Embora possa parecer que o mundo parou por causa da pandemia, isso não é bem verdade. Os programas espaciais, embora tenham sofrido algumas modificações, continuam a todo vapor.
Na última terça-feira, dia 05 de maio, a China lançou, com sucesso, o foguete espacial Long March-5B e, com ele, uma cápsula tripulável que foi ao espaço para testes.
Após quase três dias em órbita da Terra, o veículo projetado para futuras missões mais ousadas finalmente retornou a solo terrestre são e salvo.
Apesar de ter carregado somente instrumentos científicos, o sucesso dos testes mostra que o país asiático está cada vez mais próximo de conseguir levar astronautas para o espaço de forma segura.
Segundo o site space.com, essa conquista abriria portas para uma lista de 11 missões, envolvendo a construção de uma nova estação espacial, segundo declarações oficiais de membros da Administração Espacial Nacional da China.
Potências espaciais
Lançamento do foguete Long March-5B
Crédito: Tecmundo
Um dos especialistas envolvidos nas pesquisas, Dang Rong atestou as boas condições da cápsula enquanto ela ainda estava em órbita. “Nossa maior preocupação tem a ver com o retorno do equipamento”, afirmou ele em entrevista.
Movida a energia solar, a nave, que ainda não teve seu nome divulgado, executou sete manobras no total para seu retorno, em uma altitude máxima de 8.000 m.
Os procedimentos de aterrissagem começaram duas horas antes do pouso em si, pondo à prova componentes importantes, como protetores térmicos, paraquedas e air bags.
A capsula tem formato cilíndrico, e mede cerca de nove metros de altura e 4,5 m de extensão.
O veículo é revestido por um material leve e resistente, podendo suportar temperaturas superiores a 1,000 °C. Um painel de comando faz parte do cockpit dos futuros astronautas, sendo que a maior parte dos dispositivos foi inserida entre a camada selada de aço da cabine e o escudo de proteção, o que garante mais espaço à tripulação.
Depois de o veículo chegar à Terra perto de 03h00, no horário de Brasília, as equipes começaram a coletar dados para aprimorar ainda mais a tecnologia, já que uma pequena anomalia envolvendo um compartimento de carga foi detectada.
“Agora, podemos afirmar que a China possui capacidade espacial tripulada semelhante à dos Estados Unidos e da Rússia”, o analista Chen Lam declarou à Al Jazeera.
Fonte: Tecmundo
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