Dirijo-me aos meus irmãos e irmãs planetários. Sou dos que pensam que o mundo precisa bem mais de escolas e professores do que de igrejas e de “profissionais da fé”, na medida em que a crença não tem nos levado a canto algum. O fundamentalismo exacerbado, o intelectualismo precipitado a serviço da agressão à honra alheia e comportamentos nervosos e extremados parecem dominar a paisagem das atitudes humanas. E pior, sempre estruturados por seus autores na tosca argumentação de que assim agem para defender os interesses da verdade, de Deus, da pureza doutrinária, disto e daquilo.
Nesse sentido, o que é transcendental ao gênero humano, no decurso dos últimos milênios, foi sempre dominado pelos poderes religiosos que impediam a discussão livre sobre a temática, condenando ao fogo inquisitório quem não se lhes submetesse ao jugo. Tamanha era a ditadura do dogma da fé que, somente a partir do século XVI, o Ocidente libertou-se da visão de mundo imposta pelo catolicismo, que perdurou por cerca de dois anos. Ainda assim, os temas transcendentes às possibilidades do entendimento empírico começaram a ser estruturados em bases lógicas somente a partir do século XIX, sempre com o concurso de livres pensadores que não se deixavam dominar pelo império das opiniões que eram comuns à época em que viveram. Contudo, ainda existem pessoas neste hemisfério que parecem não ter percebido que o mundo caminhou, e hoje, apesar do domínio das opiniões apressadas e levianas, a liberdade de expressão faz parte do cotidiano. Ainda que pudesse ser desprezível a idéia ou a opinião de alguém, não se pode admitir como razoável que os pretensos abutres do que julgam ser a sujeira do mundo dêem suas bicadas ao bel prazer do jugo que lhes compraz o ego afetado.
A Ufologia é uma dessas matérias que somente encontrou lugar nos tempos modernos porque o pensamento humano libertou-se dos grilhões da fé doentia. Cercear a discussão, as idéias, as teses, as previsões, seja lá o que for, sobre os temas que lhes estão afeitos, atacando a honra de quem quer que seja, é conduta que remonta aos tempos inquisitoriais de triste memória, que não mais encontram lugar na liberdade duramente conquistada. Já criticar iniciativas, manifestações ou declarações é e sempre será atitude construtiva para o bem do progresso, devendo a atitude da crítica ser saudada como bem-vinda ao campo da arquitetura das idéias. Não é, portanto, sobre as críticas desse naipe que agora trato. Refiro-me, sim, ao modo apelativo como alguns agridem a honra alheia, demonstrando apenas contribuição e conhecimento nulos em relação ao assunto que pretendem abordar, arvorando-se em autoridades instituídas pelo inconfessável desejo de se fazerem presentes, a qualquer custo, no circuito no qual pretendem imperar.
Está proibido o contato com ETs? — Eu não sabia – e, pelo que parece, algumas entidades extraterrestres também não haviam sido avisadas desse fato! – que estava proibido alguém “de fora” da Terra contatar alguém daqui. As autoridades auto-instituídas sobre o assunto esqueceram de promulgar o “edital” que regularia a matéria. Se isso existisse, não tenhamos dúvidas, quem quer que dissesse, verdadeira ou falsamente, ter tido tal encontro, mereceria as penalidades previstas por tais autoridades. Ainda assim, estas poderiam ser aplicadas sem afetar o direito de alguém se enganar ou mesmo o de faltar com a verdade, respondendo, obviamente, perante as leis e os valores pelo seu ato. Recordemos a tais “autoridades” que os direitos humanos existem também para os que erram após assim constatado. Para estes, que sofram os rigores da lei ou o peso da opinião pública, mas não a execração. Se, porém, o tal edital proibindo seres de fora de contatarem alguém aqui na Terra ainda não existe, qualquer ser humano – certo ou errado, com boas ou más intenções, sensato ou lunático – terá o inalienável direito de expressar livremente o que quiser, desde que não venha a ferir a honra alheia com a sua atitude.
Esclareço que faço essas observações em respeito às críticas de boa procedência que recebi, e em atenção a algumas poucas pessoas que se afinam e que também se expõem na defesa das mesmas reflexões, apesar de nada terem a ver com a atitude isolada que me obriguei a assumir
Não sei se os apressados críticos à entrevista que concedi à UFO 126 sabem, mas todo processo tem início, meio e fim, sendo cada uma dessas etapas pontuada com os painéis específicos que lhes são próprios. O que agora passo a relatar refere-se a algumas questões pontuais que marcaram essas etapas ao longo dos anos em que, permitam ou não as tais autoridades – ou os tais críticos –, um homem menor da Terra se viu envolvido com questões espirituais e celestiais que jamais se submeteram aos valores da ótica terrena. Esclareço que faço essas observações em respeito às críticas de boa procedência que recebi, e em atenção a algumas poucas pessoas que se afinam e que também se expõem na defesa das mesmas reflexões, apesar de nada terem a ver com a atitude isolada que me obriguei a assumir. A estas, rogo que não se preocupem com os fatos em curso ao meu redor. Levo adiante este esforço esclarecedor também com o intuito maior de registrar a minha experiência, para que, no caso de se verificar engano no que julgo ter sido o aviso veiculado e por “eles” solicitado – o de que entre a segunda quinzena de novembro de 2006 e o mês de abril de 2007 seres extraterrestres fariam a primeira visita dentro do processo de reintegração do planeta à convivência cósmica –, isso possa servir como aprendizado a alguém.
Devo registrar, é óbvio, que não tenho, como jamais tive, a menor pretensão – nem a mais remota delas – de ser acreditado quanto aos eventos que me envolveram e me envolvem, e nem nisso reside alguma importância para a verdade dos fatos. Afinal, a opinião dos seres humanos para o conjunto da vida cósmica somente importam aos próprios. Talvez por desconhecerem o tal edital imperial, promulgado pelos “donos” das possibilidades e das verdades que podem acontecer ao gênero humano, inteligências não terrestres, motivadas sabe-se lá por que tipo de aferição, resolveram convocar ao serviço por eles classificado como “inadiável, urgente e de última hora”, alguém que reside na Terra e que, em sã consciência – se é que esse é o caso – jamais pretendeu servir de instrumento a quem quer que fosse. Muito menos a entidades que eram desconhecidas até mesmo por força da condição humana.
Rendendo-se às evidências — Para minha própria surpresa, tomei consciência de que, mexido sabe-se lá por quem e pelo que, nos centros memoria
is da mente eu podia perceber essas entidades e delas receber comunicações. Por força das circunstâncias, acostumei-me a conviver com elas, especialmente ao longo das madrugadas, mas também em momentos da vigília, podendo perceber “o bem” que praticavam, sem sequer serem notadas pelos que delas recebiam o fruto das suas condutas amorosas. Com o tempo, fui instado a escrever o que me era solicitado, o que recusei a princípio. Diante de uma certa dose de insistência, hesitei bastante, somente me deixando levar pelo processo após quatro anos de idas e vindas diante dos fatos. Seguramente influenciado mais por curiosidade intelectual do que por outro objetivo mais nobre – pois desejava saber até onde aquela história iria avançar –, rendi-me, por fim, às evidências e a partir de 1990 comecei a produzir os escritos por eles solicitados. Em 1996, envolvido por circunstâncias que não valem a pena serem aqui explicadas, obriguei-me a publicar alguns poucos textos dos que haviam sido produzidos até então.
Por não saber se o que estava escrito aproximava-se ou não da intenção daqueles que passei a chamar de “mentores”, fiz absoluta questão de deixar isso claro nas páginas dos textos, sempre solicitando prudência de quem porventura viesse a lê-los. E por não viver disso e nem pretender ser um escritor, pensei que, caso algo pudesse existir de útil nos livros o nome do autor terreno, isso pouco importaria. Mais ainda, por pura covardia moral, preferi mesmo criar um pseudônimo para não me expor profissionalmente. Porém, em algum momento dessa história fui obrigado a assumir a autoria dos mesmos, e passei a proferir palestras professando sempre o mesmo ponto de vista quanto à atitude prudente da parte de quem me escutava, pois eu mesmo reconhecia minha patente pequenez diante dos assuntos abordados e, possivelmente, estaria “estragando” o teor das informações vindas dos amigos dos “outros lados da vida”.
Defrontei-me, desde então, com os membros do Santo Ofício da atualidade. Explico melhor. Na Idade Média, os inquisidores instituídos pelo Santo Ofício torturavam e aplicavam penalidades de toda ordem, mas não julgavam suas vítimas, porque reconheciam que somente Deus poderia fazê-lo. Apenas cumpriam o inevitável papel de domar quem não se submetesse à “santa” igreja, pois, afinal, existindo um processo de heresia, alguém precisava levar adiante o esforço para fazer cumprir o triste ritual da inquisição. É interessante perceber que os inquisidores daquela época matavam os hereges mas não os julgavam, pois mesmo entre os que vendem suas almas às cretinices e às esquisitices de um tempo, existem os que sabem que somente alguém, com um poder superior ao do ser humano, pode medir – sem riscos de cometer injustiças – o porquê de um ser humano agir desta ou daquela forma. Afinal, somente Deus pode “ler” na intimidade de alguém as razões para a sua atitude.
O detestável espírito do Santo Ofício não findou com o passar do tempo, apenas mudou de nome e extrapolou os limites dos muros que lhe proporcionam a falsa imponência. Hoje ele encontra livre curso em qualquer um que se pretenda juiz, independente da sua estatura moral, apontando os “santos” e os “demônios” do mundo atual a critério das suas opiniões ou preferências. O interessante é que não criticam o conteúdo das teses, dos fatos, nem muito menos a atitude de expô-los. Mas julgam as pessoas tachando-as de maneiras que mais mostram a ausência de sua suposta nobreza moral – o que também lhes parece ser mais alienígena ao conhecimento do que propriamente a existência dos ETs – do que a dos “réus” que atacam, pretendendo fazer o que nem os inquisidores de uma das páginas mais brutais da Idade Média lograram realizar.
Pretensos donos da verdade — Qualquer atitude ou conduta humana é passível de crítica. Porém, julgar o autor da mesma é postura espúria que aponta para o pronto aniquilamento da multiplicidade de condutas da família humana, revelando o lastimável egocentrismo doentio dos que assim agem. Qualquer conteúdo exposto por alguém, seja de tese ou de opinião, é passível de crítica. Mas, novamente, atentar contra a dignidade de quem opinou é comportamento delinqüente diante da ética que deveria ao menos pontuar e harmonizar a convivência de pessoas que se afirmam esclarecidas. Os que assim fazem não se deixam levar por essa ética, mas sim por outra: a dos que se sentem “em paz com suas consciências”, mesmo assumindo para si próprios o papel de juízes, apesar de não demonstrarem a mínima intimidade com o conteúdo do tema que pretenderam falsamente abordar, criticar ou ajuizar. Esses pretensos donos da verdade achacam a reputação alheia, adornando-a com adjetivos de toda ordem, mas nada acrescentam ao conteúdo e sequer avaliam com seriedade a conduta alheia posto que mal conseguem cuidar da própria. E o pior é que esse filme já foi visto em muitas páginas da história desta humanidade.
O incrível é que, nos dias atuais, no caso da entrevista que concedi à UFO 126, antes mesmo da edição chegar às bancas e dela tomarem conhecimento, muitos críticos já faziam voar as suas “análises”, talvez bem mais incomodados pelos generosos elogios inadvertidamente feitos pela revista ao entrevistado do que propriamente com a entrevista, até porque a desconheciam. Coisa estranha! Talvez, aqui, importa reconhecer que os imerecidos elogios tenham despertado a “ira santa” dos que se pretendem os tais “juízes de plantão” da humanidade, na medida em que atacaram o que não conheciam. Nem os inquisidores medievais aplicavam suas penas antes de instaurado o processo e seus termos devidamente conhecidos. Aqui se impõe uma questão: qual a seriedade desse tipo de crítica? A que ela serve? O que constrói? O que pretendem as mentes por trás de uma crítica que somente atenta contra a honra alheia, sem argumentar sobre o assunto ou avaliar as hipóteses de conduta? Verdadeiramente impressionante!
Pessoas de idéias estéreis costumam sentir-se deslocadas perante as que se esforçam minimamente, equivocadas ou não, para algo contribuírem com o progresso das idéias e d
os fatos. Atirar pedras a esmo, sem demonstrar conhecimento sequer do fato que pretendem criticar ou atingir é atitude que somente demonstra o impulso fácil, leviano e mal administrado de quem assim age. Quanto ao por que de agirem dessa forma, não me é dado avaliar e, portanto, não posso julgá-los. Mas discordo frontal e abertamente de atitudes desse tipo por atentarem contra a dignidade da vida, como também pelo fato de nada adicionarem ao assunto em foco. Contudo, jamais devolveria as críticas atacando reputações alheias ou travestindo seus nomes com alcunhas ofensivas, por julgar, primeiro, inadequado à minha pequenez, enquanto pessoa, pretender julgar alguém e, depois, por ser injusto com quer que seja.
A reintegração cósmica do planeta Terra é questão de pouco tempo. Forças poderosas do universo conspiram para que nossa espécie seja aos poucos retirada da quarentena a que foi submetida há milênios
Ordem vibratória superior — Ressalto, ainda, que defendo até o limite da minha honra – ou do que dela possa restar aos olhos das referidas autoridades – o direito de qualquer pessoa exercer o seu inalienável direito de criticar, mesmo que o objeto da crítica sejam atitudes ou opiniões que me são próprias. O que considero abjeta é a “demonização” dolosa e desumana com que os apressados juízes saciam suas esquisitices psicológicas. Prefiro as minhas! Outra acusação dos tais inquisidores se dá quanto a um suposto “golpe publicitário” da UFO ou de minha parte para vender mais revistas e livros. Ora, inteligente seria essa crítica se o prazo anunciado para o alegado contato oficial e definitivo com seres extraterrestres fosse daqui a alguns anos, tempo suficiente para as revistas e livros saírem do anonimato – a propósito, é bom que se diga que os livros estão ausentes em quase todas as principais livrarias do país por venderem pouco. Mas nem isso me é dado ter. Não temos tempo para isso, já que o “prazo” anunciado por eles se aproxima.
É óbvio que, após distribuída a edição UFO 126, quando então a entrevista na íntegra pôde ser conhecida, a opinião dos leitores é livre e, seguramente, a dos tais juízes somente tenderia a piorar, e nisso não lhes posso criticar. É direito de cada um pensar com os elementos que lhe são próprios e apontar os equívocos que achar que deve, e isso respeito e defendo. Contudo, opinião por opinião, cada ser humano tem a sua e todas valem a mesma coisa, a não ser aquelas pertencentes às autoridades no assunto – o que não é o caso pelo simples detalhe de que não existe autoridade sobre o Fenômeno UFO, um assunto em relação ao qual, academicamente falando, nada se sabe. Assim, no caso da Ufologia, quem poderá se arvorar em autoridade se oficialmente não se sabe coisa alguma a respeito? Somente os membros do saudoso Santo Ofício poderiam pretender tanto: apontar o que é possível ou não ocorrer, já que parecem pretender o papel de deuses, ditando o comportamento alheio – terreno e extraterreno – a juízo dos seus pareceres infalíveis.
O fato é que, depois de 20 anos lidando com os eventos ao meu redor – por absurdos que possam parecer –, mais uma etapa deste “delirante” processo a ter lugar no último dia 14 de março, quando os tais mentores me solicitaram que fosse avisado o prazo em que se daria o tal grande encontro cósmico. Devo ressaltar que – gostem ou não as tais autoridades – o aviso dado permanece e não se estraga com as leviandades dirigidas a ele e ao mensageiro, eu. Até porque, o primeiro, pertence a uma ordem vibratória que paira acima das esquisitices terrestres. E quanto ao mensageiro utilizado para a veiculação dos prenúncios, na pior das hipóteses, é direito meu – como “obsedado”, “fascinado”, “esquizofrênico” e outros termos do gênero com que me brindam – manter o padrão de comportamento que me é próprio. Suponho que não preciso pedir licença aos donatários do “bem” e do “mal” para exercer o direito de, por desprezível que seja, deixar de pé essa bandeira que tanto mal parece causar às suas sensibilidades.
Coleção de “títulos” — Passei cerca de três meses, até meados de junho, tentando descobrir um modo de perceber os possíveis equívocos de entendimento que poderia ter tido ao receber e tentar interpretar a mensagem. Fiz o que podia, dentro dos meus “delírios”, procurando atinar com os erros inevitáveis de minha condição humana e, mais ainda, pela força da minhas limitações. Quanto mais tentava, mais eles atestavam a nobreza das suas intenções e do por que do meu envolvimento. Pedi para ficar só e foi assim que decidi – sem pressão deles – que não poderia deixar de anunciar o que me era solicitado, ainda mais por já ter escrito e publicado diversos livros sobre o assunto. Obviamente, assumi e continuo assumindo toda a responsabilidade pela minha atitude, até porque já me julgava em falha com o esforço desses seres pelas hesitações que senti no início do processo. Decidi, portanto, anunciar o que pediram, apesar de, ainda em junho, não ter atinado como iria de divulgar a mensagem.
Contudo, para minha surpresa – pois jamais eu havia feito qualquer tipo de vaticínio – ocorreu um fato singular em 05 de julho, quando os tais seres me falaram da possibilidade de uma explosão devastadora nas terras da Palestina, a ocorrer presumivelmente entre os dias 03 e 05 de outubro. Nada me mostraram, apenas apontaram o que poderia ocorrer. Mas ressaltaram que a tragédia poderia ser evitada ou postergada. Pediram para que esse aviso fosse veiculado juntamente com o do prazo para a ocorrência do contato oficial e definitivo. Argumentei quanto à razão deles me solicitarem o anúncio de um vaticínio que não era sequer por eles considerado como inexorável, e me esclareceram que, naqueles dias, eu não poderia entender, mas que se me fosse suportável, que eu agisse conforme a solicitação.
Explosão — Decidi, portanto, fazer do modo como me recomendaram. E na entrevista dada à Revista UFO, confirmo que foi publicado exatamente o que informei e que enfoquei o tema com a ressalva de que a tal explosão poderia não acontecer. Mas, impressionantemente, mesmo sem ter afirmado que o vaticínio era inexorável, aos demais apelidos que recebi, juntava-se agora o de “falso profeta”, “falso guru” etc. Isso aumentou minha coleção de “títulos” para uma profissão jamais pretendida, mas que, por força das circunstâncias, foi inscrita no meu currículo pelas mãos poderosas das feras que surgem dos abismos do Santo Ofício. Que seja!
Opinião por opinião, cada ser humano tem a sua e todas valem a mesma coisa, a n&
atilde;o ser aquelas pertencentes às autoridades no assunto – o que não é o caso pelo simples detalhe de que não existe autoridade sobre o Fenômeno UFO, um assunto em relação ao qual, academicamente falando, nada se sabe
No final de agosto, após a entrevista já ter sido concedida, mas ainda sem sua publicação, os mesmos seres alertaram para que eu me preparasse para lidar com duas situações. Primeiro, caso ocorresse a tal explosão na data apontada, eu estaria liberado e poderia anunciar o dia exato por eles informado – dentro daquele prazo de seis meses, de novembro a abril de 2007 – em que se daria o esperado contato oficial e definitivo. E segundo, caso não ocorresse a tragédia, que ficaria a meu critério anunciar o dia exato ou não, de acordo com meu livre-arbítrio. Ratificaram que, naquela altura, não havia ainda condições da minha parte para entender o porquê daquelas possibilidades. Paciência!
Quando chegou a data vaticinada para a tragédia no Oriente Médio, avisam-me que o tal fato não iria ocorrer nos dias marcados. E disseram que, independente de tudo, passaria aquela tragédia a ser um vaticínio inexorável para os dias que antecederiam o momento em que se daria o grande encontro com eles. Em outras palavras, afirmaram que o evento devastador, por mais desagradável que seja, ocorreria inevitavelmente e, dias depois, dentro do prazo de seis meses anunciado viria então o contato oficial e definitivo, conforme anunciado. No momento em que escrevo estas linhas já sou conhecedor das razões da solicitação a mim endereçada, conforme versão por eles apresentada. Nada tenho a lamentar. Talvez um dia isso fique claro. Se não, terei toda a eternidade para continuar a aprender com os fatos, caminhando sempre com a ternura da alma que puder arquitetar e que poderá me servir de combustível para seguir adiante. Afinal, somos todos parceiros, viajantes ao longo da eternidade e sócios de um destino.
Portanto, é com absoluta tranqüilidade moral que ratifico o que por eles me foi recomendado anunciar. Caso até o final do prazo apontado não ocorra o que está posto, apresentarei o que tiver que ser apresentado em termos de desculpa, tanto por ter hasteado uma bandeira que fez mal a algumas sensibilidades, como também pelos erros de minha parte cometidos no campo do entendimento. Quanto, porém, aos motivos que me levaram – e me levam – a proceder desta forma, que me desculpem as tais autoridades, mas eles permanecerão intocáveis na minha consciência, que não se abala com questões desse naipe. Até porque, se eu puder contar com a generosa compreensão alheia diante dos fatos, ela seguramente será oferecida pelas grandes almas que fraternalmente perdoam sem agredir, toleram sem segregar e criticam sem destruir.