Os australianos se superaram dessa vez. Dando novo show de profissionalismo, a equipe do Queensland UFO Network (Qufon) organizou nesse ano um evento ainda mais completo e diversificado que o do ano anterior – embora com menos participantes. O 2º Australian International UFO Symposium, realizado de 17 a 19 de outubro no Carlton Crest Hotel, no centro de Brisbane, foi um sucesso indiscutível e mais uma vez mostrou a liderança da Qufon na Austrália, tendo à frente a ativa ufóloga e contatada Glennys Mackay (representante da Revista UFO em seu país).
Cerca de 20 conferencistas de oito países estiveram presentes, a maioria já convocada a estar também no Brasil, para o I Fórum Mundial de Ufologia. Dos Estados Unidos, o destaque ficou para Budd Hopkins, que falou sobre suas atividades na pesquisa de abduzidos. Budd, pioneiro na área, já trabalhou com mais de duas mil pessoas seqüestradas por ETs, tendo escrito três livros – sua próxima obra em Português será Witnessed, que a Educare deverá lançar em dezembro. Também dos EUA, Wendelle Stevens mostrou novas e surpreendentes fotos de UFOs de sua coleção. Wendelle, que se especializou no assunto, tem a maior coletânea de fotografias ufológicas do mundo – mais de 4.000 fotos.
O chinês Sun-Shi Li, diretor da Chinese UFO Research Association (CUFORA), tem sido presença cada vez mais constante em eventos internacionais, depois da relativa abertura de seu país. Sua entidade, a maior do mundo, tem mais de 50 mil associados e edita uma revista mensal em mais de 200 mil exemplares.
Sun-Shi apresentou alguns dos mais recentes casos de abdução no interior da China, em especial alguns envolvendo experiências genéticas. Também compareceu o estigmatizado italiano Giorgio Bongiovanni. Suas experiências místicas o levaram a circular o mundo várias vezes visitando autoridades, militares, religiosos e líderes diversos – recentemente, foi recebido por cosmonautas soviéticos, que lhe forneceram surpreendentes evidências de UFOs no espaço.
Incansável denunciador – Da Inglaterra, o veterano Graham Birdsall, editor da revista UFO Magazine e um dos mais bem informados ufólogos do planeta, compareceu e brindou a audiência com o que há de melhor na Ufologia britânica. Graham especializado em UFOs triangulares e incansável denunciador do acobertamento ufológico mantido pelos governos do Primeiro Mundo, é uma figura indispensável em eventos internacionais, tendo ele próprio organizado vários em seu país. Sua revista tem, hoje, circulação de mais de 140 mil exemplares.
O lado esotérico da pesquisa ufológica, latente na Austrália, também esteve fortemente representado no evento. Robert Dean e sua esposa Cecília, ambos dos Estados Unidos, levaram a Brisbane uma significativa mensagem extraída da análise acurada do drama dos abduzidos. Bob, que foi militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) nos tempos de Guerra Fria e conheceu de perto o mecanismo de informação ufológica entre ex-União Soviética e Estados Unidos da América, tem se dedicado a disseminar o que considera a iminência de um contato direto com ETs. Cecilia, por sua vez, ministra técnicas de restauração da individualidade a pessoas traumatizadas em contatos com aliens. Ambos dirigem, em Tucson, Arizona, a instituição Stargate International.
Simon Harvey Wilson, da Austrália, e Warren Aston, da Nova Zelândia, também entraram fundo no lado esotérico da Ufologia. Simon estuda uma aproximação entre as “ufologias” Espiritualista e Científica. Ao contrário do que ocorre na Europa e América do Norte, na Austrália há uma convivência pacífica entre estas linhas de pensamento – sim, elas existem no mundo todo! Já Aston, experiente veterano, abordou os contatos imediatos com ETs em que há despertar da consciência e evolução espiritual.
Do Brasil, compareceu o editor de UFO, A. J. Gevaerd, que apresentou os mais recentes casos ufológicos ocorridos em nosso país, investigados por ufólogos ligados à revista. Igualmente, deu um update do Caso Varginha, atualizando as informações que havia fornecido no evento do ano anterior. Na Austrália, o interesse pela Ufologia Sul-Americana – e em especial a Brasileira – é intenso. O Caso Varginha ainda é bastante discutido em todos os círculos ufológicos daquele país, despertando bastante curiosidade.
Realidade Global – Os eventos de Brisbane, assim como o que foi realizado em setembro, em Salvador, foram preparatórios para o I Fórum Mundial – e ambos tiveram bastante êxito. Já regulamentado como anual, o Australian International UFO Symposium tem conseguido, em suas duas versões, aproximar pesquisadores dos mais diversos países. Os ufólogos australianos, que antes se sentiam isolados do resto do mundo – também pudera, a distância é inimaginável (do Brasil à Austrália são mais de 30 horas de vôo) -, estão agora se entrosando e difundindo suas pesquisas de forma mais interativa.
Congressos e simpósios internacionais existem justamente para isso: estreitar os laços entre os estudiosos, permitindo que tenham contato com uma realidade mais global do Fenômeno UFO. Em todo o mundo, há eventos com calendários bem definidos, que ocorrem todos os anos. Em todos os meses de outubro, por exemplo, teremos o evento de Brisbane (que também será levado a outras cidades). Em junho, há o Congresso Internacional de Ovniologia do Chile em Santiago. Em janeiro, é a vez do Las Vegas International UFO Congress. Em setembro, o agito da Ufologia européia se dá em Leeds, Inglaterra, com o International Leeds UFO Congress etc.
Espera-se que, após a consagração do Fórum M
undial, ele seja definitivamente escalado para acontecer todos os anos. Assim, se os ufólogos e interessados brasileiros têm limitações para comparecerem em eventos noutros países, tentaremos trazer os conferencistas do circuito mundial para apresentarem-se no Brasil.