Com relação ao texto Herança Extraterrestre, de Ufo 90, a Academia para Ciência Futura (ACF) gostaria de esclarecer que os autores, James e Desiree Hurtak, não crêem que a origem e destino da humanidade terrestre tenham qualquer vínculo com os seres extraterrestres da família dos grays [Cinzas], como pode fazer supor a fotografia de capa da edição e a ilustração da página 03. Tampouco vê nos cinzas a atribuição de supervisores responsáveis pelo desenvolvimento do experimento humano, o que poderia ser sugerido pela ilustração das páginas 16 e 17, em que aparece uma linhagem progressiva na qual o ser humano acaba evoluindo no sentido de se tornar um cinza.
A experiência que o doutor Hurtak teve em 1973, descrita no Livro do Conhecimento: As Chaves de Enoch, é vinculada a um ser que ele associa a uma Inteligência Superior e a uma tradição histórica de ensinamentos. Tal vivência não se deu por transmissão de informação por parte de extraterrestres do tipo cinza. O estudioso utiliza o termo ultraterrestre para descrever o tipo de manifestação que viveu. Segundo ele, um ser proveniente desta Inteligência Superior transpõe várias dimensões utilizando seu próprio “veículo de consciência”. Segundo seus estudos, embora os veículos ultraterrestres sejam observados no céu como focos luminosos, não devem ser confundidos com espaçonaves extraterrestres, que são tecnologicamente bem inferiores, a julgar pelas muitas colisões e acidentes relatados em várias partes do mundo. A inteligência a que o Hurtak se refere como “superior” consiste numa família intergaláctica que tem feições faciais semelhantes às da raça humana. Seus membros nem de longe se parecem com ETs de aspectos faciais grotescos de insetos, répteis e outros relatados pela casuística ufológica. Eles respeitam nosso livre-arbítrio e, com sua tecnologia de luz, não precisam de abduções para poder acompanhar e estimular nossa experiência evolutiva.
Sonia Maria Zambon,
Academia para Ciência Futura,
Corumbataí (SP)
Aliens Não São Inimigos
Ao ler a matéria de Atila Martins, ETs: Quem São, De Onde Vêm e o Que Querem do Ser Humano?, em Ufo 90, não foi a primeira vez que me deparei com um enfoque negativista quanto à presença de alienígenas no planeta. Respeito muito os ufólogos brasileiros e estrangeiros, incluindo o estudioso mencionado nessa matéria, Húlvio Brandt Aleixo. Entretanto, ainda somos muito semelhantes aos animais irracionais, supostamente inferiores. Tudo o que se mostra novo e misterioso nos traz insegurança e me-do, e ficamos acuados e indefesos. Não sou nenhum estudioso dos fenômenos ufológicos, tampouco tive contatos com seres alienígenas. Até que avistei determinados objetos em algumas ocasiões, mas nada diferente dos casos já relatados no infinito acervo ufológico. No geral, sou um mero e pacato apreciador do assunto. Mas por meio de experiências pessoais diversas, percebi uma coisa muito importante: somos seres muito especiais no universo e não temos nada o que temer, já que fazemos parte de um plano maior. Não somos meros ratos de laboratório! Tratamos nossos animais domésticos ou selvagens como cobaias porque não conseguimos avançar tecnologicamente para estudá-los de outra forma. Agora, comparar ou transferir essa atitude para seres que nem ao menos conhecemos, é como abrir uma lista telefônica, escolher aleatoriamente um nomede um cidadão e começar a atribuir-lhe qualidades e defeitos.
Não tenho religião, massou religioso. Gosto muito de Jesus, Buda e de outros seres elevados que já pisaram nesse planeta complicado chamado Terra. O que falta para alguns estudiosos é um pouco de religiosidade aliada ao estudo ufológico. Aí vocês me perguntam: como assim religiosidade? E respondo que se deveria colocar um pouco de divindade nas pesquisas. Por que achar que os ETs estariam aqui para nos subjugar ou maltratar? Não temos provas suficientes para sustentar essa afirmação. Para que a especulação? E além do mais, não conhecemos nem a nós mesmos. Se adotarmos os conceitos orientais de reencarnação e a lei do karma, de causa e efeito, poderemos chegar à conclusão de que estamos entrando e saindo de vários corpos para o aprimoramento de nosso espírito. Que conceito estranho esse de que os alienígenas estão querendo dominar nossas almas? Muito fácil falar sobre o pior! Difícil é teorizarsobre a hipótese de nossos irmãos cósmicos nos trazerem mais lucidez e amor em nossas existências. Será que essesviajantes das estrelas têm uma finalidade tão mesquinha de dominar, possuir e de nos fazerem escravos? Acho que essa visão pessimista até que é explicável, como mero reflexo da perspectiva que o ser humano tem do mundo em que vive. Perdemos a poesia sobre a vida e sobreseus maravilhosos mistérios.
Paulo de TarsoTannus,
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Os Rumos da Ufologia
Li o artigo Novos Rumos para uma Velha Ufologia, de autoria de Carlos Alberto Reis, em Ufo 90. O pesquisador possui uma opinião forte e decidida, além de transparecer uma revolta bastante evidente – não com a Ufologia propriamente dita, mas com a orientação que esta toma nas mãos de alguns ufólogos. É preciso lembrar que se outros não fazem a coisa certa, isso não é motivo para revolta e mágoa. Todavia, no seu artigo, lamentei muito uma coisa, que explico. Conheço o trabalho de Jacques Vallée através de pequenos artigos em revistas e comentários. Com isso, ele sempre me pareceu um ufólogo competente e importante. Mas no artigo de Reis é dito que ele se referiu ao Caso Roswell como um fiasco. Francamente, isso me decepcionou. Sempre achei que ele estivesse acima destes infelizes comentários. Pode ser só uma questão de opinião, como foi enfatizado. Mas, o Caso Roswell é uma das pilastras mestras da Ufologia. Se tudo aquilo não passou de uma encenação burlesca, como afirmam alguns indivíduos, sem dúvida é algo superior ao que de melhor se viu na literatura.
Eloir dos Santos,
por e-mail