Em 1997, comemoramos 50 anos da era moderna dos discos voadores, que tem como marco inicial o avistamento de nove UFOs pelo piloto norte-americano Kenneth Arnold, no dia 24 de junho de 1947, sobre o Monte Rainier, no Estado de Washington (EUA). Claro que seu avistamento não foi o primeiro, já que nossos antepassados já registravam esses estranhos aparelhos há milhares de anos. Mas então, o que falta para que os governos reconheçam, definitivamente, a presença extraterrena em nosso mundo? Sabemos hoje que toda a política de acobertamento mundial teve início com a queda e recolhimento, por militares norte-americanos, de uma nave extraterrestre em Roswell, no Novo México (EUA). O fato aconteceu no dia 02 de julho de 1947, em meio a uma grande onda de aparições, e só começou a ser investigado nos anos 70. Inicialmente, a base militar local chegou a expedir uma nota oficial à imprensa confirmando o recolhimento do disco voador, mas poucas horas depois tudo foi negado. Evidentemente, existiam na época vários motivos para o início do processo de acobertamento ufológico – e é importante que analisemos cada um deles antes de defendermos o fim da política de sigilo em relação ao assunto. Para o governo norte-americano, o Caso Roswell foi obviamente muito mais importante do que todos aqueles avistamentos que estavam sendo relatados de norte a sul do país, inclusive por militares, na mesma ocasião. Pela primeira vez, o governo da maior potência militar do planeta sentiu a fragilidade de seu poderio.
Os militares tinham provas definitivas de que nosso planeta estava sendo visitado por seres detentores de uma tecnologia superior, tão avançada que – vista pelos olhos de nossa limitada ciência – parecia magia. Se os extraterrestres fossem hostis, nada poderia ser feito contra eles. Por certo, um dos motivos para o início do sigilo em relação aos UFOs foi justamente o receio de que o reconhecimento oficial pelo governo levasse parte da população a uma situação potencialmente perigosa. Havia risco de pânico. No final da década de 30 daquele século, a transmissão da novela A Guerra dos Mundos, de H. G. Wells, através de uma estação de rádio, havia provocado desespero em várias cidades dos Estados Unidos. Apesar de ter em mãos provas da existência dos discos voadores, o governo norte-americano certamente sabia muito pouco sobre as intenções que estavam trazendo os alienígenas à Terra. Os UFOs seriam provenientes de uma única civilização extraplanetária ou estaríamos diante de contatos com vários grupos distintos? Se tais naves viessem de várias civilizações, a situação seria ainda mais perturbadora.
Grupos alienígenas. As investigações sobre o assunto teriam que revelar as verdadeiras intenções de cada grupo alienígena que estava contatando nosso planeta. Como divulgar para a população norte-americana e ao resto do mundo que naves de origem desconhecida estavam penetrando em nossa atmosfera numa escala crescente, por motivos ignorados? Muito interessante, a propósito, é um memorando enviado pelo diretor do Departamento de Inteligência Científica da Agência Central de Inteligência norte-americana (CIA), Marshall Chadwell, para o também diretor da mesma agência, Walter Bedell Smith, abordando justamente algumas das motivações que deram origem ao acobertamento ufológico e que confirmam a análise do problema aqui exposto. Esse memorando faz parte da documentação liberada através da Lei de Liberdade de Informações [Freedom of Information Act ou FOIA], utilizada por pesquisadores norte-americanos para processar as várias agências do governo dos Estados Unidos que detêm informações sobre UFOs. Diz o memorando: “Discos voadores apresentam dois elementos de perigo, os quais têm implicações de segurança nacional. O primeiro envolve considerações psicológicas de massa e o segundo refere-se à vulnerabilidade dos Estados Unidos ao ataque aéreo. Recomenda-se que o diretor da Agência Central de Inteligência avise ao Conselho de Segurança Nacional sobre as implicações do problema ‘disco voador\’. Que o diretor discuta este assunto com o Conselho de Estratégia Psicológica. Que a Agência Central de Inteligência, com a cooperação do Conselho de Estratégia Psicológica, desenvolva e recomende ao Conselho de Segurança Nacional adotar uma política de informação pública que minimizará a preocupação e possível pânico resultante dos numerosos avistamentos de objetos voadores não identificados”.
Em 1947, a partir do Caso Roswell, ficou evidente para a cúpula militar dos Estados Unidos que a nação que conseguisse absorver pelo menos parte da tecnologia dos discos voadores atingiria uma supremacia bélica sem precedentes. Os norte-americanos, grandes vitoriosos da Segunda Guerra Mundial, sabiam muito bem quanto o sigilo e o acobertamento podiam ser decisivos. Poucos anos antes da queda da nave extraterrestre no Novo México, o país já havia desenvolvido as primeiras armas nucleares, desconhecidas do resto do planeta até sua utilização contra o Japão. Em 1947, já era evidente para os norte-americanos que os soviéticos em pouco tempo estariam em condições de igualdade em termos tecnológicos e sua máquina de guerra crescia rapidamente. Havia ainda alguns militares que defendiam que os Estados Unidos deveriam atacar os soviéticos com armas nucleares, antes que eles pudessem fazer o mesmo.Política de desinformação. Nesse meio tempo, os discos voadores já estavam sendo avistados em outras partes do planeta, mas não seria muito inteligente admitir oficialmente que o assunto era sério. Em 1947, a cúpula militar do governo norte-americano, indiscutivelmente, detinha o máximo de conhecimentos sobre a presença extraterrena. Qualquer vantagem temporal que pudesse conseguir na pesquisa ufológica, trabalhando em cima da nave acidentada em Roswell e de outras que aparentemente também se acidentaram pouco tempo depois, poderia ser decisiva em caso de conflito com a extinta URSS. O governo dos Estados Unidos passava a investir numa política de desinformação contra sua população, através de vários projetos de pesquisa, todos dentro da esfera da Força Aérea Norte-Americana (USAF), cujos resultados eram divulgados publicamente. Assim nasceram os projetos Sign, Grudge e Blue Book, que serviam no máximo para manter a discussão de que os UFOs existiam ou não.
Na verdade, tais projetos faziam parte da operação de acobertamento em relação aos verdadeiros esforços que estavam sendo realizados para a compreensão do problema. A cada caso de repercussão, a USAF tentava ridicularizar as testemunhas. Um dos principais objetivos dessa política era afastar a comunidade científica do assunto, pois se esta percebesse que algo importante estava realmente acontecendo, seria difícil manter o controle da situação. Para ajudar nessa operação, a USAF recrutou o astrônomo J. A. Hynek.
Durante quase duas décadas, Hynek deu explicações convencionais para observações que muitas vezes não estavam ligadas ao planeta Vênus, a balões meteorológicos etc. Curiosamente, com o fim do Projeto Blue Book, Hynek passou a declarar que a USAF escondia a verdade do povo norte-americano e por isso foi recebido como um herói pela maior parte da Comunidade Ufológica Internacional.
Com o passar dos anos, outras potências do bloco ocidental foram percebendo o nível de importância do assunto. Em todos os países, a presença dos UFOs ficava cada vez mais evidente. Mesmo em nações menos desenvolvidas, como o Brasil, por exemplo, o assunto despertava o interesse e envolvimento dos militares. Em nosso país, no ano de 1954, também em meio a uma grande onda de aparições, teve início o primeiro estudo sobre o Fenômeno UFO dentro da Força Aérea Brasileira (FAB), conhecido como 1° Inquérito Confidencial sobre Objetos Aéreos Não Identificados. Um dos casos mais estrondosos desta onda ocorreu no dia 24 de outubro, quando dois UFOs sobrevoaram durante várias horas a base da FAB em Gravataí, no Rio Grande do Sul. Em 1961, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) criou seu próprio projeto de pesquisa ufológica, com o objetivo de saber se existia alguma forma de ameaça às suas forças militares na Europa. No final da década de 50 e início dos anos 60, haviam sido detectadas naves gigantescas, de formato discóide, sobrevoando em alta velocidade e altitudes elevadas a Europa. Uma das testemunhas destes acontecimentos foi o astronauta Gordon Cooper. Esses incidentes, segundo o coronel Robert Dean, que na época era analista de informações no comando da organização, quase provocaram guerra entre os aliados e os países membros do Pacto de Varsóvia, pois cada lado suspeitava ainda que aquelas máquinas voadoras pudessem pertencer ao inimigo ideológico. Em 1964 o estudo foi encerrado e, ainda de acordo com Dean, as conclusões foram estarrecedoras.
Pesquisa extraterrestre. O relatório final recebeu o nome de Abordagem. Segundo ele, nosso planeta estaria sendo alvo de uma detalhada e extensa pesquisa feita por várias civilizações extraterrestres, envolvendo uma inteligência de alto nível, com tecnologia avançadíssima, que demonstraria estar ao menos mil anos à frente do que podemos imaginar. O estudo concluiu ainda que não parecia haver finalidades hostis ou malévolas e, se houvesse, nada poderia ser feito para impedir nossos visitantes. De acordo com Dean, as implicações das conclusões do estudo eram tão perturbadoras que ficou decidido que elas não seriam divulgadas, pois colocariam em risco de pânico o povo da Europa e dos Estados Unidos. Aliás, de todo o planeta. Uma das principais conclusões a que chegaram era de que os seres de uma das culturas extraterrestres em contato com a Terra eram iguais a nós. Esta constatação alarmou os militares no quartel-general dos aliados, pois estava claro que os alienígenas podiam vestir um paletó e ficar ao nosso lado em um restaurante, num ônibus ou andar pelo quartel, e nós nunca descobriríamos. Esta conclusão era estarrecedora, sem dúvida. Mas outra, bastante semelhante, já havia sido encontrada antes, em 1948, dentro do Projeto Sign, muitos anos antes que a OTAN realizasse seus estudos. Conforme o tenente-coronel Wendelle C. Stevens, da USAF, que já esteve no Brasil várias vezes proferindo conferências, foi redigido um relatório interno que dizia “… que havia provas de contatos com extraterrestres, cujos veículos demonstravam ter uma capacidade além de qualquer tecnologia conhecida na Terra”.
Segundo o militar, não era esta a conclusão que o alto comando da USAF desejava, pois o projeto havia sido concebido para informar ao público que não havia nada de concreto sobre UFOs. Nada que alarmasse a população poderia ser divulgado e o relatório foi trancado às sete chaves. Desde o início da era moderna dos discos voadores, muita coisa mudou.Nos Estados Unidos, por exemplo, segundo institutos de pesquisa de opinião, mais da metade da população acredita que os UFOs sejam realmente extraterrestres, e nem por isso há pânico ou um processo de histeria coletiva. Ao longo das últimas décadas, em vários países, autoridades militares divulgaram casos em que objetos não identificados foram observados, detectados através de radares e mesmo perseguidos por nossos mais modernos aviões. Em todos os casos tivemos uma clara noção do abismo existente entre a tecnologia alienígena e a nossa. Nessas oportunidades também não houve qualquer indício a favor da idéia de que as informações liberadas estavam tendo algum impacto capaz de desestabilizar emocionalmente as populações da Terra. As pessoas informadas e conhecedoras da presença extraterrena no planeta evidentemente encaram tal realidade de maneira normal. Já aquelas ditas desinformadas parecem pouco preocupadas com o assunto.O próprio grau de desinformação dessas pessoas, em grande parte dos casos, parece ser diretamente proporcional ao próprio nível de interesse no tema.
Para estas, a possibilidade de estarmos sendo visitados por criaturas provenientes de outros mundos não é algo digno de preocupação – o carnaval, um jogo de futebol, a praia no final de semana, tudo isto é mais importante. Não seriam estes que entrariam em pânico caso o governo reconhecesse publicamente que a Terra está sendo visitada por alienígenas. A idéia de que o assunto deve continuar sendo tratado de maneira confidencial, a partir de interesses estratégicos ligados às tentativas de absorção da tecnologia extraterrestre, já deixou de fazer sentido. Afinal, as forças armadas de praticamente todas as nações possuem hoje provas definitivas da presença dos UFOs.
Aparecimento das religiões. Divulgar a existência dos extraterrestres e a realidade dos contatos que estão sendo mantidos em nada atrapalharia a manutenção dos possíveis desenvolvimentos tecnológicos conseguidos, por exemplo, pelos Estados Unidos. Essas informações podem chegar perfeitamente a outros governos através de diversos meios. Quantas informações vitais, desconhecidas da população norte-americana, vieram ao conhecimento dos soviéticos através da espionagem? É claro que existem também interesses religiosos por trás do acobertamento da presença alienígena. As investigações de muitos pesquisadores parecem comprovar, de maneira definitiva, que foram os próprios extraterrestres, em suas incursões passadas, que inspiraram o aparecimento das religiões. Outro aspecto que não pode ser ignorado é a dificuldade que um governo como o dos Estados Unidos – a maior potência bélica da atualidade – tem em admitir para o resto do planeta que todo o seu poderio militar é, na verdade, insignificante frente aos UFOs. A aceitação em termos oficiosos da presença alienígena levaria fatalmente ao surgimento de uma nova ordem mundial, fossem os extrater
restres invasores ou salvadores da humanidade, visto que teríamos que nos apresentar como habitantes do planeta Terra. Deixariam de ter sentido todas as nossas divisões em países, raças, credos etc. Mas além dos aspectos que já abordamos, que são usados para a manutenção do sigilo, podemos pensar em algo mais transcendente e talvez ainda mais estarrecedor para justificar sua continuidade. A verdade da presença extraterrena no planeta não se esgota simplesmente com a divulgação de que estamos sendo visitados por seres de outras civilizações. Ela é possivelmente mais profunda, como vemos claramente, e pode obrigar a Humanidade a reescrever sua história passada e repensar o futuro. Não vamos falar aqui de acordos entre extraterrestres demoníacos e o governo dos Estados Unidos, e outras fantasias que considero sem o menor sentido.
Pelo menos uma parcela do Fenômeno UFO – como detalharemos mais a frente nesta obra – está intimamente relacionada com o passado e origem de nossa Humanidade. A semelhança existente entre nossa espécie e o tipo físico de alguns grupos que nos visitam, pode ser uma boa indicação de que estamos caminhando em direção à verdade. Na realidade, parece que somos propriedade de alguém. Contatos realizados em várias partes do planeta parecem indicar, ainda, que esses seres de aspecto humano comandam outros tipos de alienígenas. Existe uma interferência direta na própria evolução de nossa Humanidade. Somos alvo de um experimento em escala planetária. Mas por mais perturbadora que seja a realidade por trás da presença extraterrestre no planeta, temos o direito a ela. A prática tem demonstrado que a pior política é manter as populações na ignorância. Uma boa evidência disso ocorreu em nosso próprio país quando, em 1977, foi registrada na Amazônia uma das maiores ondas ufológicas, levando populações de várias localidades do Estado do Pará ao desespero e pânico. A situação ficou tão explosiva que um relatório feito por militares que participaram das investigações realizadas pela FAB, dentro da chamada Operação Prato [Veja UFO 54 e 55], chegou a alertar para a possibilidade dos mais fracos de espírito partirem para o suicídio. Com a intervenção e orientação dos militares, a população aprendeu a conviver com aqueles fenômenos e a situação progressivamente se normalizou nas áreas atingidas. Nada é tão perigoso quanto o medo do desconhecido.
Estamos correndo um grande risco. Se algo semelhante aos acontecimentos verificados no Pará se der em escala planetária, sem um processo gradual de preparação por parte dos governos, haverá instabilidade emocional das massas em várias partes do planeta. Quanto maior for a ignorância em relação ao assunto, maiores serão também os riscos de uma histeria coletiva. Em 1997, realizamos na cidade de Brasília (DF) o I Fórum Mundial de Ufologia, o maior evento da história da Ufologia Mundial, com a participação dos mais importantes pesquisadores brasileiros e do exterior. Nunca, em momento algum, um acontecimento ufológico teve tanta repercussão. A proposta principal do congresso foi o reconhecimento, por parte de nossas autoridades, da presença extraterrena no planeta. Durante o evento foi redigido um documento que passou a ser conhecido como a Carta de Brasília, assinado pelos ufólogos presentes, oriundos dos mais diferentes países. O documento chama a atenção de nossas autoridades para o crescimento da atividade ufológica no país e no resto do planeta.A petição solicita, em termos emergenciais, o estabelecimento de um programa oficial de pesquisa e respectiva divulgação do assunto, de forma a esclarecer à população brasileira a respeito da inegável e cada vez mais crescente presença extraterrena na Terra. Como ponto de partida, o documento solicita ao Ministério da Aeronáutica que abra seus arquivos referentes à Operação Prato, através da qual equipes do 1° Comando Aéreo Regional (COMAR), situado em Belém (PA), tiveram contatos diretos com UFOs, possibilitando a obtenção de mais de 500 fotos e dezenas de horas de filmagens, registrando a presença dos discos voadores na Amazônia.
A Carta de Brasília também pedia a abertura dos documentos acerca da chamada Noite Oficial dos UFOs, como foi batizado o episódio de maio de 1986 pelo ufólogo Claudeir Covo, presidente do Instituto Nacional de Investigação de Fenômenos Aeroespaciais (INFA), quando 21 objetos voadores não identificados foram rastreados pelo Centro Integrado de Defesa Aeroespacial e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta) e perseguidos durante horas pelos caças da FAB, sobre os estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Goiás, incidentes que abordaremos noutra edição. No encerramento do 1° Fórum Mundial de Ufologia, estiveram presentes para receber oficialmente a Carta o senador José Roberto Arruda, ex-líder do governo Fernando Henrique Cardoso no Congresso Nacional, os coronéis-aviadores Weber Luiz Kümmel, representando o ministro da Aeronáutica, e Zilmar Antunes de Freitas, do 6º Comando Aéreo Regional, de Brasília.Manifesto da UfologiaA Carta de Brasília está sendo reativada nesse instante, através da campanha UFOs, Liberdade de Informação Já, promovida pela Revista UFO. Ela foi ligeiramente adaptada para o momento presente e transformada no que passará a ser chamado de Manifesto da Ufologia Brasileira. Através dele, os ufólogos brasileiros, estudiosos isolados ou grupos de pesquisas, interessados, leitores ou mesmo entusiastas do assunto, poderão expressar seu desejo de que o Governo abra seus arquivos sobre as manobras ufológicas em nosso Território.
Enfim, todo mundo ligado direta ou indiretamente à Ufologia Brasileira, que reconheça a seriedade do tema, a necessidade de se apurá-lo com consistência e divulgá-lo com sinceridade à população, pode tomar parte na campanha [Através do site da revista, ufo.com.br]. Sabemos que já existem muitos militares brasileiros que são contra a manutenção do sigilo em relação à presença dos UFOs e seus tripulantes. No final de 1996, quando estivemos com o ex-ministro da Aeronáutica, brigadeiro-do-ar Júlio Octávio Moreira Lima, principal responsável pela divulgação dos incidentes de maio de 1986, este ressaltou que nossas autoridades têm uma certa preocupação com a possibilidade de pânico. Mas disse ainda que, para ele, a humanidade já está muito bem preparada para receber a notícia de possíveis visitas extraterrestres. Já é hora de nossos governantes assumirem uma posição de coragem e de independência em relação à política norte-americana que trata do assunto UFO. Os principais interesses que ainda mantêm o acobertamento nos Estados Unidos nada têm a ver com a realidade brasileira, até pelo contrário. Nossas autoridades, independentem
ente de outras nações, possuem provas inequívocas da presença alienígena. O próprio ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, assim como seu colega norte-americano Jimmy Carter, já foram testemunhas oculares de fenômenos ufológicos.
Devemos ter em mente que continuar com o sigilo em torno do assunto é muito perigoso, pois podemos estar na iminência de um acontecimento planetário. Sabemos que existem poderosos interesses em jogo, ligados à manipulação das massas, através da ignorância. Mas se pensarmos nas perspectivas que se abrirão para a humanidade, estes aspectos são, na verdade, irrelevantes. Cabe aos governos assumirem suas responsabilidades, enquanto ainda podem fazer alguma coisa. Marco Antonio Petit é escritor, conferencista, presidente da Associação Fluminense de Estudos Ufológicos (AFEU) e co-editor da Revista UFO. Seu endereço é: Caixa Postal 89.130, 27655-970 Conservatória (RJ).