Desde os anos 20 do século passado temos registros de pessoas idôneas que procuravam as autoridades para prestarem informações sobre os perigos da energia nuclear para fins bélicos e os efeitos da poluição desenfreada, relatando que foram inusitadamente alertadas quanto a isso por seres extraterrestres. É interessante salientar que não havia sequer noção do que era esta tal energia nuclear entre a população civil antes dos ataques norte-americanos a Hiroshima e Nagazaki, em 1945, e muito menos no que poderia resultar a emissão de poluentes na atmosfera e na superfície terrestre. Tais pessoas, compelidas a agir por suas consciências, passaram a ser vistas como mentirosas, alucinadas, inconseqüentes. Hoje sabemos que data daquela época o embrião do que seria depois conhecido como acobertamento de informações, ou manobras ainda mais escusas, como a desinformação, que distorce a informação para gerar um resultado ainda mais danoso do que sua pura sonegação causaria. Note-se que foram alguns cientistas e militares que começaram a acusar os primeiros contatados da história de insanos e mentirosos, o que a sociedade absorveu sem questionar.
Isolamento e quarentena
Um exemplo dramático é do croata Nikola Tesla, autor de inúmeras invenções que mudaram o processo da evolução humana. Suas contribuições vão do eletromagnetismo à radiotransmissão, da engenharia à eletricidade, com invenções que marcaram época e ofereceram subsídios para o desenvolvimento da energia nuclear e da física quântica. Porém, um homem com tal genialidade tinha uma história pouco conhecida de seus colegas cientistas: foi, talvez, o primeiro a estabelecer contato com outra espécie cósmica. Em pleno final do século XIV, Tesla não apenas era um ardoroso defensor da vida extraterrestre como acreditava que já estávamos sendo visitados por várias raças – e por isso, sofreu na pele o escárnio e a discriminação, apesar de sua espantosa genialidade.
Porém, simultaneamente ao início das manobras de acobertamento e desinformação, alguns governos começaram a investigar a sério, e em segredo, o que estava acontecendo nos céus. Não custou a perceberem que os tão falados UFOs eram reais e que provavelmente não eram terrestres. A partir desta descoberta – que equivalia a dizer que os governos não teriam controle sobre a situação –, quem falasse em discos voadores seria totalmente ridicularizado. Isso fez com que muita gente tivesse medo de expor suas experiências, guardando tudo para si. Na própria constituição norte-americana há um artigo dos anos 60 do século passado determinando o isolamento e quarentena de qualquer cidadão suspeito de ter tido contato próximo com um UFO ou qualquer artefato ou ente “alienígena”, sem haver necessidade de ordem judicial ou de mandado de prisão – como se faz atualmente com algum suspeito de crimes graves. Ora, se discos voadores não existem, para que isso?
Todos sabemos da extensão e dos malefícios causados pela política de acobertamento mundial do Fenômeno UFO, vigente até hoje, ainda que numa época em que muitos governos já começam a abrir seus arquivos. Contudo, algumas questões sempre vêm à tona e é sobre elas que devemos refletir. Primeiro, afinal, quais seriam os verdadeiros motivos por trás do acobertamento? Há muitas respostas, mas das que é pouca evocada pelos ufólogos é a de que a mentira e a desinformação atuais se tornaram uma imensa bola de neve. A questão agora é por onde começar a contar a verdade. E mais, como fazê-lo sem expor que os agentes que hoje a estariam revelando são exatamente os mesmos que a esconderam por décadas? E mais, que o fizeram por não terem respostas para o Fenômeno UFO, e, no entanto, hoje defendem a revelação da verdade mesmo sem tê-las! E se é assim, porque não o fizeram antes? E mais: quais seriam os efeitos políticos e militares perante uma população revoltada com tantas mentiras agora assumidas publicamente? Quem pagaria por tamanho estelionato ideológico e histórico?
Força inercial para manter a ignorância
Enfim, muita coisa mudaria em nossas vidas caso a presença alienígena fosse aceita oficialmente, com reflexos profundos e duradouros em todas as atividades humanas – e parece que o receio de que isso aconteça atua como uma força inercial para manter a ignorância das massas quanto à realidade ufológica. Vejamos a situação das religiões, ou pelo menos do Catolicismo, para o qual fomos criados à imagem e semelhança de Deus. Como explicar que os seres que nos visitam têm igualmente o formato humano, e são espantosamente semelhantes a nós? Foram criados também por Deus? Antes ou depois da espécie humana? Com os mesmos propósitos que temos ou diversos? A Ufologia, no entanto, nos oferece outras hipóteses a considerar, como a de que somos frutos de um processo de colonização por extraterrestres – exatamente como nós próprios iremos um dia fazer, implantando vida em outros planetas no futuro, que certamente será semelhante à nossa, pois é nosso parâmetro.
Tudo isso se conseguirá através da harmonização dos conhecimentos que temos hoje sobre nossas origens e trajetória, respeitando as limitações humanas, mas buscando romper nossos paradigmas. E neste processo é absolutamente inevitável que se leve em consideração que outras espécies cósmicas nos esperam para formalizarem um contato. Tanto porque deixam clara sua intenção com o aumento de suas atividades, aproximando-se cada vez mais de nossos grandes centros, quanto porque nós próprios alçamos vôos cada vez mais altos em direção ao cosmos, em nossas incontáveis viagens espaciais, cada vez mais audazes. Talvez venha a ser neste ambiente, o espaço, onde o encontro se dará, e não necessariamente provocado, mas talvez forçoso. Negar a realidade ufológica não retardará esta situação, mas amplificará os efeitos que sua revelação terá sobre a humanidade, quando nossas autoridades decidirem admiti-la. Obstruir a verdade pode ser nefasto. Aquilo que chamamos de humanidade pode ser apenas parte de algo mais complexo, espalhado pelo cosmos. Compreender isso pode ser a chave para entendermos nossa origem, e talvez vê-la comum com a de outras espécies.