Todos nós aprendemos que os sumérios foram os primeiros povos a construir uma civilização, e que, embora fossem muito avançados para sua época, sumiram na poeira do tempo sem que ninguém soubesse como haviam alcançado tanto progresso nem porque haviam desaparecido. Isso, claro, até um estudioso chamado Zecharia Sitchin conseguir traduzir algumas tabuletas sumérias de argila, grafadas em escrita cuneiforme.
A história que aquela até então desconhecida linguagem nos contava seria suficiente para desmontar absolutamente tudo o que pensamos saber sobre nossas origens, religiões e civilizações. E, embora as refutações às traduções de Sitchin tenham sido quanto à forma, mas não quanto ao conteúdo, incrivelmente ninguém da academia pareceu se interessar realmente por aquilo que os sumérios estavam nos contando.
Mas a Ufologia se interessou. Isso porque a história contada nas tabuletas cuneiformes está diretamente relacionada com a teoria do suíço Erich von Däniken e seus deuses astronautas. Os sumérios, que chamavam seus deuses de Anunnaki — “aqueles que do céu desceram à Terra” —, diziam que nós, a espécie humana, fomos feitos por meio de engenharia genética, com uma mistura de genes de extraterrestres e de humanoides primitivos. Fomos feitos à semelhança dos deuses, mas a nós foi negada a imortalidade.
Astronautas em Marte
Esse fascinante e complexo assunto vai muito além de uma história mítica e envolve uma série de outras considerações que abarcam desde a linha sucessória dos reinos e impérios ao longo das eras até a exploração do Sistema Solar pelas diversas agências espaciais da Terra — isso porque parece lógico pensar que, se os Anunnaki chegaram até aqui, eles também chegaram a outros planetas. E se isso é verdade, talvez tenham deixado suas pegadas em outros mundos.
Segundo nosso entrevistado desta edição, que é um especialista quando o assunto são os antigos astronautas no Sistema Solar, há muitas pegadas dos Anunnakis na Lua e em Marte. Astro da série Alienígenas do Passado, do canal History, Mike Bara é um engenheiro mecânico que conhece muito bem como a Agência Espacial Norte-Americana (NASA) opera por dentro. Ele é autor de vários livros sobre esse assunto e sobre como, pelo menos desde 1947, o governo dos Estados Unidos vem tentando de todas as formas evitar que o mundo tome conhecimento sobre a presença alienígena na Terra.
O autor, palestrante e personalidade de TV começou sua carreira de escritor depois de passar mais de 25 anos como consultor de engenharia para grandes empresas aeroespaciais, onde era membro reconhecido do complexo militar industrial. Bara é um autodeclarado teórico da conspiração e seu primeiro livro, Dark Mission: The Secret History of NASA [Missão Sombria: A História Secreta da NASA. Feral House, 2007], foi um bestseller do The New York Times.
Entre suas várias obras se destaca Ancient Alien on Mars [Alienígenas do Passado em Marte. Adventures Unlimited, 2013] que descreve como, desde as primeiras missões ao Planeta Vermelho, as informações divulgadas ao público vêm sendo manipuladas de forma a manter a população alheia àquilo que realmente foi descoberto — houve uma civilização sofisticada em Marte. O livro chega agora ao Brasil por meio da Biblioteca UFO, com o título Anunnaki em Marte [Veja publicidade nesta edição e adquira no site da Revista UFO, www.ufo.com.br].
“A NASA esconde informações do povo americano e do mundo e se recusa a admitir que sabe mais do que diz”, declarou Bara diversas vezes em suas entrevistas. “Conforme explico em meu livro, por mais que se queira esconder a verdade, ela sempre aparece. Marte, principalmente na região de Cydonia, mostra que já conheceu vida, civilização e progresso. Há lá monumentos muito parecidos com aqueles que existem na Terra”, afirmou.
Esfinge, pirâmides e cáculos
Bara acredita, após profundas análises e estudos feitos por especialistas doutorados em vários campos, que os monumentos em Marte têm uma linguagem matemática intrínseca e que esse recuso foi propositalmente usado para deixar uma mensagem para futuras civilizações. “A questão é saber que mensagem é essa”, diz o pesquisador. “Nós conseguimos descobrir uma relação matemática ligada aos tetraedros e percebemos que ela existe em todas as construções marcianas. Não é algo eventual, mas foi deixado lá de propósito”.
Ainda sobre isso, ele diz que a NASA borrou ou apagou propositalmente imagens que poderiam ajudar a elucidar ao menos alguns dos mistérios. “Há pirâmides e ao menos uma esfinge lá. E há isso também na Terra, o que abre duas possibilidades: alienígenas de outros mundos que se estabeleceram lá e aqui ou uma civilização avançada nativa de Marte que chegou à Terra”, explica o autor. Bara tem certeza de que a agência espacial sabe o que há em Marte, mas que mantém a resposta para si.
Claro que há toda uma questão política ligada à descoberta de que Marte foi o lar de uma civilização sofisticada, principalmente em um país como os Estados Unidos, onde o radicalismo cristão está em toda parte, inclusive no Pentágono, conforme tem sido amplamente divulgado pela mídia. Mas tudo tem um limite. Os Estados Unidos já não dominam mais o espaço e há outras agências e países se preparando para chegar a Marte, então talvez vejamos novidades em breve.
Sobre isso, Bara diz não estar muito animado, porque todas essas agências trabalham em colaboração umas com as outras, então talvez haja limites para aquilo que elas irão revelar, “mas temos que esperar para ver. Nós caminhamos para algum tipo de abertura em relação à Ufologia, mas não acredito em nada muito espetacular. Porém, vamos continuar insistindo até que a verdade venha à tona”, diz nosso entrevistado.
Mike Bara está no Brasil neste mês de março para participar do XXV Congresso Brasileiro de Ufologia, em Curitiba, ocasião em que lançará seu livro Anunnaki em Marte em português. Na entrevista a seguir, o autor fala sobre diversos assuntos, inclusive sobre a conspiração que culminou na morte de John Kennedy.
Há tantos assuntos que poderíamos tratar com você que é até difícil escolher, mas gostaria de me ater à exploração espacial. No final de 2017, recebemos a visita do primeiro objeto interestelar que já detectamos. Você pode comentar o assunto? Você está falando sobre o Oumuamua, certo? Ele é realmente um objeto muito anômalo, diferente de tudo que já vimos, a começar pelo formato. Estamos acostumados com asteroides arredondados ou que se parecem com uma batata. Nunca tínhamos visto algo como o Oumuamua, que é alongado e tem uma velocidade muito acima dos objetos de nosso sistema — e também o giro sobre si mesmo e várias outras características que fizeram com que até mesmo os cientistas de Harvard começassem a pensar que ele talvez fosse um objeto artificial.
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