Os discos voadores resolveram manter a Esquadrilha da Fumaça sob vigilância por tempo indeterminado. Pelo menos é isso que parece, pois os shows que os ases da Força Aérea Brasileira (FAB) realizam em seus aviões Tucano T-27 em todo o Brasil têm sido sistematicamente acompanhados por observações dessas naves misteriosas. Muitas vezes, esses objetos têm até mesmo sido registrados por cinegrafistas profissionais e amadores, nos mais variados tipos de equipamentos. O último caso conhecido aconteceu no dia 7 de junho passado, domingo, entre as 16h e 16h30, na cidade de Campo Grande (MS).
Nesse dia, expressiva parcela da população da cidade pôde assistir ao show da Esquadrilha sobre a região chamada Parque dos Poderes, onde fica localizada a administração estadual. Estima-se que mais de 10 mil pessoas acompanharam as manobras dos sete aviões, acotovelando-se ao longo das avenidas Afonso Pena e Mato Grosso, defronte ao recém inaugurado Parque das Nações Indígenas. De um ponto privilegiado, no meio da multidão, o cinegrafista da TV Educativa Auro Sávio do Nascimento, 36 anos, acompanhava a movimentação e colhia imagens para o jornal do dia seguinte. Ninguém que se conheça, nem mesmo o cinegrafista – com 16 anos de experiência – e o restante da equipe da TV, viu qualquer objeto anômalo no céu. No entanto, ao editarem as imagens para inserção no jornal da emissora, a equipe de técnicos e repórteres encarregada notou um brilho estranho na seqüência em que um dos Tucanos, sozinho, faz uma manobra e se desdobra num looping mais à frente.
Durante um período que varia de um a dois segundos, três luzes de formato cilíndrico passam por trás do Tucano, indo do canto inferior esquerdo ao canto superior direito do vídeo. Visto em velocidade reduzida (slow motion), no início da cena em que o fenômeno aparece notam-se as três luzes à frente e, sobre a de cima, possivelmente uma quarta luz. Durante o percurso até o fim da cena, o objeto inferior, no início menos iluminado, tem seu brilho amplamente resplandecido. Em certos instantes, vendo-se a filmagem quadro a quadro, tem-se a impressão de que há ainda um quinto objeto atrás do segundo (de baixo para cima), e mais à frente parece ainda haver um sexto objeto, sobre o terceiro.
Dado ao fato de que os objetos somente são visíveis por um período extremamente curto de tempo, muito pouco pôde se fazer em termos de avaliação exata de sua altitude e velocidade. Entretanto, análises feitas com softwares de tratamento de fotografias, utilizando-se imagens obtidas diretamente da conversão de fotogramas do vídeo e um computador Pentium MMX 266, aplicando-se efeitos e filtros específicos, mostraram que os objetos estão de fato por trás do Tucano e a uma altitude bastante elevada. As imagens deixam claro que não há qualquer sinal de trucagem na fita de vídeo e é altamente improvável que os objetos sejam meros reflexos de outros aviões voando na área – até mesmo os demais Tucanos da Esquadrilha, que estavam em direção oposta naquele momento. Como pode-se ver na reprodução ao lado, os objetos não identificados passam por trás do Tucano e até mesmo de seu rastro de fumaça.
Auro e demais membros da equipe de jornalismo da TV Educativa repassaram a fita gravada em U-Matic várias vezes, até não terem mais dúvidas de que se tratava de algo concreto que havia sido registrado acidentalmente pela câmera. Assim, chamou o editor de UFO A. J. Gevaerd para ajudá-los a analisar a imagem. Em seguida, dois oficiais da Base Aérea de Campo Grande, entre eles o major aviador Miguel Ângelo Furlan, também foram requisitados. O médico e ex-militar Mauro Natel, que já efetuou vôos com a Esquadrilha Fumaça, também descartou a possibilidade de tratar-se de reflexos. “No instante em que esse avião, chamado de \’isolado\’, dá seu show particular, as demais aeronaves da Esquadrilha já estão se reorganizando à frente ou atrás dele, preparando-se para continuar o espetáculo”, disse Natel.
A conclusão preliminar a que chegaram o editor de UFO e demais pessoas que analisaram as filmagens, ainda por ser ratificada com um exame mais minucioso a ser feito em São Paulo, dá conta de que se trata de um grupo de objetos sólidos à grande distância da câmera, bem mais altos que o Tucano da Esquadrilha. Seu tamanho pode ser significativo, a julgar-se pelas análises prévias, mas isso deverá ser confirmado posteriormente.
Fatos como esse, envolvendo aviões da FAB, têm se tornado uma rotina no país. A ocorrência mais extraordinária deu-se em 16 de novembro de 1996, quando a Esquadrilha realizava um show no litoral norte de São Paulo e o Tucano pilotado pelo capitão Renato de Castro Barreto Filho teve sua asa direita quebrada, aparentemente pela ação de um objeto voador não identificado em formato de esfera. A descoberta do fato deu-se somente no exame do filme da queda, pela equipe do Centro de Pesquisas Ufológicas (CPU), presidido pelo co-editor de UFO Reginaldo de Athayde.
Athayde chegou a entrevistar o capitão Barreto Filho, assim como pôde analisar outras filmagens da mesma cena, feitas por pessoas diferentes e em posições diversas. O caso atingiu repercussão nacional e ficou conhecido pelo fato de que a asa do avião, possivelmente fraturada por causa da ação do UFO, atingiu uma criança na praia e a matou. O piloto, no entanto, usou de sua farta experiência para desviar o avião avariado para uma área já dentro do mar e ejetou-se, evitando morrer e atingir mais pessoas. “O caso foi exaustivamente estudado e não há meios d
e estarmos enganados. Trata-se mesmo de uma sonda ufológica o objeto que atingiu o Tucano”, declarou Athayde. Semanas depois, analisando outra filmagem da queda, o ufólogo ainda conseguiu detectar uma segunda sonda na mesma cena. Esta parece acompanhar a queda da asa até o solo [ver UFO edições 49 e 50].
Um segundo caso digno de observação ocorreu em 27 de julho de 1997, em São José dos Campos (SP). Desta vez, no entanto, o UFO foi simultaneamente observado por testemunhas no solo e captado pelas lentes de outro cinegrafista. O repórter Fernando A. Rodrigues descreveu a sonda como sendo “um ponto prateado, alto, que de vez em quando ficava mais luminoso. Parecia ser movido por rajadas de vento, pois sua velocidade às vezes aumentava, às vezes diminuía”. O caso foi pesquisado pelo ufólogo Ricardo Varela Corrêa, consultor de UFO, que concluiu tratar-se mesmo de mais um UFO.
Varela é um veterano pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e especializado em balões atmosféricos. Sua análise revelou que o objeto teria uma velocidade de 7.000 km/h, a uma altitude de cerca de 10.000 m do solo – portanto, bem mais alto que os Tucanos da Esquadrilha, que no momento em que o filme foi feito estavam em formação de seis aviões, em meio às manobras acrobáticas que caracterizam o show aéreo. Tais análises foram encaminhadas para o Centro Tecnológico da Aeronáutica (CTA), também em São José dos Campos. Desta vez, felizmente, assim como no caso de Campo Grande, ninguém saiu ferido e nenhum avião foi avariado. Mas fica bastante claro que “alguém” observa com bastante curiosidade os shows da Esquadrilha da Fumaça.
UFO causa a quebra da asa de um Tucano da FAB
O caso ainda está sob investigação, mas não há dúvidas de que a proximidade de um UFO foi a causa da quebra da asa de um Tucano da Esquadrilha da Fumaça, enquanto fazia um show em São Vicente, litoral de São Paulo. O caso ocorreu em 16 de novembro de 1996 e foi presenciado por milhares de pessoas. Os UFOs (eram mais que um) foram filmados em detalhes por vários cinegrafistas que estavam no local.