Sempre que é abordado o tema das abduções por UFOs, tanto em leituras quanto em conversas ocasionais ou entrevistas formais na imprensa, as perguntas que mais recebo são estas: “O senhor acha que os ocupantes dos UFOs são bons ou maus?” e “Eles vêm para ajudar ou para causar danos?” A resposta que dou para ambos os questionamentos é que nunca tive provas que apoiassem a idéia de que os extraterrestres sejam maus, inimigos maléficos ou seres propensos à destruição e à conquista da Terra ou da humanidade. O filme Independence Day [1996], em minha opinião, foi apenas mais uma produção de Hollywood, dessas que misturam os monstros tradicionais com a idéia de super-cientistas, porém super-repelentes.
Mas, por outro lado, também não tenho provas de que os ocupantes dos UFOs sejam seres essencialmente benignos, que vêm à Terra para nos ensinar a maneira de nos amarmos uns aos outros ou cuidarmos de nosso meio ambiente. Neste caso, há um filme diferente, O Dia em Que a Terra Parou [1951], com uma imagem de ETs bondosos, do tipo pró-religioso, dispostos a acalmar os infantis terrestres e ensinar-lhes o caminho do bem. Que a presença de extraterrestres na vida dos abduzidos causa uma grande quantidade de danos psicológicos, além de uma quantidade relativamente menor de danos físicos, isso está fora de dúvida.
No entanto, tais danos parecem ser um subproduto não intencional de seus próprios programas de investigação de nossa humanidade. Também é verdade que tais seres têm ocasionado vários benefícios na vida de alguns abduzidos, e isso talvez possa ser atribuído à aceitação e à força espiritual dessas pessoas. A capacidade de superação do trauma e a habilidade de aprendizagem através de experiências desagradáveis é um talento precioso inerente aos seres terrestres. Ninguém pode abordar melhor este ponto do que uma pessoa que tenha vivido pessoalmente uma experiência de abdução por seres extraterrestres. Em particular, apresento ao leitor o caso da jovem que escreveu o texto a seguir. Ela é uma psicoterapeuta, mãe de família e reside na cidade de Nova York. Passou por terríveis momentos nas mãos de alienígenas e soube como resistir aos traumas sofridos. Tenho admiração por sua clareza, ressonância espiritual e uma grande gratidão pela comovente eloqüência de suas palavras.
Qualidade humanitária
“Nós, terrenos, possuímos, talvez devido à nossa biologia, uma qualidade humanitária inata que muitas vezes é traduzida por um profundo apego espiritual. Esta é a base do nosso senso moral, dos sentimentos de proteção, afinidade, amor e responsabilidade que temos pelo próximo, seja por uma criança ou mesmo pelo planeta. De minhas experiências com extraterrestres fui levada a acreditar que, na totalidade, seus paradigmas são radicalmente diferentes dos nossos e que o sentido de certo e errado, bom ou mau, não pode ser adaptado de alguma forma para eles.
“São muito diferentes de nós, não apenas fisicamente mas também em sua compreensão, motivos, metas e objetivos. São preparados para trabalhar a partir de um conjunto de crenças ou necessidades que não podemos entender. Os extraterrestres não vão nos ensinar como amar nossos amigos humanos ou como ajudar nosso planeta. Não acredito que tenham o grande poder de resgate que alguns desejariam. Creio que são apenas seres com um conjunto de princípios diferentes, atuando na Terra.
“Portanto, temos que assumir a responsabilidade por nós mesmos e por cada um de nossos semelhantes que vivem nesse planeta. O que teríamos a ganhar desses seres, senão a compreensão de nossa própria natureza como uma espécie, usando-os como uma forma de comparação? A minha curiosidade acerca desses seres é dividida, assim como é o meu desgosto, confusão e temor.
“Mas o que decidi em minha vida e repito todos os dias é que, depois de conhecer os alienígenas de perto e passar por suas mãos, eu desejo mergulhar no meu humanismo, no meu cuidado com os outros seres humanos, na preservação da vida no nosso planeta e no zelo para com a própria Terra. Talvez essa seja a verdadeira lição a aprender”.