Na Ufologia há centenas de histórias de quedas de UFOs em que destroços e corpos de ETs são removidos pelas forças armadas e desaparecem por completo. Operações ultrassecretas, maciço acobertamento pelos governos e toda espécie de ações camufladas contra ufólogos que chegam perto demais da verdade também abundam. É necessário que os pesquisadores lancem um pouco de luz nesta confusão, apresentando fatos resultantes de investigações profundas os casos mais destacados. Um único evento de aterrissagem forçada de um UFO já significaria algo extraordinário para a Humanidade. Para prová-lo, no entanto, o único método que temos no momento é contar com a memória dos que viveram tais experiências, se ainda estiverem vivos. Seus relatos, unidos a qualquer prova física que possa ser descoberta, podem ser entrelaçados e constituir uma prova do fato, embora, em ciência, as recordações das testemunhas estejam em segundo plano para o pesquisador. Mas no caso de uma queda ou aterrissagem forçada de um UFO, fato que não pode ser recriado num laboratório, é preciso que os ufólogos sigam outras linhas investigativas. Enquanto corpos de ETs e destroços de UFOs permanecem inacessíveis ao público, qualquer investigador que tentar provar o caso ver-se-á diante de um enorme desafio: apresentar provas suficientes, tanto em quantidade como em qualidade, para sobreporem-nas ao ceticismo causado pela natureza bem incomum deste tipo de evento. Não é necessário dizer que a queda de um UFO e a recuperação de seus restos pelo governo é um acontecimento singular.
Desde os anos 40, há insistentes rumores de que um ou mais UFOs caíram em algum lugar dos Estados Unidos, geralmente no sudoeste. Os pesquisadores, no entanto, têm enorme dificuldade em checar estas histórias devido a um bem orquestrado plano de acobertamento por parte do governo, estimulado por razões de segurança nacional e, segundo alega, pelo medo do pânico geral, caso a verdade venha à tona. O resultado disso é uma persistente inquietação no campo ufológico, às vezes beirando a paranóia, no sentido de que algo definitivamente está ocorrendo. Igualmente, forças sinistras do segredo e do acobertamento, unidas a um pequeno grupo de céticos incomodados, se insurgem contra os ufólogos. A busca pela verdade sobre UFOs acidentados é, infelizmente, quase sempre relegada à uma posição secundária, até porque os poucos ufólogos que realmente tentam realizar uma profunda investigação destas histórias descobrem que seus maiores críticos são os próprios personagens que deveriam dar-lhes apoio. Entre os principais pesquisadores de acidentes com UFOs está o escritor Leonard Stringfield, que organizou uma inédita lista de dezenas de possíveis casos de quedas em todas as partes dos EUA e de vários países. Seu trabalho tem sido útil e até mesmo inspirador para outros pesquisadores, mas falho em apresentar provas em apoio aos seus relatos. Parte do problema está em sua decisão de reter fatos específicos – tais como nomes, datas e lugares – que possibilitariam averiguações independentes de suas interessantes afirmações.
Dados Significativos – Mesmo assim, Stringfield tem conseguido permanecer acima do problema da credibilidade que atinge outros pesquisadores, que por não fornecerem dados significativos, infelizmente acham melhor inventar ou deturpar grosseiramente os fatos para fazerem seus estudos parecerem mais importantes do que realmente são. É lamentável. De qualquer forma, dos numerosos boatos, histórias e puras invenções que compõem o mundo da Ufologia, dois casos são suficientemente interessantes para merecerem dedicação de centenas de ufólogos. O primeiro é o incidente de Roswell, de julho de 1947; o segundo é uma alegada queda em Aztec, no Novo México, em 1948, fato que se tornou famoso pelo livro de Frank Scully, Behind the Flying Saucers, editado em 1950 [Editor: o livro ainda não foi publicado no Brasil, mas uma parte dele está incluída na obra histórica do comandante Auriphebo Berrance Simões, Os Discos Voadores]. Nesse artigo focalizaremos o primeiro evento, sobre o qual temos muito mais evidências e revela ter implicações muito mais amplas do que se poderia imaginar. Mas apenas para darmos idéia ao leitor do caso de Aztec, Scully afirma que, no final dos anos 40, havia ocorrido a descida de 4 espaçonaves extraterrestres na Terra e que 3 destas haviam se acidentado gravemente, de onde foram retirados nada menos que 34 corpos de “pequeno homens” medindo entre 0,9 e 1 m de altura.
Desde os anos 40 há rumores de que UFOs caíram nos EUA. Agora sabemos que isso é verdade. Mas os pesquisadores ainda têm enorme dificuldade em checar estas histórias, devido a um acobertamento governamental criminoso, estimulado por razões de segurança nacional e, segundo se alega, pelo medo do pânico geral, caso a verdade venha à tona
O estilo de narrativa de Scully inclina-se mais para o sensacionalismo do que para o real e ele dedica a maior parte de sua obra para descrever não esse, mas outro caso ainda mais extraordinário, que ele descreve como o primeiro UFO a descer no planeta, encontrado num alto platô rochoso a leste de Aztec. Esta nave estaria quase intacta, com apenas uma portinhola quebrada, através da qual foi possível descobrir os corpos de 16 aliens em seu interior. Segundo o resto da história, o objeto tinha cerca de 30 m de diâmetro, com todas suas outras dimensões baseadas num sistema matemático quase perfeito. Scully afirmou ter recebido estas informações de um certo Silas M. Newton, um milionário do petróleo, e de um sócio deste, um tal Dr. Gee, que seria um eminente cientista e estudioso do magnetismo. A publicação do livro causou um alvoroço e tanto na ocasião, ainda que logo tornou-se evidente que sua história baseava-se unicamente em informações fornecidas por estes suspeitos personagens, misturadas a um grande volume de especulações e um apanhado de rumores de variadas e questionáveis fontes. Scully, soube-se mais tarde, queria mesmo era publicidade. E conseguiu. Mas o Caso Roswell é outra coisa bem diferente! Este incidente teria ocorrido em julho de 1947.
Cidadezinha Perdida – Enquanto tanto fatos relacionados a Aztec e Roswell têm estado sob exaustiva investigação há décadas, as diferenças entre estes casos tornam-se aparentes quando as evidências são apresentadas. Em Aztec, os indícios sugerem fortemente uma farsa, enquanto que em Roswell a conclusão é totalmente oposta. Conforme tem sido reconstituída, a história de Roswell começa na noite de 2 de julho de 1947, quando um objeto brilhante em forma de disco passa em vôo rasante sobre a cidadezinha perdida no noroeste do Novo México. O evento é apenas um avistamento típico de UFO – um dos milhares divulgados por todos os EUA naquela mesma semana. Se isto tem alguma conexão ou não com os acontecimentos subseqüentes em Roswell isso é uma questão de conject
ura. O que é sabido é que, em algum ponto a mais de 46 km a noroeste da cidade, um UFO, possivelmente o mesmo que foi observado, aparentemente sofreu uma violenta explosão que espalhou sobre a área uma imensa quantidade de fragmentos metálicos bastante incomuns. Os destroços foram descobertos na manhã seguinte pelo fazendeiro W. W. “Mac” Brazel, em história publicada nesta mesma edição, de autoria de Dennis Stacy.
A partir daí, tudo foi mantido sob o mais rigoroso sigilo possível. Uma investigação foi realizada e grande quantidade dos restos do objeto foram recuperados pela equipe do oficial Jesse Marcel, oficial de informações da Base Aérea de Roswell, em companhia de um oficial da Unidade de Contraespionagem chamado Cavitt. A operação toda esteve sob ordens diretas do comandante da Base, o coronel William Blanchard. Marcel recebeu ordens de levar o material resgatado num avião B-29 até a Base Aérea de Wright Patterson, no Ohio, para exames. O B-29 fez uma parada intermediária no quartel-general da 8ª Divisão da Força Aérea, em Fort Worth, no Texas. Ao chegar lá, o carregamento passou para as mãos do general Ramey, que instruiu Marcel e outros que o acompanhavam na viagem a não falarem absolutamente nada aos repórteres, e ainda deu uma declaração em direta oposição à nota de Roswell, afirmando “… que tudo havia sido um lamentável engano e o que fora recuperado, na verdade, nada mais era do que os restos de um balão meteorológico com uma tela de estanho anexada”. Disso tudo já sabemos pelo artigo de Stacy.
Entretanto, alguns detalhes devem ser ressaltados. Enquanto a carga com os restos do objeto estava a caminho de Wright Field sob forte proteção militar, Mareei já estava de volta a Roswell e o fazendeiro Brazel tinha sido “tirado de circulação” e mantido incomunicável por quase uma semana, enquanto sua fazenda era vasculhada minuciosamente a cata de todos os fragmentos. Ao mesmo tempo, uma estação de rádio de Albuquerque, que informava o que estava ocorrendo, foi pressionada a interromper a transmissão e advertida a não levar ao ar o fato. Forçado a resolver o problema da divulgação prematura do acidente de Roswell, Ramey desviou a atenção da imprensa convencendo os repórteres que todo o excitamento era devido a um mero balão meteorológico. Os jornalistas aceitaram a explicação sem muitas perguntas e tudo ficou tranqüilo até a manhã seguinte. Nossas investigações sobre o incidente começaram em janeiro de 1978, após uma discussão que tive com Stanton Friedman, ufólogo e físico nuclear. Ele escreveu, junto a Don Qerliner, um livro sobre o assunto, o UFO Crash at Corona. Muitos anos antes, eu e Charles Berlitz havíamos escrito sobre o mesmo assunto no livro O Incidente de Roswell [Editor: este último foi editado no Brasil, mas encontra-se esgotado]. Partes do que parecia ser a mesma história emergiram durante a troca de informações que mantivemos e, a partir daí, decidimos investigar profundamente o assunto. Fizemos, então, uma série de entrevistas com mais de noventa pessoas que forneceram informações a respeito da queda em Roswell. Delas, 30 são testemunhas de primeira-mão, visto que estavam de algum modo envolvidas pessoalmente com a descoberta, a recuperação ou o subseqüente acobertamento dos fatos. O Caso Roswell é um dos mais extensivamente investigados de que se tem notícia na história da Ufologia, a despeito das acusações dos críticos, que não se dão ao trabalho de checar os fatos e não vêem a enorme dificuldade que encontramos ao tentar localizar centenas de pessoas e reconstruir os acontecimentos quase 4 décadas depois.
Demolindo os Obstáculos – Mesmo assim, demolindo os obstáculos pouco a pouco, as evidências que surgem são de que um grande e brilhante objeto, semelhante a dois pires invertidos, um sobre o outro, passou sobre Roswell em direção noroeste, por volta de 21h50 de 2 de julho de 1947. O UFO é confirmado por um artigo de jornal no Daily Record de Roswell, de 8 de julho de 1947. Confirmações adicionais foram obtidas de dezenas de outros observadores. A recuperação do material encontrado por Brazel é corroborada por mais de 22 fontes, quase todas entrevistadas separadamente. Incluídos neste número estão Jesse Marcel e seu filho, o médico Dr. Jesse A. Marcel (que tinha 12 anos na ocasião), os filhos de Brazel, William, Bessie e Paul, sua nora Shirley e sua irmã Lorene Ferguson, e seu tio Hollis Wilson. Todos confirmaram a excitação do fazendeiro com o fato. O senhor Walt Whitmore Jr., que estava com 20 anos a época e era filho do proprietário da estação de rádio de Roswell, Frank Joyce, antigo jornalista e locutor da mesma rádio; Art McQuiddy, antigo editor do jornal Dispatch, etc, todos confirmaram os fatos relativos à queda que o governo tenta ocultar há tanto tempo. Alguns desses entrevistados chegaram a manusear os fragmentos do UFO e nos forneceram, separadamente, descrições do que viram e tocaram.
O oficial Marcel, por exemplo, garantiu que “…o material recuperado não podia ser dobrado ou quebrado, ou mesmo amassado com uma marreta de 7 kg. Era quase sem peso, como um metal com características plásticas”. Seu filho, hoje um médico, completou dizendo que “o material era como uma chapa bastante fina, como se fosse metálica, mas não era metal e era bastante resistente”. A filha de Brazel, Bessie, disse que os fragmentos lembravam uma espécie de folha de alumínio. “Algumas das peças tinham uma fita aderida a elas, mas não se conseguia desfiá-la ou removê-la de modo algum”, garante. Whitmore Jr. disse que o que viu era bastante parecido com uma chapa de chumbo, mas não conseguiu parti-lo ou cortá-lo. “Era extremamente leve”. E por aí vão os testemunhos, todos indicando algo extraordinário e evidentemente nada igual a um balão meteorológico, como insistia o governo. As descrições do material apontam para peças inusitadas. Geralmente, quem as viu as associou a um tipo de folha de estanho que não podia ser partida. Ao ser amassada, ela imediatamente voltava à sua forma original. Parecia quase como um plástico, mas era metálica.
O filho de Brazel nos disse, por exemplo, que uma certa vez a Força Aérea havia dito a seu pai que nada daquele material era feito pelos Estados Unidos. Estas descrições foram corroboradas também por vá
rias testemunhas de segunda-mão, que embora não tenham visto os fragmentos pessoalmente, lembram-se do que lhes foi dito há muitos anos atrás. “Eram pequenas tábuas de cerca de 1 a 1,5 cm quadrado, com alguma espécie de hieróglifos que ninguém era capaz de decifrar”, disse Marcel. Estes símbolos nelas eram de cor rosa e púrpura e impressos ao longo da borda de alguns fragmentos das tábuas. Eram parecidos com hieróglifos que pareciam não representar qualquer figura de animal, como nos hieróglifos egípcios. Bessie ainda se recorda de que algumas das peças tinham algo como números e inscrições, mas não eram palavras que se pudesse entender. “Quando eram colocadas contra a luz, podia-se ver o que pareciam ser flores ou desenhos em tom pastel. Os números estavam colocados em colunas, mas não se pareciam com os números que usamos”, declarou a Stanton Friedman. Várias testemunhas associaram o material à madeira bálsamo, devido à sua leveza. “Não tinha peso algum, porém podíamos arranhá-la com a unha. Tudo que consegui foi tirar algumas lascas”, disse-nos William Brazel.
Civis Testemunharam Fatos – Evidentemente, a história toda vazaria dos quartéis, devido à imensa quantidade de gente envolvida nas operações de resgate e até porque civis foram testemunhas dos fatos. Brazel, alguns anos mais tarde numa conversa de bar, meio bêbado, cometeu o erro de falar sobre alguns fragmentos que possuía em sua casa, escondidos da Força Aérea. Como sua vida era monitorada, no dia seguinte um oficial chamado Armstrong recolheu tudo que o fazendeiro ainda escondia. Armstrong também deu alguns depoimentos e, numa conversa reservada que prometemos não divulgar até sua morte, disse-nos que as substâncias recolhidas eram parecidas com papel vegetal, de cor marrom e extremamente resistentes. Havia uma caixa preta metálica com alguns metros quadrados, sem abertura aparente ou junções e muito leve para ser uma caixa de instrumentos de algum tipo. Da mesma forma, um tipo de material filiforme também foi encontrado. Parecia seda, mas não era, e sim um material bastante resistente que mais se parecia com um fio de uma única composição. “Aquilo se parecia com um fragmento de algo composto da mesma folha metálica. Tinha cerca de 10 cm de largura e igualmente comprida, com um rebordo numa das pontas. Também parecia ter pedaços de um resistente papel de cera, igual a papel vegetal”, disse ainda a filha de Brazel, Bessie. E por aí vão as descrições, centenas delas, literalmente.
De acordo com Marcel, os pedaços maiores que viu eram talvez de 90 cm a 1 m de largura. Ele tentou juntar algumas destas partes como num quebra-cabeças, para ter uma idéia do tamanho ou forma do objeto antes de explodir, mas não conseguiu. Sua melhor avaliação, baseada na quantidade de fragmentos, era de que algo muito grande e complexo havia explodido ali. “Um de meus companheiros conseguiu reunir cerca de 5 m quadrados de fragmentos, mas nem isso foi suficiente para ter uma estimativa do formato do engenho. Qualquer que fosse, de todo modo, era bem grande”, lembrou-se durante uma de nossas entrevistas. Em uma conversa posterior, Jesse avaliou em uns 7 a 9 m de diâmetro o tamanho do objeto. O filho de Brazel também disse que se recordava que seu pai tinha transportado uma grande peça inteiriça, de talvez 3 a 3,5 m de largura, em sua camionete, para um abrigo de gado. Mas não viu o material. O vizinho, Floyd Proctor, conta que o próprio Brazel foi à sua casa para lhe informar sobre sua descoberta, e que este contou-lhe alguma coisa sobre levar uma parte do objeto para algum tipo de celeiro. “Depois, Brazel mudou sua história não sei por quê. Toda a vez que perguntávamos sobre ela, sua história era diferente. Parece que alguém tinha mandado ele desconversar a respeito disso”, disse o vizinho… Também é interessante mencionar que Lydia Slepp, moradora de Roswell, recorda-se de um conterrâneo seu, Johnny McBoyle (ambos amigos de Brazel), haver-lhe descrito que o objeto se parecia com uma bacia de lavar louça amassada.
Conseqüências Devastadoras – O que pensar de tudo isso? As conseqüências da declaração oficial de Roswell, os acontecimentos em Fort Worth envolvendo o general Ramey e seus bem-sucedidos esforços para encobrir a história levantam suspeitas enormes quanto ao que ocorreu naquela data. Some-se a isso o vôo secreto a Wright Patterson, sob proteção militar, e o fato de que os destroços do UFO foram confirmados por muitas pessoas envolvidas. E não era gente miúda, mas pessoas de expressão. O primeiro-tenente Haut, por exemplo, oficial em Roswell, confirmou haver redigido e divulgado a nota sobre o acidente com o UFO sob ordem pessoal do comandante da base, o coronel Blanchard. Haut disse que, a respeito de um pedido seu para ver o objeto, Blanchard disse-lhe: “você não precisa vê-lo; apenas faça o que lhe é ordenado”. O brigadeiro Woodrow F. Swancutt, da USAF, um dos amigos pessoais de Blanchard, também recorda-se do incidente e nos disse que aquele era, na época, um dos primeiros UFOs a cair nas mãos dos EUA. Já o brigadeiro T. J. DuBose, também da USAF e ex-assistente de Ramey no Estado-Maior em Fort Worth, declarou que teve ordens “de cima” para despachar o material diretamente para Wright Patterson, em avião especial. De acordo com DuBose, a história do balão meteorológico era uma invenção destinada a tirar os repórteres das costas de Ramey rapidamente e, ao mesmo tempo, “apagar o fogo”.
DuBose posteriormente acrescentou que o próprio Ramey tinha ordens do general Clement McMullem, do Pentágono, de encobrir o caso a qualquer custo. McMullen era um general duro e da velha guarda que achava que o público deveria ser informado o mínimo possível sobre qualquer coisa – principalmente os UFOs. O oficial do plantão meteorológico de Fort Worth, Irving Newton, afirmou ter recebido ordens de Ramey para ir até seu gabinete e identificar publicamente os restos de um balão meteorológico, não importando o que fosse aquilo.
Bombardeiro B-29 – Até o co-piloto de Marcel no vôo a Fort Worth, Robert Forer, disse que lhe informaram que o material no compartimento de cargas do B-29 eram partes de um UFO, e que foi advertido a não fazer qualquer pergunta a respeito. Enfim, o cenário todo era muito claro: imediatamente após a queda se armou um fantástico esquema para impedir que o público descobrisse que os EUA tinham um UFO acidentado nas mãos. E esse esquema continua inflex&ia
cute;vel até hoje, como um dos mais bem guardados segredos militares do mundo. A imposição de sigilo aos jornais e rádios era clara e ameaçadora. A rádio de Roswell chegou a receber ordens de suspender a transmissão do relato do acidente através de telefonemas do próprio secretário da Comissão Federal de Comunicação. A licença da emissora seria suspensa se não obedecesse.
Jud Roberts, diretor de outra estação de rádio de Roswell, disse que também teve problemas ao tentar documentar a história. Quando enviou o repórter Johnny Boyle para verificar o caso, este retornou dizendo que havia um bloqueio militar fora da cidade e por isso foi obrigado a voltar. Nem Jesse Mareei, depois de silenciado, foi permitido falar à imprensa, exceto para informar o que o general Ramey o havia instruído. Marcel desabafou que foi o general Ramey quem planejou a história toda, apenas para tirar a imprensa de seu pé. Aos repórteres, informava apenas que o material era de um balão e que o vôo a Wright Patterson havia sido cancelado, mas o que realmente aconteceu é que o material foi de fato levado para lá. Esta declaração, a despeito do que Ramey disse à imprensa, é mais adiante confirmada pela cópia de uma comunicação do FBI, passada por telex entre Dallas e Cincinnati, além de outra enviada a Washington. Os documentos foram obtidos com uso da Lei de Liberdade de Informações, mas são alguns dos poucos que conseguimos arrancar do governo. O documento de Dallas, reproduzido a seguir, exprime clara preocupação com as tentativas dos meios de comunicação em divulgar a história da localização do UFO. Vejamos:
FBI Dallas, 7-8-47, 18:17 min. Diretor e Agente Especial, Cincinnati, Urgente Informação concernente a disco voador.
O quartel-general da 8ª Divisão da Força Aérea comunicou à esta Agência por telefone que um objeto parecendo ser um disco voador foi resgatado próximo a Roswell, Novo México, nesta data. O objeto, de formato hexagonal, estava ligado a um balão por cabo, e tal balão tinha cerca de 6 m de diâmetro. Informaram que o objeto assemelha-se a um balão atmosférico com um refletor de radar, mas a conversa telefônica entre a Agência e Wright Field não confirmou tal opinião. O disco e o balão foram transportados a Wright Field em avião especial para exame. A informação foi dada a este escritório em razão do interesse nacional no caso e pelo fato de que a NBC, a AP e outras agências tentaram divulgar a localização do disco hoje. Informaram que pediriam a Wright Field notificar o Escritório de Cincinnati sobre os resultados do exame. Posteriores investigações ainda não foram conduzidas.
Mensagem Distorcida – A descrição do disco como aparece na mensagem está consideravelmente distorcida, já que a informação fornecida ao FBI veio através do major E. M. Kirton, do serviço secreto da Força Aérea em Fort Worth, sob ordens diretas de Ramey. A Força Aérea não tinha intenção de revelar ao FBI os detalhes do que havia sido encontrado, mas certamente queria conseguir o apoio e assistência da Agência para liquidar o caso, na hipótese deste fugir ao seu controle. Por fim, a imprensa aceitou a história do balão sem muitas perguntas e não houve necessidade de informar ao FBI sobre adicionais desdobramentos. Curiosamente, quando o agente do FBI que transmitiu esta mensagem foi contatado por nós, em fevereiro de 1981, recusou-se a conceder entrevista, ainda que não tivesse sido informado de antemão do teor das perguntas. “Hoje eu levo uma vida tranqüila desde que me aposentei, sem homens estranhos à minha porta, incêndios misteriosos na minha garagem ou telefonemas de Washington. Gosto das coisas como estão e pretendo mantê-las assim”, disse-me.
Todos na área ufológica sabem que a queixa mais freqüente de J. Edgar Hoover, então diretor do FBI, era de não ter tido acesso aos UFOs. Num bilhete datado de 15 de julho de 1947, em tom contrariado, Hoover diz “… nós devemos insistir em ter acesso total ao disco resgatado”. O todo-poderoso do FBI escreveu estas linhas no pé de um documento sobre UFOs resgatados, uma carta da Força Aérea negando consentimento aos seus homens para averiguarem a nave de Roswell. Noutra oportunidade, Hoover apareceria reclamando que, noutro caso de queda de UFO, o Exército tomou a frente e não deixou o FBI ter acesso nem mesmo para um rápido exame do UFO. Como pode um assunto ser tão importante que nem o FBI pode inteirar-se a seu respeito? Enquanto tudo isso acontecia, o jornal Washington Post comentou que, a princípio, as autoridades deram escassos detalhes da descoberta do objeto e, depois, ainda taxaram o assunto como de segurança máxima, sobre o qual nenhuma informação poderia ser publicada. Alegaram motivos de segurança nacional. Era ridículo tal procedimento!
No dia seguinte, o Post trouxe a declaração de que oficiais da Base Aérea de Roswell receberam uma severa reprimenda do quartel-general do Estado-Maior da Aeronáutica, em Washington, por terem anunciado que um disco voador havia sido encontrado em uma fazenda no Novo México. Walter Haut, no entanto, nega ter recebido qualquer comunicado neste sentido, ou mesmo diferentemente. Como pode se ver, tudo o que ocorreu naquela época foi envolvido por uma nuvem de contradições, afirmações e desmentidos que, sob análise mais fria, teve por objetivo único confundir ao mesmo tempo o público e os próprios oficiais subalternos quanto ao resgate do UFO. Numerosos jornais insinuaram claramente que devia ter havido muito mais coisas no Caso Roswell do que foi informado, e suspeitaram que as autoridades detinham controle das informações. A história provou que estavam absolutamente certos. O fato de que Brazel foi mantido incomunicável pelo Exército em Roswell por cerca de uma semana, bem depois que a explicação do balão já havia sido aceita pela imprensa e a história já tinha se dissipado, chama a atenção. Todos os que conheciam Brazel afirmam que ele ficou muito abalado e irritado com o tratamento que recebeu.
Mas as investigações de Roswell permanecem um projeto ativo para muitos ufólogos, ainda que o tempo passe e se torne cada vez mais difícil fazer o caso avançar para além do ponto em que chegou. Mesmo assim, há novas informações, inéditas, que podem ser somadas às evidências já expostas para fornecer um quadro mais completo da situação.
Contra-espionagem – Por exemplo, Bill Ricket, oficial da Unidade de Contra-Espionagem de Roswell que trabalhou sob ordens de Cavitt, foi entrevistado várias vezes por este autor e disse que, no dia 7 de julho de 1947, quando Marcel e Cavitt retornaram da fazenda de Brazel, ele já estava em Tucumcari, no Novo México, trabalhando em outro caso de queda de UFO. E que voltou a Roswell por volta de 11:00 h da manhã seguinte, quando foi informado por Cavitt, sobre o ocorrido também nesta localidade. Cavitt então tomou as providências necessárias para Brazel ficar
confinado na Base de Roswell por alguns dias, para que o local do acidente fosse limpo e até que a história tivesse caído no esquecimento dos meios de comunicação. Foi ultrajante.
Outras informações obtidas durante as entrevistas com Ricket tomam mais claro ainda o papel das Forças Armadas nos acontecimentos seguintes. Segundo Ricket, um avião carregado de importantes equipamentos veio de Kirtland para resolver o caso. Uma parte dos destroços e peças de metal foi colocada neste avião que, no dia seguinte, partiu em rota ignorada. “Quando perguntei para o pessoal para onde havia ido, me responderam apenas que ia em direção leste”. Naquele período, o Dr. Lincoln LaPaz chegou de Albuquerque e Ricket foi designado para acompanhá-lo ao local do acidente. Segundo nosso informante, a missão de LaPaz era tentar descobrir qual era a velocidade e a trajetória do objeto, já que ele era um perito mundialmente reconhecido em objetos celestes, especialmente meteoros. Ricket tinha que providenciar transporte, dinheiro, equipamentos etc. Numa ocasião, LaPaz entrevistou Brazel e este confirmou que encontrou alguns de seus animais comportando-se estranhamente após o incidente.
Inspeção – LaPaz visitou e inspecionou detidamente o local do acidente, e até encontrou um outro local onde achou que o objeto havia aterrissado e decolado. A areia deste lugar havia se transformado numa substância parecida com vidro derretido, aparentemente por ter sido exposta a um calor intenso. “Nós colhemos uma caixa cheia de areia, onde havia alguns fragmentos do mesmo tipo de folha de estanho. LaPaz enviou este material para estudos em algum lugar, mas nunca soube onde. O que sei é que este novo ponto, onde teria pousado o UFO, estava apenas a alguns km distante do local da queda”, recorda-se Ricket. LaPaz chegou a encontrar pessoas da região que tinham visto não apenas um, mas dois UFOs. “Eram coisas que voavam bem lentamente e a uma altitude muito baixa, no início daquela noite”, declararam alguns peões. Antes de voltar a Albuquerque, LaPaz ainda teria dito a Ricket que o objeto estava com problemas, que havia aterrissado para fazer alguns reparos, decolado e em seguida explodido, alguns km a frente. O cientista também estava certo de que havia mais de um desses engenhos no local e que os outros estavam procurando justamente o que estava com problemas. “Ele tinha certeza de que a causa do acidente fora um mal funcionamento da nave e disse-me que faria um relatório cauteloso sobre o assunto, deixando as conclusões mais arriscadas para outros”, confirmou-nos Ricket.
Corroborando o envolvimento de LaPaz no incidente existe um documento governamental secreto descoberto pelo pesquisador Loren Gross, da Califórnia, através da Lei de Liberdade de Informações. Segundo esse documento, no dia 30 de outubro de 1947, o tenente Young, da Esquadrilha de Patrulha Aérea do Novo México, retransmitiu um aviso de alarme através da rede de comunicações daquele organismo para a Base Aérea de Kirtland, em Albuquerque, sobre um avião caindo em chamas sobre um local próximo a Roswell. O major Charles Phillips, oficial da Força Aérea em Kirtland, e o capitão John Feathertone, oficial de comunicações da Esquadrilha, após analisarem o objeto acidentado, concluíram que aquilo poderia ser qualquer coisa, menos um avião em chamas. Por isso, contataram o Dr. LaPaz, do Instituto de Meteoritos do Novo México, para analisar a questão segundo um plano pré-combinado. É importante também não esquecermos que a história do balão meteorológico, arquitetada por Ramey, aconteceu em Fort Worth, onde havia diferentes meios de comunicação, e que, apenas no caso do plano falhar, o FBI estava pronto para entrar em ação. Há evidências também de que foram tiradas fotos do local do acidente, segundo um homem que outrora serviu na Base Aérea em Roswell, C. Zerbe, que só foi localizado após exaustiva procura feita por Friedman.
O presidente Truman encontrou-se com um senador do Novo México na manhã de 9 de julho de 47. A casa branca não quis revelar o teor da conversa “por ser assunto de segurança nacional”. Também se sabe que, às 11:48 h da manhã daquele dia, o General Vanderberg, do Pentágono, informou ao presidente os detalhes da queda do UFO
Durante uma entrevista em outubro de 1983, Zerbe confirmou que fotos aéreas foram feitas do local, mas que o filme não foi revelado em Roswell. “Foi tudo enviado em um avião especial para ser revelado em outro lugar, possivelmente em Fort Worth”, declarou-nos. Ainda segundo ele, o oficial encarregado das operações fotográficas era o capitão Ed Guill, que era o mais velho da turma de fotógrafos da base, talvez com 45 ou 50 anos na época. Nossos esforços para localizar este Guill foram infrutíferos, infelizmente. Por outro lado, nossas investigações sobre o paradeiro de pessoas nos altos escalões das forças armadas e no governo também continuam, pois o assunto toma vulto cada vez que detectamos um detalhe novo. Por exemplo, recentemente conseguimos novas informações que vêm dos registros de telefonemas e despachos da Casa Branca, na primeira quinzena de julho de 1947.
Encontro Presidencial – Uma dessas novidades mostra que o presidente Truman encontrou-se com o senador Carl Hatch, do Novo México, das 10:30 às 11:00 h da manhã de 9 de julho daquele ano. Hatch havia solicitado o encontro na tarde anterior e o que trataram não é revelado por ser assunto de segurança nacional. Por outro lado, soubemos também que o único telefonema registrado do gabinete do general Vandenberg, do Pentágono, ao gabinete do presidente dos EUA ocorreu às 11:48 h da manhã daquele mesmo dia. O general foi identificado como um dos oficiais de alta patente do Pentágono em contato direto com o general Ramey, em Fort Worth. E os desdobramentos continuam, cada vez mais fantásticos.
A despeito de toda a controvérsia até agora, a grande questão que fica sobre o acidente de Roswell é se foram de fato encontrados corpos de extraterrestres no UFO resgatado. Sob análise severa, deve-se admitir que a questão dos corpos é a parte mais frágil de todo o caso, com muito das evidências sendo apenas circunstanciais. Um dos problemas nesta questão é que as pessoas envolvidas com o incidente, que podem ter alguma informação a oferecer sobre este aspecto do caso, estão relutantes em falar a respeito. Por exemplo, Marcel, Haut e os outros sete membros da família Brazel dizem que, pelo que sabem, não encontraram nenhum corpo de ET no UFO. Por outro lado, Frank Joyce já nos declarou confid
encialmente, ainda que com grande relutância e sendo bastante cuidadoso na escolha das palavras, que as histórias que sabe sobre corpos de homenzinhos encontrados no local da queda eram inteiramente verídicas. “Mas falar a respeito é uma grande temeridade”, desabafou, admitindo que não aceita, em hipótese alguma, falar do assunto publicamente, assim como muitos outros envolvidos na questão – entre eles Bill Ricket, que mostrou uma reação parecida em entrevistas separadas comigo e Friedman.
“Quando mencionei os corpos, Ricket alterou-se claramente e disse que esta era uma área sobre a qual ele não poderia comentar nada, mas informou que havia diferentes níveis de segurança sobre este assunto e que certos tópicos eram discutidos somente em salas onde não se pudesse vazar qualquer informação”, disse-me Friedman. Já o Dr. Robert Sarbacher, uma autoridade civil norte-americana convocada para trabalhar com o Caso Roswell, confirmou numa entrevista gravada, pela sua posição como cientista consultor de várias agências governamentais nos anos 40 e 50, estava informado da existência de corpos de ETs resgatados e de um projeto de altíssimo nível do governo, responsável por tratar do problema.
Autopsias Aliens – Sarbacher diz que o Dr. Vannevar Bush, um colega seu nas mesmas agências governamentais, estaria intimamente envolvido na operação de resgate do UFO e dos ETs. E um outro cientista que localizamos, um eminente médico hoje aposentado que pediu-nos anonimato, nos deu uma informação espetacular. Este médico fazia parte de uma equipe que realizou as autopsias no corpo de um alienígena resgatado em 1947. “Após a queda do objeto no Novo México, o governo tentou localizar-me a qualquer custo, mas estava de férias no interior. Mesmo assim, me acharam e informaram-me que deveria apresentar-me, junto a uma equipe que eu deveria escolher, para realizar o trabalho”. Fantástico!
Mais recentemente, um novo informante que ainda trabalha na área governamental afirmou-nos que de fato foram recuperados 4 corpos em Roswell, mas que todos estavam bastante decompostos e haviam sido atacados por predadores antes de serem descobertos. Segundo esta fonte, que garante ter visto os corpos, os ocupantes da nave tinham aparentemente sido ejetados para fora do objeto pouco antes dele explodir, e morreram quando caíram no solo. Os seres foram descobertos por aviões de reconhecimento aéreo a vários km a sudeste do local do acidente e foram resgatados em uma operação independente da que resgatou o UFO. Esta pessoa disse-nos também que os sistemas de controle e propulsão do aparelho foram quase que totalmente destruídos pela explosão.
Os militares envolvidos com o acidente do UFO em Roswell continuam, ainda hoje, sob estado de contínua ameaça. Somente alguns poucos, mais corajosos, vieram a público para dizer o que sabem. A maioria deles, no entanto, já morreu e levou junto muitas peças deste fantástico e terrível quebra-cabeças
No livro O Incidente em Roswell, que escrevi com Berlitz, e em vários documentos atualizados, foram também discutidos com certa minuciosidade um outro evento de queda de UFO que se supõe ter ocorrido nas planícies de San Augusto, também no Novo México, a cerca de 90 km a oeste da fazenda de Brazel. Neste caso, os destroços de um UFO e os corpos de ETs mortos teriam sido descobertos por um engenheiro civil chamado G. I. Barney Barnett, que aparentemente estava trabalhando em uma construção naquela área. Enquanto examinava os restos do que foi descrito como um objeto circular bastante danificado, com cerca de 9 m de diâmetro e uma extremidade avariada, logo aproximou-se dele um grupo de estudantes da Universidade da Pennsylvania que estava nas proximidades fazendo escavações arqueológicas. Pouco depois, surgiu um jipe com militares que avaliaram a situação e disseram para os civis afastaram-se do local. Logo chegaram outros oficiais, que dirigiram-se aos civis, tomaram seus nomes e os fizeram jurar segredo sobre o que tinham visto, como se fosse um dever patriótico. Barnett garante que mencionaram a segurança nacional e que os oficiais chegaram a ameaçar os que quisessem falar sobre os segredos. Em seguida, toda a área foi isolada, a nave foi examinada por alguns cientistas reunidos às pressas em uma base militar próxima e depois removida para um local seguro.
Choque em Pleno Ar – Inicialmente, pensou-se que este caso estivesse relacionado com os acontecimentos na fazenda de Brazel e que os destroços encontrados eram partes do mesmo objeto, que teria conseguido permanecer no ar por algum tempo antes de cair. Ou então, achava-se que um objeto parecido havia sofrido uma colisão em pleno ar com o primeiro, mas teria se mantido em vôo por algum tempo antes de cair. A hipótese de que os eventos de Brazel e Barnett estivessem ligados era baseada na afirmação do patrão deste último, J. F. Danley, de que o incidente de Barnett havia ocorrido no início de julho de 1947. Novamente, consideráveis esforços foram gastos para se tentar descobrir mais sobre este caso. Mesmo assim, pouquíssimos resultados foram obtidos. Essencialmente, o que descobrimos sobre a tal história é que Barney Barnett morou em Socorro, também no Novo México, onde trabalhou como técnico em conservação de solo. Segundo descobrimos, possuía excelente reputação e era bem conhecido na região, até morrer em abril de 1969, em Dallas. Seu patrão lembra-se de Barney ter-lhe falado sobre o incidente, assim como muitos de seus amigos e parentes. Um oficial aposentado da força aérea, William Leed, também recorda-se de ter entrado no caso como parte de uma equipe de investigação após um vazamento de informações secretas nos anos 60.
Enquanto a presença dos estudantes da Universidade da Pennsylvania na área das escavações em 1947 foi confirmada, exaustivas tentativas para identificá-los têm sido inúteis, assim como confirmar as afirmações de Danley quanto a data e a localização da ocorrência. Para resumir, mesmo que as afirmações de Barnett sejam absolutamente verdadeiras, nossas tentativas para substanciá-las com provas e evidências têm sido frustradas por uma acentuada falta de relatos comprobatórios. De fato, considerando-se o que agora é conhecido sobre Barnett, é possível que ele tenha mesmo sido uma das testemunhas dos eventos na fazenda dc Mac Brazel, já que a área em questão também fazia parte de seu raio de ação como técnico da Unidade de Conservação do Solo de Magdalena. De qualquer forma, a investigação sobre isso parece ter chegado a um impasse. Ainda que possa parecer intrigante, os indícios que temos até aqui são insuficientes para sustentar uma conexão com os acontecimentos na fazenda de Brazel.
Como conclusão, para benefício dos céticos e no interesse do esclarecimento do complexo tema das quedas de UFOs, simplesmente temos que admitir que há suficiente eu diria até esmagadora – quantidade de evidências de que o Caso Roswell é verídico e corresponde a algo de importância magistral, pelo menos para o
governos dos FUA, que não discute o assunto nem sob a ponta de uma espada Top Secret, dizem os documentos do governo sobre o assunto. E ponto final! Ninguém abrirá a boca, talvez até num estado de confidencialidade maior do que a própria morte de Kennedy, algo que exalta o povo norte-americano. Mesmo assim, o leitor e convidado a tirar suas próprias conclusões sobre Roswell. É claro que alguma coisa de concreto aconteceu na fazenda de Brazel – e de suficiente importância para causar considerável rebuliço na ocasião e continuar sendo objeto de um eletivo acobertamento até a presente data. Dezenas de pessoas identificaram o objeto visto na fazenda do homem como um engenho extraterrestre. Por que o governo não admite isso ainda é uma enorme frustração e um escândalo assombroso. Mesmo assim, a parte dos ufólogos nisso tudo é fazer uma investigação imparcial, aprofundada e completa sobre a questão. É o que estamos fazendo agora e o que continuaremos fazendo no futuro, até que o governo decida abrir o jogo e cumprir com suas obrigações, informando ao mundo o que sabe.