Já chegou o momento em que o próprio Homo sapiens conquista o espaço e demonstra planos para colonizar a Lua e Marte. Entretanto, enquanto isso, apenas uma pequena parcela da sociedade se deu conta de que o processo inverso também já aconteceu, há milhares de anos, pelas mãos de civilizações alienígenas. Desde sempre temos sido observados por avançadas espécies cósmicas que aguardam a oportunidade de se manifestar em nosso planeta de maneira mais ampla. Na escala de prioridades da humanidade, em primeiro lugar deveria figurar o conhecimento e a aceitação dessa realidade, uma condição que se faz urgente.
Atualmente tornou-se comum a proliferação de conceitos e opiniões a respeito da presença alienígena na Terra preconizada pela Ufologia, que vêm se popularizando por meio de documentários especializados da TV, de novos veículos e da internet. Comentários variados sobre o tema já são emitidos sem constrangimento, em uma profusão bastante acentuada, inclusive pelos ditos homens da ciência. Mas não é de hoje que a Ufologia se alimenta e se alicerça em conceitos consagrados de estudos acadêmicos — até porque ela, pelo menos ainda, não é considerada uma ciência e essa parceria se torna necessária para que seu próprio estudo se desenvolva e evolua. Nos dizeres do astrofísico norte-americano J. Allen Hynek, considerado primeiro ufólogo cientista da história, já falecido, “somente a pesquisa em segmentos especializados e sua somatória é que darão idoneidade, amadurecimento e avanço à Ufologia”.
A partir do contato de décimo grau acima, ou seja, havendo comunicação oficial, definitiva e regular com outras espécies cósmicas, seria necessário estabelecer um relacionamento sociopolítico com elas. Isso demandará uma mudança radical em nossas vidas
Mas o que a ciência nos diz a respeito destas inteligências extraterrestres? Ervin László, em seu livro A Ciência e o Campo Akáshico [Editora Cultrix, 2008], diz que “talvez haja várias civilizações tecnológicas avançadas em nossa galáxia e em 100 bilhões de outras galáxias do nosso universo, algumas delas em planetas onde a vida evoluiu durante milhões de anos, se não bilhões, antes que ocorresse a evolução da vida na Terra”. Já Harlow Shapley, astrônomo da Universidade de Harvard, citado no mesmo livro, faz a seguinte estimativa: “Deve haver pelo menos 100 milhões de planetas no cosmos capazes de sustentar a vida”. E Frank Drake, reconhecido astrônomo fundador do Projeto SETI [O programa de busca por vida extraterrestre inteligente], calculou através de sua famosa equação que haja no mínimo cerca de 10 mil sociedades inteligentes em nossa galáxia.
Em 1988, atualizando a famosa Equação de Drake, Carl Sagan, igualmente autor de várias obras sobre a possibilidade de vida no universo, em seu livro Variedades da Experiência Científica [Companhia das Letras, 2006], estabeleceu, sem nenhuma restrição, o extraordinário número de um milhão de povos existentes apenas na Via Láctea. E perguntava: “Mas, afinal, como seria uma civilização um milhão de anos mais avançada do que a nossa?” A Terra, um planeta relativamente novo, é o lar de uma sociedade que progrediu muito apenas nos últimos 100 anos — chegamos à Lua, levamos robôs a Marte, estamos vasculhando satélites de Júpiter. Face a isso, o avanço de um milhão de anos, tanto tecnológico quanto cultural, é inimaginável para nós. Além disso, cálculos mais atualizados estimam a existência de aproximadamente 200 bilhões de galáxias no universo.
Nasce a Contatologia
Diante de números tão expressivos, quase inimagináveis, faz sentido a criação de uma nova área de conhecimento, a Contatologia, um novo segmento da Ufologia que estudaria as possibilidades de contato com civilizações extraterrestres, conforme sua intensidade. Em 1972 e por necessidade de estudo, Hynek criou as classificações de primeiro, segundo e terceiro graus para definir os tipos de contatos com nossos visitantes. Em pesquisas posteriores, outros ufólogos constituíram categorias adicionais, embora ainda não sejam universalmente aceitas. Por enquanto, incluindo as mais avançadas sugestões, têm-se oito diferentes categorias. No contato de zero grau (CI-0) ocorre a observação de um UFO à grande distância, como um ponto luminoso. Em contatos de primeiro grau (CI-1) há o avistamento a curta distância, com percepção de detalhes do artefato, tais como janelas, sua forma, radiação, brilho, cores etc.
Já o contato de segundo grau (CI-2) envolve o pouso ou sobrevoo de um artefato extraterrestre em um determinado local, deixando indícios de sua passagem no ambiente, como vegetação queimada, marcas no solo, fragmentos, radiação, além de provocar perturbações em pessoas e animais. Avançando um pouco, os contatos de terceiro grau (CI-3) acontecem quando se observam tripulantes, mas somente isso, dentro ou fora da nave, ainda sem qualquer comunicação. Em casos de quarto grau (CI-4), além da observação de alienígenas, verifica-se algum tipo de comunicação com palavras, gestos, telepatia, ou seja, estabelecendo-se interação direta com a testemunha. Nos eventos de quinto grau (CI-5), o observador entra na espaçonave, seja a convite (no caso de ser um contatado) ou à força (quando abduzido), gerando situações de contato direto pacífico ou sob condição de completa submissão a nossos visitantes extraterrestres.
Para além desta categorização dos contatos, que é justamente a adotada pelo Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores (CBPDV) — entidade que provê conteúdo para as revistas UFO e UFO Especial —, já há novas propostas. O ufólogo Michael Naisbitt, por exemplo, sugere que o cenário de um contato de sexto grau (CI-6) ocorreria quando haveria uma intenção hostil por parte dos alienígenas, quando se provoca ferimentos ou morte nas testemunhas — como nos episódios do fenômeno chupa-chupa, ocorrido em Colares (PA), que deu origem à Operação Prato, em 1977. Por fim, os dirigentes da entidade norte-americana Black Vault Project dizem que um encontro de sétimo grau (CI-7) aconteceria com a união sexual entre um humano e um ET, que pode ou não gerar um híbrido,
como ocorreu no Caso Villas Boas, de 1957.
A Exopolítica no futuro
Durante o IV Fórum Mundial de Ufologia, o I UFOZ 2012, que ocorreu em Foz do Iguaçu no ano passado, foi proposta por este autor a inclusão de mais três classificações para complementação da Contatologia em sua fase final e decisiva. Eles seriam os contatos de oitavo grau (CI-8), que enquadrariam as interações entre humanos e seres alienígenas inteligentes em ambiente terrestre, como em situações em que aliens teriam cedido know-how ao governo norte-americano em troca de poderem pesquisar os humanos, segundo alegações de alguns estudiosos. Também se incluiriam nessa categoria o contato visual ou por radar, quando UFOs são registrados em vídeo e ocorrem interações entre tripulantes ou passageiros de aeronaves civis e militares. Já no nono grau (CI-9) haveria contato com extraterrestres por meio de comunicação simbólica, matemática, geométrica ou em código binário digital, como ocorreu com o Caso da Floresta de Rendlesham, na Inglaterra, em 1980. Por fim, o contato de décimo grau (CI-10) incluiria encontros oficiais, com intercâmbio regular e constante entre nossa civilização e povos extraterrestres.
A partir do proposto contato de décimo grau acima, ou seja, havendo comunicação oficial, definitiva e regular com outras espécies cósmicas, seria necessário estabelecer um relacionamento sociopolítico com elas. Na verdade, a denominação mais apropriada para essa classificação de contato passa a ser Exopolítica, a ciência social extraterrestre. Já existem no mercado obras especializadas na temática, como os livros Introdução ao Direito Espacial [Editora SBDA, 1997] e Direito e Política na Era Espacial [Editora Vieira e Lent, 2007], ambos de autoria de José Monserrat Filho, jornalista, jurista e mestre em direito internacional pela Universidade da Amizade dos Povos, de Moscou.
O criador da terminologia Exopolítica é Alfred Lambremont Webre, graduado em direito pela Universidade de Yale e doutorado em direito internacional. Webre é advogado, ambientalista, futurista e também o que chama de “ativista espacial”, área na qual promove o que considera ser uma “iniciativa exopolítica”, que envolveria a proibição das armas e de guerras no espaço. Atualmente ele é diretor internacional do Instituto para a Cooperação no Espaço, com sede no Canadá. A Exopolítica será a ciência social que estudará as relações entre as diversas civilizações extraterrestres inteligentes e a sociedade humana, tendo como pano de fundo a crescente consciência do nosso papel no universo. Trata-se de um dos primeiros passos em direção a uma diplomacia universal. Fechar-se-ia, dessa forma, o ciclo do estudo do contatismo.
Paradoxo de Fermi
“Se eles existem, onde estão?” Essa é a célebre pergunta que o físico Enrico Fermi fez a seus colegas, discutindo a possibilidade de existência de vida inteligente no universo, enquanto trabalhava no Laboratório Nacional de Los Alamos, em 1950. Seu questionamento faz sentido. Se há um enorme número de avançadas civilizações alienígenas na galáxia, por que motivo elas não são vistas mais regularmente? “Onde estão elas?”, questionava Fermi. Apesar de um tanto cética, há de se notar que a pergunta pressupõe a existência desses seres. A partir do momento em que se questiona onde há algo, implicitamente se admite que tal coisa exista. De lá para cá se passaram quase 65 anos e muito se transformou. Hoje, mais do que os entusiastas, são inúmeros os cientistas e astrofísicos, principalmente, que defendem em público, em seus livros, a existência de vida extraterrestre inteligente.
Por sua vez, a grande maioria dos ufólogos acredita que o contato já é uma realidade e um processo em andamento, lento e constante. Mas, diferentemente de Fermi, eles já têm respostas e as justificam indicando que essas criaturas estão ativas em bases operacionais na Terra, na Lua e em possíveis colônias espaciais — aqui suas bases seriam secretas ou clandestinas, localizadas nos bolsões subterrâneos e no fundo dos oceanos. Já na Lua, segundo alguns autores, haveria bases e colônias em sua face oculta. Aliás, o conceito de colônias espaciais móveis já é uma tese defendida por numerosos estudiosos. Elas seriam “estruturas artificiais do tamanho de planetas”, segundo o cientista francês Luc Arnold, na obra O Universo Inteligente [Editora Cultrix, 2007]. A prova disso pode ter vindo por meio da sonda russa Phobos, que em janeiro de 1989 registrou a foto de um gigantesco UFO cubiforme com 25 km de comprimento. Ou, como diz o ufólogo norte-americano William Hamilton em seu livro Segredo Cósmico [Biblioteca OVNI Documento, 1998], seria um planeta artificial que comporia uma espécie de habitat móvel.
Evidências abundam
Há dados que comprovam a existência de sociedades mais avançadas do que a nossa e que teriam participado ativamente do processo evolutivo terrestre. O astronauta Buzz Aldrin, da missão Apollo XI, afirmou que quando ele e seus colegas chegaram à Lua, em 1969, havia lá duas grandes naves ao redor de uma grande cratera próxima do local de descida do módulo lunar — o diálogo dos astronautas com a NASA, inclusive, está disponível na internet. Seguindo na linha de raciocínio que busca a abertura destas e de outras informações ao público, o doutor Steven Greer, diretor do Projeto Disclosure, recolheu mais de 500 depoimentos de militares, agentes governamentais e de inteligência de alta patente que testemunharam a ação na Terra da presença alienígena, em várias épocas. Os relatos vieram a público em maio de 2009 no Clube Nacional de Imprensa, em Washington, boa parte dos quais também está disponível online.
Tudo isso dito, chegamos à inarredável conclusão de que o Fenômeno UFO é físico, real, objetivo e pode ser observado, fotografado, filmado e detectado por radares em todo o mundo. Às vezes deixam sinais ou vestígios, e até mesmo destroços, por meio dos quais é possível estabelecer provas de sua existência e detalhes de suas características físicas — amostras deixadas em locais de aterrissagem sugerem seu método de propulsão. Sabemos também que há vários modelos de objetos voadores não identificados, variando tanto em tamanho quanto em forma. Os mesmos podem ser ainda parafísicos ou dimensionais e sua manifestação pode tanto ser independente do desejo do observador como estar diretamente relacionada ao seu grau de para
normalidade. Inclusive, assim pensavam o citado doutor Hynek e o saudoso general Alfredo Moacyr de Mendonça Uchôa, pioneiro inconteste da Ufologia Brasileira.
Há ainda artefatos de procedência extraterrestre que aparecem e desaparecem em um mesmo instante e lugar, além dos que se subdividem em pleno ar e se unem em um só, como uma nave-mãe, e que se locomovem a velocidades altíssimas, inacreditáveis para os padrões humanos. Os UFOs podem ou não ser detectados por nossos radares civis e militares. Alguns desses veículos são imensos, enquanto outros operam se organizando por meio das chamadas flotillas — esquadrilhas de aparelhos voadores como tantas vezes registradas. Por tudo isso a existência de veículos extraterrestres em ação em nosso planeta, diante da Contatologia, já é questão dada como certa no contexto de uma Ufologia madura.
Biótipos alienígenas
E se são tão numerosos os tipos de naves alienígenas observadas, igualmente há diversas etnias extraterrestres com biótipos bastante diversificados entre si. A parcela que é conhecida até agora foi classificada e catalogada por ufólogos especializados ao longo de anos de estudos e pesquisas. Segundo o ex-coeditor da Revista UFO Claudeir Covo, falecido em 2012, podem-se distinguir sete tipos básicos de seres extraterrestres, a partir dos quais irradiam e mesclam suas características em uma multiplicidade assustadora. Apesar da multiplicidade de origens, seu design tem proporção estranha e invariavelmente antropomórfica. Esse pensamento nos encaminha a uma possível Exoteologia, segundo a qual, como diz a palavra, todos teriam sido criados a partir de uma mesma organização ou pela obra de um só criador. Há quem sustente que há cerca de 70 espécies alienígenas, mas a maioria se prende a 12 ou 13.
Em alguns casos foi percebido entre nossos visitantes extraterrestres um tipo de consciência grupal, ou seja, coletiva, tal como ocorre com formigas, por exemplo. Acredita-se que se reproduzam de formas variadas, sexuada, assexuada e até por clonagem, havendo também seres cibernéticos, criaturas robotizadas e androides apresentando uma hierarquia em sua estrutura organizacional, ou seja, atendendo a um líder. Alguns desses ETs teriam a capacidade de atravessar obstáculos físicos, como paredes e portas, além de poderem levitar em feixes de luz, escoltar pessoas na abdução e, vez ou outra, pacificamente contatar aqueles que se tornam seus contatados. Eles exercem fascínio, espanto e temor ao mesmo tempo — justamente porque parecem poder controlar completa e absolutamente cada pessoa ou grupos de pessoas. Além de tudo isso, há inúmeros casos de expansão da consciência das testemunhas após o contato com tais entidades, assim como casos reais de cura.
Há ainda artefatos de procedência extraterrestre que aparecem e desaparecem em um mesmo instante e lugar, além dos que se subdividem em pleno ar e se unem em um só e que se locomovem a velocidades altíssimas para os padrões humanos
Indubitavelmente também existem variados níveis de evolução entre os povos do espaço, com diferenças acentuadas de conhecimento tecnológico entre as diferentes etnias. Para medir o grau de desenvolvimento tecnológico de uma sociedade extraterrestre, o astrofísico russo Nikolai Kardashev propôs o que chamamos hoje de Escala de Kardashev. A tese foi apresentada originalmente em 1964 e sugere três etapas de evolução, classificando as civilizações com base na quantidade de energia coletada, utilizada e processada por seu planeta, estrela ou galáxia — alguns estudiosos ainda consideram uma quarta etapa, questionada por outros. As sociedades do tipo 1, para Kardashev, seriam espécies capazes de aproveitar toda a energia potencial de seus planetas. As de tipo 2 seriam aquelas etnias aptas a utilizar toda energia potencial de suas estrelas. Já como sendo do tipo 3 estariam enquadrados os povos alienígenas que utilizariam toda energia potencial de suas galáxias.
Como dito, as sociedades do tipo 1 controlariam todos os recursos de energia de seu mundo, tais como seu clima, ambiente, terremotos, vulcões, catástrofes naturais etc, havendo equilíbrio ecológico. Seria possível a elas construir cidades sobre e sob os oceanos, aproveitando os benefícios do mar, assim como promover mineração nos níveis mais profundos da crosta e também de asteroides. Haveria utilização de energia geotérmica e emprego das leis do eletromagnetismo, junto do domínio da nanotecnologia, manipulação de DNA e da biomimética. Tendo esgotado seus recursos planetários, tais sociedades alcançariam o tipo 2, consumindo então a energia dos astros em torno dos quais seus planetas orbitariam. Com o uso da energia estelar, operam-se máquinas colossais e se tem toda a quantidade de energia necessária para a existência de mundos complexos. A partir de então, estas se tornam civilizações cósmicas e semeadoras de colônias, ou seja, que começarão a colonizar sistemas estelares locais.
Sondas de Von Neumann
Em termos evolutivos, nas sociedades do tipo 2 haveria desenvolvimento de uma forma de tecnologia tão avançada que, segundo John von Neumann, matemático e pioneiro da informática — que concebeu, em 1946, o primeiro modelo de computador eletrônico —, tais civilizações seriam capazes de desenvolver sondas, ou seja, robôs desenhados para alcançar sistemas estelares muito distantes e criar fábricas que reproduziriam cópias de si mesmas. Luas, grandes asteroides e eventualmente planetas inteiros seriam ideais para a exploração. Essas máquinas explorariam os depósitos naturais do solo de tais mundos, como ferro, níquel etc, além de suas propriedades físico-químicas para criar a matéria-prima com a qual construiriam uma fábrica de robôs, aplicando conhecimentos de nanotecnologia.
Por este processo criariam milhares de cópias de si mesmas, com as quais poderiam se dispersar pelo espaço, povoando-o em busca de outros sistemas estelares, de forma similar ao da multiplicação de um vírus, em alta velocidade. Acredita-se que estariam dotadas de inteligência artificial e estariam em comunicação constante com seus planetas de origem. Se tudo isso parece fascinante, mais ainda é para as sociedades do tipo 3 na Escala de Kardashev. Nestes casos haveria um poder planetário tecnológico transformador — as civilizações nesse nível enviariam as chamadas sondas de von Neumann ao universo e toda uma dada galáxia estari
a sob seu controle. A fonte de potência necessária se originaria da força reunida nos vários sistemas estelares locais, totalmente absorvidos por tais espécies. Elas exercitariam o domínio da física quântica e a manipulação do espaço-tempo, com controle integral da longevidade.
Nesse contexto, qual seria a atual medida da Terra na Escala de Kardashev? Segundo Michio Kaku, físico teórico e professor do City College, de New York, estaríamos enquadrados no tipo 0, ou seja, seríamos apenas um povo extremamente instável, com métodos primitivos de produção de energia, como a queima de combustíveis fósseis e a exploração de rios e lagos, aproveitando-se de matéria morta, como óleo, madeira e carvão. O idioma planetário é incipiente, com um sistema de comunicação global ainda se consolidando, juntamente de uma economia e cultura planetárias em fase atrasada de globalização. Este tipo de sociedade, a nossa, ainda faz uso da força bruta do trabalho humano, segue gerando guerras e conflitos raciais, nacionais ou regionais.
Considerações sobre o contato
Mas em que pese termos consciência da existência de outras espécies cósmicas e sua ação na Terra, a agenda do encontro definitivo com elas não é nossa — a princípio, é inteiramente delas. Entretanto, o ser humano pode e deve se preparar para recebê-las, desenvolvendo uma conscientização a respeito do seu papel diante deste contato, que deve ser o do protagonista pacífico, e não de mero espectador. Segundo o professor e parapsicólogo israelense Andrija Puharich, certa vez um ser que se apresentou como líder de uma etnia extraterrestre lhe falou: “Os humanos têm tendência ao pânico, à adoração e a reagir de modo anormal frente a nossa espécie. Essa é uma das razões pelas quais não arriscamos aterrissar em massa em seu planeta”. Mas essa seria uma tendência que estaria em lento processo de mudança em nível global. Favorece-nos a evolução crescente de nossa própria espécie, rumo à transição para um novo estágio, uma nova dimensão.
Devemos progredir enquanto espécie, operando com cada vez mais capacidade as novas ciências, para que haja compatibilidade tecnológica e de consciência. Outras inteligências podem estar pacientemente aguardando nossa evolução para um contato
Devemos progredir enquanto espécie paralelamente ao avanço tecnológico espacial, operando com cada vez mais capacidade as novas ciências, para que haja compatibilidade tecnológica e de consciência. A possibilidade mais plausível para nosso futuro é de que outras inteligências estariam pacientemente aguardando nossa evolução e até mesmo influenciando nosso amadurecimento, para que estejamos prontos para alcançarmos o grau de civilização do tipo 1, que é o nível adequado para um contato aberto com elas. Até o presente momento, no entanto, há tempos vêm acontecendo contatos esporádicos com tais espécies, o que implica que tenham interesse pela nossa.
Nosso planeta e suas formas de vida ainda estão no berço da criação, no início da longa escala da evolução que outras civilizações já transcorreram. Neste processo, há necessidade premente de alcançarmos uma conscientização global da realidade extraterrestre. Para nós, da sociedade civil, urge que se façam cada vez mais eventos para a contínua exposição pública da presença alienígena na Terra, livre e democrática das verdades pouco faladas, secretas e até acobertadas pelas autoridades. Que continue sem pausa a difusão e publicação de pesquisas sobre o Fenômeno UFO, com seus respectivos resultados e implicações — e isso deve estar entre os fatos mais importantes e extraordinários do século para nossa civilização.