Por ser um assunto árido, a pesquisa sobre o modo como os UFOs se movem permaneceu pouco explorada. Tendo em vista as naturais dificuldades em explicar tecnicamente as manobras, as pausas, e os desaparecimentos desses aparelhos, assim como sua velocidade. Por essa razão, foi mais cômodo lidar com o folclore ufológico, e especular com abduções, bases americanas, Escatologia Teológica dos canalizados e novos médiuns etc.
O desconhecimento da tecnologia utilizada pelos UFOs despertou o rosário de histórias e lendas que circulam no meio ufológico, merecendo assim pouco crédito, Deu-se mais importância aos porquês do que ao como. Afinal, é mais teatral e divertida uma página de novela do que duas de fórmulas matemáticas… À medida que crescia o número de observadores ufófilos, e como as informações eram sonegadas, alguma coisa teria que ser dita e comentada. Infelizmente, as fantasias prejudicaram a credibilidade da correta pesquisa, mas, a qualquer momento, a verdade explodirá no rosto dos que a abafaram com tanto cuidado.
Apresentamos uma série de hipóteses de várias fontes, para que se possa chegar a um pensamento comum que nos auxilie a manter a mente aberta a novas possibilidades. Como o leitor da Revista UFO Especial não é um superficial coletor de fantasias, e sim um ávido buscador de fatos, novamente lidaremos com aspectos polêmicos. Mais uma vez, pedindo ao leitor que amplie sua visão sem preconceitos, deixando de lado, momentaneamente, sua versão preferida para conhecer outra — não superior, mas diversa.
Desde 1947, enquanto os jornalistas se preocupavam com o fato de os UFOs virem de Vênus ou de Marte, os militares americanos e russos especulavam sobre que tipo de aparelho podia ter se deslocado veloz e bruscamente, permanecer parado no ar como uma mosca varejeira e, repentinamente, saltar como uma pulga, desaparecendo das vistas de todos. As cores mutantes e a ausência de ruído, em muitos casos, davam a entender que os profissionais da guerra enfrentavam uma velada ameaça de algo que diariamente invadia o espaço aéreo. Enquanto nossos objetos aéreos identificados são vulneráveis à reentrada na atmosfera terrestre, os UFOs saem e entram dela sem sofrerem danos (a maioria deles, pelo menos), pois os esforços a que os tripulantes são expostos, nessas mudanças, esmagariam um ser humano.
ANALISANDO A TESE DE PLANTIER
A estrutura de um UFO teria que ser de níquel puro, cerâmica (para o calor), magnésio e de compostos raros. Alguns UFOs foram encontrados e analisados por especialistas que se intrigaram diante da pureza dos metais achados. Os sistemas de propulsão terrestres, movidos a combustível líquido, nuclear e elétrico, parecem infantis, se comparados com o tipo de energia usada pelos ufonautas.
O ufólogo Eduardo Buelta se baseou nesses dados para recriar um UFO. O centro da nave teria uns oito metros de altura por vinte de diâmetro, com um grande motor na parte superior que seria o depósito de toda a energia. Uma coroa anular protegeria esse UFO, estabilizando-o. Pela parte inferior da nave, a energia nuclear utilizada emitiria gases iônicos em empuxo axial, usando o próprio ar colhido como matéria ejetada. Na propulsão por impulsos eletrotérmicos, a eletricidade se transformaria em movimento quando exposta ao calor. Tais sistemas são considerados, ainda hoje, muito avançados e nenhum veículo terrestre os utiliza.
Segundo o tenente Jean Plantier, que imaginou um método de deslocamento de UFOs nos anos 50, “um aparelho aéreo transformaria a energia cósmica em cinética, radiando esses corpúsculos cósmicos em fluido ondulatório através do veículo, quando próximo a 300 mil km/s, na direção em que este estiver se propelindo”. Tal jato cósmico seria um campo de força dragando as moléculas adjacentes dos gases atmosféricos, com velocidade variando inversamente à distância do corpo do veículo. A velocidade das camadas atmosféricas, seguidamente adjacentes ao campo do UFO, seria sempre inferior à velocidade do som. As moléculas de ar se deslocariam de forma mais vagarosa que as dos aparelhos, porém, mais rápida que as moléculas da camada seguinte, e assim por diante.
Segundo Aimé Michel, “tal teoria é lógica, pois dessa forma a atmosfera é penetrada pelo veículo sem impacto ou som, como nos supersônicos”. Quanto mais distante do veículo ficar a atmosfera, as camadas deslizarão umas sobre as outras, a velocidades cada vez menores. Os ufonautas não sentiriam as tremendas pressões sobre seus corpos, pela simples razão de que cada célula deles seria sujeita ao mesmo empuxo. E interessante saber que os físicos franceses sempre se detiveram sobre o problema ufológico, enquanto que os cientistas norte-americanos nunca saíram de seu pedestal mecanicista e acadêmico, recusando-se a estudar o fenômeno. Estes cientistas pressionaram astrônomos e outros colegas a desistirem de estudar o Fenômeno UFO, caso quisessem permanecer no rol dos responsáveis.,. O medo do desconhecido sempre começou nas universidades e terminou nos gabinetes do Exército.
HAUNEBU: O DISCO VOADOR ALEMÃO
No artigo A Grande Guerra Mística (Revista UFO 38, 1995), descrevemos as tentativas americanas e russas de ganhar a Segunda Guerra Mundial ou de, pelo menos, obterem a primazia em tecnologia. Neste aspecto, os cientistas alemães estiveram sempre na vanguarda. Por se oporem às teses newtonianas e einsteinianas, conceberam uma outra ciência, baseada em milhares de doutrinas esotéricas. A cada ano, mais e mais fatos ocultados estão vindos a público, pois a avalanche de curiosidade provoca o despertar de antigas verdades. Um desses fatos foi o desenvolvimento de armas aéreas. Porém, a mais extraordinária invenção daqueles anos obscuros foi a planificação e execução da nave batizada de Haunebu, no Terceiro Reich.
Para se chegar a esse disco voador alemão, os cientistas imaginaram um sistema de propulsão baseado em levitação eletrogravitacional e Terrions (forças cósmico-telúricas). O propulsor Kohler precisava de energia muito baixa no começo; um acumulador elétrico era o suficiente. Em pouco tempo, o conversor a carvão gerava autonomia energética, como um catalisador, sem consumir sua produção. As forças eletrogravitacionais terrestres se transformavam em eletricidade. No entanto, logo em seguida, infelizmente, esta espaçonave passou ao terreno militar.
A série Haunebu II e III foi, inicialmente, chamada de V-4, e se parecia muito com os modelos que Adamski fotografou. Mas, em junho de 1941, os engenheiros Schriever e Habermohl desenvolveram um avião redondo de ascensão vertical, só que não obtiveram os resultados esperados. Os engenheiros queriam um combustível que não trabalhasse sob o sistema de explosão e que não fosse poluente. Acreditavam em que os fenômenos cósmicos baseavam-se em processos implosivos e naturais, enquanto que os convencionais, em processos explosivos e artificiais. Daí a busca por energias alt
ernativas, como por exemplo, os Terrions. Richard Miethe e Giuseppe Bellonzo alcançaram êxito com a nova série V-7, que utilizava combustível a hélio e conseguiu subir 24 mil metros.
Os físicos franceses sempre se detiveram sobre o problema ufológico, enquanto que os cientistas norte-americanos nunca saíram de seu pedestal mecanicista e acadêmico, recusando-se a estudar o fenômeno. Estes cientistas pressionaram astrônomos e outros colegas a desistirem de estudar os UFOs, caso quisessem permanecer no rol dos responsáveis… O medo do desconhecido sempre começou nas universidades e terminou nos gabinetes do Exército
Em 1944, o grupo Schumann chegou ao ideal com um disco voador clássico, batizado de Vril. Mesmo sem todas as facilidades desejadas, a economia do Reich podia dar-se ao luxo de incentivar pesquisas nesse campo. A opção pela indústria pesada, a nacionalização dos bancos, o baixo índice de consumo e o rígido controle sobre as exportações, entre outras, propiciaram uma independência de matérias primas, que, por sua vez, gerariam energia barata e limpa.
Os modelos Vril roubavam eletricidade de veículos terrestres, da mesma forma que os UFOs. De grande diâmetro, os aparelhos Haunebu e Vril possuíam um terrionador de energia telúrica acoplado a um gerador de faixa de ondas, do tipo Van der Graf, e um aparato magnético produtor de energia a carvão ligado a um dínamo cônico do tipo Marconi. Até aqui falamos de tentativas militares, ou de simples estudos de navegação, mas como sabemos, há um outro conhecimento vindo das estrelas e que fascinava a elite do Reich, os Vimanas.
UNIÃO ALQUÍMICA
Segundo a mitologia germânica, Gerda é um gigante feminino que se manifesta em nosso planeta, a Terra. Cada UFO seria, para os místicos, a metade de um ser procurando a sua contra parte. Assim, um Vimana pilotado por um casal de heróis – daí observarmos ufonautas fêmeas, como no Caso Vilas Boas — poderia ser visto como um ser procurando sua designação, e vice-versa, com a finalidade de uma união alquímica que expulsaria o mal. O UFO não viria aqui em sua forma original, mas iria materializando-se em direção a nosso plano físico, até que pudesse ser documentado. Os seus pilotos se ajustariam às condições de cada plano, mas, durante algum tempo, ficariam por aqui para não se cristalizarem e perderem o poder de se desintegrar e voltar ao seu plano original.
Por isso, não é totalmente errado afirmar que cada avistamento se dá em dois planos: o do UFO (etéreo e plástico) e o do observador (material e pouco adaptável), tendo o evento de natureza subjetiva e, ao mesmo tempo, mensurável, como vértice desse triângulo. Os Ufonautas, nessa operação de salvar Gerda, tentariam libertar os seres cristalizados do nosso plano (rochas, plantas e animais), para despertarem como deuses, capazes de ir para um outro universo, astralizando-se. Outros afirmam ainda que a Lua deixou de ser cobiçada por servir como base de tais seres. Sem falar em hipóteses que fugiriam ao nosso tema…
O que foi dito aqui será sempre passível de dúvidas e correções, uma vez que sabemos tão pouco a respeito de tão fascinante assunto. Devemos nos aprofundar para tirarmos um denominador comum, que nos esclareça e nos tire da escuridão oficial – que torna a história conhecida apenas como uma lenda com carimbo de aprovação. Questionar e duvidar são atitudes corajosas e inconformistas, assim como a seminal pergunta de Pilatos: “O que é verdade?”.