A estância climática de Analândia fica à 225 km de São Paulo, tem 3.360 habitantes e um território de 314 km2. No local existem mais de 40 cachoeiras, vários cânions, grutas, cavernas, rios e formações rochosas. O Grupo de Pesquisas Ufológicas (GPU) permaneceu dois dias no município, em julho passado, e visitou os pontos turísticos em que ocorrem fenômenos ufológicos. As pesquisas se iniciaram na Fazenda Chapultepec, onde realizamos uma caminhada que culminou na chegada a uma gruta existente na propriedade, que tem um histórico ufológico interessante. Tudo começou há muitos anos, quando as pessoas viam uma luz intensa nesse lugar. Por serem muito religiosos, os moradores deram uma interpretação mística para o fato, entendendo que se tratava da aparição de uma santa. A história se espalhou pela região e os habitantes do local resolveram construir um pequeno santuário entre as rochas, em frente à gruta. Até hoje, são realizadas procissões e rezas defronte da imagem. No entanto, investigações feitas pelo GPU em 1990 decifraram o enigma da santa. Na verdade, o local é ponto constante da aparição de um UFO esférico, provavelmente uma sonda, sempre durante a noite. Para obter subsídios a essa teoria, conversamos com muitas testemunhas.
Uma delas é o senhor Valdomiro Veva dos Santos, que trabalhou na fazenda Chapultepec. Ele observou o fenômeno à 30 m de distância, numa madrugada entre 1979 e 1980. A sonda era uma bola amarela luminosa, com cerca de 1,50 m de diâmetro e soltava faíscas de sua superfície. Segundo Santos, o objeto surgiu em frente à gruta e voou silenciosamente em direção ao Morro do Camelo. Depois voltou ao ponto de origem e mais uma vez se deslocou até o morro.
Repetiu esse trajeto várias vezes durante oito minutos. Ele disse que viu o UFO novamente, numa outra noite, a apenas 5 m de distância. Além dos mistérios da gruta temos ainda os de uma cascatinha localizada dentro da mesma fazenda. O GPU também conduziu investigações no local, onde fenômenos ufológicos são comuns. Nas proximidades, onde há uma encosta pedregosa, os integrantes do grupo testemunharam, em 13 de outubro de 1990, o surgimento de um objeto branco luminoso, que ficou visível durante 10 segundos e sumiu. Em 26 de agosto de 1990, observamos lá uma nave retangular, medindo 4 m de comprimento por 1,5 m de altura, que permaneceu visível das 00h13 às 01h13, fazendo zigue-zague em posição horizontal, sempre silenciosamente. Apresentava cores que variavam entre branco, azul e vermelho e movimentava-se numa velocidade estimada em 60 km/h. Sumiu misteriosamente no ar.
Sonda Emitindo Faíscas — Num campo próximo da sede da Fazenda Chapultepec, fizemos a observação que mais nos marcou, de uma sonda com 1,50 m de diâmetro, à 100 m de distância, em 1990. Era madrugada de 08 de setembro, quando, às 02h41, o objeto surgiu próximo à encosta pedregosa de um morro e atravessou um campo, à 20 m de altura, fazendo movimento zigue-zague na vertical. Era verde e produzia faíscas da mesma cor. Não emitia sons e o aspecto de sua superfície era como o de uma tevê fora do ar. O UFO baixou nas imediações de um riacho, onde sumiu sem deixar vestígios, às 02h42. Duas lanternas, um walkman e um relógio de pulso que carregávamos sofreram efeitos eletromagnéticos e todas as suas baterias e pilhas foram descarregadas.
O terceiro ponto visitado pelo GPU em Analândia foi a Pedra do Cuscuzeiro. Trata-se de uma elevação de arenito com 75 m de altura, equivalente a um prédio de 27 andares, em forma de um enorme cuscuz. A pedra é testemunho de um processo erosivo acontecido nas duas últimas eras geológicas, há mais de 300 milhões de anos. O local é muito procurado por praticantes de escalada e rapel. Nossa equipe subiu até o topo da pedra, de onde se tem uma bela visão da região onde UFOs costumam aparecer. Em 1990, entrevistamos o então caseiro da Fazenda Chapultepec, senhor João Gomes André, que observou um UFO se movimentando entre a pedra e o Morro do Camelo, durante uns cinco minutos. Era um objeto branco e esférico que não emitia sons, media 1,50 m de diâmetro e sua superfície soltava faíscas. Deslocava-se lentamente e era semelhante a outros objetos vistos com freqüência por aquelas paragens. Nas proximidades há ainda uma cachoeira, ponto onde um UFO desapareceu em 08 de setembro de 1990.
Não há dúvidas de que toda a área possui grande incidência ufológica. No subsolo da região existem cristais e minas de água límpida que, como supõe muitas correntes ufológicas, são do interesse dos extraterrestres que nos visitam. Em nossa continuada investigação dos pontos mais interessantes da estância climática, o GPU fez também uma escalada no citado Morro do Camelo, 200 m acima do relevo local. A elevação, formada de arenito, lembra um camelo deitado. Seu topo pode ser escalado através de trilhas, a pé e sem equipamentos. Depois do morro, subimos a Serra do Cuscuzeiro, indo até a famosa Cachoeira da Bocaína, com uma queda de 45 m.
Apariçoes Constantes — O local faz parte do Grande Cânion Bocaína, com 12 km de extensão, formado por paredes verticais de arenito vermelho e negro, com pinturas rupestres em determinados pontos. Na Fazenda Fonte Limpa entrevistamos duas testemunhas de aparições de UFOs. O proprietário Luís Santarpio descreveu uma experiência que teve em 2001, quando, numa certa noite, por volta das 23h00, notou a presença de uma esfera luminosa de 1,30 m de diâmetro, sobrevoando um campo das imediações. Era amarela, silenciosa e se deslocava a cerca de 10 m do solo. Santarpio ficou observando o objeto para ver aonde ia. O artefato deslocou-se vagarosamente sobre a propriedade e baixou no Cânion da Bocaína, desaparecendo. “Não foi a primeira vez que o vi. Anos antes, testemunhei outras aparições pelos arredores do cânion, sempre durante a noite. Tinham a mesma aparência, diferenciando a cor, algumas vezes laranja, azul ou branco. Nenhum deles emitia sons. Meus parentes também tiveram oportunidade de ver essas bolas de fogo. É muito comum as aparições por aqui. Sempre tomam a direção do cânion”, disse Santarpio.
Falamos também com um funcionário da fazenda, Luís Gonzaga Martins, que relatou seu avistamento de fevereiro de 2003. “Certa noite, por volta das 23h00, saí de casa para ir ao banheiro. Andei alguns metros quando, de repente, vi surgir de dentro do chiqueiro um estranho objeto. Era esférico, tinha 1,30 m de diâmetro e emitia uma luz amarela”, declarou Martins. Segundo ele, o UFO apareceu a cerca de 50 cm do chão e fez movimentos em zigue-zague na vertical, chegando a uma altura de 2 m. “Era silencioso e se movia em baixa velocidade. Os animais que estavam no chiqueiro não se importaram com sua presença”, finaliza. Martins afirma não saber o que atraiu aquele objeto até o chiqueiro, pois acha que não há nada de interessante no local. Após alguns segundos, o estranho engenho desapareceu no ar como surgiu, misteriosamente. “Voltei para casa e comentei o fato com meu companheiro de quarto, que ficou bem assustado com a história”. Ele conta ainda que mais tarde precisou sair de casa novamente e foi surpreendido pelo objeto, que surgiu no mesmo local e sumiu alguns segundos depois. “Sei que o UFO anda aparecendo pela fazenda, mas desde aquele dia não o vi mais”, finaliza.
Outro ponto visitado pelo GPU na região foi uma fazenda onde há ruínas de um casarão construído pelos escravos que trabalhavam na lavoura do café. Ainda se pode ver o extenso muro de pedras onde limpavam os grãos, além da casinha que os “sinhozinhos” usavam para prender os negros rebeldes. Ao lado dela existe um buraco cercado de mistérios, com cerca de 5 m de profundidade por 4 m de largura, um pouco de mato em torno e água no fundo. Conversando com o senhor José, peão que trabalha numa fazenda próxima ao local, ouvimos dele a seguinte experiência: “Numa noite eu andava nas proximidades desse buraco e vi quando uma claridade surgiu no céu, a cerca de 50 m do local. Eram 19h00, o firmamento estava sem nuvens, estrelado. De repente, apareceu um disco translúcido, azulado com 5 m de diâmetro”. O objeto ainda realizou um movimento vertical descendente, em baixa velocidade, e entrou no buraco, sumindo misteriosamente antes de chegar no fundo. O artefato não emitia sons, nem apresentava nenhum detalhe sobre a sua superfície. “Nunca mais vi esse objeto, mas peões de outras fazendas já viram”.
Vôo Rasante — A região em torno do casarão da propriedade tem grande incidência ufológica. O GPU já realizou vigílias e pesquisas por ali. Numa fazenda onde anos atrás realizamos uma investigação, um peão chamado Benedito Ferreira nos contou que um objeto voador não identificado fez um vôo rasante sobre sua cabeça, e quase o derrubou do cavalo. Isso foi numa madrugada de 1988, enquanto recolhia o gado para ordenha. Segundo Benedito, o UFO surgiu de um capão, vindo no sentido de Itirapina a Descalvado, ambos municípios próximos, em São Paulo. Era esférico e vermelho, tinha 1,50 m de diâmetro e voava em baixa velocidade. O objeto não fazia ruídos e de sua superfície desprendiam-se faíscas. Outro caso interessante acontecido por ali, na década de 90, foi narrado por um peão que não quis se identificar.
“Era umas 19h00, quando eu conduzia minha moto por uma estradinha da fazenda onde trabalho, tendo um amigo como carona. Quando chegamos na porteira, ele desceu para abri-la. De repente, sentimos o chão vibrar e escutamos o som de algo como um motor, porém baixo. Então, vimos uma sombra cobrir toda a estrada. Olhamos para cima e lá estava um objeto circular, de uns 40 m de diâmetro, voando lentamente a aproximadamente 10 m de altura”. O peão disse que o artefato era escuro, mas apresentava em sua parte inferior luzes coloridas que piscavam alternadamente. Ele largou a moto e se jogou no meio da mata, ao lado da estradinha. Seu amigo fez o mesmo. “Abaixamos e ficamos quietos até o objeto sumir. O som foi diminuindo e quando não escutamos mais nada, constatamos que o UFO já havia ido. Aquilo não era coisa da Terra. Tenho absoluta certeza”. O GPU colheu ainda bastante material para pesquisas futuras, nesta e em outras cidades, que serão apresentadas aos leitores da Revista Ufo.
No interior do Brasil aumenta o mistério das sondas
por Equipe UFO
Quanto mais profundamente se penetra no Território Nacional, atingindo regiões desurbanizadas e afastadas dos grandes centros, mais encontramos a presença inquietante de estranhos artefatos de luz que ora assustam, ora encantam os moradores dos locais. A Ufologia chama esses objetos de sondas e uma corrente de estudiosos crê que sejam não tripulados, controlados remotamente por alguma inteligência, ou ainda, de forma mais desconcertante, autocontrolados para atender a funções específicas.
Não há ainda consenso quanto à função das sondas, que alguns imaginam ser uma espécie de “espiões alienígenas”. Mas uma coisa é certa: há casos desses objetos serem testemunhados com espantosa regularidade, sempre no mesmo local, por várias gerações de uma mesma família – ou por moradores distintos de uma determinada região. Seriam, assim, artefatos que acompanham o desenvolvimento dos locais em que operam.
“Em cima daquela serra eu vejo muito a Mãe d’Água. Mas minha mãe, antes de mim, e minha avó, antes dela, já viam essa coisa há muito tempo”, descreveu à Equipe Ufo um morador de Aquidauana (MS), referindo-se à sonda pelo nome folclórico com que é conhecida. Mãe d’Água e Mãe d’Ouro são expressões do dia-a-dia dessa gente, que acredita que, no primeiro caso, o objeto esteja abençoando que o vê com a possibilidade de encontrar esmeraldas e pedras preciosas em leitos de rios pedregosos, como as cachoeiras ao longo dos rios na Serra da Bocaína, em Analândia. No segundo caso, quem vê tal objeto crê que está recebendo instruções para prospectar ouro.
A persistência dessas lendas no folclore brasileiro, com os nomes mais diversos, é imensa. Historiadores já registram sondas ufológicas, embora com seus nomes populares, há mais de três séculos. E o fenômeno se repete em todo o mundo, onde quer que haja regiões afastadas de centros urbanos, geralmente com alguma incidência de minerais ou recursos hídricos.