado ao seu lado, segurava um chapéu de palha com as costas no banco do veículo. De repente, sem nenhuma explicação o chapéu voou, mesmo não havendo qualquer sopro de vento. Elias então parou o caminhão para o amigo buscar o chapéu na estrada. Guaraci saiu do veículo e foi seguido por Elias, que deste momento em diante não se lembra de mais nada além do fato de que naquela hora se sentia sonolento e com a cabeça pesada, pedindo para Guaraci dirigir no seu lugar. Ao longo da estrada, o trio cruzou com outro caminhão e perguntou a um homem se este tinha visto um disco voador ou algo parecido à frente. A resposta foi negativa, o que fez Elias parar outro motorista e, desta vez, pedir informação sobre o roteiro que seguiam.
Surpresas inusitadas – Continuaram a viagem em direção a Guaraí, onde fariam a próxima parada de descanso. O trajeto deveria durar 4 horas, só que estava parecendo ser muito mais longo, demorando bem mais. Quando chegaram à cidade, Elias, Alberto e Guaraci pensavam que fossem mais ou menos 23h30, hora programada para chegarem. Mas para a surpresa de todos, quando perguntaram as horas no posto de gasolina, foram informados que já eram 04h30 da madrugada! Mais tarde, naquela mesma manhã, quando foi abastecer o veículo, Elias teve outra surpresa: o tanque de combustível estava praticamente cheio, faltando somente uns litros para que ficasse completo. Pela distância percorrida – 145 km – o caminhão deveria ter gasto no mínimo uns 20 litros de óleo diesel. Estes dois acontecimentos inexplicáveis preocuparam bastante os viajantes e, de alguma forma, ligaram isto ao fato de que estavam bastante sonolentos durante o último trecho da viagem.
Na manhã seguinte, prosseguiram no itinerário previsto: Brasília, Belo Horizonte e, finalmente, Rio de Janeiro. Esta parte da viagem deveria ter levado no mínimo 20 h, mas a fizeram em apenas 12 h, não sabem como… Sem falar que 2 dias após a chegada ao Rio de Janeiro, Elias descobriu ter gasto em combustível 12 vezes menos (em dinheiro) do que deveria, e isso também o deixou perplexo. Só que as estranhezas não pararam por aí: pouco antes de concluir a viagem, mais precisamente em Duque de Caxias, Elias deixou Guaraci em casa e, ao descarregar as bagagens, os faróis começaram a piscar rapidamente, como já havia acontecido antes. Ao ver isso acontecer, a esposa de Guaraci começou a ralhar, pedindo a seu filho que parasse com a brincadeira. Elias foi embora intrigado e, ao chegar em casa, teve mais uma surpresa ao descer do caminhão: o capô levantou sozinho uns 20 cm, batendo com força ao se fechar novamente.
Quando hipnotizado, Elias Seixas entrou facilmente em transe profundo, descrevendo estar dentro de um aparelho metálico em formato de ovo, flutuando em estado de imponderabilidade e de cabeça para baixo. De repente, rodopiava até a base do UFO, onde havia uns degraus que o conduziram para uma grande sala circular com uma mesa de apoio que acompanhava a volta da parede
Isso era mais inusitado ainda, pois como o capô estava enferrujado, o motorista sempre tinha certa dificuldade em abri-lo. Para complicar, outro fato estranho, porém bem mais simpático, se deu quando Elias percebeu que um quisto que possuía em uma das mãos havia desaparecido – para sempre! Era uma espécie de verruga de nascença que o motorista tinha e que, depois dessa série de estranhas ocorrências na viagem, simplesmente sumiu. Ansiosos por respostas, os 3 homens tentaram então a regressão hipnótica com a ajuda do Dr. Silvio Lago. Queriam saber o porquê de não se lembrarem de nada daquela noite e descobrir no que consistia aquela tão incomum experiência: os faróis piscando, o chapéu de palha voando sozinho, o capô batendo etc. Haviam relatado tais experiências somente aos familiares e a um amigo, quando encontraram esta autora no referido simpósio e resolveram confiar a mim a pesquisa do caso, sendo que fui a primeira a analisá-lo em seus mínimos detalhes. Marcamos uma consulta com o Dr. Lago, que tem extenso currículo de hipnose em vários contactados e abduzidos brasileiros.
Quanto à crença dos envolvidos, é import
ante citar que, na época, Elias e Alberto eram protestantes e Guaraci espiritualista. A primeira regressão hipnótica, efetuada no consultório do Dr. Silvio Lago, em Niterói, produziu resultados diferentes em cada um dos 3 abduzidos, todos surpreendentes. Elias foi o primeiro a ser testado e também o que maiores informações conseguiu revelar. Entrou facilmente em hipnose profunda, descrevendo o local em que se encontrava, dentro de um aparelho metálico em formato de ovo, flutuando em estado de imponderabilidade e de cabeça para baixo. De repente, segundo narrou hipnotizado, rodopiava até a base do objeto, onde havia uns degraus que o conduziram para uma grande sala circular com uma mesa de apoio que acompanhava a volta da parede. À frente de Elias, no seu lado oposto, estava sentado um homem que manobrava umas alavancas de várias cores. A sala onde estava o abduzido, dentro do UFO, era toda branca e o homem vestia um macacão amarelo. Cautelosamente, Elias se aproximou dele, mas o ser continuou seu trabalho sem se virar. A esta altura da sessão hipnótica, disse ao Dr. Lago que estava com medo.
Elias: Estou com medo, o que devo fazer?
Lago: Faça perguntas ao homem.
Elias: Mas ele não me responde… Só vejo que está vestindo uma indumentária colante, tipo borracha, que o cobre todo, inclusive a cabeça. Meus braços ficaram dormentes… Estou tentando me aproximar mas não consigo, é como se houvesse uma parede invisível. Agora o homem está de pé, há uma janela à sua direita. Ele está me olhando, seus olhos são estranhos, grandes e rasgados horizontalmente, não têm pupilas e são de cor lilás. Seu nariz é longo, afilado e sua boca, apesar de possuir um formato bonito, não tem lábios.
Devido à vestimenta que cobria todo o corpo do ET, Elias não viu se tinha orelhas, mas conseguiu enxergar uma parte do pescoço através de uma abertura triangular no tecido que o vestia. Portava um cinto alto, com uma placa de luzes multicoloridas. Seus braços eram exageradamente longos, com mãos finas – cada uma com 5 longos dedos. Era alto, com aproximadamente 2 m de altura (enquanto Elias media 1,70 m). O ser apontou para a janela, como se estivesse chamando por Elias, que resolveu ir ao seu encontro e observar o que se passava do lado de fora da nave. “Vi 3 esferas muito grandes e coloridas, e olhei também estrelas cruzando rapidamente o sobre fundo azul do céu”, disse o hipnotizado. Após ter mostrado a paisagem ao abduzido, o alienígena foi embora sem responder as inúmeras perguntas que Elias lhe fizera.
Ao fim dessa primeira sessão de hipnose, Elias conseguiu se lembrar de mais alguns detalhes, acrescentando às suas declarações que o extraterrestre possuía em seu cinto luzes coloridas que pareciam estar em sintonia com as luzes do painel de controle e suas pequenas alavancas. Os pés do ET apresentavam um arco muito pronunciado e eram cobertos com o mesmo tecido da roupa que vestia o resto do corpo. Já numa segunda sessão hipnótica, realizada em 9 de outubro de 1981 novamente no consultório do Dr. Lago, novos fatos puderam ser apurados. Para essa sessão, o Dr. Lago chamou o astrólogo e escritor Gary Dale Richman* para presenciar a sessão.
Dor no peito – O abduzido Elias Seixas repetiu a narração de sua tremenda experiência desde o exato momento em que entrou no objeto em forma de ovo e acrescentou vários detalhes. Por exemplo, disse que o objeto voador não identificado rodopiava sem parar e que em seu interior havia uns degraus cobertos com uma espécie de tapete vermelho que levavam a uma sala cujo teto lhe pareceu rebaixado. Neste exato momento, o abduzido sentia muita dor no peito e não conseguia movimentar os braços, embora as pernas funcionassem. A pedido de um tripulante, Elias olhou pela janela e ficou muito assustado ao perceber que estava a uma grande altura do solo. Resolveu perguntar ao extraterrestre de onde ele provinha e obteve a seguinte resposta: “De um lugar cheio de luz!”. Neste momento da hipnose, o Dr. Lago pediu que o paciente fizesse uma descrição mais detalhada de seu captor:
Lago: Fale mais sobre esse ser que estava perto de você.
Elias: Ele tem olhos puxados, com a esclerótica branca e as pupilas de cor lilás. São olhos que parecem ser feitos de fogo. É como se houvesse uma tocha dentro deles. Seus braços são muito longos, mais longos que os meus…
Lago: Tranqüilize-se e descreva mais.
Elias: É muito grande, é muito grande.
No momento em que começou a falar dos olhos, Elias ficou agitado e fez uma declaração que modificou a narrativa a respeito dos olhos do ET feita na hipnose anterior, quando estes foram descritos como sem pupilas. Nesta hora, a hipnose mudou repentinamente a lógica de seu decorrer e Elias começou a dizer várias vezes a frase “…é muito grande, é muito grande”. Esta mudança de atitude demonstrava que o abduzido poderia ter sido transportado para um outro lugar naquele momento, conseguindo descrever o que viu ao Dr. Lago e às outras pessoas que se encontravam no consultório.
Lago: O que está acontecendo?
Elias: Não há árvores, as coisas estão envoltas em [não consegue concluir a frase]… Agora estamos próximos… Espere um pouco, há pessoas! Eu vejo muitas pessoas, todos estão trabalhando, são pequenos… Ah! Chegamos! Todos têm a cabeça abaixada, interessante eles andam assim [demonstra]. Suas cabeças são diferentes das nossas, são grandes, maiores que seus corpos. Ele [o raptor] não me deixa tocá-los. Ah, como gostaria que deixasse! Ninguém olha para mim, ninguém me vê, eles são muito pequenos.
Lago: Continue.
Elias: Aqui não há luz nenhuma. Espere! Agora apareceu uma luz grande andando e todos correm ao encontro dela – deve ser um trem ou algo parecido. Eu estou com o pé embaixo da marquise, mas ninguém me vê.
Elias estava preocupado com o fato de nenhum ser daquele lugar conseguir vê-lo. Isso nos leva à conclusão de que ele deveria estar em outra dimensão da matéria que não a nossa. Podemos ousar dizer que, embora tudo o que via naquela dimensão fosse real, Elias não era real para os ETs – da mesma forma que, quando somos visitados por extraterrestres, não conseguimos enxergá-los, pois se encontram em outra dimensão. Neste momento, Elias descrevia a marquise em que se encontrava quando interrompeu para dizer que estava com sede. Foi então interpelado por Richman, que estava presente na sessão e lhe sugeriu que o abduzido pedisse ao seu captor para fazer algo que saciasse sua sede. A resposta foi surpreendente. Vejamos mais um trecho da sessão de hipnose regressiva.
Richman: Peça ao ET para saciar sua sede.
Elias: Ele [o ET] colocou a mão no meu ombro e a sede passou! Agora ele está me mostrando tudo. Esta é uma rua estreita, tem mais ou menos 1,5 m de largura. Espere aí! Tem alguém chegando. É alguém como eu e e
stá vestindo camisa. Tem duas pessoas, um é negro e outro é branco, só que ele [o captor] não permite que eu me aproxime [Elias se revoltou com tal atitude e começou a reclamar, soluçando desesperadamente]. Por que fizeram isso? Eu queria apenas perguntar porque eles também estavam aqui. Eles estavam felizes…
Lago: Tudo bem. Descreva as redondezas de onde você se encontrava.
Elias: Estou em pé sob uma marquise de um edifício alto. Há uns homenzinhos andando por aqui, eles parecem feitos de material plástico, são cinzentos. Há também uma loja que está fechada. Não consigo colocar os pés no chão, meu corpo está muito leve [esse detalhe é mais uma clara evidência de que ele realmente deveria estar em uma espécie de outra dimensão].
Lago: Que diferença existe entre isso e um sonho?
Elias: Um sonho? Um sonho é um sonho! [Elias deixa claro que sabe discernir as coisas].
Essa declaração fez surgir uma série de perguntas entre nós, que acompanhamos o caso passo a passo. Que realidade seria essa? Temos que admitir a existência de outras realidades, tão reais quanto a nossa. Não há alternativa! Mas isso nos leva longe em nossas suposições. Elias nos informou que permaneceu por um longo tempo naquele lugar, sem especificar quanto tempo era esse, e que as lojas – agora no plural – começaram a ser abertas. Falou também que seu captor o deixou só por alguns segundos e disse que “…quando ele me deixa só, meu braço fica dormente. Estou cansado, eu sei que devo ir embora”. Nesse instante, um outro ser, parecido com o que acompanhava Elias, apareceu e o levou para um lugar onde havia muitos UFOs metálicos, circulares, azuis e verdes, apoiados sobre 4 hastes. Então mandaram-no subir uns degraus e entrar num deles através de uma porta que se fechou após ele passar.
O ET colocou sua mão no meu ombro e minha sede passou! Agora, ele está me mostrando tudo. Estou numa rua estreita, com mais ou menos 1,5 m de largura. Tem alguém chegando. É alguém como eu e está vestindo camisa. Tem duas pessoas aqui, um é negro e outro é branco, só que o extraterrestre não permite que eu me aproxime
Dentro dessa pequena nave, Elias descobre a existência de um piloto, com quem o captor troca algum tipo de comunicação. O piloto está sentado de costas para o abduzido, mas mesmo assim é possível notar que é do mesmo tipo que o captor. O ser fica sentado num compartimento de formato triangular e a sua frente há uma tela parecida como a de uma TV. Mais tarde, Elias descobre que existem 16 compartimentos na nave, todos de formato triangular, formando um complexo parecido com o desenho de uma bússola. O piloto, cujas feições ele não vê, fica observando a tela e permite que Elias também o faça. Juntos, vêem uma praia a uma grande distância. Elias está sendo levado de volta e percebe estar se distanciando do planeta deles que, conforme a nave se afasta, vai se tornando apenas uma grande esfera no espaço.
Segundo Elias, o piloto era “boa praça” (palavras suas) e até conversava com ele em português, fazendo brincadeiras para descontrair a viagem. Este tripulante se comunicava sem movimentar os lábios, exceto quando ria, momentos esses em que Elias pôde ver seus dentes. Na tela de TV aparecem, agora, o mar e umas praias com muitos coqueiros, mas não se tratava do Brasil. Elias vê carros e muitas pessoas olhando para cima e apontando em direção ao UFO. Eram pessoas de bermudas, queimadas de sol, uns correndo para se esconder, outros acenando. Elias se lembrou de ter visto esse tipo de pessoas em algum filme. Neste momento do transe hipnótico, devido a curiosidade desta pesquisadora, interessei-me em conhecer melhor o piloto da nave e perguntei a Elias, sob hipnose, algumas coisas.
Irene: Seria uma nave, este objeto no qual você está viajando?
Elias: Claro que é uma nave e estão me mostrando vários lugares do planeta Terra. Acabei de passar pelo Haiti, onde vi, além das praias, muitos navios no porto.
Irene: Como é o rosto do piloto? É diferente do outro humanóide que lhe acompanhava?
Elias: Seu rosto é mais arredondado e os olhos não têm o mesmo brilho. As pupilas são pretas, têm pálpebras e sobrancelhas. Não possui barba, seus lábios são finos e há um buraco no queixo. Não é possível observar a coloração da pele, pois a cabeça (e todo o corpo) está coberto por uma vestimenta de um material parecido com borracha.
Irene: Como acabou a viagem?
Elias: O homem me disse para abrir a porta e saltar… Aí acabou! Acabou tudo! Quando desci, o piloto me agradeceu, disse que gostou de mim e estava satisfeito.
Irene: Ele disse se voltaria algum dia ou se você passaria novamente por alguma experiência como esta?
Elias: Minha cabeça dói muito agora… Ele diz que devo ir embora. Está dizendo que preciso ir embora. Tchau. Agora ele fala que ainda vamos nos encontrar um dia.
Irene: Você acredita nisso?
Elias: Claro que sim. Ele prometeu e disse que virá quando eu menos esperar. Se ele vier eu irei e terei mais coragem. Poderia então nunca rever minha filha. Eu a amo tanto [Elias se emociona muito neste momento].
Richman: Você disse que, quando estava com sede, ele colocou a mão no seu ombro e a sede passou. Isso aconteceu mais vezes?
Elias: Deixe-me ver. Ah, sim. Ele colocou algo aqui em meu peito, algo pequeno que parecia ser de metal cromado. Estou cansado… O objeto tinha a grossura de um dedo e ficou colado em meu peito, colado à pele.
Richman: Deixou alguma marca? Tinha alguma finalidade?
Elias: É para ele poder me localizar, para poder contatar-me.
Richman: E quanto a seus amigos, eles te viram descer?
Elias: Não, não me viram, porque eles estavam falando que já era dia.
Promessa de voltar – O ano da abducção de Elias foi 1980 e muitos dados citados neste relato eram novos para nós, como por exemplo o da promessa de voltar para buscar o abduzido e o aviso que o encontrariam onde quer que estivesse. Hoje sabemos que famílias inteiras são levadas por ETs, assim como grandes grupos de pessoas. Mas, naquela época, 3 pessoas juntas serem contactadas já era algo inédito. E não estou incluindo neste trabalho o relato fornecido sob hipnose dos outros dois integrantes da abducção, Alberto e Guaraci, que descreveram menos detalhes do que o de Elias por causa do medo que sentiram na ocasião – um fator que contribui para que os relatos se tornem mais distorcidos. Guaraci, por exemplo, sequer conseguiu regredir hipnoticamente, apesar de todas as tentativas do Dr. Lago. Ele não entrou em transe.
Quanto ao objeto colocado no peito de Elias, soubemos mais tarde que se tratava de um implante, destes que em outros casos são colocados nos ouvidos ou cavidades nasais das vítimas. O desejo dos extraterrestres de conseguirem se comunicar conosco e manterem contato com um ser humano escolhido por eles demonstra claramente que somos objetos experimentais diante de suas inteligências. Mas qual seria a finalidade disso tudo? Não há mais dúvida de que fazem experiências genéticas, extração de sêmen e óvulos humanos para engendrar uma novas raças. Mas quem se beneficiaria com isso? Elias foi abduzido novamente e lhe foi extraído esperma numa operação dolorosa, que o deixou impotente durante semanas. No entanto, passou a desenvolver poderes de cura e todos os dotes paranormais que são o corolário das abducções.
O valor da pesquisa de campo
Todo mundo que tem um mínimo de conhecimento sobre Ufologia, em nosso país, sabe bem quem é a autora deste artigo e o que ela representa para a Ufologia Brasileira (e mundial). Esta senhora, uma grande amiga e colaboradora da Revista UFO desde sua fundação, é praticamente uma lenda viva da Ufologia que, do alto de seus 83 anos de idade (“bem vividos”, costuma ela dizer), ainda tem muito fôlego para trabalhar. Dona Irene, verdadeira matriarca de toda a Comunidade Ufológica Nacional, foi responsável pelo aparecimento de sucessivas levas de ufólogos que, ao longo das quase 5 décadas em que tem atuado, fazem da Ufologia Brasileira o que ela é.
Nos seus tempos de glória, como ela própria costuma dizer com os olhos divididos entre lágrimas e faíscas, dona Irene subia e descia morros dos subúrbios do Rio de Janeiro atrás de um bom caso – e não foram poucos os que ela conseguiu descobrir e estudar ao longo de sua respeitável carreira. Dona Irene é uma espécie de conselheira para todas as instâncias da Revista UFO, nunca economizando palavras de aconselhamento e incentivo. Ao publicarmos esse artigo, que nossa amiga gentilmente nos enviou atendendo a pedido deste Editor, queremos mais uma vez prestar homenagem à dona Irene, a quem temos o maior respeito, admiração e profunda gratidão.