Hoje já se estima que em todo o mundo existam registradas pelo menos de 4 a 4,5 milhões de observações de UFOs e seus tripulantes, ocorridas em cerca de 140 países. Só de registros oficiais, aqueles mantidos pelas autoridades – nesse caso, os militares – de todo o mundo, existem nada menos que 2,6 milhões dessas ocorrências, espalhadas por 133 países de todos os cantos e continentes do globo terrestre. E esses são dados atualíssimos.
Desses 2,6 milhões de registros oficiais, há cerca de 10 mil que se referem ao aspecto mais contundente e profundo do Fenômeno UFO: a observação e contatação de seres extraterrestres, tripulantes, pilotos, donos, enfim, dos discos voadores. São cerca de 10.000 ocorrências em que alguém, em algum lugar do planeta, pode não só ver um UFO, mas vê-lo pousar, tocar o solo, e de seu interior descer um ou mais seres.
Mas esses contatos, chamados de graus elevados (CI-3, 4 e 5 – veja classificação nesta edição), não são tão comuns, no entanto, visto que representam cerca de apenas 0,4% de toda casuística ufológica já registrada. Mas também não são tão raros, pois já temos mais de 10 mil deles em registro. Para se fazer uma comparação, basta que se imagine que 10 mil contatos, se fossem realizados na base de 1 por dia, representariam mais de 27 anos de contatos diários… Há, portanto, uma certa regularidade na constatação desse tipo de ocorrências, pois os registros oficiais que os contêm datam de 1940 para cá!
Por ter uma periodicidade e pelo seu aspecto de profundidade dentro do Fenômeno UFO, a Ufologia sabiamente passou a utilizar-se desses contatos de graus elevados para avançar mais rapidamente na direção do conhecimento por inteiro das intenções, objetivos, comportamentos e origens de nossos visitantes. Nada mais lógico: através de estudos sobre luzes no céu, ou mesmo UFOs diurnos, quando vistos à razoável distância do observador, jamais a Ufologia chegaria ao ponto em que está. No máximo, ficaria atrelada a definições do tipo “um UFO é um objeto que tem procedência extraterrestre, porém suas finalidades são ainda desconhecidas…”, tão comuns há uns anos atrás.
Foi graças ao estudo das ocorrências mais profundas com os UFOs, as que envolvem seus tripulantes, que a Ufologia progrediu, podendo, inclusive, estabelecer pautas de comportamento para os diferentes grupos de seres extraterrestres observados. Nesses casos, a Ufologia pôde distingüir seres que se portavam totalmente indiferentes a nós, outros que se mostravam amedrontados quando terrestres se aproximavam de onde estavam, e os que se comportavam de maneira hostil quando apenas os observávamos a distância etc; e pôde, também, a Ufologia associar estes e outros tipos de comportamentos ao tipo morfológico do ser, ou mesmo à sua altura. É isso mesmo: já se sabe que os famosos “baixinhos e de cabeça grande”, normalmente fardados com roupas colantes ao corpo e observados sem capacete, são perigosos ao contato humano. Por outro lado, já sabemos que existem serem muito dados a um contato amistoso com o terrestre, justamente o de estatura em torno de 1,9 metro . E isso não é divagação ou invencionisse. É pesquisa, estatística, comparação, análise!!!
USANDO A INFORMAÇÃO DOS CONTATOS – A Ufologia chegou a ir além disso, não se atendo somente a querer saber qual era o comportamento desse ou daquele tipo de extraterrestre. A Ufologia avançou, pois passou a usar técnicas que permitiam uma investigação e escrutinaçâo da mente de testemunhas oculares de contatos de graus elevados, sem interferências quaisquer. Tais testemunhas – muitas vezes seqüestradas para bordo de UFOs arbitrariamente, contra sua vontade – serviram de “matéria prima” para cerca de 80% de todo o conhecimento que se tem hoje sobre nossos visitantes, pois são estes “contatados”, no jargão ufológico, que têm as informações que a Ufologia precisou para, pouco a pouco, ir formando o grande quebra-cabeças que é o Fenômeno UFO, não como máquinas que aqui vêm nos visitar, mas como toda a complexa situação sociológica, em termos coletivos, e psicológica, a nivel pessoal, que este causa desde que passou a freqüentar nosso espaço aéreo.
Por um lado, a Ufologia (aqui representamos uma linha ou corrente de pensamento) passou a encarar tais contatados como verdadeiros “cidadãos cósmicos”, recrutados entre os humanos pelos próprios extraterrestres, para servirem aos seus desígnios, que se supõem altamente nobre e dignos, e que mereçam o sacrifício de seus servidores. Por outro lado, a Ufologia (outra corrente de pensamento) passou a aceitar o fato de que intervenções extraterrestres geralmente ocorriam contra a vontade de suas vítimas, que passavam a servir aos nossos visitantes como “escravos”, forçados que eram a seguidas abduções (seqüestras por extraterrestres) durante sua vida. Há casos em que um único contatado foi abduzido mais de 10 vezes. Ele quis isso? Ele poderia ter evitado isso?
Houve, como era natural esperar, “rachas” enormes na Ufologia mundial. Os mais apressados julgavam que os contatos com extraterrestres eram verdadeiros “bilhetes de passagem” para uma viagem ao seu mundo; pensavam e agiam como se os extraterrestres tivessem recrutando interessados em conhecer seus segredos, seus mundos. Nesse ponto, formaram-se legiões de grupos, normalmente místicos, que tratavam os contatados, muitas vezes infelizes personagens de um drama que não queriam e nem nunca imaginaram um dia viver, como verdadeiros líderes espirituais, “escolhidos”, etc. Por outro lado, os mais cautelosos ufólogos deram um tempo ao tempo e observaram melhor toda essa “corrida ao ouro extraterrestre”; parece ter sido uma sábia decisão, pois realmente não se sabia onde tais contatos iam nos levar. Já houve, também, os ufólogos mais ortodoxos, que sequer aceitavam os contatos, fossem como fossem. Enfim, a Ufologia se dividiu. e ao incorporar-se idéias de que os UFOs representavam, por ura lado, salvadores, por outro, mensageiros de Satanás, e por muitos outros lados muitas outras coisas, sejam sérias ou não, a Ufologia passou a ingressar numa época sombria…
Os grupos de pesquisas se dividiram: uns mantiveram suas opiniões céticas e questionaram a validade das opiniões alheias; outros passaram a seguir seus contatados sem questionarem a validade de seu próprio comportamento… Some-se a isso o fato de que a Ufologia sempre foi uma espécie de “refúgio espiritual” para muita gente, quando estas não encontravam mais motivação na vida real, na sociedade, nas religiões principalmente, passando a assumir a pesquisa dos UFOs como a única coisa que realmente teria sentido pois, em sua lógica, “os ETs eram os verdadeiros anjos do Senhor…”.
UM FENÔMENO SOCIAL – Pode se ver a que ponto chegou nossa tradicional Ufologia, hoje felizmente já mais próxima de um entendimento geral. Mas houve quem pensou que pesquisa nunca mais ser
ia possível se fazer, e o que sobrava era tão somente “juntar as peças” e tentar colocá-las juntas num só saco, para com calma tentar montar novamente o quebra-cabeças, tal foi a confusão que o início da “era dos contatos” com ET havia causado ao meio ufológico.
Há, naturalmente, uma explicação para isso: até o momento que se observavam luzinhas no céu ou pontos brilhantes no firmamento diurno, tudo ia bem, se faziam gráficos, se tentava fotografá-los, enfim, se estudava estes objetos com interesse, e de longe. Mas, quando estas coisas começaram a pousar e de dentro delas começaram a sair seres vivos, a Ufologia, ainda principiante, tomou novo rumo. E lógico, entretanto, que os UFOs já vinham pousando e seus tripulantes vinham sendo observados há muito mais tempo, e que tais aterrissagens e contatos não aconteceram somente depois de seus sobrevôos, como algum leitor apressado pode imaginar: aconteceu tudo ao mesmo tempo, e há muito mais tempo do que de 1940 para cá. Já na antigüidade, na Idade Média e em outras se registravam tanto sobrevôos, como pousos. Mas a Ufologia, como pesquisa, começou vagarosamente, analisando primeiro os UFOs nos céus, e seguindo “algumas” pistas de que tais objetos poderiam ser máquinas e ter alguém em seus interiores. Dessa fase embrionária ao estágio dos contatos diretos com ETs, onde funcionaram como agravantes aos seqüestros (abduções), em que testemunhas eram até cortadas e submetidas a exames médicos, quando não a relação sexuais com ETs, muita coisa aconteceu! E como esse tipo de ocorrência ufológica verdadeiramente caiu sobre a cabeça dos ufólogos como uma avalanche, é natural que tenha conseguido descarrilhar o trem da Ufologia, que ia a menos de 10 quilômetros por hora…
Por um lado, foi extremamente positivo que a erupção desse fenômeno mais contundente da problemática ufológica tenha ocorrido de maneira tão abrupta, pois acordou aqueles que cochilavam contando UFOs no céu ou arquivando histórias inofensivas de luzinhas em cima de fazendas… Mas por outro lado, a “falta de sutileza” de nossos visitantes extraterrestres, que começaram quase de uma vez a seqüestrar, perseguir, analisar, amedrontar, aterrorizar nossos patrícios humanos, teve influências negativas que jamais serão extirpadas da pesquisa ufológica. Uma delas é a falta de seriedade que se atribui à Ufologia, porque, na idéia do leigo, pesquisar UFOs significa “dar atenção a histórias de homens verdes de Marte…”
PREJUÍZOS IRREPARÁVEIS – Porém, as principais influências maléficas que os contatos de graus elevados deixaram impregnadas na Ufologia não têm nada a ver com que a opinião pública pensa ou acha da Ufologia ou dos ufólogos. Essas influências, esse verdadeiro problema surgido no seio da pesquisa ufológica, é interna: a falta de uma metodologia de pesquisa de contatos de 3º, 4º e 5º graus, associada a uma necessidade de se “querer acreditar” dos próprios ufólogos, o que os torna muitas vezes incapazes de distinguir entre o certo e o errado, ou mesmo entre o certo e o duvidoso, aquilo que precisa ser melhor checado. Falta, por que não dizer, experiência e definição à Ufologia, profissionalismo e bom senso, também!!!
Estamos falando do que passarei a, denominar de “Síndrome do Contatado”: um fenômeno compactuado pelo alegado contatado e seu “confessor”, o ufólogo. Mas há uma ressalva: nem sempre um contatado é “alegado”: pode ser real! E nem sempre um ufólogo é um “confessor”, no sentido da palavra que o define como um depositário crédulo e inquestionável de informações: muitas vezes não há confessor, mas há um pesquisador sério que saberá separar o jojo do trigo!
Ressalva feita, somos obrigados a acrescentar que, infelizmente, a proporção de “alegados” e “confessores” é de 10 para cada 1 verdadeiro contatado e um pesquisador sério… Por haver essa desigualdade é que há a síndrome, que aqui é definida como aquela situação em que ou um contato não aconteceu e seu protagonista o forja, ou aconteceu de uma forma e seu protagonista se agrada com o tratamento recebido de seu confessor e da imprensa também, em muitos casos, e passa a engordar a história para que esta não perca o interesse… Esse último tipo de fantasia é, no entanto, o mais comum em que se verifica a síndrome. Aliás, pode-se dizer que esta é a verdadeira síndrome, visto o caso anterior ser meramente uma farsa.
O leitor poderia nos perguntar: “Mas como uma pessoa que chegou a manter um contato frente a frente com ser de outro planeta é capaz de querer deliberadamente forjar sua história para parecer mais bonita? Nós responderíamos que isso não só é possível como é o que se verifica em 90-95% dos contatos! E da natureza humana tornar mais belo alguma coisa em que alguém acredita e põe fé, para simplesmente tirar proveito disso. No caso dos alegados contatados, os proveitos são muitos, entre eles a fama, a popularidade, a personificação de mitos, a aquisição de seguidores, e até dinheiro, em alguns casos.
EM TODO O MUNDO – A Síndrome do Contatado ataca e acomete suas vítimas em todo o mundo. Assim, é fácil, por exemplo, aceitar muitos contatos ufológicos que antes apresentavam-se de maneira duvidosa. E aquele famoso caso do “acho que o sujeito realmente contatou um ET, mas ir a Marte já é demais…” E como é comum isso nos círculos ufológicos, em especial no Brasil, país tão rico em alegados e contatados de fato! Quantas ocorrências, usando aqui uma linguagem não científica, pareceram-nos reais à primeira vista, à primeira análise, e que depois de serem “complementadas” por seus protagonistas pareceram irreais? Não é o caso de citar nomes, mas, como já disse, 90-95% desses “alegados” estão soltos por aí, apresentando-se em programas de TVs, como o fizeram no Flávio Cavalcanti, J. Silvestre, Fantástico etc. Onde estão esses escolhidos hoje? Pergunte aos ufólogos sérios: estão no ostracismo, na penumbra, desacreditados e às vezes até arrependidos de tanta marmelada. Agora, pergunte a eles próprios: dirão que estão aguardando “novas instruções de seus superiores extraterrestres”, ou que estão “aguardando sua vez de dar uma volta de UFO”… Lamentavelmente, a coisa é assim, mas pode mudar.
A Ufologia hoje, assim que descobre um caso de contato, investiga-o com mais cautela, divulga-o com mais responsabilidade, enfim, trata-o com muito mais seriedade, encarando-o como mais uma peça para o fantástico quebra-cabeça ufológico, que em minhas estimativas deve ter aí por umas 1.000 peças, das quais já devemos ter em mãos umas 50 ou quase isso, só que não formam, ainda, nenhuma figura, pois faltam seus elos de ligações!
Há que se ter muita responsabilidade com assunto de tamanha envergadura e importância
para toda a Humanidade terrestre pois, se confirmada a existência dos ETs e sua origem extraplanetária – o que é óbvio ululante que esta mesma Humanidade insiste em não ver – então isso é o fenômeno de maior significado para nós: estarmos sendo visitados e contatados por seres que nascem, crescem, são educados, ensinados, estudam, trabalham, sabe se lá, em outros mundos, noutros meios culturais, tecnológicos, enfim, outros ambientes. Têm famílias? Pilotar UFOs é uma profissão para eles? Ou será que não temos o direito de saber isso de quem remexe nosso solo, vasculha nossas mentes, intervêem em nossa vida, seqüestram nossos amigos, examinam nosso gado, roubam-nos energia elétrica, e não descem na Praça do Três Poderes, em Brasília, para nos dizer de onde vêm?
Chegaremos, acredito, a saber tudo isso em detalhes, e talvez até teremos oportunidade de conviver com eles em seu ambiente, como no futuro creio que muitos deles viverão entre nós, numa espécie de “intercâmbio”, à moda dos intercâmbios estudantis que se realizam entre os vários países da Terra. Mas temos que ter seriedade ao lidar com esse assunto, e temos que, principalmente, deixar o Fenômeno UFO – ou os próprios ETs – nos “ensinarem” o caminho, sem nos apressarmos com medo de perder o trem… Tudo virá ao seu tempo!
DEBATE SOBRE UFOS AGITA TV BANDEIRANTES
Terça-feira, dia 2 de agosto, precisamente às 17:30 minutos, teve lugar em São Paulo, nos estúdios da Rede Bandeirantes de Rádio e TV, um debate sobre Ufologia marcado não só pela diferença de posicionamentos e divergência de idéias entre pesquisadores e céticos da Ufologia, como também pela diferença de posicionamentos entre os próprios ufólogos presentes.
O debate ocorreu sob iniciativa de Silvia Poppovic, já tradicional inquilina de nossa telinha no horário diário das 17:30 às 19:30, onde, com excepcional jogo de cintura, executa o programa Canal Livre, dedicado principalmente a debates sobre assuntos polêmicos e de relevância para o cidadão. De seus debates, sempre quentes e agitados, onde a própria animação e participação de Silvia soma-se à dos presentes, é comum encontrarmos debatedores com posições extremamente antagônicas sobre o assunto em questão. Essa é a tônica do debate: promover uma discussão onde todos os lados tenham opiniões bem opostas. E, neste aspecto, Silvia Poppovic teve resultado surpreendente com seu programa do dia 2.
Defendendo a Ufologia estavam: Carlos Reis, especialista no aspecto psi-cossociológico do Fenômeno UFO, Claudeir Covo, especialista em análises fotográficas de UFOs (veja página 23 desta edição), Philippe van Putten, ufólogo paulista, e A. J. Gevaerd, editor de UFO (Reis e Claudeir são consultores de UFO). Negando o Fenômeno UFO estavam: Coronel Erasmo Dias, deputado estadual pelo PDS-SP, e o físico Luiz Carlos Menezes, da USP. Assistindo à exposição e debatendo com pontos-de-vista variados estavam também a cantora Zizi Possi e o ator Luiz Antonio Strazzer. Como convidado especial estava o General Alfredo Moacyr de Mendonça Uchôa, que dispensa apresentações. Mas o debate ainda contou com a participação do matemático Nelson Baccaro, da Cultura Racional, além de telespectadores que faziam suas perguntas do Viaduto do Chá (centro de SP), simultaneamente respondidas pelos presentes.
Como era de se esperar, num debate com presentes de tão diferentes origens, pouca coisa foi acrescentada a divulgação do Fenômeno UFO em si, mas con- certeza o telespectador pôde distinguir nitidamente, entre as opiniões debatidas, que o assunto ufológico requer explicações mais lógicas do que as que a Física pretende dar-lhe quando tenta negar suas dimensões. Ou ainda, o telespectador pôde observar que mesmo entre os que pesquisam o assunto, que dedicam suas vidas à escrutinação do mistério, existem sérias divergências quanto aos aspectos mais intrínsecos do problema , visto ninguém ser dono da verdade…
Mas uma coisa ficou mais clara ainda do que as divergências internas e externas em torno do assunto: ficou clara a necessidade de, mesmo com tais divergências, continuar se debatendo o assunto, em especial em redes de TVs abrangentes e abertas a essa “nova forma” de cultura. Por esta razão, desejamos aqui registrar nossas congratulações à apresentadora Silvia Poppovic e nosso irrestrito apoio as suas iniciativas neste setor, assim como parabenizamos a Rede Bandeirantes de Rádio e TV por sua invejável abertura.