A chegada do verão no Hemisfério Norte – em junho, quando é inverno para nós aqui no Brasil – é aguardada a cada ano com muita expectativa por todos aqueles que acompanham o fascinante e cada vez mais intrigante fenômeno dos agroglífos, os desenhos que inicialmente tinham forma predominantemente circular e que deram origem ao primeiro nome com que foram conhecidos, círculos ingleses. Hoje eles surpreendem a cada nova temporada com sua variedade de formatos, surgindo em plantações de grãos geralmente durante a noite, notadamente cevada, aveia, trigo e canola. São produzidos em poucos minutos e duram alguns dias, até serem destruídos por curiosos, pela chuva ou colhidos pelos fazendeiros que consideram sua safra avariada. Outros proprietários, entretanto, acham mais lucrativo cobrar ingresso dos turistas em vez de barrá-los, para salvar o que lhes resta da colheita “contaminada” pelos desenhos – mas rezam para que suas plantações sejam as escolhidas pelos inusitados artistas.
Da mesma forma que a fenomenologia ufológica sempre existiu, embora popularizada em nossa era a partir da década de 40, supõe-se que os agroglífos também sempre estiveram presentes em nosso meio. Mas, apesar de estarem retratados em panfletos e documentos do século XVII, seu surgimento explodiu como um enigma moderno há apenas cerca de 30 anos, manifestando-se inicialmente na Inglaterra e depois expandindo-se para alguns outros países, geralmente no Hemisfério Norte – o Brasil teve seu primeiro caso no ano passado [Veja edição UFO 149]. Estudiosos das mais variadas áreas se somam aos ufólogos na busca de explicações. Matemáticos, físicos, astrônomos, engenheiros, biólogos, geneticistas e até artistas invadem os campos ingleses a cada verão, num notável exemplo de colaboração investigativa, como se pode constatar nos inúmeros sites sobre o tema, sendo o maior deles o The Crop Circles Connector [www.cropcircleconnector.com], no qual todos expõem juntos os resultados de suas pesquisas, como requer a complexidade do fenômeno.
Estranho modus operandi
Logicamente, como tudo na vida, o estudo dos agroglífos tem de lidar também com a questão das fraudes, perpetradas por indivíduos e grupos com os mais variados interesses, desde a simples detratação da Ufologia e questões correlatas à corriqueira busca de 15 minutos de fama por parte dos desocupados, que consideram nada ter de melhor a fazer do que tentar enganar os ufólogos. “Felizmente, desenvolvemos técnicas para distinguir os casos verdadeiros dos fraudados”, afirma Colin Andrews, consultor da Revista UFO na Inglaterra e nome de referência no assunto, que pesquisa desde o começo. Referindo-se à uma especialidade que passou a ser necessária para estudar o fenômeno, que é a separação dos círculos legítimos dos fabricados, ele diz que, “por mais que os falsificadores se aperfeiçoem, os círculos que produzem, alguns até muito bem feitos, são imensamente diferentes daqueles que têm origem sobrenatural”.
O método empregado pelos “artistas cósmicos”, como são presumidos os autores dos agroglífos, é quase sempre idêntico e as imagens são formadas através de uma técnica que desafia a compreensão de agrônomos e biólogos. As plantas atingidas são misteriosamente dobradas sem se partirem – elas não são quebradas, amassadas ou destruídas, são apenas dobradas. Os vegetais passam por um processo em que seus caules são simplesmente entortados, aparentemente sem sequer serem tocados fisicamente. Às vezes, plantas situadas lado a lado na colheita são dobradas em direções opostas dentro do mesmo agroglífo, algumas no sentido horário, outras no sentido anti-horário. Os pés atingidos, ainda que entortados, continuam a crescer quase normalmente, embora, na maioria dos casos, modificações biológicas sejam detectadas em exames feitos. Além disso, há uma modificação biológica nas células das plantas, inclusive em nível genético, que é transferida para as geradas por suas sementes, sem, entretanto, que se tornem impróprias ao consumo humano.
A maioria dos agroglífos se concentra no sudoeste da Inglaterra, ao redor do monumento megalítico Stonehenge, o mais importante de toda a Grã-Bretanha, e grande parte dos desenhos genuínos surge quase sempre nas mesmas áreas, os entroncamentos das chamadas Linhas Ley – alinhamentos geográficos de locais antigos ou sagrados, como círculos de pedra, igrejas ancestrais, ruínas milenares etc. Ano após ano, desde o fim da década de 70, invariavelmente eles surgem sobre ou muito perto destes locais, notadamente sítios arqueológicos. Alguns estudiosos defendem a existência de uma ligação remota entre os povos que deixaram tais monumentos nessas áreas, na Antigüidade e em épocas medievais, com seres provenientes do espaço e que com eles conviveram no passado, que agora voltam e fazem desenhos nas plantações. Toda a Inglaterra e demais ilhas britânicas estão repletas destes sítios, que foram erigidos por celtas, druidas, vikings e outros, que habitaram aquelas vastas áreas há séculos ou milênios. Entretanto, na Escócia e na Irlanda, países de ancestralidade comum, não se encontram agroglífos, pelo menos não tão abundantemente quanto na Inglaterra.
Os desenhos podem apresentar formas geométricas simples ou extremamente intrincadas, e são entendidos, até o momento, como padrões matemáticos e astronômicos complexos, representações de conceitos científicos, desenhos de moléculas como o DNA etc. Alguns são prontamente identificados como chakras, símbolos da geometria sagrada e de culturas aborígenes. Outros são interpretados como uma referência a notas musicais, astros do Sistema Solar, anomalias eletromagnéticas, fases lunares, eclipses e, cada vez mais, sugere-se que indiquem também fatos a ocorrer no futuro – como algo grande que se aproximaria do nosso sistema. E há ainda os que relacionam os agroglífos com o Calendário Maia, e não sem razão, visto que, nos últimos anos, como agora, têm surgido desenhos que reproduzem total ou parcialmente a figura cunhada por aquele povo pré-colombiano.
Instituições científicas que já se dedicaram a compreender o mistério, como a Fundação Lawrence Rockfeller e o Instituto Nacional para Descoberta da Ciência (NIDS), destinaram verbas
consideráveis para a realização de pesquisas tanto ortodoxas como não convencionais nos campos ingleses. Mas, apesar de até hoje as respostas para o enigma serem incompletas ou inconclusivas, a hipótese extraterrestre para a origem dos autores é a tese mais aceita no meio, pelo fato de que muitas pessoas, fazendeiros ou estudiosos acampados nos locais em momentos de pico, vêem com freqüência misteriosas luzes não identificadas sobrevoarem as colheitas pouco antes dos círculos serem descobertos – e, às vezes, até depois, como se checassem o resultado de suas ações. Em determinados casos, cada vez mais numerosos, as esferas foram filmadas.
Evolução do fenômeno
A maior parte dos estudiosos, como Lucy Pringle e Peter Sorensen e o próprio Andrews, crê que os autores dos agroglífos não sejam mesmo deste mundo, e, segundo Lucy, o principal objetivo dos seres por trás do fenômeno seria avaliar nossas respostas à própria incógnita em si: “Acho que o que desejam é examinar nossa reação ante o mistério”.
A cada verão as figuras nos campos ingleses vão se mostrando mais belas e complexas, mas, sobretudo, mais enigmáticas, num claro processo de aperfeiçoamento não somente das técnicas de execução dos desenhos, como também do conteúdo das mensagens transmitidas pelos seus misteriosos autores. E a safra deste ano já superou todas as expectativas de fascinação e perplexidade dos ufólogos. Não bastassem composições geométricas fantásticas e representações perfeitas e belíssimas, como a de uma água-viva em Kingstone Coombes, no condado Oxfordshire, e de uma libélula na vila em Yatesbury, em Wiltshire, uma formação específica nesta localidade colocou em polvorosa até mesmo pessoas que antes desconheciam o fenômeno, tal a atenção que despertou. Trata-se de uma formação que teve início em 21 de junho em Milk Hill, na área de Alton Barnes, que veio a sofrer adições de detalhes em sua composição nos dias 23 e 30 de junho, despertando uma avalanche de comentários, opiniões e previsões na internet. “Nunca se viu algo assim antes”, diz Andrews, que estuda os agroglífos desde o começo do fenômeno.
Se a discussão a respeito dos fatores como e quem no mistério dos agroglífos sempre rendeu as mais diversas teorias – desde as mais conhecidas, como sendo obra de ETs, até as mais exóticas, como as que atribuem sua autoria ao espírito de Gaia, aos devas e a elementais, ou ainda a vórtices de plasma e até mesmo que sejam criados por satélites em órbita da Terra –, muito maior ainda se revela o debate em torno do fator por quê. Entretanto, agora, o agroglífo de Milk Hill adicionou uma quantidade de lenha exorbitante à fogueira das dúvidas humanas frente aos misteriosos símbolos, especialmente após sua última fase de complementação, em 30 de junho. Desde sua divulgação, o significado da mensagem cifrada que contém dominou os fóruns de debates do mundo inteiro. Curiosamente, entre tantas possibilidades interpretativas para uma obra de tal natureza, a maioria dos estudiosos convergiu para opiniões bastante semelhantes, sendo que se popularizou mais a originalmente divulgada no site Earth Files [www.earthfiles.com], identificando o desenho inicial de 21 de junho como um sextante, sendo que a adição do dia 22 o transformara num planetário e, finalmente, a disposição final de 30 de junho fez dele o que se considera uma escrita alienígena – nesta fase, alguns símbolos maias também foram identificados.
O que há de mais espantoso neste agroglífo é que, ao contrário de milhares de anteriores, este foi sendo produzido e reformado, por assim dizer, ao longo de dias, sob vigilância dos estudiosos, que nada viram, como se desenvolvesse uma mensagem interativa e em tempo real. Num momento o desenho “revelava” um dado, noutro ele mostrava outra informação, e na terceira, a derradeira, apontava a quem quisesse ver uma complexidade espantosa. Todas as correlações acima quanto ao seu significado resultaram em duas suposições, ambas muito cotadas atualmente. A primeira, de que o desenho seria uma mensagem de seres inteligentes extraterrestres nos alertando para a entrada em nosso Sistema Solar de um cometa ou asteróide [Nibiru?], e, a segunda, a de que seria um aviso a respeito de uma possível explosão solar, idéia que começa a incorporar o inconsciente coletivo dos terrestres, especialmente após o sucesso do filme Presságio [2009].
A segunda alternativa, porém, foi a que mais ganhou força, por ter recebido explicações consistentes. Quando uma tempestade solar de forte intensidade atinge nosso planeta, ela modifica o formato do campo magnético da Terra para o de uma medusa, o que justificaria o aparecimento do agroglífo no formato de uma água-viva dias antes do início da formação de Alton Barnes. De acordo com esta interpretação, a forma reconhecida no desenho faria referência ao símbolo oficial da astronomia para uma ejeção de massa coronal solar [Coronal mass ejection, CME], fato que ocorre regularmente, quando o Sol despeja no espaço pequenas quantidades de sua coroa incandescente. Na figura de Milk Hill tal despejo seria gigantesco e a Terra está nela representada, com seu campo magnético alterado pelo vento solar, embora não seja fatal.
As profecias se confirmam
Os retângulos do agroglífo foram medidos e os dados comparados à distribuição do Sistema Solar, resultando na identificação do posicionamento de cada um dos planetas e levando à suposta data em que tal evento se daria, 07 de julho, durante o eclipse penumbral da Lua, ou seja, quando ela está parcial ou totalmente na região de penumbra da Terra.De posse destes dados, estudiosos calcularam que os planetas estariam no alinhamento e altitudes representadas pelo agroglífo naquela data. Marte e Saturno teriam sido omitidos na fase dois do desenho de Milk Hill, pois não estão na rota de colisão do vento solar. Logo, alguém lembrou-se de uma profecia bíblica, segundo a qual duas testemunhas profetizariam fatos a ocorrer durante 1.260 dias, até a data do Apocalipse final. Fez-se as contas e bingo:coincidentemente, 1.260 dias são três anos e meio ou exatamente o tempo que falta, a partir de 07 de julho, para 21 de dezembro de 2012, data que marca o “fim dos tempos” no Calendário Maia – entendido pelos estudiosos ortodoxos, na verdade, como o fim da capacidade do calendário de marcar o tempo.
A interpretação resultante é de que uma tempestade solar não letal marcaria a ativação do cronômetro definitivo. Mais cinco ejeções solares estariam previstas. Mas há ainda outras teorias, como a que identifica duas faces alienígenas nos agroglífos, interpretadas como uma menção à hibridização entre espécies extraterrestres e a humana, no&c
cedil;ão que se torna mais consistente especialmente após a comparação com outro agroglífo, surgido em 27 de junho e que apresenta uma escrita similar. Este conteria a representação de uma andorinha, ave cuja simbologia remete à sua conexão com as mudanças climáticas e a habilidade de viver comunalmente, priorizando o nós em vez do eu, e duas cadeias de DNA, masculina e feminina, originando o homem do futuro.
Embora oficialmente não tenha havido grande alarde na mídia ou nos órgãos oficiais de meteorologia a respeito do retorno das explosões solares, o site Space Weather [http://spaceweather.com] confirmou que um ciclo solar – o de número 24 – se tornou subitamente ativo e que de fato a Terra seria alvo de uma emissão proveniente de estouros na coroa do astro rei, ainda que não de grande impacto, exatamente como apurado na interpretação do agroglífo de Milk Hill.
No dia seguinte, 08 de julho, veio a confirmação: “Uma mancha solar teve fissuras que originaram emissões de labaredas de classe B e C em direção à Terra, o que não ocorria há mais de dois anos. Essa região solar compreende uma ampla área, bastante complexa e de crescimento rápido. A polaridade magnética da mancha, revelada pelos magnetogramas do observatório solar SOHO, a classifica como parte do novo ciclo solar 24”, declarou o Space Weather. O ciclo solar de número 24, cujo início estava previsto para março de 2008 pela Agência Nacional para Oceanos e Atmosfera [National Oceanic and Atmospheric Administration, NOAA], e que teve um alarme falso em 04 de janeiro daquele ano, quando a mancha solar detectada era remanescente do ciclo 23, parece ter começado efetivamente em 22 de setembro de 2008. Todavia, segundo astrônomos, até 30 de janeiro de 2009, com o surgimento de apenas seis novos sinais na coroa do astro, a previsão passou a ser a de que o período de “máximo solar” terá início realmente em meados de 2010, atingindo o ápice em 2013 ou 2014. Quando soube disso, Colin Andrews exclamou exultante: “Que coisa incrível! Quem na Terra – ou, melhor falando, fora dela – poderia dizer que um evento solar seria predito e codificado em uma plantação na Inglaterra de forma tão inteligente?”
Seres altos Nos agroglífos
Mas, ao que parece, a safra de círculos de 2009 vai entrar para a história não apenas pelos feitos nas plantações, como também pelas notícias de bastidores envolvendo seus mais famosos e possíveis autores: os extraterrestres. No site de Andrews [www.colinandrews.net], um alerta foi postado em 08 de julho para informar ao público que um fenômeno inexplicado e de grande importância estava em andamento, possivelmente dotado de potencial para uma mudança de paradigmas. No dia 15 do mesmo mês, Andrews partiu em caráter de urgência para uma conferência internacional em Londres, sem que esta publicação tivesse seus resultados na data de fechamento desta edição.
Detalhes da espantosa safra de 2009 de agroglífos não param aí. Ainda em 07 de julho, por volta das 05h00, próximo ao agroglífo de Silbury Hill, em Wiltshire, um sargento da polícia inglesa estava dirigindo em direção a Marlborough quando olhou à direita e viu três seres excepcionalmente altos inspecionando o desenho, que ali havia surgido no dia 05. Parando seu carro, ele os observou por vários minutos. Tinham mais de 1,8 m de altura, cabelos louros e trajavam roupas brancas compostas de uma única peça com capuzes caídos que deixavam à mostra suas cabeças. Após alguns minutos, o sargento gritou em sua direção, mas foi ignorado. Entretanto, assim que entrou no campo, os seres tomaram consciência de sua presença e correram a uma incrível velocidade, impossível para um ser humano, em direção sul. Apreensiva, a testemunha deixou o local. O oficial informou ter ouvido estática no campo ao redor, e disse que o movimento das plantas coincidia com o nível do som, como se o ruído também afetasse seus movimentos. Ele relatou ainda ter sentido dor de cabeça, que piorou ao longo do dia.
Neste mesmo local, em 23 de maio de 1994, quatro pesquisadores – incluindo um cientista nuclear – que visitavam um agroglífo testemunharam intensa presença militar, momentos antes de sofrerem um episódio de lapso temporal de cerca de 45 minutos. Cada um deles apresentou marcas vermelhas no pescoço e forte sangramento nasal horas depois. Ainda ali, na década de 90, teve lugar a Operação Blackbird, que registrou sobre o campo um grande objeto voador não identificado de cor branca, filmado pelo exército. Coincidência? Os seres descritos pelo sargento da polícia inglesa também lembram os mesmos mencionados por Arthur Shuttlewood em seus encontros, em Warminster, e a presença de eletricidade estática no solo também foi documentada naqueles episódios.
Como se não bastasse, helicópteros foram vistos perseguindo um UFO na área de Golden Ball Hill, e após o estranho avistamento do sargento vir à tona, diversos casos semelhantes foram relatados. Uma testemunha alegou ter tido um encontro muito próximo com um ser de cerca de 2,5 m de altura e cabeça de aspecto triangular, ao norte de Silbury Hill, ainda na assombrada área de Wiltshire. Um relato enviado a Andrews, de um fato ocorrido há três anos, por uma mulher que também dirigia ao longo da rodovia A4, no lado leste de Marlborough, dá conta de outro contato direto com um ser de aproximadamente 2,3 m, que saiu de um portão e pulou para trás quando o carro passou por ele.
Andrews disse que, apesar de ter estado em diversos países e observado toda sorte de círculos e diferentes desenhos ao longo de quase 30 anos de pesquisas, ficou chocado ao se deparar com o agroglífo de Milk Hill, e que sentiu uma forte reação ao ver a fotografia aérea da composição executada entre os dias 21 e 30 de junho. “Declaro minha forte crença no fato de que tanto os autores quanto os observadores deste fenômeno estão envolvidos em um estranho e revelador experimento social que levará a novas e importantes descobertas sobre onde a humanidade se encaixa dentro de uma inteligência muito maior, através do que iremos aprender novas habilidades”. O tempo dirá. Enquanto isso, faltam apenas alguns meses para o verão aqui no Brasil, onde, no ano passado, tivemos o primeiro caso confirmado de agroglífo, apurado pelo editor da Revista UFO A. J. Gevaerd no noroeste de Santa Catarina. Será que t
eremos aqui novidades tão quentes quanto as que aquecem o verão inglês?