O litoral paulista está entre as regiões de casuística ufológica mais intensa no Brasil e, justamente por isso, é constantemente pesquisado por estudiosos. Entre as ocorrências mais recentes destacamos o avistamento registrado em 14 de abril de 1994, no Canal de Bertioga, na divisa entre a cidade e a Ilha de Guarujá. Eram por volta de 22h30 quando Jeferson Rocha de Carvalho e José Carlos Palomar pescavam a bordo de um pequeno barco. Ambos viram um objeto esférico seguindo na direção do Guarujá. A observação durou poucos minutos, quando então o UFO desapareceu. O caso teve grande repercussão na época, já que Carvalho era cinegrafista e trabalhava no programa Ataíde Patreze Visita, comandado pelo apresentador de mesmo nome. Ele reconstituiu a ocorrência e a apresentou ao público no programa do dia 17 de abril.
Outros dois pescadores também foram surpreendidos por um artefato inusitado. Fernando Bezerra e Wilson da Silva estavam no rio Piaçabussu, em São Vicente, na noite de 01 de outubro de 1995. Por volta das 23h30, quando estavam recolhendo a rede de pesca, eles notaram a presença de uma estranha luz. A princípio, pensaram que se tratava apenas de um balão, mas quando o objeto se aproximou constataram que era uma nave com formato discóide. Segundo os dois amigos, ela tinha 10 m e irradiava intensa luminosidade, que clareou todo o ambiente como se fosse dia. “Era até possível ver os caranguejos saindo das tocas na margem do rio”, lembra Silva. O UFO, então, se aproximou e pairou bem acima deles, quando puderam notar que não fazia qualquer ruído e que possuía muitas luzes. Foi naquele momento que o motor da embarcação parou de funcionar. Bezerra, muito assustado, chegou a se esconder no porão do barco. Instantes depois, o artefato se distanciou e seguiu em direção à Ilha do Major.
Marca circular — O motor voltou a funcionar e os dois pescadores, amedrontados, foram embora do local. Eles ainda puderam observar por algum tempo o objeto, que aparentemente pousou na ilha. Estivemos no local alguns dias depois e encontramos uma marca circular de cerca de 5,5 m de diâmetro no meio da vegetação seca, que estava amassada e nivelada em sentido horário. No interior da marca havia quatro sinais das sapatas do objeto, distribuídas de maneira proporcional e afundadas cerca de 1,5 cm no solo. Cada uma delas media 10 x 15 cm. Os dois pescadores ficaram por vários dias com os olhos irritados devido à forte luminosidade do UFO, tiveram fortes diarréias, dores de cabeça e uma sede fora do comum. Também verificamos a presença do efeito eletromagnético, responsável pela interferência no funcionamento de aparelhos e motores elétricos.
A análise do pH do solo [Que determina o grau de acidez] não apontou significativas alterações, porém alguns testes, envolvendo o plantio de sementes em amostras colhidas do solo no local do pouso, detectaram uma acelerada germinação, o que não ocorreu com as porções obtidas fora da marca. Isso demonstra que houve uma superadubação do terreno, como constatou o ufólogo, presidente do Instituto Nacional de Investigação de Fenômenos Aeroespaciais (INFA) e co-editor de UFO, Claudeir Covo, que esteve no local do pouso. No dia seguinte à ocorrência, também por volta das 23h30, a comerciante Neusa Maria dos Santos, que possui um restaurante na Praia do Indaiá, observou um UFO a baixa altitude. O objeto tinha uma forte luz branca fluorescente e chegou, em determinado instante, a projetar dois focos de luz branca no solo. Dona Neusa chamou o cunhado, Romualdo Martins Foti, que observou um terceiro foco de luz saindo do objeto, só que esse, diferentemente dos demais, foi projetado para cima. O fenômeno durou quase uma hora, até desaparecer.
No dia 23 de novembro do mesmo ano, Elias, que era funcionário público da Prefeitura de Guarujá e morador da Vila Júlia, foi surpreendido por uma verdadeira esquadrilha de UFOs. Ele observou, por volta das 21h15, uma formação de discos voadores com formato semelhante a um bumerangue. Eles passaram silenciosamente sobre o Morro das Torres, o mais alto da cidade. Elias acompanhou atentamente as evoluções dos objetos, até que desapareceram no horizonte. Os avistamentos continuaram sendo registrados no litoral paulista, em períodos de maior ou menor intensidade. Em 21 de junho de 1996, por exemplo, o projetista aposentado da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), César Miglioranza – que residia em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, mas que era proprietário de um quiosque na Praia de Porto Novo, em Caraguatatuba –, pôde observar um disco voador.
Testemunhas paralisadas — Eram cerca de 00h15 quando ele viu uma luz branca muito intensa, vinda da direção da Ilhabela. O UFO chegou a pousar na praia, à 50 m de distância do aposentado. Miglioranza notou então que a nave era muito luminosa e tinha 5 m de diâmetro. Após o pouso, as luzes do objeto foram apagadas e, em seguida, quatro outras foram acesas, de cor alaranjada. Inesperadamente, saíram da nave dois pequenos seres, com no máximo 1,20 m de altura cada, com cabeça muito grande e desproporcional em relação ao tamanho do corpo. Eles trajavam uma espécie de macacão prateado e bastante folgado. Miglioranza observou que deram algumas poucas voltas em torno do objeto, sendo que um dos ETs chegou a se abaixar como se estivesse recolhendo algo do chão. Segundo a testemunha, a observação durou cerca de 10 minutos. O aposentando lembra que, durante esse tempo, ele e uma funcionária, chamada Marisa, ficaram totalmente paralisados. Não conseguiam nem sequer mexer os braços e as pernas. Além disso, o corpo dos dois ficou bastante dolorido por mais dois dias após o avistamento. Na manhã seguinte à experiência ufológica, Miglioranza voltou à praia, mas não encontrou nenhum vestígio da aterrissagem da nave. Possivelmente, as águas do mar tenham apagado as marcas.
Ainda naquele ano de 1996, quando toda a atenção da Ufologia Brasileira se voltava para os acontecimentos na cidade de Varginha, no sul de Minas Gerais, tivemos um importantíssimo acontecimento no litoral de São Paulo, na cidade de Santos. Em 16 de novembro, durante uma festividade, o avião Tucano T-27, da Esquadrilha da Fumaça, pertencente à Força Aérea Brasileira (FAB), caiu no mar logo após ter perdido a asa direita, enquanto realizava algumas evoluções. O terrível acidente, que causou a morte de um garoto que estava na água, foi filmado por um cinegrafista amador. Curiosamente, ele também registrou um estranho objeto de formato esférico, medindo aproximadamente um metro de diâmetro, que passou bem perto da aeronave, a altíssima velocidade, apenas cinco segundos antes da asa se partir. O capitão Barreto, que pilotava o Tucano e que conseguiu se salvar ejetando o assento em que estava antes que o avião caísse no mar, relatou não ter visto o UFO. A explicação oficial para a queda da aeronave foi a de fadiga no material de fuselagem da asa, embora em mais de 40 anos de Esquadrilha da Fumaça isso nunca tenha acontecido. Os aviões passam por inspeções
muito rigorosas periodicamente, o que reforça a probabilidade de que o UFO tenha afetado o funcionamento do avião e até mesmo causado a queda repentina.
Já em 1997, Toni Spena e uma amiga estavam sentados na Praia da Enseada, no Guarujá, por volta das 20h00, quando viram no céu uma luz semelhante a uma estrela, mas na cor vermelha. Repentinamente, ela mudou para laranja e se deslocou lentamente na direção do Morro do Tortuga. Instantes depois, alterou a trajetória na direção das testemunhas, quando aumentou consideravelmente de tamanho. A amiga de Toni começou a se apavorar, até que a luz girou e disparou rapidamente até sumir de vista. Toni disse que ficaram alguns segundos calados, estáticos, sem saber o que dizer. Ambos resolveram guardar segredo sobre aquele avistamento, pois tinham receio de que ninguém acreditasse neles. Apenas recentemente procuraram o Grupo de Estudos Ufológicos da Baixada Santista (GEUBS) para relatar o fato.
O final da década de 90 foi bem agitado em se tratando de casos ufológicos no litoral de São Paulo, com uma onda concentrada de avistamentos. Muitos moradores procuraram o GEUBS para relatar a observação de estranhos objetos no céu. Logo no início de 1998, Rafael Coracin contou ter observado uma estranha luz sobrevoando o céu da Praia Grande. Ele estava na sacada do apartamento da namorada quando avistou um UFO que se deslocava em ziguezague entre as nuvens. Segundo Coracin, a luz piscava constantemente e sua trajetória era totalmente irregular, o que demonstrava não se tratar de nenhuma aeronave conhecida. Já na madrugada de 27 de março de 1998, por volta das 04h30, foi a vez do gráfico Jorge Fernandes, morador do Parque Bitaru, em São Vicente, não somente observar, mas também filmar as evoluções de um objeto voador não identificado. Ele registrou com sua câmera Sony handycam, com zoom de 10 vezes, a passagem daquela luz por sete minutos. Fernandes chegou a enquadrar no mesmo plano a nave e a Lua. Animado com o feito, resolveu observar o céu na madrugada do dia seguinte, quando, por volta das 05h30, registrou a presença de um outro UFO, ou talvez o mesmo, sobrevoando a Praia do José Menino.
Estranhos seres — No mesmo momento, mas em outra casa, Valentin do Nascimento Júnior foi acordado por sua esposa, Maria Natividade, assim que ela observou um objeto luminoso no céu pela janela do quarto, que estava aberta. Muito assustada com a excessiva iluminação e a proximidade do objeto, ela insistiu para que seu marido se levantasse da cama. “Quando ela me chamou eu não estava acreditando, mas depois acabei meio que hipnotizado com a intensidade da luz e os seus rápidos movimentos”, contou Valentin, que, ao pegar o binóculo, conseguiu visualizar o artefato com muita nitidez. O UFO possuía luzes muito fortes nas cores amarela, verde e azul. Ele pegou então a filmadora e conseguiu registrar aquela luz antes que desaparecesse. De acordo com o casal, todo o avistamento deve ter durado cerca de 40 minutos. Um outro caso ocorrido em 1998, que também envolveu o avistamento de seres extraterrestres no litoral norte de São Paulo, foi pesquisado pelo Grupo de Estudos de Objetos Não Identificados (GEONI), então coordenado pelo amigo Osmar de Freitas e pelo saudoso Marcos Silva, o popular Marcão. O advogado Celso Vendramini relatou ao grupo que tinha viajado para a Praia de Boracéia, no litoral norte, acompanhado de sua esposa Sônia, de seus dois filhos e de mais um amigo chamado Roberto.
Por volta das 01h00, Celso foi caminhar na praia com o amigo, quando viram um estranho artefato prateado, muito parecido com uma redoma bem iluminada. Depois de passarem um tempo observando o objeto sem se aproximarem, resolveram voltar para a pousada onde estavam hospedados. Roberto foi dormir, pois estava bastante cansado, mas Celso não conseguia parar de pensar no que tinha visto. Resolveu chamar sua esposa e voltar à praia. Ele pegou seu revólver, Sônia apanhou a lanterna e ambos seguiram, já por volta das 02h30, para o local do avistamento, acompanhados pelos dois cachorros dos proprietários da pousada. Quando já estavam próximos do artefato, os cães subitamente começaram a latir e a olhar na direção do mar, fato que fez com que Sônia apontasse a lanterna naquela direção.
O que viram a seguir foi surpreendente: uma estranha criatura amarelada, muito magra, com cabeça em formato de gota e com dois metros de altura. Andava de um jeito desengonçado e tinha os braços muito compridos, abaixo dos joelhos. As pernas também eram muito longas e o nariz muito pequeno, bem desproporcional ao tamanho da cabeça. O ET, que estava acompanhado de outros seres menores, murmurou alguma coisa, quase como um sussurro, incompreensível para as testemunhas. Ao ser iluminado pela lanterna o ser maior se dirigiu na direção do casal, que ficou bastante assustado. Celso chegou a disparar a arma apontando para a areia da praia, o que fez com que as criaturas simplesmente desaparecessem, como se tivessem ficado invisíveis. Sônia iluminou toda a área com a lanterna, mas não havia mais qualquer sinal das criaturas. No dia seguinte, logo ao amanhecer, ambos retornaram ao local em companhia de Roberto e dos filhos, mas não encontraram qualquer vestígio da presença alienígena.
Outro caso documentado de grande repercussão aconteceu na Praia de Pitangueiras, no centro do Guarujá, no dia 21 de outubro de 1999. Eram 06h00, quando Alexandre Peixoto, mais conhecido como Nani, tirou uma seqüência de quatro fotografias de um objeto voador não identificado. Ele estava acompanhado de mais dois amigos, Alexandre (China) e Nilton, além de um outro rapaz que estava fazendo cooper no calçadão da praia, e que parou para observar o fenômeno. “No primeiro momento achamos que fosse um avião, pois tinha um movimento uniforme e velocidade constante. Mas não estávamos em um local que fosse rota de aviões e, além disso, o objeto era muito silencioso, não fazia nenhum barulho. O UFO cruzou toda a linha do horizonte, de norte para sul, até desaparecer”, relatou Nani. Ele lembra que o objeto era alaranjado, metálico e que refletia a luz do Sol.
Essa foi a segunda observação ufológica de Peixoto. Na primeira, ele estava se apresentando juntamente com uma banda no bar Bafo da Onça. De repente, Nani e seus amigos avistaram três estrelas bem brilhantes e fixas no céu. Instantes depois elas começaram a se movimentar e uma desapareceu. Logo em seguida, sumiram a segunda e a terceira. Os UFOs também puderam ser vistos por outras pessoas, chamadas por Peixoto.
UFOs na base aérea — No distrito de Vicente de Carvalho, pertencente ao município de Guarujá, localiza-se a Base A&eacut
e;rea de Santos, que por diversas vezes já foi palco de aparições de UFOs. Um desses casos aconteceu por volta das 05h30 de 15 de dezembro de 1999, quando um disco voador sobrevoou as cidades de Santos e Guarujá. A primeira testemunha civil a observar a nave foi Carlos Eduardo, residente no Canal 3, em Santos. “Fui o primeiro a observar aquela luz pela janela do meu apartamento. Em seguida, chamei toda a minha família e pudemos observar o objeto por cerca de meia hora. Ele estava abaixo das nuvens e piscava rapidamente alternando sua cor de branco brilhante para amarelo e depois para um vermelho bem escuro. Era um pouco maior que a estrela Vênus e fazia manobras muito rápidas. Em seguida, ele seguiu na direção do Guarujá, o que fez com que eu resolvesse ligar para a Base Aérea de Santos”, explicou Eduardo.
Depois que entrevistei a testemunha, entrei em contato com alguns amigos que trabalham na Base Aérea, que, para minha surpresa, confirmaram o avistamento. Segundo eles, a ocorrência foi registrada pelo cabo da guarda e por dois controladores de vôo, que estavam de plantão naquela madrugada. “Realmente, pude observar o UFO. Sei que isso existe, mas se você divulgar meu nome em algum lugar eu negarei toda essa história, pois já tive amigos que passaram por isso e eu sei o que acontece. O que observei ontem de madrugada foi um objeto bastante brilhante, que se deslocava em direção à estrada de Piaçaguera [Que liga Guarujá a Cubatão], e com certeza, pelos meus anos de serviço militar, as manobras e luminosidade não eram de nenhuma aeronave conhecida. Portanto, tenho absoluta certeza que aquilo não era nenhum avião”, afirmou o militar. Perguntei-lhe o que poderia acontecer caso seu nome viesse a público. “Teria que passar por uma série de interrogatórios, além de ter que preencher diversos formulários, e isso seria apenas a parte menos ruim”, limitou-se a dizer, encerrando nosso bate-papo logo em seguida.
Em fevereiro do ano seguinte, a Base Aérea voltou a ser cenário de um avistamento ufológico. A caseira Rosimar Maria Oliveira de Holanda, 34 anos, observou a passagem de um objeto, bastante iluminado, a baixa altitude e em altíssima velocidade, no bairro Jardim Virgínia, na Praia da Enseada. “Era uma luz azul que brilhava muito e que passou em linha reta. Na frente do objeto tinha uma espécie de farol, que iluminava muito. Aquela coisa fazia um barulho muito parecido com uma válvula da tampa de uma panela de pressão e veio do mar em sentido à serra. Fiquei pasma, pois nunca tinha visto nada parecido com aquilo”, concluiu a caseira. Ela calculou que o UFO tinha quatro metros de comprimento e que estava a aproximadamente 15 m de altura. Três meses depois, o ufólogo e integrante do GEUBS, Jamil Vila Nova, fotografou no bairro de Santa Rosa uma nave circular e bastante luminosa. Ele observava o céu com a câmera Nikon FM 2, com objetiva de 400 mm e mais um Teleconverter de 1/125, às 11h35, quando notou a presença do estranho objeto. Nova chegou a fotografar UFO, que logo em seguida desapareceu.
Casos ufológicos na praia – Já em 2001, Rodrigo Diogo Mendonça estava na casa de praia de sua tia, no bairro Guaraú, em Peruíbe, quando, por volta das 19h00, avistou um disco voador um pouco acima da linha do horizonte. O céu estava parcialmente nublado, mas ele pôde notar que o objeto se deslocava por baixo das nuvens. Mendonça pegou o binóculo de seu primo e viu que se tratava de um UFO um pouco arredondado, “semelhante a uma fruta chamada cuca deitada ou a uma noz”, como definiu. Ele era muito brilhante, silencioso, e ficou parado por cerca de 30 minutos, para depois voltar a se locomover lentamente pela faixa do horizonte. Dez minutos depois, desapareceu. Foi quando surgiram várias luzes bem pequeninas, que se deslocavam rapidamente de um lado para outro. Segundo a testemunha, as luzes ficaram “brincando” no céu por cerca de 20 minutos, até sumirem, uma a uma.
Mendonça e as demais pessoas que estavam na casa de praia ficaram bastante impressionados. Eles, inclusive, voltaram a testemunhar outra luz muito intensa no dia seguinte, por volta das 18h15. O segundo avistamento, no entanto, aconteceu no alto da serra. A luz se deslocou para a direita, por sobre dois morros, para depois voltar lentamente para a esquerda e, em seguida, acelerar e sumir no horizonte. Mendonça disse que um amigo já havia presenciado algo bem semelhante na cidade de Cubatão, próximo à Companhia Siderúrgica Paulista (Cosipa).
Também em 2001, o piloto André Yamaguti, morador da cidade de Santos, observou da janela de seu apartamento uma luz muito intensa no céu. O UFO se deslocava a alta velocidade no sentido horizontal e pôde ser visto por alguns minutos, e desapareceu como se tivesse simplesmente se apagado. Alguns anos antes, quando estava no Canal 7, próximo ao colégio Coração de Maria, Yamaguti avistou três estrelas no céu. Elas formavam um triângulo que girava lentamente em sentido horário. Dez minutos depois, se distanciaram e desapareceram. Nas duas oportunidades em que Yamaguti testemunhou esses objetos o céu estava limpo e estrelado. Com grande conhecimento sobre aviação, o piloto disse ter certeza de que o que viu não era de origem terrestre. No ano seguinte, foi a vez de Gabriel Forjaz Lopes, de apenas 11 anos, protagonizar um evento ufológico. Morador da Praia da Enseada, no Guarujá, ele estava com sua tia quando, por volta das 22h40, ambos avistaram um objeto muito grande e luminoso no céu. Outras pessoas, inclusive alguns policiais, que estavam numa guarita localizada na avenida Dom Pedro I, também viram o objeto. O menino disse ter ficado muito assustado, só se acalmando minutos depois que o objeto desapareceu repentinamente. Ainda em 2002, Filipe estava na sacada do apartamento de uma amiga, no Morro do Maluf, quando avistou algumas luzes sobre o mar. Segundo ele, tinham o formato discóide e cores alternadas. Inicialmente, pensou tratar-se de um balão suspenso sobre alguma casa de show, mas logo depois notou que os objetos se moviam, e os ficou observando até desaparecerem no horizonte.
Enorme bola iluminada — Em julho de 2003, a jovem Hellen Stefany Rodrigues Kuczner, 17 anos, e sua irmã, 19, andavam pela praia, em Santos, quando viram no céu uma bola iluminada sobre a Ilha Porchat. Ambas relatam que o UFO parecia ser feito de fogo e ficava voando em círculos, deixando um rastro semelhante à calda de um cometa. A luz permaneceu no local por cerca de meia hora e, quando elas caminharam na direção do objeto, para melhor visualizá-lo, o artefato simplesmente desapareceu, como se tivesse se apagado. Dois meses depois, por volta das 18h00, Amaro Júnior trafegava no viaduto que dá acesso à Avenida Adhemar de Barros, no Guarujá, quando logo após fazer a curva da alça de acesso se deparou com um estranho objeto no céu. Era estático e formado por tr&eci
rc;s círculos luminosos amarelados. Barros, então, diminuiu a velocidade e ficou observando aquele objeto que não se movia. Ficou parado sobre uma pequena vila de casas atrás da Avenida Puglisi, no centro da cidade. A testemunha ainda continuou avistando a nave por mais alguns instantes, quando ela saiu do seu campo de visão.
Alípio Raposo, morador de Bertioga, no litoral norte de São Paulo, nos enviou o relato de uma amiga que ficou muito impressionada quando observou uma verdadeira esquadrilha de objetos voadores não identificados. Ela conta que, minutos antes da virada do ano de 2003 para 2004, avistou, juntamente com cinco familiares, uma luz muito grande acompanhada de uma outra um pouco menor. Ambas, conforme o relato, estavam sendo seguidas por várias luzes bem pequenas, que se moviam freneticamente como se fossem filhotes seguindo os pais. O avistamento durou cerca de 20 minutos, e a testemunha teve a certeza de que estava diante de um evento ufológico autêntico. Para ela, eram naves inteligentemente guiadas, já que mudavam constantemente a trajetória. Após a queima de fogos, somente a luz mais forte era vista, e se movia em círculos. Para a surpresa da amiga de Raposo, soube mais tarde que um colega de trabalho também havia avistado essas estranhas luzes no céu, uma semana antes, curiosamente na noite de Natal.
No mês de março de 2004, Isa Assaf, moradora do bairro Aparecida, na cidade de Santos, estava no sofá da sala de seu apartamento, conversando com seu marido, quando viram pela janela três luzes coloridas que despontavam no céu, sendo uma muito grande e as outras duas um pouco menores. Seu marido ainda levantou a hipótese de serem helicópteros, mas não ouviram nenhum tipo de barulho. Segundo Isa, uma ficou parada, enquanto a outra partiu em direção ao Guarujá. A terceira seguiu na direção do cais do porto. Ela e seu marido pegaram um espelho e tentaram sinalizar para uma das luzes, que chegou a se deslocar lentamente na direção dos dois. Isa disse que o objeto era escuro e enorme, muito semelhante a esses aviões “invisíveis” norte-americanos. Instantes depois, no entanto, desapareceu, assim como as outras luzes.
Em abril do mesmo ano, o advogado Norberto Moraes Júnior, 32 anos, morador da Praia Grande, estava trabalhando ao computador, com a porta da sacada do quarto aberta, quando, por volta de 22h30, avistou um objeto prateado e achatado planando sobre o mar em direção à montanha. Havia uma névoa que cobria boa parte do céu por conta do frio que estava fazendo. O UFO deslocava-se lentamente, deixando atrás de si um rastro, como verificou o advogado. Moraes Júnior afirmou que não era um avião porque estava muito baixo, lento e não fazia barulho. Ele chamou a mãe, que também pôde testemunhar o objeto. Momentos depois, a nave desapareceu lentamente por trás da montanha.
Naquela mesma noite um objeto voador não identificado foi visto pelo jovem Leonardo Walker e por um amigo dele quando tinham acabado de sair de uma casa noturna na cidade de Guarujá, chamada Lucky Scope, no bairro do Guaiuba. Eles avistaram uma enorme luz amarela que se movimentava rapidamente. Já em 25 de julho de 2004, o médico Benito Vasquez e três amigos observaram um objeto de cor brilhante, semelhante a uma solda elétrica, por volta de 18h30, que apresentava uma trajetória bastante sinuosa, por algumas vezes em ziguezague. Ele não piscava e sua luz era bem constante. Tinha o formato de uma bola de futebol americano. Segundo Vasquez, o UFO pôde ser visto por somente 15 segundos, quando desapareceu misteriosamente.
UFO semelhante à estrela cadente — Em 28 de janeiro de 2005, o estudante de medicina Marco Antonio Volasco foi caminhar com a namorada na Riviera de São Lourenço, à noite, quando viram no céu uma luz que começou a se mover. A moça pensou tratar-se de uma estrela cadente, mas logo surgiu outra e ambas se locomoveram para o mesmo ponto no céu, para depois se distanciarem. Em seguida, ela viu outro objeto, este muito brilhante, sobre o mar. Segundo conta a testemunha, ele disparou na vertical até desaparecer. Quando o casal já estava indo embora, ainda pôde ver outro UFO que surgiu atrás do morro e se aproximou sobrevoando os prédios. Tinha duas luzes vermelhas e branco fosforescentes e não emitia qualquer som. Ao chegarem em casa, os dois namorados ainda puderam ver as “estrelas” se movendo. Volasco disse que depois daquele dia passou a ficar atento ao céu, mas nunca mais presenciou algo parecido.
No dia 05 de junho de 2005, Roberto Luiz Rabelo, que é membro do GEUBS, e alguns amigos, voltavam de Cubatão para Guarujá quando, por volta das 00h50, viram um estranho objeto no céu. O UFO estava próximo à Serra do Mar e se dirigia na direção sul, rumo ao porto de Santos. Rabelo pegou sua maquina Sony W1 e conseguiu tirar algumas fotos do objeto antes que desaparecesse. Já no dia 21 de setembro de 2005, Hebe Ribeiro e seu irmão Milton Pinto Ribeiro Filho, após revelar algumas fotos tiradas por volta das 15h00 daquele dia, na cidade de Peruíbe, observaram a presença de estranhos objetos no céu, sendo mais um registro da intensa casuística daquela cidade.
Outro caso recente foi registrado em 30 de dezembro de 2005, no Guarujá, quando Mário Soriano e seu irmão avistaram algo estranho no céu. Era uma luz muito grande, que seguia uma trajetória curvilínea no céu. Segundo Soriano, em dado momento se desprendeu do artefato uma espécie de estrela, que partiu na direção das praias das Astúrias e Guaiuba, onde se localiza o Forte dos Andradas. Havia outras pessoas na praia que também testemunharam aquela luz, que em seguida seguiu em direção a uma nuvem e desapareceu. Na casuística ufológica, poderíamos dizer que o objeto menor que se desprendeu do maior se tratava de uma sonda ufológica. A testemunha lamentou estar sem sua câmera fotográfica na hora. Mas afirma ter a certeza de ter visto um UFO. Conforme Soriano, a luz tinha tonalidade amarela clara e parecia estar a baixa altitude.
Era uma luz azul que brilhava muito e que passou em linha reta. Fiquei pasma, pois nunca tinha visto nada parecido com aquilo
– Rosimar Maria Oliveira de Holanda, testemunha
Já neste ano, em 07 de fevereiro, Carlos Eduardo se surpreendeu ao tirar algumas fotografias no deck de pesca que fica localizado na Ponta da Praia, em Santos, por volta das 18h00. Ele acabou registrando uma estranha imagem no céu. Trata-se de um objeto escuro de formato cilíndrico. E o último caso registrado na região que consta em nossos arquivos aconteceu na noite de 25 de fevereiro, quando Rafael Mazzoli observava o céu da sacada da sua casa, no bairro Areia Branca, em Santos. Ele viu uma luz branca, que se deslocava de maneira muito rápida para a direita, para em seguida fazer um ângulo de 45 graus e desaparecer. Impressionado com aquele avistamento, Mazzoli continuou observando o céu por mais algum tempo, notando a presença de outra luz, bem mais fraca, que se deslocava lentamente. Essa, no entanto, não alterou sua trajetória nem velocidade.
UFO triangular em Bertioga
Equipe GEUBS
Entre os inúmeros relatos de avistamentos de UFOs no litoral paulista, destaca
mos o testemunhado por Michelini Pierre Infantini, em novembro de 1997. Na ocasião, ele foi com alguns amigos para Riviera de São Lourenço, um condomínio de alto padrão localizado em Bertioga, litoral norte de São Paulo. Estavam fazendo churrasco quando, por volta de 21h00, Infantini se afastou do grupo. “Quis ficar um pouco sozinho, pois minha mãe infelizmente tinha falecido havia poucas semanas. Sai de perto dos meus amigos para pensar um pouco”, lembra. Ele foi para um corredor lateral da casa e sentou-se no chão. A noite estava um pouco chuvosa e fria.
Já haviam se passado 15 minutos quando uma amiga do jovem se aproximou. “Conversarmos por algum tempo, não lembro quanto, enquanto eu olhava para o céu e mentalmente procurava respostas divinas para minhas dúvidas e angústias. De repente, vi um objeto estranho, que não conseguia identificar”, explica. Imediatamente, Infantini mostrou o UFO para a amiga, que se virou e também avistou a nave. Segundo o relato das testemunhas, mesmo com a fina chuva que caía foi possível notar que o disco voador estava a menos de 30 m de distância de ambos. “O objeto tinha a forma de uma ponta de flecha, muito semelhante a um triângulo. Era feito de um material parecido com folha de papel alumínio amassado. Tinha uns 3 m no seu vértice maior, 15 m de raio e fazia um movimento circular muito lento”, narra Infantini.
Conforme ele, o objeto não possuía nenhuma luz, apenas refletia as luzes das casas que sobrevoava, e também não emitia qualquer ruído, era totalmente silencioso. O jovem chegou a cogitar a hipótese de se tratar de uma pipa gigante de alumínio, mas logo descartou a tese, pois além de estar chovendo, nenhuma pipa faria movimentos circulares como aqueles. “Minha amiga disse que era um sinal divino, mas não acreditei nem um pouco nisso. Ficamos olhando por um certo tempo aquele objeto fazendo suas evoluções no céu nebuloso, quando, de repente, vagarosamente, o UFO foi subindo até se perder no meio das nuvens”, diz Infantini.
Depois disso, ele conta que ficou mais algum tempo observando o céu, para ver se o artefato retornaria, mas como isso não aconteceu, voltou para junto dos amigos e lhes perguntou se também tinham visto o UFO. Todos negaram. “Mas era de se esperar, pois estavam bastante entretidos e se divertindo com o churrasco. Com certeza o que presenciei era mesmo um UFO. Desconheço qualquer aeronave ou outro artefato capaz de realizar aquelas evoluções naquele céu chuvoso”, conclui o jovem.
UFOs intrigam moradores do Guarujá
Renato Fontes dos Santos
Logo cedo descobri a paixão pelas aventuras e mistérios, instigado pelas histórias fantásticas de assombrações e lendas, muito populares no litoral paulista. E na busca por emoção e pela compreensão de tais fenômenos, comecei a fazer pesquisas sobre os fatos ufológicos, inclusive os que testemunhei no céu do Guarujá. A maior incidência de casos pôde ser notada entre os anos de 1996 a 1998, até mesmo com repercussão nacional.
Na época, estive à frente de algumas dessas ocorrências em companhia de um dos meus irmãos. Cheguei até a pensar que os extraterrestres realmente estavam querendo se mostrar para mim. Isso se confirmou em junho de 1998, quando estava com meu irmão e os amigos Rodrigo e Fernando na festa junina da Vila Zilda. Eram 19h30 e estávamos em uma lanchonete conversando. De repente, notamos no céu duas bolas alaranjadas de brilho intenso e constante. Depois de fazer algumas evoluções, elas pararam juntas, uma ao lado da outra. Foi naquele momento que me convenci de que se tratavam de UFOs. Chamei à atenção de todos, quando então uma das naves voltou a se movimentar e se deslocou em direção à Praia de Pitangueiras, sobrevoando o Morro da Glória, onde se localiza a torre de rádio e televisão da cidade. Enquanto isso, a outra se elevou no céu em sentido vertical, até desaparecer de vez. E para nossa surpresa, a primeira luz, que se moveu na direção da praia, retornou e fez o mesmo trajeto da outra, subindo na vertical até sumir no espaço.
Caso recente — Outra ocorrência recente que tive conhecimento, e que também ajudou a me despertar para o estudo do Fenômeno UFO, foi registrada em setembro de 2002. Reinaldo Costa retornava para sua residência, às 02h30, quando observou no céu uma estranha luminosidade dourada. Inicialmente, não deu importância para o fato e entrou em casa. Quando foi à cozinha tomar um copo de leite gelado, observou pela janela que a tal luz continuava no mesmo lugar. Foi então que resolveu voltar ao quintal para observar melhor do que se tratava, e pôde perceber que aquela luminosidade tinha o formato de dois cilindros paralelos.
Alguns minutos depois, constatando que os UFOs permaneciam imóveis, Costa acordou a mãe, Ivelise Costa. Ambos continuaram observando as naves por cerca de 20 minutos, quando resolveram ir dormir. No dia seguinte, ao chegar à casa de sua irmã, a duas quadras de distância, o rapaz soube que ela também havia testemunhado os estranhos objetos no céu. A irmã de Costa lhe disse que quando saiu de casa, às 19h30, já tinha ouvido duas vizinhas falarem sobre um “estranho avião”. E quando retornou, às 22h00, ela também viu os UFOs.