Em todos os lugares do mundo existem pequenas evidências da presença de seres inteligentes em nosso passado. Por todos os continentes e países podemos nos deparar com alguns vestígios eternizados por nossos ancestrais que graças a sua arte deixaram a pré-história representada para a posteridade. Também em Minas Gerais encontramos diversos indícios ufoarqueológicos. Na cidade de Lagoa Santa e na Serra do Cipó, que é reconhecidamente hoje um dos lugares de maior incidência ufológica, vários sítios arqueológicos repletos de pinturas rupestres estão sendo estudados. No norte do estado, algumas regiões se destacam pela grande quantidade se sítios arqueológicos e cavernas, como em Montes Claros e Varzelândia, assim como nas cavernas de Lapa Pintada e nas cidades de Januária e Montalvânia, próximas à região do alto São Francisco. Nelas encontramos desenhos do homem primitivo feitos com apetrechos rudimentares e ferramentas rústicas, há cerca de 12 mil anos.
Em Januária temos como exemplo uma pintura rupestre que mostra cenas do cotidiano e de diversos animais. Fora do contexto geral podem ser vistos dois objetos no alto, sendo que em um deles está claramente uma representação de um artefato que nos faz lembrar os já famosos charutos voadores – concepção das naves-mãe de grande tamanho e que normalmente apresentam um formato alongado. Em outro momento um desenho nos faz pensar em algum tipo de disco de pequeno porte que lembra um de nossos atuais helicópteros. Em todo o mundo se avolumam estes tipos de achados, quase que invariavelmente são classificados de arte abstrata ou representações artísticas.
Objetos voadores — Mas sabemos que os homens primitivos somente retratavam em suas cavernas aquilo que conheciam ou viam. Em algumas centenas destas pinturas estão descritos claramente, como se fossem nos dias de hoje, objetos voadores não identificados, os nossos UFOs. De onde um artista pré-histórico tiraria inspiração para desenhar um artefato voador, sem jamais ter tido a noção do que seria algo deste tipo? No conjunto de cavernas da cidade de Varzelândia estão centenas de pinturas rupestres bastante preservadas que relatam o cotidiano de nossos ancestrais mais longínquos. Estes lugares foram explorados e pesquisados pelo professor Hernani Ebecken de Araújo, nos anos 60, sendo que algumas figuras encontradas eram muito perturbadoras.
Entre as inúmeras gravuras da região há aquelas que se destacam por seu contorno e aparência perfeitamente discóides. Além dos objetos voadores que apresentam claramente estes formatos – idênticos aos que atualmente vemos em qualquer revista especializada em Ufologia –, existem também os chamados “charutos voadores” que estão desenhados por toda parte, compondo centenas de inscrições rupestres, sendo um registro impressionante feito pelos habitantes pré-históricos. As marcas de Varzelândia são um caso especial dentro da Ufoarqueologia, pois apresentam ainda um desenho completo de nosso Sistema Solar, porém acompanhado de 10 órbitas à sua volta. Também podemos encontrar a representação de nossa Lua, em quarto crescente. Um outro desenho parece ser de um corpo celeste ou satélite natural que poderia ter existido num passado remoto, como especula Araújo.
Em 18 de agosto de 1963, o professor visitou a caverna pela primeira vez e pôde constatar as estranhas figuras que compunham o conjunto: um Sol, feito de tinta vermelha, composto de 10 círculos concêntricos circundados de raios com 60 cm de diâmetro no seu vértice, sendo que no segundo ângulo da base aparecem as supostas luas. No meio está a abóbada da gruta com mais de um metro de comprimento, sendo semelhante a um charuto. Próximo a ele outra gravura, de uns 50 cm de diâmetro, nos mostra novamente um artefato com o formato clássico de nossos atuais desenhos de UFOs. Isso é comum nesta região, pois são encontradas diversas representações de discos voadores, todos em sua maioria discóide. Temos também como exemplo a Pedra do Ingá, na Paraíba, que se apresenta recoberta de caracteres e desenhos que lembram naves especiais, possuindo 30 m de comprimento e 4 m de altura, sendo que as marcas foram feitas com algum tipo de ferramenta desconhecida há milhares de anos. Alguns estudiosos acreditam que os caracteres encontrados sejam da Civilização Fenícia. No entanto, ainda resta a dúvida: o que o homem primitivo estaria querendo mostrar com estes inscritos que também acompanham imagens de atividades cotidianas, os animais, predadores e seus costumes? Tudo que sabemos é que havia algo mais que Sol ou estrelas e, assim como nos dias de hoje, outros objetos voadores passeavam em seu céu.
Lendas indígenas — Além disso, inúmeras fábulas de tribos indígenas revelam interessantes passagens e manifestações ufológicas. Como é o caso dos Caiapós, que habitam o Alto Xingu, que contam que muito longe daqui, em uma estrela distante, reuniu-se um conselho de índios e tomaram a deliberação de mudar todo o aldeamento. Eles então começaram a cavar o chão, até saírem do outro lado do planeta. O cacique foi o primeiro a atirar-se no buraco e após uma longa noite chegou a Terra, porém os ventos eram tão fortes que ele foi atirado de volta ao seu planeta. Ao relatar sua aventura ao conselho, contou que tinha visto um mundo bonito, azul, com muita água, plantas e florestas. Sugeriu então que mudassem para aquele novo lugar. Os indígenas aceitaram e deram a ordem aos outros para que fizessem cordas compridas de algodão para descerem o buraco bem devagar, pensando que dessa forma não seriam devolvidos ao seu planeta de origem. Foi então que conseguiram terminar a grande jornada e desde então vivem na Terra.
Por muitos anos os Caiapós mantiveram contato com os dois mundos, até que num dia um mágico malévolo as cortou e desde então os índios esperam por seus irmãos e irmãs extraplanetários, para se reunirem em nosso planeta. Até os dias de hoje tais povos afirmam que conversam com as estrelas e esperam o contato de seus ancestrais de outro planeta… João Américo Peret, um dos maiores indianistas do Brasil, publicou fotos tiradas em 1952, dos Caiapós, do Pará, em seus trajes rituais que lembram claramente a roupa de nossos modernos astronautas – isso foi feito muito antes do vôo de Yuri Gagarin a bordo do Vostok I, em 12 de abril de 1961. Por certo nesta época ninguém, especialmente uma tribo indígena brasileira, conhecia os trajes espaciais. A lenda Caiapó apresentada ao mundo por Peret, foi contada pelo índio Kunenkrãkein, um velho
conselheiro da tribo que era chamado de Gaway-baba e considerado um sábio. Segundo ele, o seu povo habitava uma vasta caatinga, de onde se avistava a Serra de Pukato-ti, cujos cumes estavam e continuam encobertos pela neblina da incerteza, até hoje não dissipada. “O Sol cansado de seu extenso passeio diário deitou no capim verde e Mem-Baba, o inventor de todas as coisas, cobriu o céu com seu manto, repleto de estrelas penduradas. Quando uma estrela caía, o guardião Memi-Keniti atravessava o céu para recolocá-la em seu lugar. Esta era a sua tarefa”.
Habitantes da aldeia — Certo dia, Bep Kororoti vindo da Serra de Pukato-ti entrou pela primeira vez na tribo. Ele estava vestido com a Bo [Vestimenta de palha semelhante aos trajes espaciais dos astronautas] que cobria todo o seu corpo. Em sua mão levava a Kob, uma arma de trovão. Todos os habitantes da aldeia ficaram apavorados com a chegada de Bep Kororoti e refugiaram-se na floreta. Os homens tentavam proteger as mulheres e crianças e alguns mais corajosos resolveram lutar contra o intruso, porém seus armamentos se revelaram insignificantes contra a criatura. Todas às vezes que as armas tocavam o traje da entidade, estas viravam pó. O guerreiro vindo do alto dava risadas diante das fracas estratégias de guerrilha dos índios. Para demonstrar seu poder ele então apontou para uma árvore e uma pedra e as destruiu com sua Kob. Todos assim entenderam que Bep Kororoti queria demonstrar suas intenções pacíficas, pois não viera para guerrear contra os indígenas.
Os guerreiros mais valentes da aldeia ainda tentaram oferecer resistência, mas nada podiam fazer contra o poder daquele ser que não machucou a ninguém e, na verdade, parecia se divertir com a fragilidade de seus oponentes. Aos poucos, Bep Kororoti cativou os índios e passou a ser adorado por todos, principalmente por sua beleza, alvura e pela cor clara de sua pele. Desta forma foi aceito na tribo e passou a conviver com os Caiapós, aprendendo seus costumes e hábitos. Aos poucos já superava os grandes caçadores no manejo das armas. Tornou-se o mais valente da aldeia, sendo aceito na tribo como um guerreiro e em seguida foi escolhido por uma jovem para ser seu marido, casando e tendo filhos. Como Bep Kororoti era mais inteligente que todos os outros, começou a passar seus conhecimentos aos indígenas e a ensinar-lhes diversas coisas. Instruiu-os na construção das Ngob [A casa dos homens], a lutar e enfrentar os perigos. Com o tempo os índios foram aprimorando seus conhecimentos e armamento. Ele auxiliou e instituiu o grande conselho da tribo, no qual eram discutidos todos os problemas e facilitou as tarefas e a vida dos habitantes.
Quando a caça era difícil, Bep Kororoti pegava sua Kob e matava os animais sem os ferir e distribuía para toda a aldeia. Num determinado período ele ficou arredio e passou a não sair mais de sua Ngob. Quando saía se dirigia a Pukatoti, sendo que um dia abandonou a aldeia levando consigo sua família. Pouco depois ele voltou enfurecido e começou a lutar contra os índios, que ao encostarem em seu corpo desmaiavam. Dirigiu-se novamente para a serra e destruiu com sua Kob tudo ao redor e em seguida desapareceu, envolto em nuvens, fumaça e trovão. Bep Kororoti apareceu em outras oportunidades para os indígenas, principalmente para sua filha Nyobogti, quando lhe trazia alimentos e depois voltava a desaparecer em sua “árvore” voadora. Os Caiapós ainda nos dias de hoje celebram através de um ritual e festejam em homenagem ao grande líder e amigo das estrelas que tanto fez pela tribo no passado. Na ocasião, um guerreiro da aldeia veste uma réplica da Bo e dança perante os outros da tribo. E assim no Brasil, como em todo o mundo, os deuses quando de sua passagem deixaram histórias, lendas e marcas para os povos e civilizações antigas, abrindo um longo caminho para a pesquisa e o entendimento sobre nosso passado. As pistas estão lá, basta que saibamos apenas procurá-las.