
Um dos casos mais famosos envolvendo UFOs e pilotos ocorreu no dia 8 de fevereiro de 1982 e ficou conhecido no mundo todo como o Caso Vasp 169. Durante um de seus inúmeros vôos pilotando um Boeing 727, o comandante Gerson Maciel de Britto teve a oportunidade de ficar frente a frente com um objeto luminoso que variava sua cor entre vermelha e alaranjada, com um tom entre branco e azulado no centro. Extasiado com o que via, chamou sua tripulação e acordou os mais de cem passageiros do Boeing, entre eles o cardeal arcebispo de Fortaleza (CE) Dom Aloísio Lorscheider, para vislumbrarem aquela aparição.
Entretanto, o que torna este caso tão respeitado por pesquisadores e repórteres de todo o mundo é a experiência do comandante. Na época em que o fato se deu, Britto já possuía mais de 23 mil horas de vôo em aeronaves daquele tipo, sendo um dos pilotos mais experientes da empresa paulista. Não havia como ele e toda sua tripulação, além dos passageiros, estarem equivocados. Para se ter uma idéia, se Britto tivesse voado ininterruptamente, ele teria permanecido no ar por 958,33 dias, ou seja, mais de dois anos e meio no céu.
Até mesmo o assessor da presidência da Vasp, na época, Carlos de Matos Gaspar, endossou o caráter do piloto. Num documento expedido por ele, de circulação interna, declarou que o saldo favorável à sua empresa deu-se por diversos fatores, entre eles a “dignidade do comandante Gerson Maciel de Britto, o qual, além de dar depoimentos sérios e objetivos, soube habilmente fugir a provocações que poderiam levá-lo a uma polêmica com o Ministério da Aeronáutica, por causa da nota deste em relação ao Cindacta”. Suas declarações ajudaram a dar respaldo ao caso e reconhecê-lo como verídico.
Experiência inusitada – Entretanto, este não foi o único caso de avistamento de UFO por piloto civil no Brasil que repercutiu em diversos meios de comunicação. Na cidade de Pelotas (RS), o proprietário de uma empresa de beneficiamento de arroz Haroldo Westendorff teve uma experiência inusitada a bordo de seu monomotor EMB 712, Tupi, no dia 5 de outubro de 1996. Haroldo avistou e se aproximou de um gigantesco UFO em forma de uma pirâmide de oito lados. O objeto, ao mesmo tempo em que girava lentamente em torno de seu próprio eixo, deslocava-se em direção ao mar a uma distância aproximada de 100 km/h. Assim que o piloto tentou sobrevoar o UFO para observar o que havia em sua cúpula, desta saiu um outro objeto, em forma de disco, que desapareceu à grande velocidade. Em seguida o UFO também desapareceu na mesma direção à grande velocidade.
A primeira coisa que Haroldo fez foi contatar por rádio o controle do aeroporto de Pelotas, cujo operador era Aírton Mendes da Silva, que confirmou o contato visual. Com relação à experiência de Haroldo, o empresário é bicampeão brasileiro de acrobacia aérea, formado como piloto privado há mais de vinte anos e possui inúmeras horas de vôo a bordo de seu avião Tupi. Durante todo o avistamento, Haroldo manteve-se calmo e não deixou, em momento algum, que a emoção se sobrepusesse à razão, descrevendo com riqueza de detalhes todos os passos de sua experiência.
Devemos deixar claro que em ambos os casos os envolvidos não apresentaram ao público seus avistamentos com intuito de se tornarem famosos ou se promoverem. Muito pelo contrário, os dois possuem um nome já bastante respeitado em suas áreas de atuação e fora delas. Por isso, jamais tiveram a intenção de ganhar algum crédito ou remuneração com suas histórias. É deste tipo de testemunha que a Ufologia Brasileira está precisando para que nossas pesquisas sejam valorizadas e respeitadas em todo o mundo, nos diversos campos de atuação.