Dois novos círculos apareceram em lavouras de trigo e triticale no oeste de Santa Catarina na madrugada desta quarta-feira. Desta vez, as formas surgiram nas cidades de Faxinal dos Guedes e Formosa do Sul. O fenômeno atraiu centenas de curiosos que se impressionam e arriscam palpites afirmando que o aparecimento dos agroglífos, como são conhecidos tecnicamente, podem sim estar relacionados à presença alienígena na Terra.
Em Faxinal dos Guedes, não foi diferente. As marcas, com cerca de oito metros de diâmetro, foram percebidas por volta das 08h00, quando moradores passavam próximos à lavoura de trigo. A notícia tomou conta das ruas da cidade e a plantação ficou repleta de curiosos. O problema maior foi que o proprietário das terras não gostou nem um pouco de ter sua lavoura invadida pelos moradores. Segundo depoimento fornecido pelo polícial militar sargento Adair Marin, ao ver os curiosos, o agricultor teria se irritado e colhido o trigo que estava na área do circulo. “Ele registrou ocorrência e passou a máquina por cima dos desenhos na frente de todo mundo. Desmanchou o círculo com a colheitadeira”.
Em Formosa do Sul, a Polícia preferiu isolar a área para garantir que o círculo com cerca de 20 m de diâmetro não fosse destruído. Eles procuraram por vestígios que indicassem fraude, mas não localizaram nada. O desenho que apareceu na lavoura de trigo aponta semelhança com aqueles registrados em Ipuaçu, também no oeste do estado, encontrados na madrugada do dia 09 de novembro. O agricultor Sidinei Segalin, da comunidade de Beira Rio, encontrou o agroglífo logo pela manhã, quando foi ao local para fazer a colheita. Segundo o proprietário, seus familiares até brincaram dias antes quando assistiram a reportagem do ocorrido no município de Ipuaçu, sabendo que também nesses dias estariam colhendo trigo. “Será que os ETs vão nos visitar também”, comentou Segalin. O proprietário acredita que o fenômeno não pode ter sido feito por pessoas, pois é perfeito demais para tanto sem que fosse deixado nenhum vestígio. O que mais chamou a atenção de Segalin foi o modo como as plantas foram dobradas e não quebradas, e todas em formato espiral terminando em zero ao centro do círculo. Outro detalhe importante é que o local onde o suposto agroglífo foi encontrado é bem isolado e de pouco acesso e visibilidade para quem passa pela estrada. A agricultora Neiva, foi até a propriedade do vizinho para conferir os desenhos geométricos no trigo. Impressionou-se com o que viu. “A gente não tem nem palavras para descrever o que sente quando vê o círculo, são desenhos muito perfeitos. Tenho medo que apareçam na nossa lavoura. Não sei quem fez isso, mas uma coisa é certa, foi muito inteligente”, relatou assustada.
A autoria dos desenhos tem aguçado a imaginação dos moradores do oeste do estado de Santa Catarina. Enquanto os mais céticos dizem se tratar de obras humanas bem elaboradas, os apreciadores da Ufologia afirmam que os círculos são sinais de vida extraterrestre. Para saber mais a respeito desse fenômeno, a mídia catarinense vai a fundo nessa investigação e entrevistou o ufólogo e editor da Revista UFO A. J. Gevaerd. Confira:
Diário Catarinense – Por que os sinais aparecem somente nas lavouras de trigo e tricale? Em função da época de plantio. Se fosse tempo de milho, estariam aparecendo na plantação de milho. Temos registro de aparecimento dos círculos em plantações de batatas, cana-de-açúcar, soja e sorgo nas lavouras do Reino Unido. Com o passar do tempo, eles aparecerão nessas culturas brasileiras. É mais comum aparecerem em plantações de grãos.
Diário Catarinense – Por que aparecem em pequenas cidades?A ocorrência se dá em propriedades rurais que, normalmente, estão longe dos centros urbanos. Mas não é regra, eles já apareceram em lavouras próximas de Londres e em Liverpool.
Diário Catarinense – Por que os sinais são círculos e não outras formas? Eles assumem o formato circular porque essa é a figura mais básica, mais fácil de se captar. Depois que nos adaptamos aos aparecimentos, as figuras passam a ser mais complexas. Teremos outros círculos surgindo. Estes devem ser mais elaborados, com figuras entrelaçadas, como se fossem mandalas, moléculas. Temos registro de sistemas planetários e rostos desenhados nos círculos.
Diário Catarinense – Que avaliação o senhor faz do fenômeno? Isso é a mesma coisa que vem ocorrendo e várias partes do mundo, especialmente no Hemisfério Norte, desde os anos 80. Isso não foi feito por uma pessoa. Tem ação de forças não terrenas. Também não foi um pouso de uma nave. É um sinal para nos despertar. Na década de 80 começaram a surgir sinais em plantações no sudoeste da Inglaterra, que passaram a ser denominados círculos ingleses. Depois surgiram conjuntos maiores de círculos e formas geométricas, como se fosse uma seqüência, um a,b,c,d…
Diário Catarinense – Esses círculos não podem ter sido feitos pela ação humana? Não pode ser. Eles têm características peculiares que torna impossível ter sido forjados pela ação do homem.. Os dois círculos têm 20 m de diâmetro e o trigo foi amassado de uma forma espiralada, no sentido anti-horário. As plantas foram dobradas a dois ou três centímetros do solo e não apresentam outro ponto de quebra, o que ocorreria em caso de ação de um trator ou ação humana. Além do círculo há um anel externo. E entre o anel e o círculo interno há trigo em pé. Não há sinais de que plantas em situação intermediária, ou elas estão todas em pé ou totalmente dobradas. É uma coisa que não tem explicação. É a primeira vez que isso ocorre no Brasil.
Diário Catarinense – Não houve registros similares em São Paulo? Em São Paulo tivemos formações que indicam pouso de objetos. É diferente do que ocorreu em Ipuaçu. Nas cidades de Riolândia, Peruíbe e Buritima a vegetação ficou destruía. Não é como em Ipuaçu que parece uma obra de arte. E estão em locais a 50 ou 100 m de estradas, para que fossem vistos.Estes desenhos foram feitos por seres muito inteligentes.
Diário Catarinense – Se não houve pouso, de que forma eles foram criados? A exemplo do que ocorreu em outros países as pessoas que moram ao redor observaram focos de luz como se fossem naves que sobem e descem. Já recolhi depoimentos de 5 a 10 pessoas que viram essas luzes a dois ou três quilômetros de distância. Houve ação de forças que não são deste planeta.
Diário Catarinense – Que medidas o senhor vai tomar? Fiz coleta de material dos dois círculos e farei análise em Curitiba. Vou verificar se apresenta algum elemento biológico ou genéti
co. Senão ficaremos apenas com o registro visual. Coletei informações com agrônomos e eles garantiram não ser um fenômeno comum ou natural.
Diário Catarinense – A área será preservada? Os locais já estão bastante danificados pela visitação. Mas peço que pesquisadores, acadêmicos e jornalistas vão até o local e observem o fenômeno, para ver se encontram alguma explicação científica. Creio que esse fenômeno vai se repetir, como ocorreu em outros países.