Supondo que a atual Teoria Unificada das Supercordas ou outra mais aprimorada forneça uma boa descrição do universo com espaço-tempo de várias dimensões, poderíamos cogitar que além das energias sutis presentes em suas dez ou 11 dimensões haveria, também, alguma organização inteligente de vida. Assim, naquelas dimensões do espaço-tempo emergiriam mundos extrafísicos com essências inteligentes. Poderíamos chamar isso, genericamente, de mundo invisível, onde estariam os espíritos e os seres encarnados em corpos menos materiais. As partículas desses mundos poderiam ser detectadas pela ciência no futuro, através de sofisticados aparelhos, enquanto a essência inteligente poderia ser observada por sua própria manifestação inteligente, assim como o Fenômeno UFO nos céus e as manifestações de espíritos nas casas espíritas.
Vida em corpos menos materiais — Em cada uma dessas regiões paralelas do espaço, numa ampla gradação da escala física-extrafísica, que vai desde a matéria saturada até a emanação primaz cósmica, encontraríamos mundos albergando vida. Nesses mundos, o espírito imortal animaria corpos formados por partículas sem massa e cada vez mais dinamizadas, num estádio evolutivo peculiar de cada região do espaço-tempo. Mas manteria a composição espírito-perispírito-corpo (este último composto por feixes organizados de partículas, em várias gradações de vibração), até que o espírito, aos poucos e por evolução própria, se despojaria das formas corpóreas (perispírito-corpo) para se elevar ao estádio de espírito puro. Em outras palavras, assim como a reunião de átomos forma mundos materiais, como a Terra, por exemplo, com similaridade também a reunião de partículas subatômicas formaria mundos invisíveis, orbes dimensionalistas de onde emergiriam seres inteligentes ultraterrestres, inteligências postadas além da vibração da matéria densa, fora do nosso alcance de visão.
Assim como na Terra a maturação do solo e as condições atmosféricas possibilitaram ao princípio inteligente organizar vida simples e, aos poucos, torná-la complexa, produzindo no solo um ecossistema que dera aos Geneticistas espirituais a possibilidade de elaborar um corpo de carne. Do mesmo modo, também, nos mundos dimensionalistas, berço de seres ultraterrestres, a constituição ultrafísica de lá associada às emanações dos orbes universais possibilitaria ao princípio inteligente daquelas esferas organizar vida simples, torná-la complexa e produzir todo um ecossistema que daria aos Geneticistas a possibilidade de elaborar um corpo humanóide de energia, por assim dizer, para nesse corpo de matéria invisível o espírito evolucionar “encarnado” naquelas esferas.
Corpo de energia cósmica — De maneira semelhante à reencarnação na Terra, nos mundos dimensionalistas o espírito renasceria. Assim, naquelas paragens enlaçaria ondas e partículas, corporificando-se; nasceria num corpo de energia, por assim definir sem melhor expressão, e prosseguiria vivendo, evoluindo, amando, reproduzindo, envelhecendo para, em seguida, desenlaçar-se do corpo com a morte; voltaria, assim, à esfera espiritual do sistema que lhe é próprio e nela viveria em colônia, aguardando nova experiência no corpo. Nessa página da teoria evolucionista do espírito, Erasto registrou no livro Universo Profundo [Lúmen Editorial, 2003], a seguinte mensagem:
“A dimensão do mundo Terra não vos é senão uma folha dentre as sucessivas folhas do caderno espaço-tempo. Localidade coberta por membrana protetora, na qual o corpo físico também está confinado. Sair dessa localidade só vos seria possível pela transmutação insólita, pela passagem do átomo à sua partícula similar organizada. Uma outra dimensão é um outro mundo! Se num formigueiro houvesse uma formiga cientista, por hipótese ela definiria uma gota de chuva caída no chão como sendo: ‘Aparição misteriosa de grande bolha translúcida surgida do nada após estrondos e luzes no céu. Uma materialização repentina de fluido viscoso e nevoento, com base plana e cúpula arredondada formando platô. Não é possível subir nela, há risco de vida, porque, após calor intenso, a bolha desaparece entrando misteriosamente no mesmo nada de onde viera’. A formiga não vê o homem. Mas o homem vê a formiga e sabe que o aparecimento de uma gota de chuva não é isso. Contudo, para compreender a outra dimensão da vida, o homem é apenas formiga!”