Existiram momentos em que a Agência Espacial Norte-Americana (NASA) mudava sua política de encobrir a realidade sobre o que vinha descobrindo em Marte e eventualmente facultava aos pesquisadores a possibilidade de fazerem novos achados, ou seja, ela nos ajudava a perceber aquilo que ainda não podia ser visto nas declarações oficiais. Um desses momentos está associado diretamente à história da Face Marciana encontrada na região de Cydonia. No dia 24 de maio de 2001, o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL), que é um organismo da NASA, divulgou uma nova fotografia da estrutura, pouco tempo depois de sua obtenção, dessa vez sem qualquer forma de manipulação. E aqui está uma curiosidade.
A foto em questão, uma imagem com a etiqueta E03-00824, feita em abril do mesmo ano (2001), foi liberada dentro do contexto do documento número MOC2-283, um comunicado público. Além de ter sido obtida em um ângulo mais favorável do que a imagem feita em 1998, o nível de definição é próximo de dois metros por pixel. Tenho que destacar que, de maneira surpreendente, o referido documento apresentava inclusive uma imagem em 3D produzida com a ajuda de outra obtida pela mesma espaçonave, em junho de 2000. Ninguém poderia negar que a agência estava, pelo menos aparentemente, demonstrando claros sinais de transparência em relação ao assunto.
Porém, a ideia oficialmente transmitida na época continuava exatamente a mesma — a Face Marciana seria apenas uma formação geológica, algo desenvolvido como uma casualidade ao longo de milhões e milhões de anos, e de origem natural. Mas até que ponto a NASA estava realmente interessada em convencer o mundo de que essa era a verdade? Em minhas investigações descobri algo que serve para balizar uma resposta objetiva para essa questão. Logo abaixo da abertura da página do referido comunicado é visível, após o título que relaciona o mesmo à face de Cydonia [Highest Resolution View of the Face on Mars, ou Visão de Maior Resolução da Face Marciana], a foto de número 070A13 do Projeto Viking, tendo ao seu lado direito a nova imagem obtida em 2001. Apesar do evidente sinal de um processo erosivo resultante da antiguidade da estrutura, a semelhança da nova fotografia com essa da década de 70 é perceptível, e não é por acaso que elas aparecem juntas no mesmo quadro do comunicado.
Simetria da Face Marciana
Dessa vez o que pode ser observado é algo totalmente diferente da fotografia liberada em 1998. É de se destacar, apesar dos evidentes efeitos relacionados a um processo de erosão, a simetria da estrutura. Outro aspecto para o qual se deve ter atenção é a ausência de parte do lado direito da face, que nas primeiras fotos esteve parcialmente invisível devido ao sombreamento causado por posições desfavoráveis do Sol. Essa realidade já era perceptível na foto de 1998, principalmente depois que Thomas van Flandern corrigiu a imagem.
Como escrevi em meu último livro, Marte: A Verdade Encoberta [Editora do Conhecimento, 2013], não é difícil perceber que, de uma maneira ainda desconhecida, parcela da camada superior da estrutura, em seu lado direito, parece ter desaparecido. Minha opinião, após analisar de maneira cuidadosa cada detalhe presente na imagem disponibilizada nas versões de menor e maior resolução, aponta para a possibilidade da existência de alguma causa mais drástica como resposta para a ausência de parte da estrutura. É realmente difícil explicar o que podemos ver como sendo apenas resultado de processos erosivos. Mas estaríamos mesmo no caminho correto ao entendermos que a face perdeu parcela de sua estrutura, independentemente do processo causador?
Já se havia explorado e analisado as duas versões de definição da fotografia da Face Marciana obtida em 2001 pela Mars Global Surveyor, além da imagem disponibilizada em 3D, mas o referido comunicado que acompanha a liberação da figura apresenta ainda um quarto link não explorado nos primeiros acessos que realizei para investigar a imagem devido ao peso da versão. Recentemente, quase por dever de ofício, resolvi abri-lo e vi que tem excepcional resolução, de 10.4 Mb, e o que encontrei foi muito além de qualquer expectativa. Para começar, ao contrário do que esperava, o link não está associado a uma visão mais detalhada da estrutura — o peso maior da imagem disponibilizada, na realidade, está associado à apresentação da tira fotográfica inteira que registra aquele quadro, que foi base para retirada das versões ampliadas da esfinge marciana que eu já havia estudado.
Esse último link não foi gerado simplesmente para apresentar a foto completa obtida em 2001. Dessa vez, algo de mais especial e revelador estava por trás desse detalhe, e o que vi sendo formado progressivamente após dar o comando para abrir a fotografia foi, sem dúvida, um dos momentos mágicos dessa caminhada investigando os sites das agências espaciais. Segundos depois eu estava frente a frente com uma foto da Face de Cydonia, a qual revelava outra surpreendente realidade.
Muralhas em Marte
Não era mais possível ver os sinais de um rosto humano. Tudo que podia ser observado era uma imagem clara da face de um ser extraterrestre do tipo gray [Cinza], o responsável pela maior parte dos casos de abdução em nosso planeta. A agência espacial havia invertido a posição da imagem, disponibilizando a qualquer pessoa que explorasse o site do Malin Space Science Systems [Endereço: www.msss.com], especificamente o comunicado sobre a fotografia da face obtida em 2001, acesso a essa nova versão sobre a natureza do monumento deixado pela antiga civilização. De uma maneira muito especial, os responsáveis pelo site haviam descoberto e resolvido revelar uma nova leitura para a Face Marciana. Podemos estar diante de algo muito peculiar, e é surpreendente que essa realidade tenha nos chegado por meio de uma atitude da própria NASA.
Existem coisas ainda mais enigmáticas em Marte, como a cratera Richardson, no chamado Mare Chromium, situado nas coordenadas 72.4°S e 179.7°W. A imagem de etiqueta PIA0326 foi feita pela Mars Global Surveyor no dia 25 de dezembro de 2005 e foi localizada durante as investigações no site Photojournal, que faz propaganda das atividades da NASA. Fiz essa descoberta quando trabalhava em meu citado último livro. Para a agência espacial, estaríamos apenas diante de um campo de dunas. Mas o que podemos ver nessa fotografia é algo bem diferente do que poderíamos esperar de um campo de dunas, seja em
Marte ou em qualquer outro lugar do universo. Na verdade, as estruturas visíveis lembram muito um conjunto de muralhas, nas quais são perfeitamente detectáveis os vários andares ou níveis. A real natureza ou objetivo dessas estruturas permanece desconhecido, mas seu caráter artificial é evidente. A ideia da agência para explicar o achado é totalmente absurda, e só pode ser tida como mais uma tentativa de encobrir a verdade.
Algumas muralhas de Marte passam de três quilômetros de extensão, continuando além dos limites de ambos os lados da fotografia. Outras estão dimensionadas em níveis demarcados por linhas perfeitas que parecem separar seus andares
Algumas dessas muralhas passam de três quilômetros de extensão, continuando além dos limites de ambos os lados da fotografia — algo realmente impressionante. Algumas estão dimensionadas em três níveis, demarcados por linhas perfeitas que parecem separar os andares. Enquanto a Mars Global Surveyor fazia suas descobertas a partir da órbita marciana, revelando sinais da antiga civilização, os rovers Spirit e Opportunity, já no solo do planeta desde janeiro de 2004, também documentavam a mesma coisa. Durante quase três anos a NASA pode contar com os três artefatos espaciais simultaneamente, até que, em novembro de 2006, a espaçonave deixou de transmitir dados. Apesar do nível de definição apurado das imagens da Mars Global Surveyor, conforme a missão dos rovers iniciou, ficou claro que para certos tipos de descobertas era fundamental a presença de veículos móveis no solo marciano. Além dos fósseis detectados pelos dois robôs, a contribuição desses veículos para uma visão mais precisa da presença alienígena no passado foi fundamental.
Um complexo alienígena
Cada um dos rovers, em várias situações ao longo de anos de pesquisa, revelaram inúmeros fragmentos e peças relacionadas a antigas construções na superfície de Marte. Entre os destaques podemos relacionar as descobertas do Opportunity na região da cratera Victoria, uma estrutura com 800 m de diâmetro repleta de evidências da presença, no passado, de um complexo alienígena. Depois de se movimentar pelo solo do planeta vencendo inúmeros desafios e dificuldades em sua jornada, o rover chegou ao limite da cratera 952 dias após pousar, entre as regiões conhecidas como Baía do Pato e o Cabo Verde. Devo ressaltar que, a partir das imagens espaciais obtidas da órbita do planeta por várias espaçonaves, não havia sido detectado nada de relevante ou mesmo uma indicação de que o Opportunity estivesse para fazer tantas descobertas e documentasse de uma maneira tão definitiva a presença de sinais de uma antiga civilização.
Descobertas no Cabo de São Vicente
Foi no dia 970 da missão, entretanto, que as câmeras do veículo começaram a fotografar as primeiras evidências. Localizei no site Photojournal vários mosaicos com imagens da região conhecida como Cabo Verde, montados com fotografias obtidas pela câmera panorâmica do robô. Esses mosaicos apresentam como segundo plano, ou seja, na posição do outro lado da cratera, várias estruturas artificiais de grande porte, aparentemente esculpidas ou montadas na encosta oposta à posição do Opportunity, onde uma se destaca por parecer um grande portal. Podemos ressaltar, entre esses mosaicos, as imagens de etiquetas PIA09082 e PIA09085. Em 07 de novembro de 2006, 21dias depois, o Opportunity obteve outras fotografias da mesma área, publicadas na série Sol 991 e permitindo gerar outro mosaico, ainda mais completo, documentando boa parte da circunferência da cratera. Trata-se da imagem PIA09104. As grandes descobertas estavam apenas começando, como os dias seguintes revelariam.
Cerca de 200 dias após a chegada do rover à região da cratera, as imagens começaram a atingir um nível mais surpreendente. Isto aconteceu quando suas câmeras do veículo foram dirigidas para o chamado Cabo de São Vicente, assim denominada uma área de Marte. A primeira visão do que seria explorado por inúmeras imagens foram duas fotos da câmera de navegação do dia 1.164 da missão, documentando uma das áreas mais críticas e importantes da cratera — foi nessa área que eu e outros investigadores localizamos e estudamos inúmeras evidências. Essa zona é tão rica que hoje só pode ser comparada às nossas observações sobre a região de Cydonia. Depois de todos esses anos que eu me dedico ao estudo do Planeta Vermelho e seus mistérios, posso dizer que pode ser considerada até de importância superior.
A verdade é que essas primeiras fotos ainda não tinham, por terem sido obtidas com a câmera de navegação, um nível de definição mais apurado e que permitisse uma visão detalhada de toda a região. Foi no dia 1.166 da missão que o Opportunity, utilizando sua câmera panorâmica, um dos dispositivos do sistema de imagens do rover dedicado à documentação científica, que algo ocorreu. Finalmente a Agência Espacial Norte-Americana (NASA) tinha em mãos algo realmente surpreendente, e agora com uma qualidade de imagens mais do que adequada, apesar de ter sido obtida somente uma fotografia. No dia seguinte, o veículo acionou sua câmera panorâmica 24 vezes, documentando a área do Cabo de São Vicente, utilizando seus vários filtros, e isso não aconteceu por acaso. Essas fotos fazem parte da sequência Sol 1.167. A agência estava de fato diante de potenciais achados fascinantes.
A primeira descoberta foi feita em 07 de maio de 2007, que para sempre ficará marcada devido sua importância dentro de nosso programa de exploração do planeta. Trata-se do que parece ser, de início, sem uma observação mais cuidadosa, apenas uma rocha de forma e aparência um pouco invulgares. Contudo, ao verificarmos a imagem do objeto, inclusive nas fotos feitas com os mais diferentes tipos de filtros, a ideia da rocha desaparece por completo — parece que estamos diante de uma parte totalmente artificial de uma antiga estrutura ou construção. Por cima da tal aludida rocha podemos ver inclusive o que parece ser um segundo material, também de base artificial, que recobre parte da estrutura, como se fosse uma massa semelhante ou do tipo que é utilizada em construções em nosso mundo.
Uma imagem inacredit&
aacute;vel
Examinando de maneira detalhada todos os quadros tomados dessa mesma área, encontramos outras curiosidades no que diz respeito aos já comentados cortes especiais verificados e notados em pedras e rochas em várias outras áreas exploradas não só pelo Opportunity como também pelo Spirit do outro lado do planeta. Todavia, o destaque dessa região é sem dúvida o que parece ser uma silhueta de uma estátua esculpida na estrutura da parede rochosa dessa área da cratera. A verdade é que o nível de definição das fotos da câmera panorâmica do rover, disponibilizadas no catálogo de imagens geral do site Mars Exploration Rover, pelo menos no presente caso, não é o mais adequado para a observação de pequenas estruturas fotografadas a uma distância razoável.
Acabei localizando essas mesmas imagens da câmera panorâmica com alta definição, pertencentes à série Sol 1.167, no mosaico fotográfico de etiqueta PIA10210 no Photojournal, montado por meio de combinação matemática de 16 filtros azuis, que possibilitaram uma imagem inacreditável. Nela, dezenas de objetos e estruturas artificiais relacionados a uma antiga civilização marciana são perfeitamente observados. Se o primeiro objeto notado com a definição inferior, aquela aludida rocha de natureza invulgar, já havia despertado minha atenção, com esse novo padrão de definição a certeza de sua natureza ficou ainda mais solidificada, e isso de uma maneira objetiva, devido os detalhes que agora podiam ser constatados. O aspecto da cobertura que o envolve é algo realmente impressionante. Além da forma inusitada da tal rocha, a existência desse material ou massa a ele associado é algo que deve ser ressaltado, mais uma vez, como uma evidência direta de sua artificialidade. A impressão que se tem é de algo metálico derretido que depois se solidificou, mas hoje a ideia de uma massa do tipo que é utilizada em nossa construção civil parece mais perto da verdade.
Outra informação que devemos ter em mente para analisar as descobertas de base arqueológica produzidas por este e outros colegas investigadores, é o fato de a cratera ter sido coberta por água em estado líquido em um passado remoto. Esta afirmação serve inclusive para fortalecer as interpretações relacionadas à sua artificialidade e podem servir para uma mensuração razoável da antiguidade do que foi descoberto na região. As encostas da cratera Victoria apresentam uma série de vestígios e linhas sinuosas erodidas justamente pelo precioso líquido. Ou seja, qualquer estrutura, natural ou artificial que não apresente os sinais de contato com água chegou à cratera após o período de tempo em que ela permaneceu inundada.
Escultura em rocha
Pois bem, existem vários objetos em Victoria sem a “assinatura” deixada pela água — e esse detalhe é mais do que fundamental dentro desse trabalho. Acredito que o destaque dessa área da cratera Victoria é sem dúvida a forma que parece representar uma estátua esculpida na parede rochosa do Cabo de São Vicente, mesmo quando observada sem uma definição mais apurada. Se pudesse haver ainda dúvida da presença de uma estrutura artificial ali, tal situação fica sem sentido mediante a imagem número PIA10210, uma escultura em rocha de incrível precisão e esmero, curiosamente representando a forma de um dos tipos de extraterrestres mais relatados dentro do atual processo de abduções alienígenas em nosso planeta. A figura representa novamente um gray. O primeiro detalhe que chama a atenção quando se observa essa imagem pela primeira vez, após se constatar a forma da entidade reproduzida, é o fato de o tipo alienígena ali reproduzido em pedra ter sido estilizado, esculpido, apresentando a chamada barba falsa egípcia, uma espécie de prolongamento do queixo que significava nobreza, divindade ou as duas coisas para os antigos habitantes. Esse detalhe não é o primeiro a relacionar os antigos habitantes do Egito e sua civilização com o que estamos descobrindo em Marte.
Constataram-se outras anomalias em diferentes partes da estrutura geológica da encosta, que parece ter sofrido algum tipo de manipulação por meio de cortes precisos. O destaque vai para um objeto alongado de natureza artificial
A estátua descoberta pelas câmeras do rover tem cerca 3,5 m de elevação e foi esculpida a meia altura, se usarmos como base para mensuração os limites superiores e inferiores da encosta rochosa, que, por sua vez, serviu de base para seu entalhe. Outra coisa que chama atenção é o tipo de trabalho desenvolvido na rocha — parece que o mesmo método de escavar, um princípio artístico utilizado pelos antigos habitantes do Egito, foi reproduzido na cratera Victoria. Mas existe um problema: a escultura do gray descoberto no Planeta Vermelho é, com certeza, milhares de anos mais antiga do que as obras estudadas por nossa arqueologia no Egito. Essa conclusão cabe também ao principal objeto localizado na região e a outros achados em Marte. Isso é um fator complicador dentro desse trabalho, a não ser que comecemos a questionar os processos de datação, que parecem revelar um grande abismo temporal entre as culturas egípcia e a antiga civilização marciana.
Essa discrepância em termos de datação pode ser minimizada dentro de certos limites pela constatação de que a estátua do alienígena não apresenta qualquer sinal de ter tido contato com a água e seus efeitos erosivos, ao contrário do padrão facilmente constatado na estrutura rochosa ao seu redor — ou seja, estamos diante de uma estrutura produzida na época em que a região estava livre da água. Entretanto, quando o desaparecimento do líquido realmente aconteceu? A NASA afirma que foi há milhões de anos, no mínimo, mas eu questiono esse tipo de certeza.
Escultura alienígena
A mesma ausência de vestígios de erosão por água é perfeitamente constatada em outro artefato, pouco abaixo e mais para a direita da escultura da entidade alienígena. Em minha opinião, estamos diante de uma parte da própria estrutura geológica da cratera, que também sofreu o trabalho técnico e artístico desenvolvido por membros daquela antiga civilização marciana. Chama a atenção, além dos cortes geométricos perfeitos que dividem a estrutura em vários lados, o nível de polimento do objeto. Nesse caso, não estou falando simplesmente de uma rocha com um de seus lados cortados ou de um fragmento de uma antiga estrutura, mas de um artefato talhado com um nível de precisão que permanece completo e exibindo sua geometria a mais de 30 m acima do nível do fundo da cratera e muito próximo de outra obra dos antigos habitantes da região.
Constatou-se a presença de outras anomalias em diferentes partes da estrutura geológica da encosta, que pare
ce ter sofrido algum tipo de manipulação por meio de cortes precisos. O destaque nesse setor vai para um objeto alongado de natureza artificial, cuja estrutura e material são distintos também das rochas dessa área da encosta. Tal artefato parece limitar e se sobrepor a um dos limites de uma cavidade ou abertura presente na estrutura geológica. Mas as semelhanças entre Marte e o antigo Egito na cratera Victoria não terminam com a associação dos detalhes que já vimos.
Se em vez de buscarmos observar o que existe no chamado Cabo de São Vicente, abaixo da enigmática representação do ser extraplanetário, voltar nossa atenção para a parte superior da fotografia, examinando-a com toda atenção, poderemos observar, 10 m acima da figura do gray, o que parece ser uma entrada para o interior da estrutura rochosa da encosta, a qual exibe, de maneira surpreendente, o mesmo padrão das aberturas de acesso das tumbas egípcias — o tamanho dessa abertura permitiria a entrada de um humano em pé. Essa porta está, entretanto, cerca de 45 m acima do fundo da cratera, em um ponto inacessível. Para se chegar até aquela posição seria necessário uma escada enorme ou um grande andaime. Isso, claro, se os antigos habitantes da região não tivessem alguma outra forma para se elevarem até aquele ponto. Atualmente ainda é visível na imagem apresentada no Photojournal a existência de uma espécie de envoltório ao redor da entrada ou abertura, como se fosse uma espécie de moldura ou reforço.
Assinatura deixada pela água
Na sua parte inferior, essa abertura é totalmente plana. Esse envoltório não apresenta a “assinatura” deixada pela água. Se continuarmos subindo em direção ao limite superior da cratera encontramos, um pouco mais para a esquerda da fotografia, outra forma ou estrutura de padrão artificial. É difícil mensurar o seu sentido e objetivo, mas a base geométrica do conjunto mais uma vez é evidente. Pode se tratar de mais uma entrada para algo dentro da estrutura geológica da região, mas, em minha opinião, trata-se provavelmente dos restos de uma antiga construção.
Além desses objetos e outras evidências da atividade alienígena no passado, encontraram-se muitos outros vestígios dessa presença, inclusive na área mais baixa da imagem, no fundo da cratera. Na verdade, por toda parte do mosaico montado com as fotos pertencentes à série 1.167 da câmera panorâmica, no dia 07 de maio de 2007, existem sinais da presença de um antigo complexo de estruturas artificiais. No limite esquerdo, quase na parte superior da cratera, está o que parecem ser outros fragmentos das antigas construções que existiram antes de um grande cataclismo, em uma época que ainda carece de determinação. O que chama a atenção em dois dos artefatos localizados na área, além de não apresentarem sinais de serem rochas, são as marcas visíveis na superfície de cada um deles na forma de relevo.
ET no Vale Ocidental
Do ponto de vista específico das imagens obtidas pelo Spirit a respeito dos vestígios de uma antiga civilização marciana, um dos casos mais debatidos — e diria até polêmico ao extremo — é o Caso do ET no Vale Ocidental. Eu mesmo, durante anos, questionei essa descoberta quanto ao real significado ou natureza. A fotografia em questão foi feita no dia 07 de novembro de 2007 e faz parte da série Sol 1.367. Toda a discussão começou, entretanto, no ano seguinte, quando o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) divulgou o material fotográfico. Na página do rover referente ao dia da missão existem cerca de 60 fotografias. A figura de nosso interesse pode ser observada logo nas primeiras quatro. Expressiva parte dos pesquisadores independentes das imagens marcianas acredita que estaríamos diante de uma estátua representando uma entidade extraterrestre. Minha impressão, após localizar as imagens originais, pelo menos de início, não foi das melhores. Ao contrário do que a maioria das pessoas parecia conceber, a figura que vinha despertando tantos debates tinha, na verdade, poucos centímetros de altura e parecia claramente associada a uma rocha fotografada a curtíssima distância pela câmera panorâmica do robô.
As imagens obtidas naquele dia, juntamente com outras que já haviam sido feitas antes e algumas que foram conseguidas dias depois, todas documentando a mesma região, acabaram publicadas no várias vezes citado site Photojournal em diversos mosaicos, divulgados simultaneamente e em conjunto como as identificações PIA10214, PIA10215, PIA10216. Esses mosaicos apresentam uma visão da região em cor falsa, em 3D e em cor natural, diante dos quais os estudos foram ampliados graças ao nível de definição bastante superior destas imagens, que foram disponibilizadas pela agência espacial posteriormente. Quando observamos essas fotografias de maior definição e ampliamos a forma nelas que nos interessa, pode ser realmente observada uma pequena figura antropomórfica, mas indiscutivelmente associada à própria rocha que já havia mencionado, segundo os estudos que realizei utilizando modificações de tonalidade, contraste e cor.
Sinais de artificialidade
Ou seja, estamos diante de uma casualidade que permitiu por erosão o aparecimento dessa sugestiva forma lembrando um alienígena — ou alguém de fato a esculpiu em um prolongamento da própria estrutura rochosa. Cheguei a escrever sobre essa descoberta na época, colocando a opinião de que estávamos diante de uma forma realmente curiosa, mas que seria apenas uma eventualidade, um prolongamento da própria rocha que lembrava uma pequena estatueta. Com o passar do tempo e dos anos, depois de analisar com mais profundidade a forma, e principalmente todos os quadros que formam esses mosaicos da região, passei a dar ao caso o benefício da dúvida. Não tenho hoje tanta certeza de que se trate apenas de uma ilusão.
Além dos detalhes da estrutura, como duas formas ovais na parte frontal do que seria a cabeça da estatueta, vê-se nos mosaicos formados por dezenas de fotografias dessa mesma área vários outros sinais de artificialidade, como pedras com cortes precisos etc. Este tipo de constatação acabou levando a uma reavaliação mais recente da natureza dessa pequena estrutura. Podemos realmente estar frente a uma pequena escultura deixada à beira da eternidade, que conseguiu vencer milhares de anos até ser fotografada pela câmera panorâmica do Spirit. Mas é necessário voltar a questionar o citado posicionamento em relação ao processo de datação das desco
bertas realizadas no planeta. Até que ponto essa leitura estaria correta? A que limites temporais os monumentos e outras evidências da antiga civilização marciana estariam associados?
Ao contrário do que a maioria das pessoas imagina, a figura que vinha despertando tantos debates tinha poucos centímetros de altura e parecia claramente associada a uma rocha fotografada a curta distância pela câmera panorâmica do robô
Quanto mais se pensa nas descobertas das fotografias conseguidas pelas espaçonaves a partir da órbita marciana, e pelos rovers no solo, admite-se que provavelmente possamos estar diante de achados com as mais variadas datações, que podem estar separados por milhares ou mesmo milhões de anos. Dentro dessa perspectiva de raciocínio, pelo menos em tese, podemos ter aqui indícios de vários ciclos civilizatórios em Marte. Mesmo que todos os achados realizados até hoje estejam associados a uma única cultura avançada no Planeta Vermelho, se essa civilização se manteve dentro da história marciana de alguma forma, mesmo com as modificações ambientais sofridas, pode ter deixado os sinais de sua presença ao longo de milhares ou mesmo milhões de anos.
O legado do Spirit e do Opportunity já entrou para a história não só da exploração espacial do planeta, mas também em termos gerais. Até o que parece ser uma moeda cunhada pelos antigos habitantes do planeta já foi localizada, como podemos ver em fotografias feitas pelo Spirit. Essa descoberta foi realizada pelo pesquisador Edward Findley nas imagens do dia 1.220 da missão, conforme divulgado pelo investigador J. P. Skipper. Devido à importância da notícia, é importante verificar as imagens no site da agência espacial relacionadas à missão do robô, mais especificamente no catálogo geral de imagens, constatando que o artefato, que em tudo lembra realmente uma moeda, é perfeitamente visível. Ele foi documentado em nove das 95 imagens da série Sol 1.220 da câmera panorâmica do veículo, com diferentes enquadramentos e filtros distintos que permitiram uma visão bem razoável do inusitado e surpreendente artefato.
Portais em solo marciano
Vamos falar ainda dos rovers e de alguns aspectos ainda não abordados que tornaram o projeto Mars Rovers Exploration de importância fundamental dentro dessa jornada rumo a um entendimento do que existiu ou ainda está acontecendo no Planeta Vermelho na atualidade. Outra missão que trouxe subsídios para a ampliação de nossos conhecimentos sobre a presença de evidências de uma antiga civilização em Marte foi a que envolveu a espaçonave Mars Express, da Agência Espacial Europeia (ESA).
Em uma área do Vale Mariner, situada pouco acima do equador marciano — 5° N e 323° E —, foram localizados outros sinais de uma antiga cultura avançada no planeta e de suas construções. Quando se examina uma das fotos dessa região, de etiqueta SEMABA474OD, feita pelo mesmo sistema fotográfico estéreo de alta definição do veículo, pode-se notar a diferente textura do solo de toda a fotografia, o que está em várias posições da imagem e parecem claramente formar padrões geométricos que se materializam com a reflexão da luz solar e coloração do solo, indicando alterações na superfície dessas áreas por meio de atividade artificial, cujos vestígios ainda são visíveis em nosso tempo. Fiz esta descoberta ao mexer, principalmente, na luz e contraste da imagem, melhorando seu foco como um todo.
Existem dois pontos nessa fotografia que merecem destaque, ambos no lado esquerdo da imagem. Nessa parte temos dois conjuntos de estruturas claramente artificiais, hoje na forma de ruínas. Por questões de melhor identificação e referência, chamaremos o primeiro de área 1 e o segundo de área 2. Na primeira região encontra-se um conjunto de estruturas geométricas que parecem parcialmente enterradas — é surpreendente não só a dimensão dessas ruínas, como toda a estrutura do conjunto. Em meio às análises e investigações dessa área por um acréscimo no foco da imagem, e quando se passei a fotografia para negativo, o complexo de estruturas artificiais fica ainda mais evidente.
Já na área que denominei de número 2 encontrei algo ainda mais espetacular e revelador. No limite superior, do lado esquerdo da imagem, existe outra construção gigantesca. O solo à direita e abaixo revela vários níveis distintos, parecendo ser formado por degraus gigantescos, como se tivesse sido cortado mecanicamente. Da mesma maneira que aconteceu com a imagem da área 1, quando se observa esse segundo conjunto de ruínas em uma imagem também convertida para o negativo, se obtém um resultado revelador e surpreendente. O recurso de visualização em negativo acabou chamando a atenção para a parte frontal da construção ou ruína — estão ali dois grandes retângulos, como se fossem molduras de dois grandes portais. É algo totalmente inesperado e que só veio a reforçar o caráter artificial dessas estruturas.
Mars Reconnaissance Orbiter
Dentro do processo que envolveu a chegada de novas espaçonaves à órbita marciana para a continuidade da exploração de sua superfície, outro destaque foi a espaçonave Mars Reconnaissance Orbiter. Disparada no dia 12 de agosto da plataforma de lançamentos da Agência Espacial Norte-Americana (NASA) em Cabo Kennedy, no topo de um foguete Atlas 5-401, a nave entrou na órbita do planeta sete meses depois, em 10 de março do ano seguinte, e ainda está operando. Como as naves que antecederam sua chegada a Marte nos últimos anos, a Mars Reconnaissance Orbiter está equipada com vários tipos de câmeras, espectrômetros e outros instrumentos de alta tecnologia, mas supera em vários aspectos suas antecessoras, incluindo a Mars Odyssey e a Mars Express, inclusive no aspecto da definição das imagens.
Uma das novidades tecnológicas é sua câmera de navegação óptica. O objetivo desse equipamento de alta tecnologia é permitir que a espaçonave siga uma trajetória mais precisa, uma espécie de ensaio ou treino para as futuras missões de pouso no planeta, que utilizarão propulsão para o controle das aterrissagens. Outro destaque no equipamento, ainda de imagens, é a câmera do Experimento de Imagem Científica de Alta Resolução [High Resolution Imaging Science Experiment, HiRISE], que trabalha na banda visível do espectro eletromagnético e permite ob
servar e fotografar, a partir da órbita marciana, objetos no solo com poucos centímetros de dimensão. Para se ter uma ideia mais precisa da evolução tecnológica desse equipamento, um pixel das imagens pode representar uma área de menos de 30 cm. Isso significa que mesmo os menores objetos deixados por uma antiga civilização marciana, se o ângulo de observação não for desfavorável, podem ser perceptíveis em suas fotografias a centenas de quilômetros de distância.
Uma das áreas de Marte que desde o início da missão mereceu atenção da Mars Reconnaissance Orbiter foi justamente a região de Cydonia, fotografada várias vezes pela espaçonave. Poucas semanas depois de ter sido iniciada a divulgação das fotografias pelo site HiRISE, no dia 11 de abril de 2007 já estavam disponíveis imagens da Face Marciana. Apesar de o texto negativo da postagem no site, no que diz respeito à possível artificialidade do monumento, a realidade é que as imagens disponibilizadas em vários formatos e definições serviram para documentar ainda mais as interpretações relacionadas à artificialidade da estrutura. As informações técnicas presentes no pequeno texto de referência mencionam que a fotografia havia sido obtida poucos dias antes da postagem, em 05 de abril, e que cada pixel ou célula digital da imagem representa 29,9 cm — nunca antes qualquer espaçonave havia fotografado a face com esta resolução.
A documentação liberada dentro da parceria da Agência Espacial Norte-Americana (NASA) com a Universidade do Arizona, apesar da versão oficiosa do site HiRISE, serviu para fornecer uma confirmação definitiva das interpretações já realizadas referentes às imagens obtidas anteriormente pela Mars Global Surveyor e divulgadas, por exemplo, no site Malin Space Science Systems. Nelas se constata a inversão da fotografia em uma das definições oferecidas, para que a imagem de metade de um rosto de um gray fosse perceptível. Tenho que destacar que esse mesmo procedimento foi visto também na postagem do site mantido pela Universidade do Arizona. Ou seja, alguém continua desejando que a dupla leitura da face de Cydonia seja percebida e agora com um nível de detalhamento da imagem ainda maior.
Uma barragem hidrelétrica?
Outra evidência surpreendente de uma antiga civilização marciana, que encontrei ao investigar as fotografias da Mars Reconnaissance Orbiter no catálogo de fotografias do HiRISE, está associada à fotografia de etiqueta PSP_003115_1810, uma das imagens disponibilizadas no dia 10 de outubro do ano de 2007. Ela documenta o nordeste da área conhecida como Sinus Meridiani. Minha atenção já havia sido despertada antes de entrar na página específica desse comunicado. Quando examinei superficialmente as 20 imagens em tamanho reduzido, dei o comando no site para ver a fotografia em seus diferentes formatos e definições. O detalhe que de início mais interessou foi uma cratera que se destacava na área coberta pela imagem, não só por seu tamanho mais avantajado, mas também por uma singularidade, algo realmente especial no seu interior. Em termos de comparação, parece uma grande barragem hidrelétrica. Curiosamente, na postagem inicial, junto às outras fotos liberadas no dia 10 de outubro de 2007 e em uma das primeiras versões ampliadas exploradas, o fundo da cratera aparecia na cor falsa azul, utilizada no processo de realce produzido pelos cientistas do HiRISE, como se sugerisse água.
A estrutura, conforme pode ser vista em cada uma das formas em que a foto se encontra postada no site, divide a cratera claramente em duas partes. Quando examinei uma das versões originais que é apresentada em preto e branco, em diferentes tons de cinza, pude confirmar que a figura apresenta um albedo — um fator relacionado ao nível de reflexão da luz solar — e tonalidade totalmente diferente não só da parte do fundo da cratera, que aparece quase negra, como também da área imediatamente ao seu redor. Isso também destaca o aspecto artificial da estrutura. Outra coisa surpreendente quanto a essa fotografia é o aspecto uniforme do fundo dessa cratera, em termos de textura, coisa que normalmente não é constatada em crateras geradas pelo impacto de bólidos, meteoritos e muito menos naquelas de base ou origem vulcânica.
A imagem mais impressionante dos últimos anos, relacionada aos vestígios da presença alienígena no passado remoto de Marte, foi obtida pela espaçonave no dia 24 de novembro do ano de 2008. Também disponibilizada no o site HiRISE, é apresentada com a etiqueta PSP_009342_1725. Desde a sua apresentação, durante o trabalho desenvolvido conjuntamente pelo Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) e a Universidade do Arizona, virou alvo de debates envolvendo investigadores independentes e cientistas da agência espacial por conta de um detalhe realmente impressionante: a presença de um objeto retangular, como um monólito, que ainda preserva seu posicionamento original, se destacando a partir do solo do planeta. Um dos pioneiros na divulgação dessa descoberta foi o estudioso Efrain Palermo, e outro colega investigador que desde o início ressaltou a importância dessa estrutura foi o já várias vezes mencionado José Garrido.
Destacando-se ainda próximo desse artefato — que lembra muito o monólito do filme 2001: Uma Odisseia no Espaço [1968] —, existem outras duas estruturas misteriosas que apresentam sinais de artificialidade e parecem moldadas por seres inteligentes, capazes de manipular estruturas rochosas com precisão e esmero. Tanto o objeto em forma de monólito como os outros dois parecem ter sido produzidos ou moldados a partir do mesmo tipo de rocha ou material. Isso ficou claro após uma análise mais cuidadosa das imagens.
A NASA continua insistindo que estamos apenas diante de uma rocha, o que é um grande absurdo. A figura, após sua liberação no portal do HiRISE na internet, se tornou um dos achados mais divulgados e comentados em inúmeros sites de organizações ufológicas, e até na mídia eletrônica divulgou a polêmica. A diretriz seguida pela agência espacial e a Universidade do Arizona tem como base a recusa em admitir, por enquanto, qualquer evidência direta da presença de uma antiga cultura avançada no passado do planeta vizinho. Contudo, não há dúvida que as coisas progressivamente estão se modificando, pois, antes, fotografias desse tipo dificilmente seriam liberadas pela NASA e seus parceiros dentro da área científica e acadêmica dos Estados Unidos.