De um modo geral, a maioria dos ufólogos acredita que os objetos voadores não identificados viajam distâncias incalculáveis para visitar o planeta Terra, para seus tripulantes fazerem aqui suas pesquisas, abduções, experiências e desenvolverem outras atividades que desconhecemos. Mas não é isso que pensa o escritor e pesquisador José Guilherme Raymundo, 60 anos, que além de mais de três décadas dedicadas à Ufologia, tem um impressionante currículo profissional. Ele é formado em direito, administração de empresas e tem até um título de Ph.D. em psicologia. O comandante Guilherme, como é conhecido, é professor universitário de direito e processo penal, além de psicologia. Foi oficial da extinta Patrulha Aérea Brasileira (PAB), inspetor chefe da Guarda Civil de São Paulo e comandante geral da Guarda Civil de Guarulhos (SP). Também exerceu os cargos de promotor de Justiça em Goiás, de delegado de Polícia em São Paulo e de diretor da International Police Association (IPA).
Seu interesse pela Ufologia iniciou-se aos oito anos, quando teve sua primeira experiência, e não parou por aí. Em suas obras O Portal: Contatos Alienígenas [Editora Madras, 2001] e Aparições de Óvnis no Brasil [Editora 21, 2004] ele retrata em detalhes sua vasta vivência na área, os inúmeros avistamentos e os contatos extraordinários que manteve – e ainda mantém – com seres extraterrestres, como a visão de uma nave camuflada por uma névoa branca que “se contorcia como uma lombriga” sobre o Carandiru, na época do massacre de 1992. Para o comandante Guilherme, aquele objeto estava sobre a casa de detenção “resgatando as almas dos presos mortos na invasão policial”. Em seguida, teria se dirigido ao centro da cidade. Casos ufológicos famosos nacionais e internacionais comprovados por muitos pesquisadores, como Roswell e Varginha, o seqüestro de Antonio Villas Boas e do casal Barney e Betty Hill, e muitos outros, são abordados em seus livros, que atraem o leitor pela amplitude do tratamento dado à Ufologia.
Meu primeiro contato com seres ocorreu aos 8 anos. Eram duas criaturas pequenas, de pouco mais de um metro de altura. Vestiam macacão marrom e tinham a mesma fisionomia, olhos azul-esverdeados, nariz e bocas normais. Eles não falaram comigo, mas chegaram bem perto de mim
Residindo em Peruíbe, no litoral de São Paulo, o comandante Guilherme é cercado pelos mistérios, lendas e contos populares que rondam a região. Lá há inúmeros relatos do aparecimento de seres etéreos e imagens que desaparecem sem deixar vestígios, além de distorções do tempo, aberrações magnéticas e os famosos Guardiões de Peruíbe, seres míticos que protegeriam a cidade. Uma das lendas mais conhecidas é a do Portal da Serpente, uma grande rocha situada à margem da estrada que liga Peruíbe a Guaraú. Dizem os moradores mais antigos que do tal portal saía fumaça e fogo, até que um dia ele apareceu fechado, como que soldado por uma energia misteriosa. A partir daquela data, os habitantes do região passaram a considerar o local sagrado. Hoje ele é estudado por diversos grupos esotéricos. Algumas pessoas afirmam terem visto um vulto branco saindo da montanha e atravessando a rocha, além de bolas de fogo, que são observadas saindo do portal. Segundo o entrevistado, estas histórias não são meras invenções do povo, porque ele próprio tem em seu acervo de filmagens uma gravação de um ser envolto de uma luz saindo da rocha.
Intraterrestres entre nós
O comandante Guilherme tem um vasto repertório de polêmicas questões na Ufologia, como sua opinião de que os alienígenas habitariam a Terra. “Eles não vêm de outro planeta, eles já estão aqui conosco. Nós apenas não os enxergamos”, garante. Para ele, a questão é mais complexa, pois haveria, além de extraterrestres, seres intraterrestres e intra-oceânicos, que utilizariam entradas em mares, oceanos, vulcões, cavernas e montanhas, transformadas em portais fixos e artificiais, para atingirem pontos onde viveriam. “Estes locais são manipulados por seres de outras dimensões, a fim de transportarem ou até abduzirem os humanos”. Para o entrevistado, as visitas dos homens de preto, que seriam seres infiltrados entre nós, é indiscutível. “Inúmeros filmes provam a ação de sondas e naves aqui, e é possível que haja um combate entre invasores inimigos e pacíficos em torno de nós”. Vamos à entrevista.
Seu interesse pela Ufologia surgiu aos oito anos de idade, quando o senhor teve uma experiência com alienígenas. Poderia nos contar como foi? Eu estava no sítio do meu padrinho, na região de Araraquara (SP), quando o fato aconteceu. Estava descascando laranja no pomar quando ouvi um barulho parecido com zumbido de abelha. Pensei que fosse um enxame vindo e decidi me afastar. Foi aí que vi, na direção de uma estrada, uma enorme pedra verde, e pensei comigo: essa pedra não estava aí! De onde ela veio? Eu cheguei bem perto dela e passei a mão nela. Era rústica e ligeiramente esverdeada. Daí escutei um barulho vindo na minha direção, e eram dois seres pequenos, de pouco mais de um metro de altura. Vestiam macacão marrom e tinham a mesma fisionomia, olhos azul-esverdeados, nariz e bocas normais. Eles não falaram comigo, mas chegaram bem perto de mim. Um deles tinha um aparelho com botões no peito. Eles ficaram me olhando e acabaram se afastando, fazendo o mesmo gesto que faziam os soldados nazistas quando prestavam continência. Daí deram meia volta, enquanto o objeto levantou vôo e veio lentamente pairar sobre eles, que foram sugados para dentro do aparelho.
O senhor teve algum tipo de reação após esse contato? Meus olhos começaram a lacrimejar muito forte, eles ardiam. Não dormi a noite inteira, pois estava elétrico e sentia uma sede profunda que não conseguia saciar. No dia seguinte, voltei ao local e lá estava a marca de aterrissagem da nave agora havia várias pedras em formatos de disco, sólidas e rajadas.
Além de experiências ligadas a seres de outros planetas o senhor relata em seus livros que já teve também experiências extracorpóreas. Pode nos contar a que mais lhe influenciou em seus estudos do assunto? Eu tive tifo aos três anos e fiquei em coma por mais de 30 dias no Hospital Emílio Ribas. Mesmo naquela situação, eu conseguia ver meus parentes virem me visitar e trazer presentes. Eu ia até o pomar que existia ao lado do hospital para brincar com outras crianças. Mas fisicamente nunca saí daquele leito, em coma. Uma ocasião, quando tinha seis anos, eu vinha da escola a pé e vi três seres que pareciam bonecos brancos na rua. Quando cheguei perto, observei que tinham os olhos puxados e escuros. Suas bocas e nariz eram pequenos, parecidos com os dos chamados grays [Cinzas]. Suas cabeças tinham formato de pêra. Um deles me segurou pelo braço e me entortou, obrigando-me tomar água da poça formada pela chuva no chão. Aí ele me soltou e eu saí correndo para casa. Depois de muito tempo, cheguei à conclusão de que eles colocaram algum líquido naquela água para reforçar a cura da doença que eu havia tido.
O senhor teve a oportunidade de conhecer o general Alfredo Moacyr de Mendonça Uchôa, que foi um de nossos maiores ufólogos. Quais experiências o senhor teve com ele? Em 1982, quando fui promotor de Justiça da segunda vara criminal da comarca de Luziânia, a 20 km de Brasília, fui visitado pelo general. Ele veio acompanhado de um amigona época, um capitão e aviador da Base Aérea de Anápolis, em Goiás. Este amigo havia dito ao general que eu realizava estudos ufológicos, e ele quis me conhecer. Fomos almoçar juntos e conversamos muito sobre Ufologia, quando vim a saber que, numa fazenda no município de Alexânia, não muito longe dali, estavam ocorrendo visitas de seres alienígenas. O general e o capitão me disseram que aquelas entidades estavam dando demonstrações da sua presença e me convidaram para irmos juntos à tal fazenda. Uma semana depois fomos ao local. Chegamos lá por volta das 19h00, jantamos e fomos para um local de visão privilegiada da planície. Por volta das 21h00 começaram os avistamentos. Em dado momento, parte do céu ficou todo iluminado e começaram a aparecer naves piscando com luzes coloridas, predominando o verde, vermelho, branco e amarelo. A maior delas soltou um feixe de luz branca que fazia uma curva no espaço. E logo após apareceu um túnel de luz branca que saía detrás de uma elevação e apontava para o solo. Eu desconhecia que existia feixe de luz curvo. Aquela luz agia como se estivesse procurando alguma coisa no solo. O espetáculo todo durou uns 15 minutos.
É verdade que a enteada do general Uchôa, que sofria de uma doença gravíssima, foi curada por alienígenas que atuavam naquela região? Sim, a enteada do general tinha câncer generalizado e foi realmente curada. No dia, hora e localmarcado pelos “irmãos do espaço”, como nós os chamávamos, uma nave pousou e dela saiu um feixe de luz azul que foi direto para o lado esquerdo do peito da jovem, que adormeceu. Após alguns dias, o general levou sua enteada ao Hospital do Exército, em Brasília, onde ela fez vários exames radiológicos e de sangue. A conclusão dos médicos era que ela estava curada!
Dentre suas experiências ufológicas o senhor chegou a conhecer o interior de uma nave alienígena? Sim, quando eu tinha 15 anos. Eu me vi dentro de uma nave, onde havia dois seres de costas para mim. Lá dentro não tinha painel de controle nem nada parecido, só uma mesa. Eu via a Lua enorme, suponho que de muito perto, e os seres me falaram através de telepatia que quem comandava o veículo eram entidades robóticas e biônicas, que eram fabricadas juntamente com as naves. Eles me disseram que havia uma sintonia entre os pilotos robóticos e o aparelho voador.
O senhor tem uma posição acadêmica como professor, além de ter sido promotor de Justiça e delegado de Polícia, e mesmo assim defende a existência dos UFOs nos locais em que trabalha. Qual é a reação de seus colegas? Quando fui promotor e delegado, a reação dos meus colegas de trabalho era péssima! Não se podia tocar no assunto. Já na faculdade, onde leciono hoje, meus alunos se interessam pelo tema, pois os jovens de hoje têm interesse pelos UFOs. As chamadas crianças índigo ou azuis, que nasceram de 1989 para cá, têm outra mentalidade, pois seus genes foram trazidos pelos alienígenas, que se infiltram em mulheres grávidas e fazem com que seus fetos venham a se tornar crianças preparadas para um contato. Já os meus colegas professores se dividem quanto aos discos voadores. Alguns não crêem neles, mas respeitam minha posição, devido ao meu cargo, livros e palestras. Outros se interessam, mas são minoria. Se eu fosse um homem simples, seria taxado de maluco. O ser humano é bitolado. A gente precisa enxergar amplamente.
O senhor é autor de obras destacadas no meio ufológico. No seu livro O Portal: Contatos Alienígenas há relatos de fatos extraordinários, como o Caso das Máscaras de Chumbo, que ocorreu em meio ao regime militar, em 1966. Como era lidar com Ufologia naquela época? Na época da Ditadura não se falava no assunto. Simplesmente você pesquisava casos, fazia seus relatórios e os deixava escondidos. Os norte-americanos sempre estavam envolvidos. Eu sou piloto de avião, tendo iniciado o curso de aviação aos 15 anos. Precisei ser emancipado pelo meu pai para poder fazer o curso. As instruções que você recebe para quando observar uma nave alienígena são claras: siga sua rota, não ataque e não comente o fato com ninguém. Isso tem que acabar, pois se tornou necessário levar ao conhecimento público a existência dos discos voadores e dos seres extraterrestres.
Na época da Ditadura não se falava em Ufologia. Simplesmente você pesquisava casos, fazia seus relatórios e os deixava escondidos. Os norte-americanos sempre estavam envolvidos. Eu sou piloto de avião e as instruções que recebi para quando observasse uma nave alienígena eram claras: siga sua rota, não ataque e não comente o fato com ninguém
Alguns países já realizaram a liberação de arquivos secretos relacionados à Ufologia, o que é um progresso na área. Mas o senhor tem afirmado em suas palestras que a Comunidade Ufológica Brasileira não conseguirá dos nossos órgãos governamentais o mesmo feito. Por qual motivo? O Brasil não fará o mesmo que aqueles países? O que eu tenho dito é que, se ocorrer a abertura, o que os governantes vão mostrar não servirá para nada. Nossa tecnologia é empírica, não temos defesa e o Brasil é pobre em armamento bélico. Os militares vão liberar só o que acham que é comum, como avistamentos e coisas menos importantes. Nunca irão liberar tudo! Já tivemos alguns vazamentos de informações, como quanto aos fatos da chamada Noite Oficial dos UFOs no Brasil, de 19 de maio de 1986. Mas o Governo não libera o que sabe porque tem um acordo com os Estados Unidos. Por exemplo, depois da Segunda Guerra Mundial, quando aconteceu o Caso Roswell, os norte-americanos apreenderam muito sobre a tecnologia das naves, coisa moderna para a época, e através de engenharia reversa tiveram um aprimoramento acentuado em seu arsenal bélico [Engenharia reversa é o processo de se desmontar naves alienígenas acidentadas, buscando compreender seu funcionamento, para então replicar a tecnologia envolvida].
O senhor acredita que a Ufologia um dia será uma ciência, uma cátedra ministrada nas universidades. O que o faz acreditar nisso e quais os passos que deverão ser dados para que isso aconteça? Quando as Forças Armadas liberarem os arquivos secretos sobre os UFOs que possuem, ainda que seja como eu descrevi há pouco, isso dará credibilidade ao assunto e alimentará a realidade aos fatos, porque os ufólogos de hoje não são mais como antigamente, ou seja, sem estudos. Hoje eles têm alto gabarito e isso gera respeito. Então, eu acredito que não irá demorar muito para a Ufologia se tornar uma ciência.
Para o senhor, a existência de UFOs está mais do que provada, já que possui um acervo vasto de filmagens de objetos que foram avistados no município de Peruíbe. Quais são suas filmagens mais curiosas? Em uma delas, eu estava dentro do carro e vi algo que veio em minha direção e subiu. Então eu peguei a câmera e filmei aquilo, mas não vi nada. Quando cheguei em casa, coloquei o filme para rodar em baixa velocidade eu vi duas sondas ufológicas, uma menor do que a outra. Elas estavam sobrevoando o veículo, acompanhando-me todo o tempo em que eu estava indo para a Serra da Juréia.
Ainda em seu livro O Portal: Contatos Alienígenas há um capítulo em que é abordada a existência de portais dimensionais. Com que base o senhor defende esta idéia? Os portais existem. O da Serpente, em Peruíbe, por exemplo, é um local através do qual sondas ufológicas entram em saem. Ali há o desenho de uma cobra na rocha para indicar a entrada. Já filmei coisas lá. Eu pego a câmera, coloco sobre o tripé e aponto na direção da montanha em frente. Deixo o filme rodar. Depois eu assisto em câmera lenta, porque a velocidade delas é enorme e somente em câmera lenta pode-se observá-las bem. As sondas ufológicas que eu registro têm mais ou menos 60 cm de diâmetro. São comuns lá no Portal da Serpente. Em Peruíbe também há uma mata em que, se você entrar, pode desaparecer. Houve até o caso de uns estudantes que se perderam numa ocasião e passaram por uma estranha experiência. Já estava anoitecendo e apareceram uns homens de roupa branca, de aparência humana, que os levaram para uma gruta e lhes deram frutas e cereais. No dia seguinte, os homens os levaram à saída do local. Há casos de pessoas que desaparecem até em supermercados, pois em qualquer lugar pode haver portais artificiais e manipulados. As ocorrências policiais de desaparecimento de pessoas são assustadoras.
Os famosos homens de preto ou MIBs [Do inglês men in black] são relatados em diversos casos da Ufologia Mundial e foram assunto de uma de suas obras. Até que ponto eles agiriam ativamente na Ufologia e a partir de onde se tornam ficção? Os homens de preto existem e não são agentes do governo. Acontece que os alienígenas são curiosos e qualquer coisa que acontece aqui, na Terra, os interessa. Por exemplo, durante o carnaval é comum se ver naves sobrevoando os desfiles. Eu penso que os relatos em que pessoas são coagidas por MIBs devem ser bem estudados. Nestes casos, os seres devem ser de alguma facção perigosa.
O senhor já teve contato com algum MIB? Em que circunstância? Eu fui delegado do 35o Distrito Policial de São Paulo, localizado no bairro Jabaquara, e um certo dia um investigador me avisou que havia um casal estranho querendo falar comigo. Aceitei. Ambos estavam de preto e ele deveria ter uns 2,2 m de altura, porque, quando passou pela porta, teve que se abaixar. Ela deveria ter quase 2 m e tinha um corpo muito bem delineado. Seu rosto era estranho e os cabelos eram pretos e bem curtinhos. Parecia uma mulher normal, mas com os lábios muito pálidos. Estava sem maquiagem. Ela tinha um português castiço, mas com um sotaque que lembrava a língua francesa, e me pediu para eu acompanhá-los até Mairiporã [Cidade localizada na região metropolitana de São Paulo, a cerca de 40 km do centro]. Eu me neguei, pois não atuava lá. Mas ela insistiu, afirmando ser necessário e que eu tinha que fazer um trabalho para eles na região. Eu me neguei novamente e ela então disse que conhecia minha vida desde a infância, e até mesmo antes de eu nascer. Seu companheiro parecia um chinês, e quando dei por mim ele havia sumido. Fui atrás dele por toda a delegacia, mas não o achei. Quando voltei à minha sala, ela disse que tinha que ir embora, mas que na noite seguinte ela voltaria a me procurar. Ao dar a mão para ela, recebi a resposta de que não devia tocá-la, pois seria muito perigoso para mim.
Ela cumpriu a promessa e retornou? No plantão seguinte ela voltou sozinha e descreveu a minha vida inteira para mim, detalhe por detalhe. Ela abriu uma pequena bolsa e tirou uma pedra de dentro dela, que parecia de ônix bruto. A estranha mulher pediu para que eu a pegasse e a colocasse dentro de um recipiente com água, dizendo que eu deveria sempre completar a água que fosse evaporando, porque aquela pedra retém muito líquido e iria me proteger. Ela ainda pediu para que eu a levasse para a casa, mas eu me recusei e ela foi embora sem gostar muito. Antes de sair, afirmou que em cinco dias eu não estaria mais naquela delegacia. Eu fiquei surpreso, porque não tinha intenção sair dali. Mas dito e feito: em cinco dias eu não estava mais lá. Fui transferido para o 5º Distrito Policial, no bairro Aclimação.
O senhor voltou a ter contato com aquelas pessoas novamente? Passado um mês do encontro inicial, quando eu já estava atuando neste outro distrito policial, a mulher veio me visitar novamente. Ela estava diferente, com outra fisionomia, mas eu sabia que era ela. Ela falou para irmos conversar fora da delegacia e eu aceitei. Ela viu meu carro, que era um Passat, e eu a convidei para entrar no veículo. Ela entrou com dificuldades, porque tinha as pernas muito compridas, e ficamos conversando. Em um dado momento eu pensei em tocá-la, mas antes de colocar a mão nela, ela ficou nervosa. Seus olhos ficaram vermelhos e ela disse para eu não tocá-la para o meu próprio bem. Depois disso eu a convidei para irmos tomar um lanche, e ela disse que não necessitava disso, de comer. Quando eu olhei para cima, vi uma nave de cor amarela sobre nós. Ela sorriu e perguntou se eu sabia o que era aquilo, e me disse que eram nossos irmãos do espaço que a estavam protegendo. Ela pediu novamente para que eu a levasse para sua casa, e desta vez eu aceitei, mas apenas acompanhado do meu investigador.
E como foi levar aquela estranha mulher à sua residência? Estranho. Chegamos a um prédio e, quando entrei, o porteiro estava roncando na mesinha. Ela morava em um apartamento de alto padrão, mas a sala estava vazia, sem móveis. A estranha mulher me encaminhou a uma sala nos fundos, onde estava o tal chinês e um garoto loirinho, que aparentava ter uns seis anos. Quando entrei na salinha, a parede era tão branca que até doía os olhos. Havia uma espécie de altar que parecia ser feito de pedra sabão, maravilhoso, todo trabalhado. Ela falou para eu ficar na frente dele e desejar tudo que eu queria, mas não consegui pensar em nada. Ela percebeu e me falou que era melhor eu ir embora.
Houve um caso em Peruíbe, em 1994, de um homem cujo corpo estava totalmente vitrificado. Nem uma serra elétrica conseguiu cortá-lo. O resultado do laudo foi inconclusivo. O corpo foi levado aos EUA e seu caixão foi enterrado com pedras no interior. Os moradores da região viram um UFO amarelo sobrevoando as redondezas na noite do incidente
E após este contato, o senhor não os viu mais? No próximo plantão que eu dei, decidi voltar ao prédio, e desta vez, quando cheguei, o porteiro estava acordado. Descrevi para ele as pessoas que procurava e ele disse que não as conhecia. Mas apresentei minha credencial de policial e ele me deixou subir. Toquei a campainha do apartamento e um senhor japonês me atendeu. Quando eu disse que estive ali na semana passada, aquele senhor se mostrou surpreso, porque mora ali desde que o prédio foi construído e nunca aquelas pessoas haviam estado lá. Quando eu lhe falei do quarto nos fundos do apartamento, ele me levou até lá e de fato havia uma sala, mas a pintura era de cor creme e estava desgastada. Aquilo tudo era muito esquisito. Uns 15 dias depois disso, eu estava na frente de uma boate e vi aquela mulher atravessando a rua e entrando no estabelecimento. Eu saí correndo e entrei no local, vencendo a multidão até chegar do outro lado da boate e me dirigir à mulher e àquele chinês, que estava ao seu lado. Estranhamente, ela agiu como se não me conhecesse. Olhou para mim, sorriu e transmitiu um “desculpe, mas eu não posso”.
Muito interessante. Comandante Guilherme, o senhor já teve contato com seres extraterrestres de várias raças, conforme revelou. Em alguma destas experiências os seres deixaram alguma mensagem? Eu estava com um colega policial na Serra da Juréia, investigando umas ocorrências, quando encontrei um ser, alto, bonito, loiro e usando roupas claras. Tinha aparência humana, e se estivesse usando roupas normais, iria chamar atenção pela beleza e pela altura, mas passaria por um ser humano. Subitamente lhe perguntei por que eles não apareciam para todos verem. Ele me respondeu que não era o momento. “Nós temos primeiro que ‘trabalhar’ as autoridades, porque nós não iremos usar armas para destruir ninguém, mas eles irão nos atacar”, respondeu. Considerei aquilo uma mensagem.
Há muitos pesquisadores que preferem não misturar o que chamam de Ufologia Científica com aquela que é definida como Ufologia Mística, que leva em consideração aspectos espirituais e subjetivos, tais como os portais e as experiências de abdução fora do corpo físico. Em sua opinião, quais são os limites que poderiam dividir uma vertente da outra? Penso que a Ufologia e o Espiritismo caminham paralelamente, e que os alienígenas e os espíritos trabalham quase juntos. Eu tenho provas disso! Quando houve aquela matança no Carandiru [Ocorrida em 02 de outubro de 1992, quando a Tropa de Choque da Polícia Militar de São Paulo invadiu o presídio para por fim a uma rebelião. 111 detentos foram mortos e o massacre virou tema de filmes e livros], eram 02h00 quando olhei pela janela e vi uma nave branca que se movia de forma ondulada, como uma lombriga no céu, sobrevoando a casa de detenção. Ela estava recolhendo as almas que estavam sendo perdidas no conflito. Depois, o objeto se afastou, seguiu na direção da Avenida Paulista e sumiu. Muitas vezes também estou na estrada, próximo a um acidente grave, e vejo uma nave socorrendo as vítimas. Por isso eu falo que nas cirurgias espirituais há seres alienígenas envolvidos, constituídos de matéria mais sutil. Mas se você disser isso para as pessoas, elas não acreditam. Havia uma mulher em Peruíbe que levava gente para uma nave e fazia cirurgias, consultas espirituais etc. Enfim, há facções boas e más de alienígenas. De São Paulo para o sul do país, inclusive no litoral, estes seres são bons. Já nas regiões Norte e Nordeste atuam facções ruins, seres perigosos.
O senhor já recebeu alguma cura espiritual proporcionada por estes seres? Sim, quando fui promotor de Justiça em Goiás. Eu estava numa comarca e tinha um júri pesado para fazer. Certa noite, estava em minha casa estudando o processo quando bateram palmas no portão. Isto ocorreu por volta das 20h00. Como havia campainha, eu estranhei baterem palmas, mas fui atender e eram dois seres femininos, um maior que o outro, mas com as mesmas fisionomias. As entidades tinham um boné escuro para cobrir a cabeça, que era em forma de V e fazia parte integrante da vestimenta. Tinham uma espécie de babador branco com renda, que também estava presente no punho. A roupa era cinza escuro. Os seres tinham os olhos negros puxados, e a pele cinza clara. Fiquei impressionado com eles, quando a entidade maior olhou para mim e perguntei de onde elas vieram. Ela disse que tinham vindo de “muito longe”. Nisso, a entidade menor puxou uma bolsa, abriu e eu vi que havia quatro ovos enormes dentro.
O que o senhor pensou que era aquele gesto? O que ocorreu depois? Veio à minha mente a impressão de que ela estava me oferecendo os ovos, mas eu não os aceitei. O ser menor então olhou para mim e sorriu. Sua boca parecia com a boquinha de um peixe. Eu sentia que estava fora do meu normal e virei as costas para entrar na casa, mas quando dei por mim e decidi fazer mais perguntas, os seres já não estavam mais lá. Naquela época eu estava com um problema seríssimo de ouvido e fui atendido por cinco especialistas, mas nenhum conseguiu me curar e nem mesmo chegar a um diagnóstico do que eu tinha. Um deles até injetou antibiótico no meu tímpano, mas não resolveu o problema. Depois daquele estranho encontro, minha doença simplesmente sumiu. No lugar dela apareceu uma mancha semelhante a uma impinge no meu peito, que coçava desesperadamente, mas depois de um tempo ficou esbranquiçada e logo desapareceu.
Outro caso realmente impressionante. Falando em abduções alienígenas, o senhor já revelou que não crê na eficácia da hipnose regressiva nestes episódios. Por quê? Eu creio que o Espiritismo é o que mais ajuda na recuperação de lembranças perdidas ou ocultas, como, por exemplo, no caso das abduções alienígenas. A hipnose não funciona, ela não traz lembranças à tona. A maioria dos hipnólogos conduz as pessoas a dizerem o que eles querem e que elas falem sobre suas vivências de abdução. Numa seção de hipnose você pode ver isso claramente. Os alienígenas são espertos, eles são mestres no domínio de nossas mentes. Eles bloqueiam nossas lembranças dos fatos que vivemos sob seu controle para que nós não tenhamos acesso. Eu conheço vários hipnólogos e participei de seções de hipnoses, e só o que vi foram pacientes apavorados e nada de concreto. Sem desfazer dos demais, o único hipnólogo em Ufologia que considero uma pessoa séria e excelente profissional é o senhor Mário Rangel [Ex-consultor da Revista UFO, autor do livro Seqüestros Alienígenas, código LIV-007 da coleção Biblioteca UFO. Veja na seção Shopping UFO desta edição]. Eu participei de sessões de hipnose com ele e conheço seus méritos.
O senhor pesquisa Ufologia há mais de 30 anos e investigou casos famosos no Brasil. Qual deles considera o mais impressionante? Houve um caso em Peruíbe, ocorrido em 1994, que ninguém divulgou. Encontraram o corpo de um homem caído na sala de sua casa, totalmente vitrificado. O fato se deu num sítio. Nem uma serra elétrica conseguiu cortá-lo. Uma galinha que tentou fugir por debaixo da porta e uma novilha que estava num pasto ao lado também sofreram o mesmo processo. A polícia esteve lá fazendo o levantamento do local e viu um cão pastor alemão com a anca descarnada, de tal forma que apareciam os ossos do animal. O resultado do laudo foi inconclusivo. O corpo foi levado aos Estados Unidos e seu caixão foi enterrado com pedras no interior. Os moradores do sítio em que o fato ocorreu viram um objeto não identificado amarelo sobrevoando as redondezas na noite do incidente.
Este parece ser mesmo um caso espantoso. É impressionante que não tenha sido divulgado. Comandante Guilherme, conte um pouco mais sobre este episódio. Realmente, é um dos casos mais estranhos que eu conheço. A polícia não conseguiu nenhuma explicação para aquela cena. O investigador que foi ao sítio disse que parecia que o homem tivesse sido queimado por alguma energia intensa, como de microondas, mas de dentro para fora. Ao redor do corpo dele, o que também se viu nos animais, havia uma mancha de um pó branco que não pôde ser identificado. A vítima caiu ao chão sem quebrar uma garrafa de água que tinha nas mãos. Quando o cadáver foi encontrado, foi levado para o Instituto Médico Legal de Itanhaém, e de lá para Santos, de onde se tomou a decisão de informar uma equipe de médicos legistas dos Estados Unidos, e o cadáver seguiu para aquele país. Nem certidão de óbito foi emitida. A pessoa era muito pobre e ficou tudo por isso mesmo. O interessante é que há uma nítida conexão do fato com o Fenômeno UFO, pois houve a observação do objeto amarelo na noite em que o fato ocorreu e, nos dias seguintes, animais do sítio e de outras propriedades foram encontrados eviscerados, como nos típicos casos de mutilações.
O senhor tem mais algum caso estranho ou recente para narrar? Sim, tenho muitos, mas deixe-me dizer que tive a oportunidade de ver vários objetos voadores não identificados em Peruíbe, justamente na noite em que ocorreu aquele inusitado terremoto em São Paulo, 22 de abril. Eram 21h00, exatamente o horário do terremoto, e eu estava no meu apartamento olhando o mar quando vi várias bolas de luz, uma após a outra, entrarem no mar entre as ilhas que temos naquela área, a Queimada Grande e Queimada Pequena.
Muito obrigado pela e entrevista, comandante. Quais são suas considerações finais? Gostaria de dizer que eu pesquiso Ufologia desde meus oito anos de idade, e que naquela época o tema era tabu. Poucas pessoas falavam a respeito. Inclusive sobre os seres, que ninguém sabia nada a respeito. E já naquele tempo eu tive vários contatos com tais entidades. Por isso, desejo que a Ufologia seja uma ciência muito em breve, que evolua e que o Governo ofereça aos ufólogos provas concretas que possam analisar e, desta forma, fazer progredir esta fascinante área de estudos.