Em todo o planeta há milhares de relatos de objetos misteriosos evoluindo acima de mares, lagoas, rios e em plenos oceanos. O número destas ocorrências é simplesmente espantoso e, embora a Ufologia registre mais casos destes objetos nos céus, os fatos verificados em mar aberto também chamam a atenção. Mas o que são tais objetos e o que fazem? É lógico pensar que, em decorrência da grande movimentação que os UFOs manifestam sobre vastas extensões d’água, tais naves estariam estabelecendo bases secretas nas profundezas abissais, a exemplo do que tentou fazer o homem em sua exploração espacial, sonhando com bases na Lua, de onde pudesse operar sem o desconforto dos longos vôos interplanetários. Assim como avistamentos de objetos misteriosos em terra firme, também as observações de naves mergulhando e emergindo das águas se perdem no tempo. A Ufologia criou até um termo próprio para designar tais naves: Objetos Submarinos Não Identificados, ou simplesmente OSNIs. Na maioria dos casos, são descritos como alongados, esféricos ou cilíndricos, e quase sempre têm grandes dimensões. Sua cor muitas vezes é relatada como sendo escura, mas pode ser verde, branca ou amarelada.
Um dos casos mais interessantes registrados até hoje foi o que mobilizou um contingente de forças da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), e se deu na Noruega em 1963. Este fato ocorreu, primeiramente, com a observação de um pescador chamado Mons Lagetig, que estava próximo da praia de Sognef Jorden. Lagetig surpreendeu-se vendo um objeto semelhante a um periscópio emergir do mar. Em seguida, uma embarcação local captou o objeto através de radares. Parecia ser gigantesco e de cor escura. O barco de guerra Trodhein confirmou a presença do objeto através do sonar de bordo e mobilizou as forças norueguesas, visto que poderia ser um submarino estrangeiro transitando por suas águas territoriais. O governo norueguês destacou outros 30 navios para o local, além de solicitar ajuda de uma frota da OTAN que manobrava em águas daquele país. A ajuda britânica e americana se fez imediata e logo o objeto foi localizado. Porém, misteriosamente, conseguiu escapar de todo o contingente montado na superfície.
Objeto em São Paulo – Este tipo de ocorrência não é incomum e os governos dedicam quase tanta verba e esforços para desmenti-las quanto fazem com UFOs registrados em vôo. Outro fato digno de menção, envolvendo objetos que submergem em oceanos, ocorreu no Brasil em 16 de junho de 1956. Nesta data, o advogado João de Freitas Guimarães encontrava-se em São Sebastião (SP), quando observou um fato inusitado. Após o jantar daquele dia, cerca de 19:00 h, Guimarães resolveu caminhar pela praia e viu um esguicho surgir além do quebra-mar. Pensou tratar-se de um submarino, novidade no Brasil daquela época, mas logo viu que não poderia ser um, já que o objeto saiu da água e veio voando até a praia. Pousado na areia, o OSNI teve uma pequena porta aberta, através da qual dois seres desceram e dirigiram-se até onde estava o advogado. Guimarães imaginou serem pilotos americanos, ou talvez soviéticos, que estivessem ali em algum tipo de missão. Enganou-se: eram extraterrestres que se comunicaram com ele telepaticamente e o levaram para uma volta na nave.
Quando o advogado entrou no objeto e este alçou vôo, logo pôde observar que o mesmo mergulhara no oceano. “Está chovendo lá fora?”, perguntou inquieto a um de seus anfitriões. “Não. A água que você vê é do oceano. Estamos embaixo do mar”, respondeu o ET. Depois de algum tempo sob as águas, o OSNI alçou vôo para o espaço, permitindo a Guimarães observar estrelas e a Terra, já distante. Sua experiência é uma das mais bem pesquisadas na história da Ufologia Brasileira, investigada pela Sociedade Brasileira de Estudos de Discos Voadores (SBEDV), já extinta. Mas casos como esse são relativamente comuns, tanto que há séculos geram lendas e mitos folclóricos nos mais diversos rincões da Terra. Em certas áreas do planeta, ver UFOs entrando ou saindo de mares e rios é tão regular que os habitantes de tais áreas imaginam tratar-se de fenômenos naturais.
Observando episódios relacionados com lendas marítimas notamos alguns que podem ajudar-nos a melhor interpretar os casos ufológicos. Mesmo antes dos portugueses chegarem ao Brasil, por exemplo, nossos nativos já tinham criado suas próprias denominações para os avistamentos de naves extraterrestres daquela época. É claro que muitos contatos de todos os graus com seres alienígenas tiveram lugar no passado, com nossos indígenas, para que esses interpretassem as naves ou sondas observadas como animais, aves, peixes, cobras, etc. Por outro lado, seus tripulantes, quando desciam das naves, eram vistos ora como demônios, ora como deuses, espíritos do mal ou do bem. No entanto, a denominação mais antiga que se deu a um UFO em território brasileiro foi a expressão M’bai-tatá, uma luz que rondava matas e praias, às vezes se escondendo nas profundezas de oceanos e rios. Uma versão moderna do M’bai-tatá é o Chupa-Chupa da Amazônia: bolas de luz que saem da floresta ou emergem das águas e perseguem os habitantes das vilas ribeirinhas.
Fogo Vivo – Este fenômeno, que tem sido registrado no Brasil em todas as épocas de nossa história, já era descrito há várias décadas pelo conhecido folclorista Luiz da Câmara Cascudo, em sua obra Geografia dos Mitos Brasileiros. Cascudo nos diz o seguinte: “Em carta de São Vicente, datada de 31 de maio de 1560, o venerável José de Anchieta citou pela primeira vez o M’bai-tatá, traduzindo-o como ‘cousa de fogo’ ou ‘o que é todo fogo’. M’bai (cousa) e tatá (fogo) davam, juntamente, essa versão”. Coisas de fogo semelhantes estão descritas nas lendas folclóricas de quase todos os países da América Latina, especialmente na costa do Oceano Pacífico. Quase sempre, tais esferas luminosas vagueiam próximas a mananciais de água. “Quando aquele fogo vivo se deslocava, deixava um rastro luminoso, ‘um facho cintilante correndo para ali’, anotava o jesuíta”, completa Cascudo.
O próprio José de Anchieta tratava desse assunto há cinco séculos. Sua carta, citada por Cascudo, dá uma descrição completamente surpreendente do fenômeno em questão: “Há também outros fantasmas nas praias, que vivem a maior parte do tempo junto ao mar e dos rios e são chamados de ‘que é todo fogo’. Mas não se vê outra coisa senão um facho cintilante correndo para ali, que acomete rapidamente os índios e os mata como curupiras. O que seja isto, não se sabe com certeza”. O texto mostra um engenho profusamente iluminado, um fogo vivo que perseguia os índios com rapidez e os matava. É claro que se tratava de algo muito mais temido por eles.
ARQUIVO UFO
No entanto, é possível que a palavra ‘matar’, para a época, significasse apenas um desaparecimento momentâneo ou rapto. Esses contatos ainda acontecem com grande intensidade nos dias atuais. São as conhecidas abduções, em que pessoas das mais diversas origens, idades e culturas são levadas a bordo de naves e passam por experiências de cunho genético, que na maioria das vezes deixam marcas nos corpos e mentes dos abduzidos. No sul do Chile há a lenda do Trauco, um serzinho atarracado que espreita suas vítimas – em geral moças jovens e virgens – do alto de árvores, quando estas resolvem caminhar pelos campos e praias à noite. A lenda conta ainda que o Trauco ataca as infelizes quando elas se distraem, seguindo-as até seus dormitórios e seduzindo-as, ansiosos por engravidá-las. Mas as meninas acabam não tendo seus bebês, pois o Trauco volta para tirá-los de seus ventres. Além da lenda registrar uma impressionante coincidência com o fenômeno da abdução, quando vítimas declaram ser observadas do alto e passarem pela mesma rotina, quase sempre há a observação de estranhas bolas de luzes na região, nas noites em que a criatura atua. Moradores da ilha Chiloé, a 1.200 km ao sul de Santiago, relatam ver as bolas entrando no Oceano Pacífico. Assim, quando um objeto desses é observado, ainda nos dias de hoje, os habitantes do local ficam sob alerta para novos ataques do temido Trauco.
Bases na Hidrosfera – Diante dessas observações, torna-se cada vez mais concebível a idéia de que os UFOs estariam mantendo bases ou refúgios na hidrosfera. E se isso é fato, é de se esperar que tais objetos encontrem-se com embarcações civis e militares, ancoradas ou em cruzeiro. Aprofundando-se no debate, deve-se também levar em consideração casos de pessoas que, estando próximas à costa marítima, desapareceram por completo e sem deixar vestígios. Durante décadas, o temido Triângulo das Bermudas foi a área oceânica mais evitada por navegadores e até aviadores, que receavam nela adentrar. Lá, especialmente nas décadas de 70 e 80, foram registrados inúmeros casos de pessoas que desapareceram misteriosamente, assim como foram catalogados incontáveis casos de OSNIs.
No Triângulo das Bermudas, uma zona considerada de grande perturbação eletromagnética, muitos navios, submarinos, cargueiros, aviões militares e comerciais já sumiram sem deixar o menor vestígio. Ou, quando foram encontrados, estavam completamente abandonados e sem traços da tripulação – como verdadeiros navios fantasmas. Não se sabe o que ou quem produzia os misteriosos desaparecimentos, e os cientistas que se dedicaram a estudar os fatos dão muito poucas explicações plausíveis e coerentes a respeito. No entanto, organismos da Marinha e da Aeronáutica norte-americana pesquisaram a área detidamente e levantaram extensos relatórios sobre a mesma, que não revelam em hipótese alguma. Oficialmente, não há nenhuma conclusão sobre a causa das perturbações eletromagnéticas, que interferem nos radares e nas comunicações por rádio. Vale ressaltar que os desaparecimentos se dão quase por acaso, pois o fenômeno é aperiódico. O curioso, no entanto, é que quase sempre que se registra um desaparecimento ou uma anomalia, há também o registro de um UFO ou OSNI.
Geograficamente, o Triângulo das Bermudas é uma área imaginária localizada ao longo da costa sudeste dos EUA, cujos vértices são formados pelas Bermudas, Miami e San Juan de Porto Rico. É também conhecido como Triângulo do Demônio, Triângulo da Morte, Mar das Feiticeiras, Mar dos Barcos Perdidos, etc. O ano de 1945 ficou registrado como o mais intenso no rol de desaparecimentos de embarcações na localidade, sendo o fato mais grave acontecido em 5 de dezembro, quando um grupo de cinco aviões Avenger TBM-3, da Marinha dos EUA, partiram de Fort Lauderdale, na Flórida, para uma missão rotineira de treinamento. Este foi o chamado Vôo 19, com tempo previsto de duas horas. As condições meteorológicas eram boas, com ventos moderados e pequenas nuvens esparsas. Todos os pilotos eram experientes e deviam fazer ataques de treinamento sobre um casco de navio desmantelado no mar, que serviria de alvo. Pois os Avenger nunca voltaram para a base. O bombardeio terminou e os aviões seguiram para leste.
De repente, o rádio-operador da torre de controle da Base Aeronaval de Fort Lauderdale recebeu uma mensagem do líder da esquadrilha, o tenente Charles Taylor, dizendo que se encontravam em rumo incerto, onde até mesmo o oceano encontrava-se diferente. A seguir, todos os cinco aviões desapareceram misteriosamente. Logo depois, um gigantesco hidroavião Martin Mariner partiu em missão de resgate à esquadrilha perdida, levando uma tripulação de 13 homens. O Martin e sua equipe também desapareceram inexplicavelmente. Os esforços e operações de busca dos destroços foram considerados como as maiores manobras de resgate de toda a história da Marinha norte-americana até aquela época. A partir deste incidente, os organismos governamentais passaram a dedicar-se à pesquisa de tais fatos.
Aberrações Atmosféricas – Alguns ufólogos precipitados atribuem tais sumiços às aberrações atmosféricas, buracos no céu, à teoria da Terra oca, desintegração devido a turbulências inexplicáveis, etc. Rapto por extraterrestres é uma teoria presentemente bastante cogitada, ainda que não devidamente explicada. Na verdade, há várias ocorrências e surpresas acerca da confirmação dos OSNIs no Triângulo das Bermudas. Suas atividades já foram até detectadas por radares e outros instrumentos.
Grande contribuição para o entendimento da atração dos UFOs pela água foi dada pelo cientista e ufólogo Ivan Sanderson, um investigador que dedicou parte de sua vida a catalogar objetos aquáticos. Sanderson acreditava que os UFOs concentravam suas atividades em determinadas áreas e desenvolveu, mais tarde, a teoria de que esses objetos são naves de origem terrestre e com bases nos oceanos. Os ocupantes desses aparelhos, dotados de alta inteligência, habitariam há milhares de anos as profundezas dos mares, tal qual se viu no filme de ficção O Segredo do Abismo, onde mergulhadores de uma plataforma de petróleo encontram-se com seres extraterrestres altamente avançados que
habitavam as profundezas abissais. Na vida real, um dos casos que mais chamou a atenção de Sanderson aconteceu em 1963, no sudeste de Porto Rico, ao sul do Triângulo das Bermudas. Nesta data, a Marinha dos EUA realizava exercícios aéreos quando registrou, pelo radar, um objeto movendo-se sob as águas. A princípio, cogitou-se a idéia de que o objeto fazia parte do treinamento que ali se realizava. No entanto, o OSNI movia-se com velocidade incomum, deslocando-se a 280 km/h e impulsionado provavelmente por uma hélice.
Tal objeto foi seguido durante quatro dias, penetrando em profundidades superiores a 9.000 m – sempre captado por radares. Nunca se soube ao certo o que seria e os relatórios oficiais mostraram apenas que “… se tratava de algo propulsado por uma espécie de hélice”. Vago, é claro, mas é essa a forma como o assunto é tratado pelas autoridades. Ora, nenhum veículo construído pela mão humana tem condições de trafegar àquela profundidade, e muito menos à velocidade descrita. Sabe-se, portanto, que se tratava de um objeto não terrestre e, por definição, tem que ser alienígena. Mas o que estava fazendo embaixo d’água, esse é um mistério que até hoje não se sabe. E casos como esse não são tão raros quanto pode-se imaginar. Continuamente autoridades de vários países registram objetos submarinos a grandes profundidades e velocidades inimagináveis. Embora numerosos, no entanto, esses fatos ocorrem em volume bem menor do que os avistamentos de UFOs em pleno ar.
Um caso que também merece ser citado, envolvendo avistamentos de UFOs no oceano, se deu no mês de setembro de 1952, no Mar do Norte, quando as forças navais da OTAN realizavam uma grande manobra reunindo navios e aviões de todos os países participantes da entidade – foi uma das maiores operações do gênero levadas a efeito desde a Segunda Guerra Mundial, denominada Operation Mainbrace. No dia 20 daquele mês, o fotógrafo norte-americano Wallace Litwin se encontrava tirando fotos de aviões levantando vôo de um porta-aviões, quando teve a atenção despertada para um grupo de pilotos e de pessoal de bordo que olhavam atentamente para o céu.
Disco Prateado – Olhando também, Litwin viu que se tratava de um disco prateado que sobrevoava a grande frota da OTAN. Sem perder tempo, tirou três fotografias do objeto, que infelizmente nunca foram publicadas, embora o capitão Edward Ruppelt, então chefe do Projeto Blue Book [Extinto em 17 de dezembro de 1969] tenha uma vez revelado que eram excelentes.
A primeira explicação que todos acharam para o fenômeno foi cômoda: a de que aquilo tinha sido um balão, embora se movesse muito rapidamente. Os oficiais da Inteligência Naval norte-americana imediatamente procuraram verificar o fato, constatando que nenhum dos outros navios da frota havia soltado balões naquela data. No dia seguinte, seis pilotos de caça a jato da Força Aérea Britânica (RAF) estavam voando em formação quando viram alguma coisa vindo da direção onde estava a frota. Era um objeto brilhante, esférico e, como não conheciam nenhum aparelho com essa forma, trataram imediatamente de interceptá-lo. Em dois minutos, porém, o objeto deixou-os para trás e perdeu-se na distância, fazendo com que os pilotos desistissem e retornassem ao porta-aviões. Perto da sua base, um dos pilotos olhou para trás e viu que o UFO havia voltado e os seguia. Ele avisou os demais aviadores e novamente tentaram interceptá-lo. Mais uma vez o UFO deixou os aviões do tipo Meteor a distância, em questão de minutos… No terceiro dia, outro UFO apareceu nas redondezas da frota, desta vez perto do Aeródromo Topcliffe, na Inglaterra. Um jato decolou para interceptá-lo, mas o piloto apenas conseguiu chegar perto o bastante para verificar que se tratava de algo redondo e prateado, que parecia girar em torno do seu eixo vertical. Novamente o disco se distanciou rapidamente do veloz caça que o perseguia.
Seis anos depois, em 16 de janeiro de 1958, um fato semelhante acontecia no Brasil e fora testemunhado por quase toda a tripulação do navio Almirante Saldanha, de nossa Marinha. No deck da embarcação, que estava próxima à Ilha da Trindade, no litoral do Espírito Santo, vários marinheiros, oficiais, algumas autoridades e uma equipe de caça submarina observaram um objeto em formato de prato deslocar-se velozmente entre o navio e a ilha, fazendo um giro entre seus picos e depois desaparecendo de vista. As manobras foram flagradas pelo fotógrafo Almiro Baraúna, em várias fotos que se tornaram clássicas na história da Ufologia Mundial. Na ocasião, como se tratava de uma expedição oficial do governo brasileiro, em atendimento às celebrações do Ano Geofísico Internacional, o caso foi tratado oficialmente. Até mesmo o presidente na época, Juscelino Kubitschek, apreciou as fotografias obtidas por Baraúna, que era nacionalmente reconhecido como um de nossos melhores fotógrafos.
Segundo averiguou recentemente o co-editor de UFO, Marco Antonio Petit, fazendo uma reavaliação do caso [Veja UFO 54], o avistamento deixou alguns dos tripulantes e oficiais abalados emocionalmente. Alguns marinheiros chegaram a apontar suas armas para o estranho aparelho, imaginando tratar-se de um avião estrangeiro. Os negativos de Baraúna foram confiscados pela Marinha, e depois devolvidos com as bordas raspadas. Nas análises feitas em laboratórios da empresa Cruzeiro do Sul, nada se constatou que pudesse conduzir a uma fraude por parte do fotógrafo. Até porque 48 testemunhas presentes no navio, naquela data, foram ouvidas pelo serviço secreto da Marinha. O almirante Paulo Moreira da Silva, a mais alta patente presente na ocasião do avistamento, também confirmou o fato. Em recente depoimento à Revista UFO, Baraúna ainda acrescentou ao seu clássico depoimento que o objeto, a princípio “… parecia-se com um balão apagado em movimento”, que depois ganhou grande velocidade. O caso até hoje permanece como um dos mais bem investigados da casuística nacional e é um belo exemplo de observação de OSNI.
Luz no Rio Paraguai – O envolvimento da Marinha Brasileira com os UFOs evidentemente não está restrito a casos acontecidos no Oceano Atlântico. Há também alguns importantes incidentes registrados oficialmente nos grandes rios que cortam nosso território. Talvez o mais notório tenha sido o recentemente descoberto episódio que se deu com uma embarcação da Marinha responsável pela sinal
ização náutica do Rio Paraguai, no ano de 1962. O capitão de mar-e-guerra João Maria Romariz era o comandante do barco e informou que, numa das vezes que subia o rio em direção a Porto Murtinho (MS), vários membros de sua tripulação o alertaram para a presença de luzes misteriosas no céu, na direção da proa. Anoitecia e logo em seguida um dos objetos sobrevoou a embarcação, permitindo que se avistasse, inclusive, algumas de suas janelas – o que foi confirmado por outro membro da tripulação, através de um binóculo. O navio continuou subindo o rio, tendo sempre à sua frente vários objetos luminosos.
Quando já estava totalmente escuro, um daqueles aparelhos se movimentou rapidamente, chegando bem mais próximo e permitindo uma observação detalhada de sua forma. O UFO era semelhante a dois pratos sobrepostos, emitia uma luminosidade amarela-dourada e apresentava uma espécie de antena na parte superior. Neste momento, o comandante deu ordem para que navegassem mais próximos da margem brasileira, e todas as luzes foram apagadas. O próximo passo foi uma tentativa de comunicação com os intrusos através de Código Morse, piscando-se uma luz na popa da embarcação. Não houve qualquer resposta, mas logo em seguida vários daqueles objetos, que estavam próximos à linha do horizonte, começaram a aumentar e diminuir seu brilho de maneira sucessiva. Em seguida, toda tripulação pôde observar um dos objetos, que se aproximou cada vez mais, pairando rente à embarcação. O UFO foi desaparecendo misteriosamente sobre território paraguaio. Em seguida um outro objeto se aproximou do navio, projetando uma luz prateada sobre a tripulação, para poucos segundos depois evadir-se também em alta velocidade.
A Revista UFO conseguiu, ainda, reunir outros importantes casos de navios sendo seguidos por discos voadores em Território Nacional, embora a censura impetrada pelas autoridades marítimas seja evidente. Alguns deles foram relatados em sigilo por um marinheiro que chamaremos de Lúcio, que tem longa ficha de serviços prestados tanto à Marinha militar quanto à mercante. Nossa fonte é civil, mas tem suas atividades regidas por militares, por isso prefere manter-se no anonimato. Pois Lúcio relatou que os avistamentos de objetos voadores não identificados por marinheiros civis e militares, pescadores e até por operadores de plataformas de petróleo em alto-mar são inúmeros. Em geral, tais fatos são registrados nos diários de bordo das embarcações, que são documentos internos em que constam todos os procedimentos realizados pelos tripulantes, descritos por hora, minuto e segundo, com detalhes de sua latitude e longitude, condições climáticas, direção do vento, altura relativa do Sol, direção relativa de alvos, etc. “Nos diários de bordo de várias embarcações há anotações de avistamentos ufológicos”, conta Lúcio. “Se revelados, causariam grandes transtornos à população e problemas extremos às autoridades”. No entanto, vez por outra um caso escapa aos censores e chega ao conhecimento da Comunidade Ufológica Brasileira.
UFO Segue Petroleiro – Uma das experiências que viveu pessoalmente deu-se em junho de 1980, quando Lúcio viajava para o Japão a bordo do navio petroleiro Jurupema. No quarto dia de serviço, entre 00:00 h e 04: 00 h da madrugada, na ponte de comando do petroleiro, o oficial de navegação responsável avistou na linha do horizonte, à proa, uma forte luz no céu. Seguindo o procedimento padrão da Marinha brasileira, guinou o navio cerca de 5 graus à boreste [Manobra de segurança máxima, com giro completo], a fim de demonstrar ao provável navio, que navegava em rumo contrário, sua intenção de manter direção de segurança. De repente, viu a luz desviar-se e indo postar-se justamente à proa do Jurupema, outra vez. “Para quem não conhece navegação marítima, quando um petroleiro de 200 mil toneladas dá uma virada à proa, desloca-se com muito mais velocidade do que poderia um navio que estivesse no horizonte tentando acompanhá-lo”, explicou. O oficial responsável, apavorado, já tinha tentado entrar em contato com o suposto navio em todas as freqüências de rádio, e, não sabendo mais o que fazer para evitar a colisão, deu partida no sistema automático de apito de emergência do petroleiro, disparando em seguida o sistema de segurança.
“Nesse momento, subi à ponte e encontrei o referido oficial passando mal, sendo atendido pelo comandante. Em seguida, verifiquei a proa, que encontrava-se limpa. Porém, notei que todo o sistema de navegação automática e giropiloto [Instrumento de navegação da embarcação] havia perdido o alinhamento com a bússola. Ao observá-la, entendi o porquê da falha: ela rodava loucamente, impedindo que o sistema de giro funcionasse, pois este depende do sinal exato emitido por aquela”, continuou relatando. Depois de um certo tempo, Lúcio percebeu que a bússola havia se normalizado, quando então passou a se guiar por ela para colocar o navio no rumo certo, ligando em seguida o piloto automático. “Quando o oficial se acalmou, ele explicou todo o ocorrido e disse que momentos antes que um de nós chegasse à ponte, viu a luz na proa crescer intensamente. Naquele momento, devido ao fato de que viajávamos sem a utilização de gás inerte nos tanques de carga, pensou que uma explosão seria inevitável”.
No último segundo, no entanto, a luz subiu e passou sobre o navio, deixando completamente claro o convés principal e todo o mar à sua volta. Segundo a descrição do objeto pelo oficial, o mesmo não fez ruído algum e deixou notar seu formato por completo. “O comandante explicou-nos que aquilo era um fenômeno eletromagnético, o que considero improvável,” desabafou nossa fonte. Após este evento, Lúcio conta que passou a prestar mais atenção no céu e até chegou a ter alguns avistamentos, porém sem confirmação do formato dos objetos. Ele também ouviu depoimentos de outros colegas de trabalho, como o relatado pelo condutor mecânico conhecido como Gaúcho, que na época de sua observação viajava em um empurrador – uma espécie de navio em que cerca de oito a dez barcaças seguem à frente, amarradas e sendo empurradas por um tipo de rebocador. Como em algumas partes da viagem há trechos difíceis de serem navegados, geralmente um voluntário da primeira barcaça se põe adiante das d
emais para sinalizá-las, caso veja algum objeto no mar que possa danificar as hélices do empurrador. Neste dia, quem se prontificou foi o cozinheiro da tripulação.
Quase Colisão – Aproximadamente às 22:00 h, o homem sinalizou com uma lanterna, no sentido vertical, solicitando ajuda na proa do navio. O mestre de cabotagem que comandava a embarcação pediu então que Gaúcho fosse até o local verificar qual era o problema. Chegando lá, o cozinheiro lhe disse que estava avistando luzes de cores variadas piscando por entre a mata mais adiante, o que o levou a pensar que se tratava de uma possível embarcação de passageiros que estivesse se dirigindo a Manaus. Como os empurradores necessitam de muito espaço para as manobras, havia o risco de uma colisão. Gaúcho resolveu ficar na proa e pediu para que o cozinheiro fosse relatar o problema ao comandante. Iniciou-se então uma chamada pelorádio, sem que houvesse, no entanto, retorno por parte do outro navio. Posteriormente, o comandante pediu ao cozinheiro que acordasse todos os tripulantes e que ficassem de prontidão para ajudar, caso fosse necessário. Em seguida, soou a buzina do empurrador – que na selva pode ser ouvida a quilômetros de distância – e todos ficaram aguardando a próxima curva. “Porém, para a surpresa geral dos sete homens que compunham a tripulação, o que viram foi estarrecedor. Era uma nave de forma oval, com cerca de8 m de largura, apresentando luzes que piscavam em várias cores, com bastante intensidade. O objeto pairava a cerca de 1 m da superfície da água, não emitia ruído ou fumaça e os tripulantes não notaram a existência de janelas,” descreveu Lúcio.
Temendo o pior, o comandante reverteu o passo das hélices com força total, tentando uma parada de emergência. Mas, com o peso que deslocava e a força da correnteza, não conseguiu parar a embarcação e continuou seguindo rumo ao objeto. Neste momento, a nave, aumentando a seqüência das luzes e seu brilho, que se apresentava em tom prateado, disparou para o céu com uma velocidade espantosa. Nessa noite e nas seguintes, até a chegada à cidade de Belém, poucos foram aqueles que quiseram ficar sozinhos na proa. E quando relataram o caso às pessoas do porto, foram motivo de chacota. Por essa razão, evitaram comentar o episódio posteriormente. Esse fato foi registrado no diário de bordo do navio, o que comprovaria o acontecido. Mas o documento foi invalidado pela Capitania dos Portos de Belém e posteriormente retido, quando entãoa embarcação recebeu um novo diário para suas atividades.
Casos como esses, narrados confidencialmente por Lúcio, podem estar acontecendo às centenas pelo Brasil afora, mas sempre serão mantidos sob um pesado manto de sigilo por nossas autoridades. Nem mesmo a divulgação das fotos de Almiro Baraúna pelo presidente Juscelino Kubitschek foi suficiente para que se encerrasse a política de acobertamento imposta pelos militares. É contando apenas com a coragem de marinheiros civis e militares, que vêm a público repartir suas espantosas experiências com os ufólogos e a população em geral, que teremos condições de avaliar a extensão da casuística de OSNIs e de UFOs que às vezes atormentam tripulações nos quatro cantos de nosso planeta. É improvável que haja alguma mudança na política de sigilo por parte de nossas Forças Armadas, visto estarem atendendo a um complexo procedimento internacional estabelecido há muito tempo e regido principalmente pelas super potências, receosas de que a verdade sobre a presença extraterrestre na Terra venha a ser de conhecimento geral.
Objetos submarinos na América Central
Alguns países da região do Caribe e da América Central estão vivendo momentos emocionantes nos últimos anos. Espalhada por toda aquela vasta área existe, hoje, uma intensa fenomenologia de observação de discos voadores e contatos com seus tripulantes. Casos de naves extraterrestres emergindo e submergindo dos mares em volta das ilhas são constantes.
Em certas nações esses eventos são praticamente diários, como em Porto Rico, onde UFOs e OSNIs podem ser vistos regularmente. Lá, os pesquisadores se uniram à Imprensa local e até internacional para pressionar o governo – controlado pelos Estados Unidos – a revelar suas informações secretas. Além dos objetos submarinos não identificados, um dos fenômenos mais marcantes da região é o Chupacabras, de origem ainda totalmente desconhecida.
Em Porto Rico, Cuba e por toda a costa da Flórida, próximo do Triângulo das Bermudas, há também uma intensa atividade de contatos de ETs com humanos, algumas vezes pacíficos mas, na maioria dos casos, com seqüestros das vítimas para o interior das naves, onde são submetidas a dolorosos exames.
O vídeo Discos Voadores – Contatos com Aliens no Caribe mostra esta incrível situação, apresentando alguns dos casos mais impressionantes e bem documentados ocorridos nos países que compõem a América Central. Produzido por Jaime Maussán, da série televisiva mexicana Programas de Investigaciones, o vídeo traz imagens marcantes.